Instituto Brincante Programa Desafios Impaes 2009 Projeto A Arte do Brincante para Educadores Maio 2009
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- Maria do Pilar Schmidt Aveiro
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1 Instituto Brincante Programa Desafios Impaes 2009 Projeto A Arte do Brincante para Educadores Maio 2009 Módulo: Contos e Histórias Tradicionais Ministrante: Cristiane Velasco Os módulos são compostos por quatro encontros PRIMEIRO ENCONTRO O módulo foi iniciado pontuando os objetivos claros: Compartilhar processos significativos dentro da minha formação como contadora de histórias, uma vez que não há fórmulas para se contar histórias e sim formas, sendo que a forma de cada um encontra-se diretamente relacionada à sua própria história de vida. Fundamentar a importância das histórias de boca através de relatos de experiência como educadora junto às crianças na Casa Redonda. Contar algumas histórias e propor exercícios de sensibilização/recriação. A ministrante fez um breve relato de sua própria história e busca pessoal. Então foi sugerida uma reflexão sobre o Tempo das histórias, relacionando Memória e Imaginação. Todos fizeram uma roda popular ( Ô minha gente, no balanço do mar ), seguida por um exercício de conexão com memória dos sons da infância de cada um. O grupo participou ativamente do exercício e desta forma criou-se uma atmosfera de grande intimidade para o momento seguinte, quando contei O Papagaio Real, conto popular brasileiro, utilizando recursos de minha pesquisa que reúne contos, danças e cantos tradicionais. O grupo mostrou-se bastante envolvido do início ao fim.
2 SEGUNDO ENCONTRO Iniciou-se contando a estória O caso do Bolinho, um conto tradicional, de forma bem interativa. A partir da história se propôs uma reflexão sobre o elemento amedrontador nos contos: o tema do herói engolido. As histórias dentro da Educação como Ritos de Passagem fundamentais; a função do Mal nos contos, espaços simbólicos de enfrentamento e auto-regulação através do domínio psicofísico sobre o Medo. A ministrante fundamentou dominâncias cerebrais (hemisfério direito/esquerdo) que aproximam a Cultura Infantil e a Cultura Popular/Culturas Tradicionais. A vivência do Medo por parte dessas Culturas. Foi conversado sobre a origem das palavras Símbolo e Diabo, trazendo exemplos da temática do Mal como aquele que foi dividido, o monstro que guarda o coração fora do corpo, o papão que se desmonta em pedaços, o gigante que leva a cabeça debaixo do sovaco, etc. Os educadores trocaram histórias de medo que acompanharam suas infâncias. Então ouvimos inúmeros relatos e pudemos identificar muitos medos comuns, coletivos (ex: medo de corredores escuros, de defunto, de dormir com os pés descobertos, do interior dos guarda-roupas, etc). Houve muitas dúvidas em relação à maneira do professor conduzir situações de crianças com medo. TERCEIRO ENCONTRO Inicialmente foi proposto algumas Cantigas de Roda tradicionais, como A Linda Rosa Juvenil e Onde está a Margarida, histórias que viraram Brinquedos. Depois, exploraram possibilidades de movimentação e transformação de uma grande lona circular colorida, brincando outras variantes que nasceram junto às crianças na Casa Redonda (ex: a lona virando saia da Margarida, ou saia da Mãe - esconderijo dos filhos no pega-pega Enquanto Seu Lobo não vem e etc). Foi apresentado um material em DVD com quatro situações em que as crianças brincaram essa história, procurando ilustrar a necessidade espontânea de experimentar papéis, revezando com as outras, internalizando possibilidades e lidando com os limites que cada uma delas oferece. QUARTO ENCONTRO Foi explicado inicialmente o conteúdo do material em DVD da Casa Redonda que seria projetado. Para isso foi trazido relatos de experiências e algumas histórias ( A Cabrinha e a Onça: um conto cantado e Maria e o Peixe Encantado: uma Cinderela Baiana ). Houve uma conversa a respeito das brincadeiras envolvendo morte/renascimento, realizadas muitas e muitas vezes pelas crianças (ex: a criança escondida brincando de nascer de dentro de um cesto, a morte da bruxa projetada na figura do educador e o nascimento da princesa, a morte da madrasta e o nascimento da mãe, a filha desmaiada que precisa despertar, etc). A morte dentro do universo simbólico da criança como transformação. Foi projetado o material em DVD Eu quero história de boca! trazendo esses conteúdos. O módulo foi finalizado com duas rodas de verso ( Marinheiro, encosta o barco e Marinheiro chora ), uma vez que os versos também contam histórias, e o clima das cantigas nos leva a escolher versos mais líricos ou outros mais engraçados. Cada um escolheu se queria um
3 verso lírico ou engraçado, disponíveis dentro de uma caixinha de música que foi apresentado a eles. Assim trabalhou-se um pouco a métrica, acentuação e interpretação dos versos com climas variados. Alguns momentos Foto Murillo Medina
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