INCAPACIDADE AUDITIVA AUTO- DECLARADA NA POPULAÇÃO PORTUGUESA Uma Análise aos Dados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde

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1 ARTIGO ORIGINAL Acta Med Port ; : - INCAPACIDADE AUDITIVA AUTO- DECLARADA NA POPULAÇÃO PORTUGUESA Uma Aálise aos Dados do Quarto Iquérito Nacioal de Saúde Sofia Pito DE ALMEIDA, José Mariho FALCÃO R E S U M O A deficiêcia auditiva está associada a um impacto psicossocial egativo, que se traduz uma dimiuição da qualidade de vida do idivíduo. Apesar das cosequêcias egativas desta icapacidade pouco é cohecido sobre a sua prevalêcia em Portugal. Objectivo: Estimar a prevalêcia da icapacidade auditiva auto-declarada uma amostra represetativa da população portuguesa. Material e Métodos: Os dados utilizados a realização deste estudo foram gerados pelo º Iquérito Nacioal de Saúde (INS), -6, coduzido pelo Istituto Nacioal de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA, ) e pelo Istituto Nacioal de Estatística (INE, ). A amostra foi seleccioada com o fim de ser represetativa das pricipais regiões (NUTS II) de Portugal. Os dados foram obtidos por etrevista pessoal, o domicílio, por pessoal treiado de acordo com um protocolo uiformizado. Obteve-se iformação sobre características sociais e demográficas, e a situação relativa à icapacidade auditiva. Aalisou-se a prevalêcia de icapacidade auditiva auto-declarada por região, sexo, grau de escolaridade e grupo etário. Resultados: Observou-se um aumeto da percetagem de idivíduos com icapacidade auditiva («moderada» ou «grave») com o aumeto da idade e uma prevalêcia bruta e padroizada pela idade mais elevada o sexo masculio do que o sexo femiio. No cojuto dos dois sexos a maior percetagem bruta de icapacidade auditiva foi observada a região do Aletejo % os homes e % as mulheres. No etato, após padroização pela idade, a Região Norte teve o valor mais elevado o cojuto dos dois sexos (6%), ficado a Região do Aletejo em segudo lugar (%). A Região Autóoma da Madeira teve a prevalêcia padroizada mais baixa (,%). No cojuto dos dois sexos, a prevalêcia de icapacidade auditiva dimiuiu com o aumeto do grau de escolaridade. Este facto verificou-se em todos os grupos etários do sexo masculio e a maior parte deles, o sexo femiio. Coclusões: Face a esta situação, afigura-se importate promover a ivestigação epidemiológica sobre icapacidade auditiva omeadamete possíveis exposições com ela relacioadas as várias Regiões e a sua distribuição as respectivas populações. S.P.A., J.M.F.: Departameto de Epidemiologia, Istituto Nacioal de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Lisboa CELOM Recebido em: de Setembro de Aceite em: de Outubro de

