SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
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- Alexandre Balsemão de Barros
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1 SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
2 PROCESSO SAÚDE-DOENÇA Agente Hospedeiro DOENÇA Ambiente Tempo
3 CONCEITO DE SAÚDE Saúde é a resultante das condições de alimento, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso aos serviços de saúde. VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE NO BRASIL, 1986
4 SAÚDE PÚBLICA Constituição Brasileira de 1988 Art.196- A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
5 SAÚDE PÚBLICA Saúde Pública é a ciência e a arte de promover, proteger e recuperar a saúde, através de medidas de alcance coletivo e de motivação da população.
6 SAÚDE PÚBLICA OBJETIVOS DA SAÚDE PÚBLICA 1. O saudável desenvolvimento físico e mental do cidadão; 2. A prevenção de todos os perigos relativos à saúde; 3. O controle da doença.
7 S.U.S. - definição conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público Rede CEDROS/1992
8 DIRETRIZES DO S.U.S. - art. 198 I. Descentralização, com direção única em cada esfera do governo II. Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. III. Participação da comunidade
9 NÍVEIS DE ATENÇÃO * ATENÇÃO PRIMÁRIA ações básicas - porta de entrada do SUS * ATENÇÃO SECUNDÁRIA ações de média complexidade * ATENÇÃO TERCIÁRIA ações de maior complexidade que requerem internação hospitalar NARVAI, P.C.
10 NÍVEIS DE ATENÇÃO DO SUS Atenção Terciária Atenção Secundária Atenção Primária
11 AÇÕES DO SUS Incorporação progressiva de ações de promoção, de proteção e de recuperação de saúde. Ministério da Saúde/SNAS Brasília, 1990
12 AÇÕES DO SUS Para melhor identificar os principais grupos de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, é necessário conhecer o perfil epidemiológico da população. Ministério da Saúde/SNAS Brasília, 1990
13 HISTÓRICO DA EPIDEMIOLOGIA Etimologicamente, a palavra apresenta 03 raízes gregas: epi= sobre demo= povo, população logus= estudo, tratado Epidemiologia: estudo que afeta a população
14 Epidemiologia é... a ciência que estuda o processo saúde-doença na comunidade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades e dos agravos à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou de erradicação. (Rouquayrol, M.Z.) O ESTUDO DOS FATORES QUE DETERMINAM A FREQUÊNCIA E A DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NAS COLETIVIDADES HUMANAS. (I.E.A.)
15 APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA DESCREVER a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde na população;
16 APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA IDENTIFICAR os fatores etiológicos na gênese das enfermidades;
17 APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA PROPORCIONAR dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como estabelecer prioridades.
18 O objetivo principal da Epidemiologia é estabelecer uma associação causal entre o fenômeno descoberto e os fatores que o condicionam. O conhecimento do problema e a proposição de ações se fazem através do estabelecimento de um: SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
19 CONCEITO: É o conjunto de atividades que permitem: reunir a informação indispensável para conhecer em todo momento a história natural da doença, detectar ou prever qualquer mudança que possa ocorrer devido a alterações nos fatores determinantes da doença ou agravo, com o fim de recomendar as medidas adequadas para a prevenção e o controle das doenças
20 A Vigilância Epidemiológica é um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos. (Lei 8.080/90- SUS)
21 A Vigilância Epidemiológica é um serviço que reúne um conjunto de ações que permite acompanhar a evolução das doenças na população. Funciona como um termômetro, um indicador de que ações devem ser priorizadas no planejamento da assistência à saúde.
22 FINALIDADE: É recomendar medidas de ação baseadas em dados objetivos, colhidos cientificamente, para serem aplicadas em curto, médio e longo prazos. As ações que propõem precisam ser eficientes para controlar ou prevenir o problema.
23 COMPETÊNCIAS: 1. Nível central: determinação e regulamentação nacional das ações de vigilância epidemiológica 2. Nível regional: coordenar as ações de vigilância desenvolvidas pelos municípios, procurando estabelecer prioridades de acordo com as informações obtidas, prestando consultoria; 3. Nível local: executar as práticas de vigilância, desenvolvendo as ações relacionadas aos indivíduos, por meio dos serviços assistenciais oferecidos. INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO
24 ETAPAS: 1. Coleta de dados; 2. Processamento dos dados coletados; 3. Análise e interpretação dos dados processados; 4. Recomendações de medidas de controle e prevenção; 5. Promoção das ações de controle e prevenção indicadas; 6. Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; 7. Divulgação das informações pertinentes.
