DESIGUALDADE DE RENDA E POBREZA RURAL NO BRASIL SEGUNDO O GÊNERO: UMA ABORDAGEM REGIONAL COM OS RESULTADOS DA PNAD 2009

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1 DESIGUALDADE DE RENDA E POBREZA RURAL NO BRASIL SEGUNDO O GÊNERO: UMA ABORDAGEM REGIONAL COM OS RESULTADOS DA PNAD 2009 Ezequiel da Silva Calisto Faculdade de Ciências Econômicas Centro de Economia e Administração ezequielcalisto@hotmail.com Nelly Maria Sansígolo de Figueiredo Desigualdades socioeconômicas e políticas públicas Centro de Economia e Administração nelly.figueiredo@puc-campinas.edu.br Resumo: Este trabalho estuda os determinantes da renda e da pobreza no rural brasileiro em 2009, associadas às discriminações no mercado de trabalho com relação ao gênero e raça/cor entre a população economicamente ativa (PEA) rural restrita das regiões brasileiras. Após o processamento dos microdados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) 2009, investigam-se o perfil da ocupação da PEA rural, incluindo o setor de atividade, a formalidade do emprego, a posição na ocupação, a escolaridade e a experiência no trabalho, sempre com a preocupação de identificar as disparidades por gênero e raça/cor, principalmente contra a mulher negra/parda no mercado de trabalho. Também são apresentados resultados dos seguintes indicadores: renda; medidas de pobreza (proporção de pobres e índice FGT); índice de Gini para a desigualdade de renda; índice de educação; grau de formalidade entre os empregados (proporção de carteiras assinadas) e o índice de nível de vida rural (INRV).Os resultados Palavras-chave: distribuição de renda, pobreza, gênero, economia regional Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas Economia Agrária CNPq. 1. INTRODUÇÃO Desde a década de 60, a agropecuária brasileira passou por uma intensa modernização da produção. As mudanças tecnológicas na agricultura, a urbanização e a busca de trabalho fora do espaço rural, transformaram as condições de trabalho da população rural. Houve diversificação das atividades econômicas no espaço rural e o acesso à comunicação com o meio urbano permitiu o emprego de trabalhadores rurais no meio urbano e vice-versa. Dessa forma, a modernização da agricultura tende a contribuir para o declínio do emprego nas atividades agropecuárias tradicionais e para a crescente diversificação de atividades agrícolas não tradicionais e de atividades não-agrícolas no meio rural. Além disso, a facilidade de acesso ao emprego urbano cria novas oportunidades de emprego para a população rural. De acordo com Kageyama (2008), nas décadas 1980 e 1990 os aumentos de trabalhos não-agrícolas no espaço rural têm sido associados à redução da pobreza, porém esta autora aponta que esses trabalhos são de baixa qualidade e essa situação é agravada quando se investiga as diferenças por gênero, principalmente para a inserção no trabalho não-agrícola, pois se percebe a predominância de mulheres em atividades com condições precárias de trabalho, como a prestação de serviços domésticos, como ressalta Basaldi (2000). E para Bruschini (2007), apesar da maior escolaridade média das mulheres brasileiras em relação aos homens, elas recebem salários mais baixos comparativamente aos homens que desempenham as mesmas ocupações, tanto no meio urbano como no meio rural. 