PERFIL CARDIOLÓGICO: INCIDÊNCIA DE PACIENTES INTERNOS NA UTI E REPERCUSSÕES PÓS-INFARTO DO MIOCÁRDIO
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- Alexandre Antunes
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1 Saúde Coletiva em Debate, n. 23, vol. 3, 17-26, jul, PERFIL CARDIOLÓGICO: INCIDÊNCIA DE PACIENTES INTERNOS NA UTI E REPERCUSSÕES PÓS-INFARTO DO MIOCÁRDIO CARDIOLOGICAL PROFILE: INCIDENCE OF INTERNAL PATIENTS IN ICU AND MYOCARDIAL POST-INFARCTION REPERCUSSIONS Jandieverton Pereira Lima 1 ; Micherllaynne Alves Ferreira 2* Faculdade Redentor 1, Faculdade de Integração do Sertão, Serra Talhada PE 2 RESUMO O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é considerado um dos maiores agravos causadores de mortes em todo o mundo. A insuficiência coronariana leva muitos pacientes ao internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), da qual faz referência à assistência diferenciada à pacientes em estado grave. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil cardiológico dos pacientes internos na UTI referenciando os aspectos após o infarto do miocárdio. O estudo é do tipo observacional, quantitativo realizado no banco de dados (prontuários) da UTI de um Hospital público no Município de Serra Talhada-PE. Foram escolhidos 50 prontuários com diagnóstico de infarto do miocárdio referente ao ano de 2012, do qual teve como instrumento de coleta o APACHE II. A pesquisa apresentou dados como idade prevalente de 65 anos a mais; nível de escolaridade sendo ensino fundamental incompleto; pacientes aposentados; 30% mulheres e 70% de homens internos com IAM e diagnóstico associado com 50% de Hipertensão Arterial. A taxa de desfecho do internamento da UTI esteve em torno de 66% em Alta hospitalar e 34% obteve-se óbito. A média de internamento na UTI esteve em 2 dias e acima de 4. Quanto ao APACHE II pode-se identificar que quanto maior o seu percentil maior seria a possibilidade de óbito. Palavras-chave: Insuficiência cardíaca. Infarto do miocárdio. Unidade de Terapia Intensiva. ABSTRACT The Acute Myocardial Infarction (AMI) is considered one of the major conditions causing deaths worldwide. The coronary insufficiency leads many patients to the hospital in the Intensive Care Unit (ICU), which refers to differentiated assistance to seriously ill patients. The aim of this study was to analyze the cardiac ICU patients internal referencing aspects after myocardial infarction. The study is an observational, quantitative held in the database (records) from the ICU of a public hospital in the city of Serra Hewn-PE. 50 records have been chosen with a diagnosis of myocardial infarction for the year 2012, which had as an instrument collecting APACHE II. The survey data showed how prevalent age of 65 years longer; education level and basic education; retired patients, 30% women and 70% of men with AMI and internal diagnosis associated with 50% of Hypertension. The outcome rate of ICU admission was around 66% in Discharge and 34% mortality was obtained. The mean ICU stay was for 2 days and above 4. As for the APACHE II can identify that the higher your percentile greater the possibility of death. Keywords: Heart failure, myocardial infarction, Intensive Care Unit *Autor para correspondência: Micherllaynne Alves Ferreira. Rua João Luiz de Melo, 2110, Bairro Tancredo Neves, CEP Serra Talhada-PE. Brasil. Telefone: (87) micherllaynne@hotmail.com
2 Saúde Coletiva em Debate, n. 23, vol. 3, 17-23, jul, INTRODUÇÃO O infarto agudo do miocárdio (IAM) é considerado hoje um dos maiores causadores de mortes. De acordo com o Ministério da Saúde e dados do SUS (Sistema Único de Saúde) o Brasil apresenta uma taxa de 35% de óbitos indicados como causa principal as patologias cardiológica. Embora várias terapias tenham contribuído para a prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares, elas ainda permanecem como uma das principais causa de morbimortalidade no País (CALUZA et al., 2012). A taxa de mortalidade para pacientes com insuficiência coronariana aguda varia de 55 a 73%. Metade dos pacientes que sofreram um infarto foram a óbito em 48h, paciente com esse tipo de histórico precisam de assistência terapêutica rápida e sistêmica (FREITAS et al., 2012). Pacientes como estes sempre estão aos cuidados da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), um trabalho realizado de forma complexa, pois