2 Sofia Pito DE ALMEIDA et al, Icapacidade auditiva auto-declarada a população portuguesa..., Acta Med Port. ; ():- S U M M A R Y SELF-REPORTED HEARING-LOSS IN THE PORTUGUESE POPULATION Evidece from the th Natioal Health Survey Hearig loss is associated with a egative social impact, which implies a lower quality of life. Despite its egative cosequeces the prevalece of hearig loss i the Portuguese populatio is ot well kow. Objective: The aim of this study was to assess the prevalece of self-reported hearig loss, i a represetative sample of the Portuguese populatio. Methods: We aalysed data from the th Portuguese Natioal Health Survey (- 6), coducted by the Natioal Istitute of Health, Dr. Ricardo Jorge ad the Natioal Istitute of Statistics. Participats were selected from households i the seve regios of Portugal (NUTS II classificatio), usig a multi-stage radom probability desig. Traied iterviewers coducted face-to-face iterviews i each household ad obtaied iformatio o social ad demographic characteristics, ad hearig loss situatio. The prevalece of self-reported hearig loss was estimated by sex, age group, regio ad level of educatio. Results: The prevalece of self-reported hearig loss was higher i me, ad icreased with age, i both sexes. The crude prevalece of hearig loss was higher i Aletejo regio (% i me ad % i wome) tha i ay other Regio. After age-adjustmet, the Norther regio had the highest percetage (6%), ad the Aletejo regio the secod value (%). The Madeira Regio had the lowest age-adjusted prevalece (,%). The percetage of hearig loss decreased with higher educatio, for most age groups both i me ad wome. Coclusios: This study showed that hearig loss was associated with high age groups, male geder ad lower level of educatio. Facig this situatio, it is importat to promote epidemiological ad cliical ivestigatio about hearig loss, icludig associated exposures ad their distributio i Portuguese populatios. INTRODUÇÃO O órgão da audição ecotra-se em maior risco a juvetude e a idade adulta, devido ao ruído ambietal, seja por motivos de lazer seja por motivos profissioais, pelo que a dimiuição da audição começa a istalar-se letamete sem que de tal haja a percepção por parte do idivíduo. Nas populações idosas (mais de 6 aos) a perda/ deficiêcia auditiva foi idetificada como uma das codições cróicas mais frequetes, com uma prevalêcia que varia etre % a %. A perda auditiva tem sido associada a um impacto psicossocial egativo, com iabilidade para realizar tarefas domésticas pesadas, aumeto de acidetes ocupacioais e isolameto social,. Para a avaliação da icapacidade auditiva os métodos audiométricos são os mais adequados para fis de diagóstico clíico, o etato a sua realização em grade escala é dificultada por falta de meios, quer técicos quer ecoómicos. Como alterativa para avaliação da perda auditiva, muitos clíicos/ivestigadores utilizam questioários autoadmiistrados. Na ivestigação epidemiológica, os iquéritos de larga escala da capacidade auditiva podem forecer iformações sobre tedêcias temporais a prevalêcia da perda auditiva e cotribuir para a idetificação de áreas geográficas e grupos de risco. Estes iquéritos podem ser um meio rápido e ecoómico para proporcioar estimativas em grades populações, ode os meios ecoómicos e a dispoibilidade de meios humaos seriam restritivos. A realização de testes audiométricos em larga escala gera dificuldades devido aos meios técicos e ecoómicos ecessários. Desta forma a realização de iquéritos para a recolha de iformação auto-declarada de âmbito acioal, como o Iquérito Nacioal de Saúde (INS), tora-se essecial para a avaliação de icapacidades de loga duração a uma escala acioal. O presete estudo teve como objectivo estimar a prevalêcia da icapacidade auditiva auto-declarada uma amostra represetativa da população portuguesa (INS, -6). MATERIAL E MÉTODOS Os dados utilizados a realização deste estudo foram gerados pelo º Iquérito Nacioal de Saúde (INS), - 6, coduzido pelo Istituto Nacioal de Saúde Dr.