2. METODOLOGIA O estudo é desenvolvido para a população economicamente ativa (PEA) do rural brasileiro a partir dos microdados da PNAD 2009, fornecidos em meio digital. Para a extração das amostras e a elaboração das tabelas de resultados utilizou-se o software SPSS, considerando os seguintes cortes geográficos: as regiões Norte (N), Nordeste (NE), Sudeste (SE) exclusive São Paulo (SP), Centro-Oeste (CO), Sul (S) e o estado de São Paulo (SP), que será analisado isoladamente em comparação com as demais regiões, devido suas características socioeconômicas distintas dos demais estados da região Sudeste. Além dos cortes geográficos, também são considerados quatro cortes segundo o gênero e a cor (masculino e feminino) x (branca /amarela e parda /negra/indígena). Dos dados da PNAD foram separados apenas os residentes rurais, que segundo o IBGE compreende as seguintes localizações: 1) aglomerado de extensão urbana, localizados fora do perímetro urbano, de caráter urbano; 2) povoado, que é o aglomerado rural isolado que oferece um número mínimo de serviços ou equipamentos; 3) núcleo, que é o aglomerado

2 rural isolado de caráter privado ou empresarial, vinculado a um único proprietário do solo que dispõe de serviços e equipamentos; 4) outros aglomerados que não dispõem de um mínimo de serviços ou equipamentos; 5) área rural exceto aglomerado (IBGE, 2000). Para delimitar os ocupados foram incluídas as pessoas com 10 anos ou mais de idade que efetivamente trabalharam na semana de referência. Além disso, a amostra foi depurada, eliminando-se os indivíduos ocupados nas categorias de produção para autoconsumo e construção para uso próprio, e os indivíduos que trabalhavam menos de 9 horas semanais e com rendimento zero, adotando-se assim, neste trabalho, um conceito de PEA restrita. Além disso, foram excluídas as pessoas ocupadas que desempenhavam atividades mal-definidas. A escolaridade média é calculada considerando apenas pessoas com idade igual ou superior a 15 anos de idade, separadas por faixas de idade (de 15 a 25 anos, de 25 a 65 anos e acima de 65 anos). Para o estudo dos rendimentos, pobreza e distribuição da renda é utilizado o rendimento médio no trabalho principal, em todos os trabalhos e rendas médias de pensões e aposentadorias. A desigualdade da distribuição da renda é medida pelo índice de Gini, conforme Hoffmann (1998); E a pobreza é medida pelos índices H (proporção de pobres), Insuficiência de renda e FGT; E as linhas de pobreza foram definidas com base no salário mínimo corrente de R$ 465,00 em setembro de 2009 (um salário mínimo, meio salário mínimo e um quarto do salário mínimo). Com objetivo de investigar o caráter multidimensional da pobreza, além dos indicadores monetários, também é apresentado comparações utilizando o índice de nível de vida rural (INVR), conforme proposto por Kageyama (2008: ). 3. RESULTADOS SEGUNDO A REGIÃO A amostra resultante para a PEA rural restrita do Brasil em 2009 é de 13,1 milhões de pessoas. Sendo que o Nordeste concentra 43,4% da população, seguido pelo Sul com 18,7%. Já o Sudeste (exclusive São Paulo), tem 13,9% da PEA rural e São Paulo analisado separadamente detém 7,4% da população. Quanto ao Norte e ao Centro-Oeste, participam com as proporções mais baixas na PEA rural, 11% e 5,7%, respectivamente, conforme a Tabela 1. Porém é importante destacar que as regiões Norte e Nordeste juntas correspondem a mais da metade da PEA rural, o que é relevante para esta análise quando se estuda a distribuição de renda, segundo a região e as demais condições sócio-econômicas da PEA rural. Mais adiante, nesse trabalho, serão apresentados dados sobre a distribuição de renda no rural brasileiro. Tabela 1. Proporção da população economicamente ativa (PEA) do rural brasileiro, segundo a região. Brasil, Região PEA rural (número) PEA rural restrita (%) N NE SE (exceto SP) S CO ,7 SP ,4 Total Conclui-se que as categorias mais freqüentes em todas as regiões estudadas são empregados e conta-própria, mas os ocupados sem-remuneraçao têm uma participação muito significativa na PEA rural do Sul (25,3%,), Nordeste (21,1%) e Norte (20,5%) comparativamente as demais regiões estudadas, de acordo