os pacientes são considerados críticos e apresentam risco iminente de vida. Os profissionais de saúde enfrentam dificuldades relacionadas à complexidade técnica da assistência aos pacientes. (SHIMIZU, 2000). Frente aos aparatos tecnológicos existentes nas UTI s e a grande quantidade de procedimentos a que são submetidos os pacientes que ali se encontram, o ambiente é reconhecido como um dos mais traumatizantes e agressivos tanto pela ótica dos usuários como pelos prestadores de serviços. Além do mais, o estresse que envolve a equipe de saúde, devido ao fator da presença constante da morte, propicia sentimento de sofrimento (MAR- TINS, 2000). Segundo Tereran, Zanei, Whitaker (2012) quanto mais grave é a doença do paciente, maiores são os custos e o período de permanência na UTI. Estudos que avaliam a qualidade de vida do paciente interno nesse setor é de suma importância, pois, podem ajudar o profissional a tomada de decisão, identificar as prioridades e definir as intervenções a serem realizadas comparando e avaliando a eficácia do tratamento mais adequado. O período de permanência na UTI irá variar de acordo com o paciente e sua condição. No Brasil, por exemplo, a variação da permanência de pacientes na UTI é de aproximadamente 6 dias (TERERAN; ZANEI; WHITAKER, 2012). Cada região muda esse contexto, que é supervisionado e medido pelo APACHE (Acute Physiology and Chronic Health EvalutionII), verificando as condições do paciente, nesse estudo será efetuado esse tipo de observação, evidenciando assim, a qualidade de vida do paciente dando luz a situação do estado físico e capacidade funcional de cada pessoa, principalmente aos que foram
3 19 diagnosticados pós-infarto. Dentre os métodos mais utilizados na avaliação dos pacientes de UTI, encontram-se sistemas padronizados e aceitos internacionalmente pela comunidade científica para predição de mortalidade, como o APACHE II, ele determina 12 variáveis clínicas, fisiológicas e laboratoriais padronizadas, com pontuação que vai de zero a quatro, conforme o grau de desvio da normalidade; além disso, pontos são atribuídos à idade, presença de doença crônica e variáveis fisiológicas, cuja soma fornece uma pontuação final que permite calcular o risco de óbito para o paciente (NOGUEIRA et al., 2007). O IAM tem sido considerado a principal causa de morte isolada dos últimos 10 anos (BAENA et al., 2012). Essa referência nos leva a questionar como estão os pacientes infartados necessitando de cuidados de terapia intensiva após acontecimento do infarto, qual seu estado clínico, quais os procedimentos realizados e avaliação feita a esses pacientes. Diante da sobrevida de pacientes pós-infartados, surgiu o interesse em realizar essa pesquisa, da qual vêm evidenciar aspectos diferenciais, principalmente auxiliares para terapias mais eficazes dentro da área de recuperação. Como contribuição científica busca-se traduzir uma forma coerente de se conhecer o perfil desses pacientes e melhorar as estimativas de vida entendendo as características desses usuários. É de fundamental importância a conscientização do cuidar do profissional o que faz melhorar os serviços de saúde. Assim, tanto o conhecimento sobre letalidade e morbidade na UTI do IAM e o perfil de risco coronariano destes pacientes, quanto a qualidade da assistência, podem criar, um subsídio importante para a correção dessas graves distorções assistenciais. Diante do exposto este estudo tem como objetivo analisar o perfil cardiológico dos pacientes internos na UTI referenciando os aspectos após infarto do miocárdio. Dessa forma pretende-se contribuir de forma significativa para o aprendizado e melhorar o assistencialismo prestado a esse tipo de paciente, além de evidenciar um novo perfil epidemiológico direcionado as expectativas de vida em Pernambuco. METODOLOGIA O estudo foi realizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital São Vicente, localizado na cidade de Serra Talhada na Rua Inocêncio Gomes de Andrada, n 603 Centro. A UTI do Hospital São Vicente possui 10 leitos de organização pública, com serviços ofertados pelo SUS. O estudo é do tipo observacional e quantitativo com base no banco de dados da UTI do Hospital em referência, tendo como instrumento de coleta o APACHE II (Acute Physiology and Chronic Health
