ANÁLISE REFLEXIVA DA RELIZAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONDO NO ENSINO FUNDAMENTAL: A INFLUÊNCIA DO PIBID NESTE PROCESSO
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1 ANÁLISE REFLEXIVA DA RELIZAÇÃO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONDO NO ENSINO FUNDAMENTAL: A INFLUÊNCIA DO PIBID NESTE PROCESSO Ana Paula Rodrigues Brum 1*, Leandro Marcon Frigo 2*. 1 * Acadêmica do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Farroupilha - Câmpus São Vicente do Sul, aluna/bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á docência PIBID, da CAPES- Brasil. paulaepierre@bol.com.br. 2 Docente da Licenciatura em Química Instituto Federal Farroupilha Câmpus São Vicente do Sul. Coordenador/Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação á docência PIBID, da CAPES-Brasil leandro.frigo@iffarroupilha.edu.br. Palavras-Chave: Estágio, experiência, PIBID INTRODUÇÃO O curso de formação de professores de química é constituído por diversas etapas, onde são inúmeros os desafios, experiências e conhecimentos que adquirimos em cada fase. Experiências estas que auxiliam de maneira significativa, tanto em nosso processo de concepção de futuros educadores, como em nossa formação pessoal. Uma das etapas é constituída pelos estágios, sendo esta uma das mais aguardadas e desafiadoras para o discente. Até se chegar a este período já são vários os conhecimentos teóricos e a troca de experiência (docente/discente), adquiridos em sala de aula, a fim de auxiliar significativamente nesta atividade. O Estágio Curricular Supervisionado no Ensino Fundamental II (ECSEF) é o primeiro momento em que atuamos como docentes, considerando que o primeiro estágio apenas realizou-se observações, atuando no papel de estrangeiros na sala de aula. No segundo estágio temos a possibilidade de colocar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso em prática na sala de aula, exercendo nossa postura como educadores assim sucessivamente nos tornaram seres críticos e reflexivos de nossa formação, e do ambiente de nossa prática.
2 Tendo em vista o grau de importância, assim como a experiência que o estágio permite ao educando, e considerando-se as diversas realidades que o próprio está inserido durante sua prática, o presente trabalho apresentara o quão significativo e importante o projeto PIBID fez-se neste processo. O artigo abordará quais metodologias foram adotadas, assim como experiências adquiridas durante este período. O referido estágio foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Antero Xavier (EMEFAX), localizada em Loreto interior do Município de São Vicente do Sul, Rio Grande do Sul, o mesmo realizou-se com uma turma de sexto ano do ensino fundamental, composta por vinte e dois alunos, sendo trabalhada a disciplina de ciências, o estágio foi realizado pela a acadêmica do curso de licenciatura em Química do Instituto Federal Farroupilha, câmpus em São Vicente do Sul(IFFSVS), Ana Paula Rodrigues Brum, tendo como orientadora de estágio a docente Andreia Maria Piovesan da Rocha, professora do curso de química do mencionado instituto. RELATO Em meio à necessidade de uma educação inovadora, que avance em prol á evolução de um ensino ainda tradicionalista, o estágio teve como um dos principais contribuintes para sua efetivação, a experiência adquirida pelo estagiário na participação do subprojeto de Química do instituto Ressignificando as Práticas Educativas na Formação de Professores de Química do Programa de Bolsas de Iniciação Cientifica PIBID da CAPES- Brasil, o qual, em parceria com algumas instituições públicas de ensino visa contribuir para a formação continuada de docentes, em meio a realização de atividades aprimoradas com base em eixos temáticos, auxiliando discentes de escolas públicas em uma melhor compreensão dos conteúdos estudados. O presente trabalho traz a referida conjuntura obtida na realização do estágio de ensino fundamental II, pertencente ao curso de Licenciatura Química do (IFFSVS), o estágio acontece no sétimo semestre do curso em séries do ensino fundamental do quinto ao nono ano, na disciplina de ciências, o mesmo foi realizado pela acadêmica do referido curso, Ana Paula Rodrigues Brum, durante o primeiro semestre do ano de dois mil e quinze, tendo como professora orientadora do estágio Andreia Maria Piovesan Rocha, professora do Instituto, e como supervisora de estágio na (EMEFAX) a docente Rosany Severo Elesbão, educadora da disciplina de ciências da referida turma. obedecendo a uma carga horária de trinta horas. O estágio foi realizado no período da tarde, PLANEJAMENTO
3 Sabe-se o quão importante é o ato de planejar, este momento é reflexivo, em que se busca colocar nossa prática de ensino em meio á um contexto, que auxilie significativamente tanto na aprendizagem dos alunos, quanto na nossa prática docente. Com base nesse embasamento, as aulas foram organizadas de maneira a suprir as exigências do plano de ensino da escola, este municiado pela mesma, assim buscou-se trabalhar o conteúdo de maneira contextualizada, buscando uma melhor compreensão aos discentes dos conteúdos estudados. Para auxiliar nesta perspectiva adotou-se a metodologia dos três momentos pedagógicos, criada por Delizoicov e Angotti (1994), que busca instituir os conhecimentos prévios dos alunos com os conteúdos científicos a serem estudados. Dessa maneira, o primeiro momento trata-se da Problematização Inicial, momento em que os discentes são questionados sobre os