com o Gráfico 1. Além disso, a formalidade do emprego é mais baixa nestas três regiões em relação ao restante da amostra, mostrando precariedade do emprego muito elevada para estas três regiões. Gráfico 1. Proporção de ocupados segundo a posição na ocupação do trabalho principal por Região geográfica, Brasil, Os resultados também mostram que a taxa de desemprego é muito elevada para São Paulo, 7,3%, enquanto que esta taxa é mais baixa no Sudeste (exceto SP) e no Sul, ambas possuem 2,4% de desocupados rurais. Pelos resultados do Gráfico 2, as regiões com maiores proporções de ocupados na agricultura são o Nordeste e o Sudeste (exceto SP), respectivamente, enquanto que em São Paulo apenas 28,1% dos ocu-

3 pados rurais se dedicam a esta atividade. Quanto ás ocupações não- agrícolas mais freqüentes são: indústria de transformação, comércio e reparação, construção, serviços domésticos e educação, saúde e serviços sociais. E percebe-se que em São Paulo, há uma diversificação elevada de atividades nãoagrícolas em relação às demais regiões estudadas. Gráfico 2. Proporção de ocupados agrícola e não-agrícola na PEA rural, segundo a Região, Brasil, O rendimento no trabalho principal é mais elevado em São Paulo, apesar da taxa de desocupados ser mais elevada neste estado. Já o Centro-Oeste e o Sul são os segundos e terceiros classificados, nas dimensões do rendimento, respectivamente. Enquanto que o Nordeste tem rendimento médio no trabalho principal muito precário, 40,1%, mais baixo comparativamente à PEA rural total. Nos indicadores de pobreza São Paulo e Centro- Oeste, respectivamente, apresentam as menores proporções de pobres e extremamente pobres, enquanto que nas regiões Nordeste, Norte e Sul, respectivamente, tanto a pobreza quanto a indigência são muito severas. Pelos resultados obtidos, contatase que o Nordeste é a região com maior peso de o- cupados rurais na PEA restrita e as condições de vida nesta região são tão precárias que 73,7% dos ocupados rurais ganham menos de um salário mínimo. Dentre o corte estudado, São Paulo apresenta o melhor índice de escolaridade média, 7,6 anos de estudo e a melhor proporção de alfabetizados, 94,2%, enquanto que o nordeste apresenta a pior escolaridade, apenas 4,2 anos de estudo e a pior proporção de pessoas que sabem ler e escrever, 71,8%, como pode ser visto na Tabela 2. Além disso, a escolaridade é mais elevada para os ocupados rurais entre 15 e 25 anos para todas as regiões estudadas e vai piorando para as outras faixas de idade estudadas. Tabela 2. Escolaridade média em anos de estudo e proporção que sabe ler e escrever da PEA rural brasileira, segundo a região, Brasil, Sabe ler e Região PEA rural Média escrever (%) N NE SE (exceto SP) S CO SP , 2 4, 2 5, 2 6, 2 5, 9 7, 6 83,9 71,8 86,9 94,1 88,7 94,2 Quanto às dimensões da qualidade de vida, medida pelo INVR, São Paulo e Sul, respectivamente, apresentam melhores condições de vida, enquanto que o Nordeste e o Norte apresentam as piores proporções de água canalizada, banheiro, luz elétrica, geladeira e telefone. Quanto ao indicador de esgoto sanitário é mais precário no Centro-Oeste, apenas 9,1%, mas o Nordeste e o Norte também apresentam precariedade em esgoto sanitário. secr-nupex.cea@puc-campinas.edu.br 4. RESULTADOS SEGUNDO O GÊNERO Dos resultados segundo o gênero e raça/cor, percebe-se que os homens têm o peso mais elevado na PEA rural, 67,7%, contra apenas 32,3% de mulheres, pelos resultados do Gráfico 3. Além disso, os homens não-brancos têm participação mais elevada comparativamente ao restante da amostra, 59,2%. Gráfico 3. Proporção da PEA do rural brasileiro, segundo o gênero, Brasil, Nota-se no Gráfico 4, que entre os homens, a proporção de ocupados em atividades agrícolas é mais elevada comparada às mulheres, enquanto que as mulheres têm a maior proporção de ocupadas em atividades não-agrícolas. Mas em construção os ho-

