Nota Técnica Aumento dos Gastos Públicos no Primeiro Trimestre de 2009

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1 1 Nota Técnica Aumento dos Gastos Públicos no Primeiro Trimestre de 2009 Mansueto Almeida (DISET-IPEA) 15 de abril de O gasto público não financeiro do governo federal (exclusive repartição de receitas) aumentou R$ 36,7 bilhões (ou 34,3%) no primeiro trimestre deste ano quando comparado com o mesmo período de Mais da metade desse aumento decorre do forte crescimento dos gastos com INSS em R$ 18,9 bilhões, seguido do crescimento dos gastos com pessoal do governo federal em R$ 8,7 bilhões. Apenas essas duas contas respondem por 75% do aumento do gasto não financeiro do governo federal no primeiro trimestre deste ano. Como veremos seguida, praticamente todos os itens da despesa estão crescendo, mesmo os gastos de custeio restrito A Tabela 1 abaixo mostra os principais itens da despesa do governo federal para o primeiro trimestre de 2008 e Um dos itens que mais se destaca na tabela é o crescimento de 30,7% dos gastos com pessoal ativo que cresceu R$ 6,2 bilhões. Esse resultado já era esperado em decorrência das Medidas Provisórias 440 e 441 que reestruturaram várias carreiras do setor público. Esses aumentos foram pensados em uma conjuntura de crescimento da receita e de forte crescimento do PIB que não deve acontecer. Esse forte aumento poderia levar que o segundo aumento para os funcionários públicos fosse postergado, mas com a redução recente do superávit primário é possível que o governo mantenha o cronograma de aumento original. 3. Como pode ser observardo na Tabela 1, praticamente todos itens da despesas aumentam no primeiro trimestre deste ano e apenas duas contas têm crescimento 1 Para chegarmos ao conceito de gasto de custeio restrito, retiramos do grupo de despesa 3 (outras despesas correntes), os elementos da despesa correspondente aos gastos do INSS - 01 (aposentadorias e reformas), 03 (pensões) e 05 (outros benefícios previdenciários) ; os elementos da despesa correspondente ao gasto social - 06 (benefício mensal ao deficiente e ao idoso), 08 (outros benefícios assistenciais), 10 (outros benefícios de natureza social) e 48 (auxílios financeiros à pessoas físicas); a distribuição de receita (elemento 81) e os gastos do ministério da saúde e educação do elemento 41 (contribuições). Com essa correção, chega-se ao conceito do que o cidadão comum entende por custeio: gastos com xerox, passagens de avião, gastos com consultoria, etc.

2 2 negativo: a conta outros benefícios previdenciários e a conta de distribuição de receitas que diminui em R$ 1,9 bilhão. No caso dos outros benefícios previdenciários, desde o ano passado essa conta parou de crescer graças ao maior controle do INSS na concessão do auxílio-doença. No caso da repartição de receita, essa é uma conta que vinha crescendo muito nos últimos anos e agora a tendência é de forte queda. Mas até o momento, a queda na repartição de receita em R$ 1,9 bilhão (queda de 6% nominal) não chega a ser um desastre e o governo poderia ter compensado esta queda se tivesse sido mais parcimonioso no controle do gasto público, afinal essa queda representa apenas 5% do crescimento do gasto público não financeiro do governo federal. Tabela 1 Gasto Público Não Financeiro do Governo Federal JAN-MAR ( ) * custeio exclui contribuições de saúde e educação 1/ Investimento Pago (GND-4) Elaboração: Mansueto Almeida a partir do SIAFI

3 3 4. Outro ponto que se destaca na Tabela 1 acima são os gastos com investimento no primeiro trimestre de 2009, gastos pagos inclusive restos a paga pagos, que foram de apenas R$ 3,8 bilhões. Ou seja, o investimento público neste ano até março cresceu apenas R$ 428 milhões ante o mesmo período do ano passado, o que é um valor muito pequeno frente ao crescimento de R$ 36,7 bilhões da despesa do governo federal 2. Essa baixa execução do investimento público pode sinalizar que está sendo cada vez mais difícil para o governo conseguir manter o ritmo de crescimento do investimento e, portanto, está sendo difícil o governo fazer uso de uma verdadeira política anti-cíclica como seria de se esperar. 5. O custeio dos Ministérios da Saúde e da Educação crescem bastante (36%) e essa é uma conta que tradicionalmente cresce muito. Os gastos sociais também mostram forte crescimento (33%) e esse crescimento decorre, em parte, do crescimento do salário mínimo em fevereiro deste ano que afeta os desembolsos dos programas sociais. Esta conta, por sinal, mostra claramente o efeito da crise econômica nos gastos públicos. Como podemos ver, na conta gastos sociais são os outros benefícios de natureza social onde aparece o seguro-desemprego que mostra um forte crescimento no primeiro trimestre do ano vis-à-vis o mesmo período do ano passado (crescimento de 47%). Gráfico 1 Outros Benefícios de Natureza Social (seguro- desemprego) (JAN-MAR 2008/2009) 2 Se alem do Investimento (GND-4) computarmos também o grupo de despesa (inversões financeiras GND-5) exclusive os empréstimos do Tesouro (elemento 66), o investimento cresce R$ 871 milhões no primeiro trimestre do ano. Mas essa conta estaria considerando aquisição de bens que o governo faz para revenda como investimento. Assim, optamos por trabalhar apenas com o GND-4.