4 20 EvalutionII), sistema esse que contabiliza pontuação direcionada ao paciente quanto às variáveis fisiológicas, idade, doença crônica e chance de percentual de óbito. Foi escolhido todos os prontuários e APA- CHES II do pacientes que estiveram internos na UTI no ano de 2012 e receberam alta por cura após infarto agudo do miocárdio, contabilizando 50 prontuários, 15 prontuários foram excluídos da pesquisa por falta de dados no prontuário. Participaram da pesquisa todos os prontuários que estiverem devidamente preenchidos, com diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio, àqueles que receberam alta pós infarto para tratamentos terapêuticos e os que tiveram óbito após internamento na UTI. Foram excluídos da pesquisa os prontuários sem preenchimento adequado das informações do APACHE II, aqueles advindos de cirurgias para a UTI, pacientes com diagnóstico diferente de IAM. Os dados foram analisados por meio dos resultados obtidos dos APA- CHES II nos prontuários. De acordo com análise estatística, foram analisados os dados por meio de porcentagem, obtendo dados quantitativos e traçados em tabelas e gráficos demonstrativos de percentual, feitos no Microsoft Office Excel 2007 e confrontados com outros estudos. O estudo ocorreu no período de Abril a julho de RESULTADOS E DISCUSSÕES O estudo contou com um quantitativo de 50 prontuários que apresentaram o perfil do paciente com o principal diagnóstico de infarto do miocárdio. Quanto a idade encontrada dos pacientes internos com infarto agudo do miocárdio, pode-se observar que os pacientes que deram entrada na UTI apresentando o infarto em maior quantitativo foram àqueles com idade superior ou igual a 75 anos. Para Cardoso et al., (2008) 85% das mortes ocasionadas pelo IAM são procedentes da população com idade superior a 65 anos. Isso deve-se pelo envelhecimento do sistema cardiovascular e as comorbidades associadas à senilidade da qual limita a reserva cardíaca e aumentam as complicações relacionadas ao tratamento da injúria miocárdica aguda. Junior et al., (2010) realizou uma pesquisa sobre a intervenção coronária percutânea primária no IAM em um hospital, a amostra contou com 4788 pacientes realizado esse tipo de intervenção e constatou que 30% de todos os pacientes com IAM têm idade superior a 75 anos, o que fica evidente também na presente pesquisa, do qual os idosos estão em uma maior categoria de risco para esse tipo de agravo. Para o autor, a complexidade tanto clínica como angiográfica da população idosa eleva os riscos de procedimentos
5 21 cardíacos e tem sido caracterizada em grande parte por um maior acometimento de doenças sistêmicas graves. Corroborando com essa ideia Wajngarten; Oliveira (2003, p.219) diz que o envelhecimento promove uma verdadeira conspiração que aumenta a prevalência e as consequências da doença coronariana nos idosos. Para os autores a doença coronariana é uma condição grave no idoso e a escolha da estratégia terapêutica adequada é complexa. O Infarto Agudo do Miocárdio pode ocorrer em qualquer idade, porém percebe-se que quanto maior a idade, aumenta o número de indivíduos acometidos pelo IAM, além da presença de fatores predisponentes à aterosclerose, sendo eles: a hipertensão, o tabagismo, diabetes mellitus, hipercolesterolemia e outras causas de hiperlipoproteinemia. Quase 10% dos IAM ocorrem em indivíduos com idade inferior a 40 anos, enquanto 45% são observados em indivíduos com idade inferior a 65 anos (ROBBIN, 2000). O quadro 1 demonstra o perfil dos pacientes internos quanto às variáveis de escolaridade, ocupação e cor. Destaca-se quanto à escolaridade o nível fundamental incompleto, a maioria dos internos aposentados isso faz relação com a idade encontrada e quanto a cor muitos dos prontuários revelaram a cor parda. Para Robbins (2000) os negros e os brancos são afetados com igual frequência, sendo que os homens apresentam maiores riscos de serem acometidos pelo IAM do que as mulheres. Em estudo realizado por um pesquisador da Universidade de São Paulo Quintella (2006) pode-se observar que 70% dos idosos entrevistados se declaram de cor parda, demonstrando que o Brasil se formou pela miscigenação de raças. Quadro 1 Perfil dos pacientes com IAM da UTI. Serra Talhada-PE, 2013 APACHE II ALTA n APACHE II ÓBITO 0-4 = 4% = 4% = 8% = 8% = 15% = 24% = 40% = 55% = 73% = 15% = 24% = 40% = 55% = 73% n >34 = 85% 00 >34 = 85% 00 TOTAL 33 TOTAL 17 O gráfico 1 faz relação aos pacientes internos na UTI distribuídos por sexo.