4 mens participam mais comparativamente ás mulheres, enquanto que entre as mulheres há maior participação em educação, saúde e serviços sociais e serviços domésticos. E homens brancos e mulheres brancas têm maiores proporções em indústria de transformação e comércio e reparação em relação aos homens não-brancos e mulheres não-brancas. Gráfico 4. Proporção de ocupados agrícola e não-agrícola na PEA rural, segundo o gênero e raça/cor, Brasil, Quanto à posição na ocupação os homens nãobrancos e mulheres não-brancas têm maiores proporções de empregados. Os homens são mais freqüentes nas categorias conta própria e empregadores, enquanto que as mulheres em geral, tanto brancas como não-brancas, cerca de 1/3 participam na categoria sem-remuneração, como pode ser visto nos resultados do gráfico 5. Gráfico 5. Distribuição da PEA rural segundo a posição na ocupação, por gênero e raça/cor, Brasil, As mulheres têm rendimento pior que os homens no trabalho principal e em todos os trabalhos, pois a renda média no trabalho principal para mulheres brancas é 48,8% mais baixa comparativamente aos homens brancos e 9,7% mais baixa em relação aos homens não-brancos. E para as mulheres nãobrancas este indicador é muito pior comparativamente ao restante da amostra. Recortando o rendimento por setor de atividade, conclui-se que o rendimento médio das mulheres nas atividades agrícolas é muito baixo comparativamente aos homens representando péssimas condições de trabalho para as mulheres nesta atividade. E as mulheres também recebem salário mais baixo que os homens também nas atividades não-agrícolas de indústria de transformação, comércio e reparação e serviços domésticos. Pelos resultados da Tabela 3, constata-se que o grau de formalidade determina o nível de rendimento, sobretudo para as mulheres que tem aproximadamente 80% de ocupadas sem carteira assinada e participação maior em trabalhos de má qualidade, comparativamente aos homens. Tabela 3. Rendimento médio no trabalho principal segundo a formalidade, gênero e raça/cor, Brasil, nãobranca nãobranco branca branco Formalidade Renda s/ carteira 163,3 355,4 260,2 722,3 Sem carteira 80,4% 79,9% 73,6% 75,8% Renda c/ carteira 649, ,8 895,8 Com carteira 19,6% 20,1% 26,4% 24,2% Em serviços domésticos mesmo com carteira assinada o rendimento médio dos homens é mais alto que o rendimento das mulheres. Quando o trabalhador doméstico não tem carteira assinada, a situação é muito pior, os homens brancos tem rendimento médio 40,6% mais alto em relação às mulheres brancas e 48% mais alto comparativamente as mulheres não-brancas. E os homens não-brancos recebem salários 42% mais elevados que as mulheres brancas e 49,2% mais alto em relação às mulheres não-brancas. De acordo com os resultados do índice de Gini na Tabela 4, a renda é mais bem distribuída entre os homens em relação ás mulheres e, constata-se menos desigualdade na distribuição da renda entre os homens não-brancos comparado aos brancos. E para as mulheres não-brancas o Gini é menos elevado comparativamente ás mulheres brancas. Mas pelos cálculos da proporção de pobres (P0), da insuficiência de renda (P1) e do FGT (P2), a severidade da pobreza é maior para as mulheres em relação aos homens, pois entre as mulheres brancas 51,2% são afetadas pela pobreza e 42,6% vivem em situação de extrema pobreza. E entre as mulheres não-brancas

