CARTILHA DE ORÇAMENTO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE
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- Ana Júlia Gorjão Lima
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1 CARTILHA DE ORÇAMENTO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE
2 Cartilha sobre Orçamento 1 - Entendendo o orçamento público A lei do orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos aos princípios da unidade, universalidade e anualidade. LEI FEDERAL 4.320/64, ART. 2º Princípio da universalidade Todas as despesas e receitas do governo devem ser obrigatoriamente consideradas. Princípio da unidade Todas as receitas e despesas devem compor um único orçamento. Princípio da anualidade O orçamento deve valer para o período de um ano. 2 - O que é orçamento público: O orçamento público é uma previsão que a Prefeitura faz todos os anos da arrecadação com impostos e taxas e o que terá que gastar com a manutenção e preservação da cidade. Portanto, o orçamento é um documento com todas as Informações sobre os recursos que a Prefeitura dispõe em termos de receitas e despesas. Dessa forma, o orçamento registra o programa de trabalho anual do Poder Público mostrando suas prioridades e a destinação dos recursos. 3 - O PPA, a LDO e o Orçamento A partir da Constituição de 1988, o planejamento orçamentário passou a ser feito em três etapas complementares: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). 2
3 O Plano Plurianual tem por objetivo ordenar as ações do governo que levarão ao alcance das metas fixadas para um período de quatro anos. O PPA detalha despesas de duração continuada (de mais de 2 anos de duração), estabelece uma programação anual e um planejamento de médio prazo. A LDO, ao contrário do PPA, tem validade de apenas um ano. A LDO é feita a partir do PPA e nela são detalhadas as metas a serem alcançadas no ano em que o orçamento for executado. Assim, a LDO tem como finalidade guiar a elaboração do orçamento anual de forma a adequálo às diretrizes e metas estabelecidas no PPA. Para tornar realidade todos os planos previstos no PPA e obedecer todas as orientações definidas pela LDO, elabora-se então o orçamento anual. O orçamento é uma lei onde estão previstas todas as receitas e despesas para um determinado ano, ou seja, é nele que estão todas as ações governamentais e respectivos custos Plano Plurianual PPA Lei prevista pelo artigo 165 da CF, I, 1º, que deve ser elaborada e enviada pelos respectivos governos Executivos de cada esfera governamental até 31 de agosto do primeiro ano do mandato ou conforme estabelecer cada Constituição Estadual ou Lei Orgânica Municipal, prevendo obrigatoriamente investimentos que ultrapassem um ano e estabelecendo, para o período de 4 (quatro) anos, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para as relativas aos programas de duração continuada Lei de Diretrizes Orçamentárias LDO Lei prevista pelo artigo 165, II, 2º, da CF, chamada abreviadamente de LDO, que deve ser elaborada e enviada à Câmara de Vereadores pela Administração Pública, até 30 de abril de cada ano, estabelecendo para o período de 1 (um) ano as metas e prioridades da Prefeitura, as orientações para elaboração da Lei Orçamentária Anual, as alterações na legislação tributária, a concessão de vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, a admissão de pessoal, a alteração de carreiras e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 3
4 3.3 - Lei do Orçamento Anual LOA Lei prevista pelo artigo 165 da CF, III, chamada abreviadamente de LOA, que deve ser elaborada e enviada à Câmara de Vereadores pela Administração Pública, até 30 de setembro de cada ano, estabelecendo, para o período de 1 (um) ano, a discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho do governo Os prazos No que se refere a prazos, de acordo com a Lei Orgânica do Município, o Prefeito deve enviar à Câmara Municipal, até o dia trinta de setembro de cada ano, o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para discussão e aprovação, sendo que o Legislativo tem até o final do ano para devolver a peça orçamentária para sanção do Prefeito. No caso do PPA e da LDO, o prazo máximo para envio à Câmara é o dia 30 de abril de cada ano. 4 - A elaboração do orçamento A elaboração do orçamento envolve um ciclo específico que vai desde a proposição orçamentária inicial, oriunda de cada unidade orçamentária (secretaria, autarquia ou fundação), até a aprovação definitiva do orçamento pela Câmara Municipal e pelo Prefeito. O