3 Sofia Pito DE ALMEIDA et al, Icapacidade auditiva auto-declarada a população portuguesa..., Acta Med Port. ; ():- Ricardo Jorge (INSA, ) e pelo Istituto Nacioal de Estatística (INE, ) 6,. A amostra foi seleccioada com o fim de ser represetativa das populações das pricipais regiões (NUTS I e II) de Portugal Norte, Cetro, Lisboa e Vale do Tejo, Aletejo, Algarve, Região Autóoma dos Açores (R.A. Açores) e Região Autóoma da Madeira (R.A. Madeira). A amostra do º INS foi costituída por todos os residetes em uidades de alojameto. Foram etrevistados idivíduos, correspodetes a uidades de alojameto fiais. Os dados sobre icapacidade auditiva foram obtidos, durate o primeiro trimestre do INS (Fevereiro a Abril de ), uma sub-amostra de idivíduos. As etrevistas foram realizadas o domicílio, por pessoal treiado de acordo com um protocolo uiformizado. O questioário sobre a icapacidade auditiva autodeclarada icluiu a perguta: Cosegue ouvir um programa de TV ou de rádio?, com as possíveis respostas Num volume que ão icomode as outras pessoas, Só com o volume alto e Não cosegue ouvir mesmo com o volume alto. Para a aálise dos dados a resposta Só com o volume alto foi cosiderada idicador de uma icapacidade auditiva moderada, e a resposta Não cosegue ouvir mesmo com o volume alto como idicador de icapacidade auditiva grave. Esta classificação ão correspode ecessariamete à que resultaria da aplicação de um critério clíico. O grau de escolaridade foi avaliado como sedo o úmero de aos que o etrevistado completou e foi classificado em três grupos: iferior ou igual a quatro aos, de cico a ove aos e mais de aos. Poderação A amostra do º INS ão foi autopoderada, isto é, ão foi proporcioal à dimesão das populações das várias NUTS. Com efeito, era pretedido obter estimativas para as populações de todas elas e uma amostra acioal autopoderada, geraria uma dimesão de amostra, em NUTS com baixa população, demasiado pequea para obter estimativas regioais com suficiete precisão. Assim, as amostras das NUTS com meor úmero de habitates (por exemplo, Aletejo, R.A. dos Açores e da Madeira) foi aumetada em relação à dimesão que lhes caberia uma amostra autopoderada. Em cotrapartida, a dimesão das amostras das NUTS com maior dimesão populacioal (por exemplo, Norte e Lisboa e Vale do Tejo) foi dimiuída em relação ao valor que teriam uma amostra autopoderada. Assim, as estimativas de prevalêcia foram obtidas com poderação para a idade, sexo e Região (NUT I e II). Os poderadores utilizados foram calculados e dispoibilizados pelo Istituto Nacioal de Estatística. Os dados recolhidos e utilizados a aálise foram desagregados por sexo, idade, Regiões (NUTS II) e grau de escolaridade. Na desagregação por grau de escolaridade, a aálise foi efectuada apeas para os idivíduos com aos ou mais. De facto, cosiderou-se que, apeas essa idade, a maior parte dos idivíduos já completou a sua escolaridade ou está prestes a coclui-la. Padroização De acordo com a literatura, a prevalêcia de deficiêcia auditiva está fortemete associada à idade, sedo muito mais elevada os grupos etários mais altos. As percetages brutas ão padroizadas Todas as idades, aos e mais são apresetadas os quadros já que costituem a melhor estimativa possível da verdadeira prevalêcia. Por outro lado, a comparação etre as populações residetes as várias NUTS foi feita grupo etário a grupo etário o que elimia o efeito das diferetes estruturas etárias das populações. No etato, iteressa que a comparação etre as populações das várias NUTS seja feita através de um valorsítese úico correspodete à percetagem Todas as idades, aos e mais com elimiação do efeito associado à existêcia de difereças as estruturas etárias das amostras. Para tal, foi utilizada uma técica de padroização directa pela idade, usado como população padrão a que resulta da distribuição da própria amostra em estudo. A padroização pela idade para comparação da prevalêcia dos sexos foi feita em sete grupos etários. A padroização para comparação das Regiões foi feita apeas em quatro grupos etários, face aos efectivos mais pequeos da amostra em cada Região. Saliete-se que as percetages Todas as idades, aos e mais, padroizadas pela idade, foram apresetadas os quadros apeas para fis de comparação. Os resultados são apresetados sob a forma de frequêcias relativas para as várias variáveis em estudo, com e sem padroização pela idade. A aálise estatística foi realizada o programa iformático SPSS. for Widows. RESULTADOS No cojuto dos dois sexos, a prevalêcia bruta de icapacidade auditiva foi de % e aumetou regularmete com a idade, atigido o valor máximo de,% o grupo etário e + aos. O sexo masculio apresetou prevalêcias maiores do que o sexo femiio a maioria dos grupos etários, especialmete a partir dos - aos (Quadro e Figura ). A padroização pela idade ão alterou relevatemete a posição relativa dos dois sexos.

4 Sofia Pito DE ALMEIDA et al, Icapacidade auditiva auto-declarada a população portuguesa..., Acta Med Port. ; ():-, Prevalêcia (%),, Homes Mulheres, Grupo etário Figura Distribuição da prevalêcia da icapacidade auditiva (moderada ou grave) segudo o grupo etário e o sexo, em Portugal No Quadro apreseta-se a distribuição das prevalêcias de icapacidade auditiva as várias Regiões (NUTS I e II). Como para o País, a percetagem de icapacidade auditiva aumetou, de uma forma geral, com a idade e foi superior o sexo masculio, em todas as Regiões. A Região do Aletejo apresetou a prevalêcia bruta mais elevada para o cojuto dos dois sexos, equato que as prevalêcias meores foram observadas a R.A. da Madeira. Após padroização pela idade, a Região Norte teve os valores mais elevados para o cojuto dos dois sexos (6%). Nos homes as prevalêcias mais elevadas foram observadas as Regiões Norte e Aletejo (,% e %, respectivamete), equato que as mulheres as prevalêcias mais elevadas se verificaram igualmete a Região Norte e também a Região do Algarve (% e %, respectivamete). A R.A. da Madeira teve as meores prevalêcias ates e após padroização pela idade, em qualquer dos sexos e o cojuto deles. As estimativas do úmero de idivíduos com Icapacidade auditiva (moderada + grave) mostram que a Região Norte tem quase casos, valor iflueciado pela elevada prevalêcia e pela dimesão da população Quadro Prevalêcia (%) de Icapacidade auditiva segudo o grupo etário e o sexo (padroizada pela idade), em Portugal Homes Mulhere s HM Grupo Etário + + grave + grave ,, 6,, -,, -6,, 6-6, 6-,, 6, 6 6,, 6, 6 6,, 6,,, padr. Icapacidade auditiva idivíduos que referiram ouvir só com o volume alto, e idivíduos que ão coseguem ouvir mesmo com o volume alto; Icapacidade moderada idivíduos que referiram que ouvem apeas com volume alto; Icapacidade grave idivíduos que referiram ão coseguem ouvir, mesmo com volume alto. INS (-6). 6