5 estes índices são mais precários, 60,1% das mulheres não-brancas são pobres e 47,3% são extremamente pobres. Tabela 4. Índices de pobreza e desigualdade segundo gênero e raça/cor, Brasil, Pobreza e desigualdade nãobranca nãobranco branca branco Gini 0,618 0,5 0,65 0,55 P0 60,1 36,9 51,2 25,5 P1 0,462 0,23 0,43 0,18 P2 (FGT) 0,411 0,19 0,4 0,15 Como pode ser visto na Tabela 5, a escolaridade média em anos de estudos é mais alta pra as mulheres brancas comparativamente aos homens, pois as mulheres brancas têm escolaridade de 6,9 anos de estudo e proporção de alfabetizadas é de 93,9%, enquanto que para as mulheres não-brancas é de 5,6 anos de estudo e 82,5% sabem ler e escrever. E os homens brancos têm média de anos de estudo mais elevada que os homens não-brancos. Tabela 5. Escolaridade média em anos de estudo e proporção que sabe ler e escrever da PEA do rural brasileiro, segundo o gênero e raça/cor, Brasil, PEA rural Sabe ler e Anos de escrever (%) Gênero e raça/cor Número estudo es não-brancas , 6 82,5 Homens não-brancos , 2 74,0 es brancas , 9 93,9 Homens brancos , 6 87,7 Constata-se pelo índice de vida rural (INVR) nos resultados da Tabela 6 que as mulheres brancas estão em condições de vida muito mais favoráveis em relação às mulheres não-brancas e aos homens. E os homens brancos apresentam qualidade de vida a- proximadamente 15p.p. mais alto em relação aos homens não-brancos e cerca de 11p.p. mais elevado que as mulheres não-brancas. Dessa forma, percebe-se que existe uma discrepância elevada no índice de qualidade de vida segundo a raça/cor. Tabela 6. Índice de qualidade de vida rural por gênero e raça/cor, Brasil, nãobrancbranco não- branca branco Água canalizada 0,644 0,588 0,849 0,814 Banheiro 0,795 0,760 0,930 0,904 Esgoto sanitário 0,243 0,192 0,387 0,335 Luz elétrica 0,920 0,904 0,972 0,965 Geladeira 0,760 0,717 0,910 0,881 Telefone 0,562 0,497 0,755 0,703 INVR 0,654 0,610 0,800 0, CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho permitiu explorar a partir dos dados da PNAD 2009, as principais características da PEA rural brasileira restrita. E os resultados obtidos definem o perfil dos ocupados rurais, como o setor de atividade, a formalidade no emprego, a posição na ocupação entre outros, além de informações sobre a escolaridade e a experiência no trabalho, identificando as disparidades por região, gênero e raça/cor. Pelos resultados deste trabalho, conclui-se que apesar das regiões Nordeste, Sul e Norte concentrarem os maiores pesos da PEA rural restrita, estas regiões tem as maiores proporções de ocupados semremuneração e o grau de formalidade do emprego é muito baixo comparativamente as demais regiões do corte estudado. E constata-se que o Nordeste e o Sudeste (exceto SP) possuem as maiores proporções de ocupados em atividades agrícolas, enquanto que São Paulo tem uma proporção baixa de ocupados agrícolas, mas em São Paulo há elevada diversificação de atividades não-agrícolas comparativamente ao restante da amostra. Observa-se que o rendimento médio no trabalho principal é mais elevado em São Paulo, Centro-Oeste e Sul, respectivamente, enquanto que este indicador é muito precário no Nordeste. E pelos resultados dos indicadores de pobreza as regiões Nordeste, Norte e Sul têm as maiores proporções de extremamente pobres. É importante destacar que o Nordeste tem 73,7% de ocupados que recebem menos de um salário mínimo, e apenas 71,8% destas pessoas sabem ler e escrever com escolaridade média de apenas 4,2 anos de estudo. Pelos resultados segundo a raça/cor, nota-se que os homens tem as maiores proporções em atividades agrícolas, enquanto que as mulheres tem proporções elevadas em algumas atividades não-agrícolas, principalmente em serviços domésticos, mas são trabalhos de baixa qualidade, o grau de formalidade é muito baixo, o que influencia muito no rendimento auferido para as mulheres. E percebe-se que até mesmo em atividades tipicamente femininas as mulheres recebem menos salário que os homens, Além disso, as mulheres possuem proporções muito elevada em