ciclo começa com cada unidade orçamentária elaborando sua proposta orçamentária, que é então repassada para a Secretaria de Finanças, encarregada de reunir as propostas consolidálas em um único orçamento. O orçamento consolidado segue então para discussão e aprovação do Poder Legislativo. Depois da aprovação Legislativa e do Prefeito, o orçamento transforma-se em lei, a Lei Orçamentária Anual (LOA). Uma vez aprovada a LOA, o Executivo pode realizar a execução do orçamento e a liberação dos recursos para as secretarias que, por sua vez, procederão à execução dos programas e ações governamentais de sua competência. Mais informações estão disponibilizadas na Cartilha de Orçamento Público da Sefin. a_do_orcamento_publico.pdf 4
5 5 - Receitas e Despesas Públicas Entende-se por Receita Pública todos os recursos financeiros que ingressam na conta de Tesouro Municipal ou Fundos Especiais, visando o pagamento dos gastos do governo. As principais fontes de receitas da Prefeitura são os impostos, Transferências Constitucionais, Legais e Voluntárias como, por exemplo, o ISSQN, IPTU, ICMS, IPVA, Recursos SUS, Fundeb entre outros. Já a Despesa Pública é o desembolso financeiro por parte do Estado para financiar todos os gastos fixados na lei orçamentária. É por meio dela que são realizadas as ações previstas no orçamento público como obras, prestação de serviços e programas sociais. 6 - Classificação de uma Despesa Pública (dotações) Ex.: Pagamento de servidores lotados em unidades administrativas: = Órgão = Secretaria Municipal de Saúde 10 = Unidade Orçamentária = Fundo Municipal de Saúde 10 = Função = Saúde (STN) 122 = Subfunção = Administração Geral (STN) 0071 = Programa = Gabinete e Unidades Administrativas 2329 = Ação = Pessoal e Encargos GAB 3 = Categoria Econômica = Despesa Corrente 1 = Natureza da Despesa = Pessoal e Encargos Sociais 90 = Modalidade de Aplicação = Aplicações Diretas 11 = Elemento de Despesa = Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil = Fonte / Código de Aplicação / TCESP Compra de Medicamentos do RENAME com Recursos do Estado = Órgão = Secretaria Municipal de Saúde 10 = Unidade Orçamentária = Fundo Municipal de Saúde 10 = Função = Saúde (STN) 303 = Subfunção = Suporte Profilático e Terapêutico (STN) 0034 = Programa = Assistência farmacêutica 2099 = Ação = Afab Assistência Farmacêutica Básica 3 = Categoria Econômica = Despesas Correntes 3 = Natureza da Despesa = Outras Despesas Correntes 90 = Modalidade de Aplicação = Aplicações Diretas 30 = Elemento de Despesa = Material de Consumo = Fonte / Código de Aplicação / TCESP 5
6 6.3 - Despesas de Consumo na Rede de Atenção Básica = Órgão = Secretaria Municipal de Saúde 10 = Unidade Orçamentária = Fundo Municipal de Saúde 10 = Função = Saúde (STN) 301 = Subfunção = Atenção Básica (STN) 0057 = Programa = Atenção Básica 2121 = Ação = Rede de Atenção Básica 3 = Categoria Econômica = Despesas Correntes 3 = Natureza da Despesa = Outras Despesas Correntes 90 = Modalidade de Aplicação = Aplicações Diretas 30 = Elemento de Despesa = Material de Consumo (STN) = Fonte / Código de Aplicação / TCESP Despesas com Serviços na Rede MAC = Órgão = Secretaria Municipal de Saúde 10 = Unidade Orçamentária = Fundo Municipal de Saúde 10 = Função = Saúde (STN) 302 = Subfunção = Assistência Hospitalar e Ambulatorial (STN) 0058 = Programa = Média e Alta Complexidade 2117= Ação = Redes de Atenção Ambulatorial, Especializada, Hospitalar e Pronto Atendimento - MAC 3 = Categoria Econômica = Despesas Correntes 3 = Natureza da Despesa = Outras Despesas Correntes 90 = Modalidade de Aplicação = Aplicações Diretas 39 = Elemento de Despesa = Outros Serviços de Terceiros - P.J = Fonte / Código de Aplicação / TCESP Despesas com Compra de Veiculo para Vigilância = Órgão = Secretaria Municipal de Saúde 10 = Unidade Orçamentária = Fundo Municipal de Saúde 10 = Função = Saúde (STN) 305 = Subfunção = Vigilância Epidemiológica (STN) 0062 = Programa = Vigilância em Saúde 2115= Ação = Vigilância e Promoção da Saúde 4 = Categoria Econômica = Despesas de Capital 4 = Natureza da Despesa = Investimentos 90 = Modalidade de Aplicação = Aplicações Diretas 52 = Elemento de Despesa = Equipamentos e Material Permanente = Fonte / Código de Aplicação / TCESP 6