5 Sofia Pito DE ALMEIDA et al, Icapacidade auditiva auto-declarada a população portuguesa..., Acta Med Port. ; ():- Quadro Prevalêcias (%) de icapacidade auditiva (ão padroizadas e padroizadas pela idade), segudo a Região (NUTS I e II), o grupo etário e o sexo Homes Mulhere s HM Ic. auditiva Ic. auditiv a Ic. auditiv a N Norte , -6, 6 6,, 6 6 6, 6 Cetro ,,, 6,, 6,, 6 6,, Lisboa e V. Tejo , 6, 6,, Aletejo , , 6,,,

6 Sofia Pito DE ALMEIDA et al, Icapacidade auditiva auto-declarada a população portuguesa..., Acta Med Port. ; ():- Quadro Cot. Homes Mulhere s HM Ic. auditiva Ic. auditiv a Ic. auditiv a N Algarve - -, 66 -, -6, 6 6, 6 6 R.A. Açores , 6,, 6 6,, 6,,, 6 R.A. Madeira , 6, 6 6,,,,,,, Ic. Auditiva % de idivíduos que mecioaram que ouvem apeas com o volume alto e idivíduos que referiram que ão coseguem ouvir, mesmo com volume alto. INS (-6) daquela Região (Quadro ). No extremo oposto, estima-se que a a Região Autóoma da Madeira possam existir um pouco mais de casos. Observou-se uma associação etre o grau de escolaridade do próprio e a icapacidade auditiva, apresetado os grupos com grau de escolaridade mais elevado prevalêcias meores do que os meos escolarizados, em todos os grupos etários do sexo masculio e algus do sexo femiio (Quadro e Figura ). DISCUSSÃO A icapacidade auditiva é um problema relevate que afecta um úmero elevado de pessoas, especialmete dos grupos etários mais elevados. As estimativas de prevalêcia podem ser calculadas através de estudos em amostras de populações utilizado métodos audiométricos ou, em alterativa, por métodos de etrevista.

7 Sofia Pito DE ALMEIDA et al, Icapacidade auditiva auto-declarada a população portuguesa..., Acta Med Port. ; ():- Quadro Estimativas do úmero de idivíduos com icapacidade auditiva (moderada + grave) residetes as Regiões (NUT I e II), por sexo HOMENS MULHERE S TOTA L Norte Cetro 6 Lisboa e Vale do Tejo Aletejo 6 Algarve R.A. Açores 6 R.A. Madeira 6 Icapacidade moderada idivíduos que referiram ouvir apeas com volume alto; Icapacidade grave idivíduos que referiram ão coseguir ouvir, mesmo com volume alto. INS (-6): O valor total pode ser diferete do somatório dos sexos, devido a arredodametos. O º Iquérito Nacioal de Saúde, um iquérito por etrevista, colheu dados uma amostra represetativa da população portuguesa em -6. Nesse iquérito aida ão foi possível itegrar uma compoete de observação, ode a audiometria poderia ser icluída. No etato, a grade dimesão da amostra estudada permitiu produzir estimativas da prevalêcia de icapacidade auditiva auto-declarada, com grade desagregação por várias variáveis relevates, a partir da utilização de uma perguta adequada. O º Iquérito Nacioal de Saúde icluiu uma área temática sobre icapacidades de loga duração. Uma perguta sobre icapacidade auditiva foi itegrada essa área e a sua aálise costitui o coteúdo do presete estudo. Note-se que, como em algumas outras áreas temáticas do º INS, a perguta sobre acuidade auditiva foi operacioalizada apeas durate os primeiros três meses do trabalho de campo (Fevereiro a Abril de ). O facto de ter sido utilizada uma sub-amostra esse período do ao, e ão a totalidade da amostra do º Quadro Distribuição da prevalêcia (%) de icapacidade auditiva moderada e grave, segudo o grau de escolaridade, o sexo e o grupo etário (idivíduos com mais de aos) Portugal Homes Mulhere s HM Escolaridade Icap. moderada Icap. Icap. moderada Icap. Icap. moderada Icap. aos , 6 6 6,, 6 6 a aos , -, -, 6, - 6, 6, - 6 aos , - 6, 6 6, Icap. moderada % de idivíduos que referiram que ouvem apeas com volume alto; Icap. grave % de idivíduos que referiram ão coseguem ouvir, mesmo com volume alto. INS ( 6)