4 4 6. Quando abrimos essa conta para todos os meses de janeiro a março, pode-se notar que grande parte do crescimento do seguro-desemprego ocorreu neste último mês, refletindo um aumento nos desembolsos para pessoas que haviam perdido emprego nos meses anteriores. Em março essa conta foi de R$ 1,95 bilhão, ou 66% maior que o mesmo mês do ano passado. É claro que o comportamento dessa conta vai depender muito de como o mercado de trabalho vai reagir nos próximos meses. 7. Um ponto negativo quando se analisa o comportamento recente do gasto público é o comportamento do custeio restrito. Como já falamos, mesmo quando tiramos gastos com educação, saúde, gastos sociais e o INSS do custeio e trabalhamos com o conceito de custeio restrito, essa conta cresce em R$ 3,19 bilhões nos três primeiros meses deste ano em relação à mesma base em 2008; um crescimento médio de R$ 1 bilhão por mês. Mas essa conta é a única que o governo federal tem algum grau de controle e que poderia estar sendo controlada para compensar o crescimento das demais. Mas não é isso que vem ocorrendo e isso sinaliza para um piora substancial do gasto público, já que o governo parecer ter perdido o controle da única conta que ele poderia controlar com o contingenciamento das despesas. 8. O mais preocupante é que quando se analisa quais itens do custeio estão crescendo, chega-se a um resultado surpreendente com o crescimento muito forte da outros serviços de terceiros de pessoas jurídicas (ver anexo 1). Essa conta passou de R$ 2,98 bilhões no primeiro trimestre de 2008 para R$ 3,93 bilhões neste primeiro trimestre; um crescimento de quase R$ 1 bilhão, equivalente ao socorro que o governo pretende dar para os municípios. Tabela 2 - Gastos do Governo Federal com Serviços Terceirizados e Outros JAN- MAR ( ) R$ nominais correntes Fonte: SIAFI. Elaboração: Mansueto Almeida

5 5 9. Ademais, como podemos observar na Tabela 2, as outras contas referentes a terceirização de serviços também crescem, o que é inesperado pelo fato que o crescimento das contratações do setor público nos últimos anos foi justificada pelo governo federal como sendo um processo para substituir funcionários terceirizados por funcionários de carreira. Mas ao que parece isso não está mais acontecendo. 10. Em resumo, em uma rápida análise das contas públicas no primeiro trimestre deste ano nota-se que o governo federal vem fazendo uma política indiscriminada de aumento dos gastos e não o que se chama de política anti-cíclica que deveria estar fortemente concentrada no crescimento do investimento público. O investimento público (GND-4) até março deste ano cresceu muito pouco (R$ 428 milhões) ou R$ R$ 871 milhões quando incluímos o GND-5 (menos elemento 66) ; o que sinaliza que o gasto vem aumentando não por causa do crescimento do investimento, mas sim por causa do aumento do custeio. 11. No caso do custeio (ou GND-3 na linguagem do SIAFI que corresponde a outras despesas correntes), a análise dessa conta normalmente leva a grandes equívocos, pois se considera nesse mesmo grupo gastos do INSS, gastos sociais, etc. com os demais itens típicos de custeio. Mas mesmo tomando o cuidado de limpar o custeio e trabalhar apenas com um conceito mais restrito, temos que os vários itens de custeio crescem, principalmente, as despesas com a contratação de outros serviços de pessoas jurídicas (que inclui parte dos serviços terceirizados além do pagamento de assinaturas de jornais, pagamento de energia, etc) que aumenta em mais de R$ 1 bilhão apenas nos três primeiros meses do ano. Esse aumento do custeio mostra que o governo não vem fazendo esforço fiscal algum. 12. Por fim, como o forte aumento do gasto em R$ 36,7 bilhões no primeiro trimestre desse ano em quase nada reflete o aumento do investimento público, esse crescimento acendeu uma luz amarela, já que o governo tem uma certa folga para reduzir o primário pelo uso do PPI e do Fundo Soberano para financiar novos investimentos e não gastos correntes. Se esse padrão do crescimento das despesas prosseguir é possível que o superávit primário seja revisado para baixo não por causa do crescimento do investimento, mas sim por causa do crescimento dos gastos correntes.

6 6 ANEXO I CUSTEIO RESTRITO* Fonte: SIAFI - Elaboração: Mansueto Almeida *GND 3 menos Elementos 01,03,05 (INSS); 06,08,10,48 (Gastos Sociais); Elemento 41 (Saúde e educação) e Elemento 81 (distribuição de receita).

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