7 7 - Fundos de Saúde O Fundo Municipal de Saúde de Santos (FMS), instituído pela Lei Municipal nº 603/89, sendo atualizado pela Lei Municipal nº 3101/15 é vinculado á Secretaria Municipal da Saúde e constitui-se em unidade orçamentária, contábil, financeira e gestora dos recursos destinados ao financiamento das ações e dos serviços públicos de saúde conforme legislações e normas do Sistema Único de Saúde (SUS). 8 Divisões do Orçamento da Secretaria Municipal de Saúde SMS 8.1 Unidades Orçamentárias: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE "ASPS" FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE FUNÇÃO 10 COD. DE APLICAÇÃO XXXX A DESPESAS NÃO CONSIDERADA EM ASPS, PARA APURAÇÃO DOS % MÍNIMOS OPERAÇÕES DIVERSAS - SAÚDE FUNÇÃO 04 COD. DE APLICAÇÃO
8 8.2 Programas Orçamentários: UNIDADE ORÇAMENTÁRIA Nº PROGRAMA NOME DO PROGRAMA 0000 OPERAÇÕES ESPECIAIS 0030 CONVÊNIOS DE SAÚDE 0034 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE 0057 ATENÇÃO BÁSICA 0058 MEDIA E ALTA COMPLEXIDADE 0062 VIGILÂNCIA EM SAÚDE 0070 INVESTIMENTOS NA REDE DE SAÚDE 0071 GABINETE E UNIDADES ADMINISTRATIVAS OP. DIVERSAS SAÚDE 0072 OPERAÇÕES DIVERSAS - SAÚDE 9 Ações Orçamentárias (Projetos/Atividades) Em anexo 8
9 10 Emendas de Vereadores PPA 2019 a Legislação: EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 74, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2016 Art. 1º Fica alterado o 2º-A do art. 115 da Lei Orgânica do Município de Santos, que passa a vigorar com a seguinte redação: "Art [...] 2º-A A Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá reservar percentual de 0,7% (sete décimos por cento) a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida a ser prevista no projeto de lei orçamentário encaminhado pelo Poder Executivo, para atender às Emendas Parlamentares dos Vereadores, com subvenção, auxílio, contribuição, bem como com a celebração de parcerias através de termo de cooperação ou de fomento, com entidades privadas sem fins lucrativos, além de investimentos em obras, equipamentos e serviços que não acarretem aumento de despesas continuadas e/ou para destinação aos Fundos Municipais, cujas previsões orçamentárias não poderão ser transferidas ou remanejadas para outra categoria econômica de programação ou de um órgão para outro da Administração Municipal, sem prévia autorização do Autor da Emenda Parlamentar, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde." Art. 2º Esta emenda à Lei Orgânica entra em vigor a partir de 1º de janeiro de Artigo 2º da Lei Complementar Federal 141/12; Art. 2 o Para fins de apuração da aplicação dos recursos mínimos estabelecidos nesta Lei Complementar, considerar-se-ão como despesas com ações e serviços públicos de saúde aquelas voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde que atendam, simultaneamente, aos princípios estatuídos no art. 7 o da Lei n o 8.080, de 19 de setembro de 1990, e às seguintes diretrizes: I - sejam destinadas às ações e serviços públicos de saúde de acesso universal, igualitário e gratuito; II - estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados nos Planos de Saúde de cada ente da Federação; e III - sejam de responsabilidade específica do setor da saúde, não se aplicando a despesas relacionadas a outras políticas públicas que atuam sobre determinantes sociais e econômicos, ainda que incidentes sobre as condições de saúde da população. Parágrafo único. Além de atender aos critérios estabelecidos no caput, as despesas com ações e serviços públicos de saúde realizadas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios deverão ser financiadas com recursos movimentados por meio dos respectivos fundos de saúde. 9
10 10.2 Criação de 2 novas ações orçamentárias: Ação EMENDAS DE VEREADORES DESTINADAS A SAÚDE; Ação EMENDAS DE VEREADORES DESTINADAS A SAÚDE; Objetivo: ATENDER AO & 2º-A DO ARTIGO 115 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, ONDE 100% DOS RECURSOS URIUNDOS DE EMENDAS PARLAMENTARES DE VEREADORES DESTINADOS ÀS AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE, SERÃO EXECUTADOS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE "SMS" E SEUS DEPARTAMENTOS ESTANDO EM CONFORMIDADE COM QUE PRECONIZA O ARTIGO 2º DA LEI COMPLEMENTAR FEDERAL 141/12; Publico alvo: DEMANDA DO MUNICÍPIO; Justificativa: EXECULTAR OS RECURSOS ORIUNDOS DE EMENDAS DE VEREADORES EM CONFORMIDADE AO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE; Produto da Ação: NÃO HÁ Unidade de Medida: NÃO HÁ Recurso Financeiro: Fonte : A partir de R$ ,00; 2020: A partir de R$ ,00; 2021: A partir de R$ ,00; 10.3 Criação de 6 novas dotações orçamentárias: = Subvenções = Consumo = Serviços = Auxílios = Equipamentos e Material Permanente = Obras e Instalações 10
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