6 ocupadas sem-remuneração. Todos estes fatores juntos contribuem para o elevado grau de precariedade para o trabalho feminino. Pelos resultados de desigualdade e pobreza, observa-se que a renda é melhor distribuída entre os homens, principalmente entre homens-não brancos, mas a distribuição é menos desigual para mulheres não-brancas comparada as mulheres brancas. Destaca-se que a pobreza é mais severa para as mulheres em relação aos homens, pois 51,2% das mulheres brancas são afetadas pela pobreza e 42,6% vivem em situação de extrema pobreza. E entre as mulheres não-brancas estes índices são mais precários, 60,1% das mulheres não-brancas são pobres e 47,3% são extremamente pobres. Mas as mulheres têm melhores indicadores de escolaridade média em anos de estudo e de qualidade de vida INVR comparativamente aos homens. AGRADECIMENTOS Agradeço ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da Bolsa de Iniciação Científica PIBIC. E agradeço á Prof (ª). Dr (ª). Nelly Maria Sansigolo de Figueiredo pela orientação, compreensão e dedicação a esta pesquisa. REFERÊNCIAS [1] ABRAMO, Laís Wendel. A inserção da mulher no mercado de trabalho: uma força de trabalho secundária? (2007), Tese (Doutorado em Sociologia). Programa de Pós- Graduação em Sociologia, USP, São Paulo, [2] BASALDI, Otavio. Características do emprego rural no Estado de São Paulo nos anos 90. Campinas: Unicamp, 2000 (dissertação de mestrado). [3] BRUSCHINI, Maria Cristina Aranha (2007) Trabalho e gênero no Brasil nos últimos 10 anos. Cadernos de Pesquisa, v.37, n132, p [4] HOFFMANN, R. (1998) Distribuição da renda: medidas de desigualdade e pobreza. São Paulo: Edusp. [5] HOFFMANN, R.; NEY, M.G. (2003) Desigualdade de renda na agricultura: O efeito da posse da terra. Revista Economia, v.4, n.1, p [6] HOFFMANN, R. Distribuição da renda agrícola e sua contribuição para a desigualdade de renda no Brasil, Revista de Política Agrícola, Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasília. N 2, Abr./Mai./Jun., pag.5-22, [7] IPEA. Comunicado da Previdência. N 11: PNAD 2007 Primeiras análises: Demografia gênero. Brasília: IPEA, [8] IPEA. Comunicado da Previdência. N 31: PNAD 2008 Primeiras análises: Demografia, Trabalho e previdência. Brasília: IPEA, [9] IPEA. Comunicado da Previdência. N 31: PNAD 2008 Primeiras análises: Demografia, Trabalho e previdência. Brasília: IPEA, [10] KAGEYAMA, Ângela Desenvolvimento Rural. Conceitos e Aplicação ao caso brasileiro. Porto Alegre: Editora da UFRGS. [11] KAGEYAMA, Ângela. Diversificação das rendas nos domicílios agrícolas no Brasil, 1992 e Economia e Sociedade, Campinas, v.12, n.1(20), jan./jun [12] KAGEYAMA, Ângela. Modernização, produtividade e emprego na Agricultura: uma análise regional. Campinas: UNICAMP, 1985 (tese doutorado). [13] PNAD, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (2009). Microdados (CD), IBGE. [14] POCHMANN, Márcio. Desenvolvimento trabalho e renda no Brasil. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, pag [15] ROCHA, Sonia. Renda e pobreza Medidas per capta versus adulto-equivalente. Texto para discussão n 609, Rio de Janeiro, IPEA, 1998, pag [16] ROCHA, Sonia. Pobreza no Brasil: Afinal do que se trata?. Rio de Janeiro, Editora: FGV, [17] SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo, Companhia das Letras, [18] Santos, M.; Silveira, M. L. O Brasil: Território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro, Record, 2001 pag [19] VEIGA, J. E. O Brasil rural ainda não encontrou o seu eixo de desenvolvimento, Texto para discussão. Estudos avançados, Vol.15, n 43, São Paulo Set./Dez Disponível em:

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