Inverno demográfico em Portugal: o problema. Que respostas?
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1 Inverno demográfico em Portugal: o problema. Que respostas? Desafio demográfico em Portugal APFN Auditório Novo da Assembleia da Republica 27 de Setembro 1
2 A situação A baixa fertilidade e o envelhecimento e declínio da população A alteração nas taxas de mortalidade : a esperança de vida aumenta 2
3 Alguns factores/caracteristicas Os homens trabalham menos e as mulheres mais Aumento da participação no mercado de trabalho durante o ciclo da vida da família (o género e o nascimento de crianças ainda são factores decisivos) A organização do trabalho/a instabilidade profissional/o desemprego Os persistentes modelos femininos de conciliação/ o persistente duplo trabalho feminino Consumos/preços/objectivos e hábitos e O prolongamento do período de estudo 3
4 Casamento tardio Diminuição de casamentos e aumento da coabitação Aumento do divórcio Aumento do número de crianças que nascem fora do casamento Aumento do número de casais sem crianças Desenraizamento/ o gap entre gerações/ o isolamento das famílias jovens 4
5 e para além do declínio Pais velhos e pais sozinhos demográfico Pais com um único filho Filhos únicos e crianças sozinhas Velhos e muito velhos 5
6 O síndroma da solidão A perda das competências de solidariedade Ignorância/ esquecimento dos modelos, referências e histórias Quem toma conta de quem? Quem educa quem? Quem brinca com quem? Quem ajuda quem? Quem sonha e o quê e com quem? 6
7 sabe-se ainda que A centralidade de cada pessoa (adulto e criança) Cada pessoa é o centro da percepção social e o alvo da acção política Contudo não se trata de uma questão estatística; a procriação humana é física e moral. A família não é um somatório de pessoas: são pessoas em relação 7
8 Os desafios Como tornar o eu e ou outro compatíveis? Quem é capaz de reinventar alternativas que funcionem? O objectivo é: Estar/sentir-se seguro outra vez (só quando se está seguro é que se tem capacidade para dar, para ser generoso para construir com o outro) 8
9 Boas e efectivas políticas, que recuperem a confiança e securizem o individuo, porque cobrem áreas fundamentais e visam: a melhoria da conciliação entre a vida profissional, a vida privada e a vida familiar (licença parental, organização do trabalho mais flexível) a valorização do trabalho através de mais emprego e de uma vida activa mais longa a maior flexibilidade no mercado de trabalho combinada com medidas de formação ao longo da vida o aproveitamento pleno das oportunidades apresentadas pelas mudanças demográficas a viabilização das finanças públicas por um esforço de rigor orçamental a adaptação da cobertura dos sistemas e do nível das contribuições ao desenvolvimento da poupança privada e dos sistemas por capitalização. 9
10 Boas e efectivas políticas, que recuperem a confiança e securizem o individuo e que atendem a valores e pontos de partida : que não instrumentalizam as famílias, mas partem das famílias que tomam em conta a relação isto é, é do individuo em relação, e não do individuo em geral que se trata que tomem em conta que se trata do domínio de privado, e daí o imperativo da supletividade que respeitam a liberdade de escolha e por isso as propostas são diversas, que são universais e por isso se referem e incluem a totalidade das famílias (a diferenciação, numa lógica de justiça social, não pode nunca excluir ou ignorar) 10
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