6 22 Observa-se que o sexo masculino é predominante em 70% dos casos enquanto as mulheres estão em 30% nesse ambiente. Quanto aos diagnósticos encontrados nos prontuários pode-se destacar a HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) que se apresenta em 50% de todos os pacientes analisados. história de IAM. Em avaliação dos óbitos em decorrência desse agravo, 5 mulheres e 12 homens faleceram com esse histórico, o que representa 34%. Gráfico 2 - Principais Diagnósticos encontrados para os pacientes internos na UTI com IAM. Serra Talhada-PE, 2013 Gráfico 1 Quantitativo de pacientes com IAM da UTI por distribuição de sexo. Serra Talhada-PE, 2013 Para Liberman (2007) a HAS é uma doença altamente prevalente na terceira idade, ou seja, acima dos 60 anos, o que faz referência com a idade observada nesse estudo, ainda salientando que esse tipo de agravo como doença crônica não transmissível torna-se hoje um fator determinante na elevada morbidade e mortalidade dessa população. Foi observado também a relação de óbitos e alta que tiveram os pacientes internos dentre estes o gráfico 3 apresenta a relação de sexo e desfecho dos pacientes. Pode-se observar que das 33 altas, 10 foram mulheres e 23 foram homens o que equivale a 66% dos pacientes internos com O estudo de Ribeiro et al., (2003) realizado no Hospital de Fortaleza (Mesejana de Secretaria de Saúde do Estado) analisando o IAM em 373 pacientes internos, observou-se que os óbitos ocorreram em 23,7% da mulheres e 18,9% do homens, diferente da presente pesquisa do qual evidencia o óbito mais na categoria masculina. Nesse contexto Vacarino e Cols (1999) apud Ribeiro et al., (2003) identificaram no seu estudo que quanto mais a mulher for jovem maior a chance de morte, já em relação ao homem da mesma faixa etária o infarto torna-se significativo após os 74 anos.
7 23 Gráfico 3 Representação de alta e óbito x sexo dos pacientes internos com IAM. Serra Talhada-PE, 2013 Quanto ao tempo de internamento pode-se perceber que há uma predominância nos pacientes que estiveram internados por 1 dia com 12%; 34% dos pacientes passaram de 2 a 3 dias na UTI e 54% destes estiveram internados de 4 dias a mais. No estudo de Laizo, Delgado, Rocha (2010) realizado com 85 prontuários de um Hospital em Minas Gerais descobriu que a média de tempo de permanência de pacientes em UTI com complicações cardíacas gira em torno de 1 a 21 dias. Sua pesquisa revelou que o tempo médio dos internos é de 2 a 3 dias com 59,9% dos casos identificados. Percebe-se em nossa pesquisa a permanência prolongada desses pacientes. Para os autores acima citados, as complicações que aumentam o tempo de internação na UTI são, principalmente aquelas relacionadas a função respiratória, DPOC e tabagismo, congestão pulmonar, tempo de ventilação mecânica prolongada, infecções, insuficiência renal, AVE (Acidente vascular encefálico) e instabilidade hemodinâmica, como hispertensão arterial, arritmias e IAM. Já para Nogueira et al., (2007) O tempo médio de permanência na UTI foi de 9,1 ± 10 dias. As doenças do aparelho circulatório representaram o principal motivo de internação na UTI em 56 pacientes, seguidas das doenças dos aparelhos digestivo e respiratório (22 cada). Gráfico 4 Percentil do tempo de internamento dos pacientes internos na UTI com IAM. O quadro 2 refere a distribuição dos pacientes internos na UTI quanto ao percentil de APACHE II encontrado traçando uma relação entre pacientes que obtiveram alta e óbito em Destaca-se que receberam alta da UTI pacientes com APACHE II entre 8%; 15%; 24%. Os óbitos receberam destaque por possuir APACHE II entre 15%, 24%, 40%, 55%. O APACHE II refere-se a um indicador de prognóstico que permite calcular a relação entre variáveis dos pacientes internos definindo um percentual quanto a gravidade do problema e a mortalidade (NOGUEIRA et al., 2007). Percebe-se então que dos pacientes estudados, a média de APACHE para aqueles que receberam alta esteve em torno de 9,6,
