Alentejo no horizonte 2020 desafios e oportunidades Vendas Novas, 2 de Julho 2013 Luis Cavaco Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo
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1 Alentejo no horizonte 2020 desafios e oportunidades Vendas Novas, 2 de Julho 2013 Luis Cavaco Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo
2 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO PARA A REGIÃO ALENTEJO População duplamente envelhecida e incapacidade para atrair e fixar população jovem e/ou qualificada rarefacção de massa crítica suficiente ao desenvolvimento de projectos intensivos em recursos humanos Baixos níveis de qualificação dos Recursos Humanos e sua desadequação ao mercado de trabalho regional, Elevadas taxas de abandono escolar, sobretudo na população masculina Estrutura empresarial assente em actividades de baixo valor acrescentado e fraca incorporação de inovação e de conhecimento, bem como baixos níveis de investimento em I&D, onde a formação profissional e as tecnologias de informação apresentam um grau de disseminação insuficiente Localização periférica face aos mercados de maior dinamismo económico, fraca internacionalização da actividade produtiva e insuficiência de conhecimento dos mercados potenciais e redes de distribuição associadas. Tecido produtivo fragmentado e sem tradição associativa dos empresários. Défice de cultura empreendedora, de cooperação, complementaridade e coopetição
3 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO PARA A REGIÃO ALENTEJO Potencial de produção de energias renováveis elevado incluindo: energia solar, hídrica, eólica, energia das marés, das ondas e das correntes e bioenergia Acesso a uma vasta área atlântica que pode permitir a exploração de oportunidades para actividades científicas e tecnológicas (ligadas às ciências do mar e da energia), económicas e turísticas. Porta atlântica da Europa. Tecido económico especializado no sector primário com claras vantagens competitivas da região face ao país, traduzidas em mais elevadas e crescentes produtividades, consequência de uma forte aposta no alargamento das cadeias de valor da agricultura à agro-indústria e às indústrias alimentares. Condições adequadas à modernização agrícola e agro-pecuárias associadas, nomeadamente à qualificação da zona de influência do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva, através da intensificação de culturas associadas ao regadio
4 TENDÊNCIAS DE EVOLUÇÃO PARA A REGIÃO ALENTEJO Potencial de atracção de investimento em actividades de serviços que à escala mundial se deslocalizam para regiões que combinam características naturais, ambientais, culturais e de disponibilidade de recursos humanos qualificados; Potencial de atracção de fluxos de turismo resultantes da procura de espaços residenciais em localizações com clima ameno, qualidade ambiental e paisagística, condições de segurança e bons serviços de saúde por parte de sectores com elevado poder de compra da população europeia; Disponibilidade de vastos espaços territoriais com baixa densidade populacional que os tornam atractivos para um conjunto de actividades como a aeronáutica e os serviços associados às energias renováveis; Existência de um quadro de governança estabilizado para a implementação de um Sistema Regional de Transferência de Tecnologia que enquadra o ecossistema de inovação regional e de investimentos infra-estruturais programados nos domínios da Ciência e Tecnologia e sistema de I&D regional, bem como de qualificação da rede ferroviária de mercadorias e plataformas de apoio logístico
5 ALENTEJO VISÃO ESTRATÉGICA Em função do diagnóstico é possível apontar como Visão Estratégica para a Região Alentejo nos próximos sete anos: Construir uma região atractiva, competitiva, coesa, inovadora e sustentável, fundada na qualificação do capital humano, na qualidade ambiental, nos recursos endógenos e na iniciativa criadora, que proporcione o desenvolvimento sustentável da região e a sua aproximação a níveis elevados de qualidade de vida
6 ALENTEJO VISÃO ESTRATÉGICA Quatro desígnios para a Região Alentejo no âmbito da definição do Novo Ciclo de Programação dos Fundos Estruturais Reforço da Competitividade Económica baseada na Inovação e no Conhecimento, orientada para o Desenvolvimento Sustentável e para a Internacionalização 2 Adequação da Estrutura de Qualificação de Recursos Humanos e Promoção da Empregabilidade 3 Desenvolvimento Sustentável, Promoção Ambiental e Eficiência Energética 4 Coesão Territorial e Social Rumo ao Favorecimento de um Modelo de Governança e de Capacitação Institucional para a Cooperação