25 1. COLETA DE DADOS (precisa, completa, oportuna, recebida com regularidade e de continuidade desejável) Seleciona os dados que deverão ser coletados, Estabelece normas de periodicidade, Identifica as fontes de informações onde serão coletados, Recebe as informações, Realiza as investigações complementares, Reúne dados para análise e interpretação do problema.
26 TIPOS DE DADOS A SEREM COLETADOS: 1. Dados demográficos, ambientais e sócio-econômicos; 2. Dados de morbidade; 3. Dados de mortalidade; 4. De notificação de surtos e epidemias; 5. De notificação de agravos inusitados; 6. De laboratório; 7. De farmácias; 8. De imprensa; 9. De leigos.
27 FONTES PARA A COLETA DE DADOS: Os dados são coletados pelas unidades básicas, farmácias, laboratórios, ambulatórios, hospitais, serviços e profissionais de saúde, imprensa e pela população. NOTIFICAÇÃO: Comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes.
28 DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA nº 6.259/75- Portaria 4.052/ MS) (Lei Cólera/ Coqueluche/ Dengue/ Difteria/ Doença de Chagas/ Doença meningocócica e outras meningites/ Febre amarela/ Febre tifóide/ Hanseníase/ Hantaviroses/ Hepatite/ Infecção pelo vírus HIV/ Leishmaniose Visceral/ Lepstopirose/ Malária/ Meningite por hemófilos/ Paralisia flácida aguda/ Peste/ Poliomielite/ Raiva humana/ Rubéola/ Sarampo/ Sífilis congênita/ AIDS/ Síndrome da rubéola congênita/ Tétano/ Tuberculose
29 OUTRAS FONTES DE DADOS: SISTEMAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO 1. SINAN: Sistema Nacional de Agravos de Notificação 2. SIM: Sistema de Informações de Mortalidade 3. SINASC: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos 4. SIH: Sistema de Informações Hospitalares 5. SIA: Sistema de Informações Ambulatoriais 6. SISVAN: Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional 7. SIAB: Sistema de Informações sobre Ações Básicas
30 2. PROCESSAMENTO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO Elabora tabelas e gráficos que mostram de, de forma clara e acessível, os dados colhidos, Calcula taxas específicas e estabelece razões e proporções, para mostrar o que está acontecendo com a população em relação à doença, Fixa padrões de comparação, ou seja, compara dados entre grupos de pessoas dentro de uma população, Analisa a informação e compara-a com os padrões estabelecidos para sua devida interpretação, Redige e apresenta aos órgãos competentes interessados informes com dados, problemas identificados e interpretação.
31 3. RECOMENDAÇÕES E INFORMES De posse das informações obtidas, O SVE deve passá-las a órgãos ou entidades de decisão superior, com a finalidade de descrever a situação encontrada e indicar medidas de controle. Após a implantação das medidas, cabe-lhe informar os resultados obtidos e a evolução do problema. Cabe ao SVE estabelecer e atualizar as normas e os procedimentos que lhe dizem respeito.
32 4. MEDIDAS DE CONTROLE E PREVENÇÃO 1. Investigação epidemiológica 2. Busca de casos e visita domiciliar 3. Apoio a procedimentos diagnósticos 4. Medidas de precaução: vacinação de bloqueio intensificação de vacina indicação de restrição de circulação quimioterapia/quimioprofilaxia
33 FUNÇÕES BÁSICAS: * Reunir toda informação necessária utilizada, * Processar, analisar e interpretar os dados colhidos, * Fazer as recomendações adequadas, resultantes das funções anteriores, para realizar as ações de controle imediato ou a longo prazo, * Dependendo da estrutura e do grau de desenvolvimento do SVE, ele poderá assumir também funções de decisão e controle, ou seja, decidir sobre as ações a serem executadas pelas unidades básicas de saúde e controlar a execução das mesmas.
34 CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS: 1. Oportuno, a fim de detectar o problema no momento em que ele surge, 2. Aceitável por todas as pessoas que dele participam, 3. Representativo da opinião dos que dele participam, 4. Sensível, detectando os casos verdadeiros, 5. Específico, excluindo os falso-positivos, 6. Simples, fácil de entender, 7. Flexível, adaptando-se às mudanças, 8. Capaz de prevenir, detectando e prevendo a ocorrência de epidemias, 9. Resolutivo, baseado em informações adequadas, respondendo aos problemas levantados e contribuindo para seu equacionamento, 10. Componente imprescindível para os programas de controle e prevenção de doenças. 11. Parte integrante de todos os níveis institucionais (local, regional e central)
35 Empresas Entidades religiosas Entidades de classes Escolas Secretaria de Saúde Participação comunitária Equipes de profissionais da saúde pública ONGS
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