8 24 referenciando que quanto mais baixo esse percentil maiores chances o paciente tem em receber alta. Em relação ao óbito observa-se ao contrário, quanto mais alto o APACHE II, visto que a média esteve em aproximadamente 5,0; maiores serão as chances de o paciente vir a óbito. Dentro dessa realidade 66% dos pacientes obtiveram alta e 34% foram a óbito por IAM. Nogueira et al., (2007) em seu estudo com a comparação de APACHE II e a mortalidade em pacientes admitidos na UTI, identificou a seguinte realidade diferente do nosso estudo, durante a internação na UTI 29,7% evoluíram para óbito. Quadro 2 Distribuição de pacientes quanto a alta e óbito relacionado ao APACHE II. Serra Talhada- PE. APACHE II ALTA n APACHE II ÓBITO 0-4 = 4% = 4% = 8% = 8% = 15% = 24% = 40% = 55% = 73% = 15% = 24% = 40% = 55% = 73% n >34 = 85% 00 >34 = 85% 00 TOTAL 33 TOTAL 17 O APACHE II torna-se um excelente referencial quando relacionado ao monitoramento da situação de saúde do paciente, a evolução deste na UTI deve ter uma relação mínima entre fatores externos e internos para que todos da equipe possa conhecer a real situação em que o paciente se encontra. Entendendo esse processo fica fácil diagnosticar e melhorar as intervenções voltada a este CONSIDERAÇÕES FINAIS No ano de 2010 as doenças do aparelho circulatório já era considerada a terceira causa de internações hospitalares, o que era responsável por 29% das mortes no Brasil. A prevalência da Doença Arterial Coronariana (DAC) na população adulta está estimada em 5 a 8% (BRASIL, 2010). Essa estimativa apenas refleti a situação saúde atual da população brasileira. O Infarto agudo do miocárdio ainda é considerado um dos maiores agravos que causam mortes em todo o mundo. Diante essa afirmativa, o estudo representou características de que definiram o perfil de pacientes cardíacos com pósinfarto que estavam internos na UTI. Em análise, pode-se identificar que a maioria dos internos com esse perfil tinham 65 anos a mais, os níveis de escolaridade variaram no ensino fundamental incompleto e eram pacientes aposentados. O estudo ainda destacou que 30% mulheres e 70% de homens internos com IAM e diagnóstico associado com 50% de Hipertensão Arterial. A taxa de desfecho do internamento da UTI esteve em torno de 66% em Alta
9 25 hospitalar e 34% obteve-se óbito. A média de internamento na UTI esteve em 2 dias e acima de 4. Quanto ao APACHE II pode-se identificar que quanto maior o seu percentil maior seria a possibilidade de óbito. Diante os dados apresentados, confirma-se que é de suma importância o uso do APACHE II dentro da UTI, da qual pode informar dados mais precisos sobre a situação do paciente e ainda nortear a equipe e direcionar cuidados diferenciados. O nível de atenção deve estar configurado em uma atenção individual com diagnósticos diferenciados, o que vai mudar o perfil de cuidado e melhorar a qualidade de vida deste dentro da Unidade de Terapia Intensiva. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Datasus. [internet]. Sistema de informações de mortalidade. Óbitos por residência por ano do óbito segundo capítulo CID-10. Dados preliminares de mortalidade [Acesso em junho de 2013]. Disponível em: BAENA, C. P.; et al. Tendência de mortalidade por infarto agudo do miocárdio em Curitiba (PR) no período de 1998 a Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 98, n. 3, mar Disponível em < ttext&pid=s x &lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 19 mar CALUZA, A. C. V.; et al. Rede de infarto com supradesnivelamento de ST: sistematização em 205 casos diminui eventos clínicos na rede pública. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 99, n. 5, nov Disponível em < ttext&pid=s x &lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 18 mar CARDOSO, C. O; et al. Intervenção Coronariana percutânea em pacientes com mais de 70 anos: análise de desfechos intra-hospitalares na era contemporânea. Rev. Bras. Cardiol Ivasiva; 16(1): FERREIRA, G. M. T. M.; et al. Maior letalidade e morbidade por infarto agudo do miocárdio em hospital público, em Feira de Santana - Bahia. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2009, vol.93, n.2, pp ISSN X. FREITAS, H. F. G.; et al. Assistência circulatória em choque cardiogênico pós-infarto agudo do miocárdio. Arq. Bras. Cardiol. [online]. 2012, vol.98, n.6, pp. e96-e98. ISSN X. JUNIOR; N.R.T; et al. Resultados Hospitalares da intervenção coronária percutânea primária no infarto agudo do miocárdio em pacientes com mais de 80 anos. Rev. Bras. Cardiol Ivasiva; 18(1): LAIZO, A.; DELGADO, F.E.F; ROCHA, G.M. Complicações que aumentam o tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva na cirurgia cardíaca. Rev. Bras. Cir. Cardiovasc.; 25(2): LIBERMAN, A. Aspectos epidemiológicos e o impacto clínico da hipertensão no indivíduo idoso. Rev. Bras. Hipertens. Vol. 14 (1):17-20, MARTINS, J.J. O Cotidiano de Trabalho de Enfermagem em UTI: prazer e sofrimento? [dissertação]. Florianópolis (SC): Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina; MORTON, P. G. Cuidados Críticos de Enfermagem: uma abordagem holística. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
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