7 AFECTAÇÃO DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS NO PERÍODO Enfoque primordial à vertente empresarial e à competitividade económica da Região Alentejo, devendo apostar-se fundamentalmente: a) Na relação entre indústria e Centros de I+D+I; b) Na qualificação das zonas de localização empresarial e sua promoção integrada; c) Na criação de sistemas de incentivos adequados à realidade empresarial regional, sobretudo no que concerne à dimensão média da malha empresarial regional; d) Nas fileiras estratégicas implantadas e emergentes da Região Alentejo, com enfoque especial nas actividades com potencial de internacionalização e de atracção de investimento e de pessoas; e) Na consolidação do desafio da promoção do empreendedorismo de base local, numa óptica alargada, ou seja, de cultura empreendedora de âmbito empresarial, nas organizações públicas e privadas, bem como na criação de novas empresas e emprego;
8 AFECTAÇÃO DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS NO PERÍODO Prioridade à transição para uma economia de baixo teor de carbono, centrando-se previsivelmente nas seguintes medidas: a) Adopção de medidas de eficiência energética tanto no sector público como nas empresas com implementação de acções com baixos custos de implementação e ganhos relevantes em termos de factura energética, dando igualmente destaque ao vasto património cultural da região Alentejo; b) Produção de energias renováveis de forma localizada para consumo próprio com base nos recursos existentes; c) Potenciar a implementação de acções inovadoras ligadas com a eficiência energética e as energias renováveis; d) Implementar de forma consistente e integrada infra-estruturas e plataformas tecnológicas que incrementem a eficiência colaborativa e reduzam consumos de energia (proximidade e mobilidade através das tecnologias de informação);
9 AFECTAÇÃO DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS NO PERÍODO Apostar em medidas de fomento da coesão social e da inclusão, traduzidas no estímulo e implementação de um conjunto de medidas integradas de empregabilidade regional assentes nos recursos endógenos do território, nos produtos e serviços de base local e apostando em lógicas de cluster; 4. Dar destaque à criação de programas integrados de atractividade do território agregando um leque de medidas de incentivo de vária ordem, de excepções e isenções fiscais diversas, de política da habitação e de solos, de formação, de apoio familiar, etc. que a par do investimento produtivo estimulem a mobilidade em direcção ao Alentejo; 5. Reforçar a coesão territorial e a sua conectividade interna e externa numa óptica de conexão ao sistema europeu de transporte de mercadorias e de valorização do potencial logístico regional;
10 AFECTAÇÃO DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS NO PERÍODO Qualificar os aglomerados urbanos e as suas infra estruturas básicas dotando-as de amenidades (saúde, educação, cultura e lazer) passiveis de aumentar os níveis de qualidade de vida a níveis indutores da atractividade de residentes; 7. Reforçar a coesão territorial pela capacitação em rede das organizações, infraestruturas de desenvolvimento económico e social e pessoas, suportada nas tecnologias de informação que permita somar valor das partes existentes e a atrair para a região (exemplo: cluster aeronáutico Évora-Beja-Ponte de Sor); 8. Definir e implementar programas de acção territoriais integrados e multifundos que articulem as estratégias ou planos de acção locais já existentes (como os resultantes dos processos de elaboração das Agendas 21, dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Territorial ou do Pacto de Autarcas), potenciem investimentos de âmbito supramunicipal e permitam aplicar as orientações nacionais sectoriais;
11 AFECTAÇÃO DOS FUNDOS COMUNITÁRIOS NO PERÍODO Apostar em medidas de capacitação institucional e de modernização administrativa que permitam às organizações públicas e privadas da Região Alentejo dar resposta aos desafios que se colocam ao território no próximo período de programação; 10. Estimular a constituição de redes interinstitucionais que visem a cooperação com outras regiões a nível nacional e internacional e que permitam dar visibilidade ao território e viabilizar iniciativas de desenvolvimento mais exigentes do ponto de vista dos recursos e das competências de suporte, valorizando a dinamização de lógicas de eficiência colectiva.
12 PRÓXIMOS PASSOS Conjugar as estratégias produzidas pelas várias Comunidades Intermunicipais do Alentejo de forma a construir alguns Programas e Projectos comuns a todo o espaço territorial da Região. Consensualizar estes Programas e Estratégias com todos os actores regionais de forma a encontrar as sinergias necessárias ao desenvolvimento. Obrigado pela Atenção.
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