conhecimentos prévios, que os mesmos possuem sobre o conteúdo a ser trabalhado. Neste momento se busca uma interligação das vivências do educando com o conteúdo em questão, sendo consideradas as diversas informações que os educando trazem consigo. A tática deste primeiro momento, foi muito válida com a turma, os mesmos interagiram, se mostrando curiosos pelo conteúdo que seria ministrado, conteúdo este relacionado às partes das plantas. O segundo momento refere-se à Organização do Conhecimento, onde se estabelece a apresentação dos conteúdos específicos a serem trabalhados com a classe. Neste momento busca-se sempre fazer um elo entre os conhecimentos científicos, com as situações do cotidiano do educando, os quais podem ser sobrevindos do senso comum ou de disciplinas já estudadas, todo e qualquer tipo de conhecimento dos discentes é válido, tanto na construção do conhecimento como na formação de um indivíduo crítico de seus saberes e situações cotidianas. Neste momento sempre é importante salientar que o conteúdo pode e deve ser apresentado das mais diversas formas, as quais facilitem na compreensão do que está sendo apresentado a classe, podendo ser usado aulas expositivas, aulas práticas, Power Point, livro didático, entre outros. Neste momento uma metodologia usada foi a utilização de exemplos do conteúdo ministrado, por conseguinte os alunos traziam de casa exemplos dos conteúdos estudados (caules, folhas, etc.). O terceiro e último momento pedagógico, refere-se à Aplicação do Conhecimento, momento onde foram avaliados e analisados os conhecimentos arquitetados pelo educando, de maneira a se considerar todos os conhecimentos adquiridos e construídos pelos discentes, assim como o tempo e o modo que cada um traz consigo no momento da aprendizagem, para
4 a realização deste momento são diversas as metodologias que podem ser adotadas desde a apresentação de trabalhos, realização de pesquisas, jogos didáticos entre os mais diversos. Na avaliação, os discentes foram convidados a realizarem exercícios, assim como a realizarem avaliações práticas com exemplos do conteúdo estudado. CONCLUSÃO Certamente um dos momentos mais complexos e desafiador são o de refletimos e analisamos nossa prática de ensino, uma situação cotidiana e habitual, que nos possibilita uma auto reflexão, não apenas de nossa metodologia, mas como nossa conduta em sala de aula. É à hora de instituirmos mudanças necessárias em nossa prática, mas também de vermos os pontos positivos que somam em nossa metodologia e que conseguinte devem permanecer. São diferentes reflexões, porém em função de um único ideal, uma educação significativa e de qualidade á todos os envolvidos neste processo. É através desta análise que adquirimos nossa identidade docente, e nos tornamos seres reflexíveis de nossa função na escola, do mesmo modo adaptamos e entendemos que tais metodologias de ensino nem sempre são válidas de maneira igualitária a todas as turmas, cabendo a nós educadores adaptarmos o conteúdo, respeitando o tempo e o modo com que cada um adquiri seu aprendizado. Há fatores e experiências que vivenciamos durante o curso, que nos possibilitam adotá-los, ou até mesmo aperfeiçoá-los, para usarmos de forma promissora em nossa prática de ensino, durante todo este processo um contribuinte significativo foi o projeto PIBID, podendo-se assegurar que desde seu planejamento até a análise de resultados do estágio. Possibilitou-me a segurança na idealização dos conteúdos, sempre partindo da ideia de que a teoria a ser apresentada, deve ser planejada mediante a uma contextualização, de modo que o conteúdo esteja interligado diretamente ao cotidiano do discente, facilitando a aprendizagem do aluno e tornando o mesmo benéfico para ambos os envolvido. Até mesmo no momento de avaliação onde a mesma não se baseou apenas em notas de provas, mas também em uma ponderação diária, considerando o envolvimento diário do educando com o conteúdo apresentado, assim como se considerou todo e qualquer tipo de conhecimento prévio, oriundo do senso comum, más que de alguma maneira esteja interligado ao conhecimento científico apresentado á classe, sempre levando em consideração que todo conhecimento é válido em nossa formação profissional e pessoal.
5 Acredito que o estágio sucedeu-se de maneira satisfatória para ambas as partes envolvidas, não havendo problemas ou transtornos durante a realização do mesmo, a escola apresentou-se envolvida, assim com disponível sempre que solicitada, deve-se salientar o quão a ciência se apresenta como uma disciplina desafiadora, tanto no desenvolver do aluno, quanto ao seu pensar sobre a mesma em seu cotidiano, essa assimilação muitas vezes custa ser aceita de maneira natural. Desafios estes que cabem a nós na qualidade de docente, nortear o discente a realizar esta assimilação de informações às vezes complexas demais para a atual idade. Encerro este ciclo da minha formação profissional, satisfeita com os resultados obtidos, é evidente que a mudança é necessária, o ensino tradicionalista ainda que sejamos embasados por uma teoria que fragmente o mesmo, uma vez que outra nos deparamos com ele em nossa prática. É promissor vermos que um projeto ao qual fazemos parte, esteja presente durante o momento em que vamos exercer a docência, neste momento se percebe o quão significativo o mesmo representa aos envolvidos, e sucessivamente isso trará resultados promissores em uma educação próspera.
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