8 Sofia Pito DE ALMEIDA et al, Icapacidade auditiva auto-declarada a população portuguesa..., Acta Med Port. ; ():-, Prevalêcia (%),, Grupo etário aos a aos aos Fig. Prevalêcia da icapacidade auditiva (moderada e grave) segudo o grau de escolaridade e o grupo etário (idivíduos com mais de aos) em homes e mulheres INS, ão é susceptível de itroduzir viéses as estimativas. De facto, a amostra foi delieada para garatir a represetatividade em cada um dos trimestres. Por outro lado, a icapacidade auditiva, a sua forma de icapacidade de loga duração, ão tem sazoalidade, podedo as estimativas ser calculadas com dados obtidos em qualquer época do ao. A perguta seleccioada para o º INS gera resultados com um grau de subjectividade muito superior ao das determiações audiométricas. No etato, ao colher a impressão subjectiva do etrevistado sobre a sua acuidade auditiva, mede o grau de limitação setido pelo etrevistado e que o afecta a vida diária. É evidete que a prevalêcia estimada por métodos audiométricos será diferete da prevalêcia obtida por etrevista e reflecte melhor a prevalêcia objectiva de doeça. No etato, a estimativa gerada por etrevista poderá ser também útil, uma vez que reflecte a repercussão que o etrevistado avalia, tedo em cota as suas próprias ecessidades de audição. A apreciável dimesão da amostra utilizada ( idivíduos) permitiu apresetar, este relatório, estimativas de prevalêcia de icapacidade auditiva desagregadas por várias variáveis relevates. Assim, foi possível verificar que a percetagem de idivíduos com icapacidade auditiva (moderada ou grave) aumetou cosistetemete com a idade. Esse aumeto da prevalêcia era esperada e a sua cofirmação costitui um argumeto a favor da validade das estimativas. Por outro lado, as prevalêcias brutas e padroizadas pela idade foram mais elevadas o sexo masculio do que o sexo femiio em todos os grupos etários acima dos aos. Tal achado também ão é surpreedete já que as difereças poderão estar associadas, aida que ão de forma exclusiva, a uma mais itesa e mais precoce exposição ao ruído ocupacioal ou de lazer dos homes em relação às mulheres. Verificaram-se difereças apreciáveis a prevalêcia de icapacidade auditiva (moderada + grave) etre as Regiões do País (NUT II). A Região do Aletejo teve as prevalêcias brutas mais elevadas de etre todas as Regiões. Este achado deveu-se, em parte, ao grau de evelhecimeto da população da Região. De facto, após ser elimiado o efeito da idade, por padroização, a Região Norte passou a ter os valores de prevalêcia mais elevados e o Aletejo passou a ocupar a seguda posição. Em qualquer dos sexos, os valores mais baixos ocorreram as Regiões Autóomas da Madeira e dos Açores. Saliete-se que a RA da Madeira teve os valores mais baixos etre todos os outros NUT II em, praticamete, todas as classes de sexo e idade. Pode admitir-se que a população da Região Norte teha prevalêcias mais elevadas, associadas aos seus íveis de idustrialização e de ruído ambietal que caracteriza os grades aglomerados urbaos. Cotudo, o mesmo ão se verificou a população da Região de Lisboa e Vale do Tejo cuja exposição àqueles factores ão deverão ser meor. As difereças ecotradas etre estas duas Regiões deverão estar associadas a causas ão ambietais (ifecciosas ou degeerativas) aida ão suficietemete compreedidas. Também ão são claras as razões pelas quais o Aletejo teve prevalêcias elevadas, mesmo elimiado o efeito da idade. De facto, é difícil admitir que a exposição ao ruído ocupacioal e ambietal teham itesidade e frequêcia superiores o Aletejo em relação às Regiões mais idustrializadas e urbaas. Causas ão ambietais poderão cotribuir fortemete para a elevada prevalêcia ecotrada. Pelo cotrário, é de admitir que baixos íveis de exposi-

9 Sofia Pito DE ALMEIDA et al, Icapacidade auditiva auto-declarada a população portuguesa..., Acta Med Port. ; ():- ções ocupacioais ambietais ou outras, possam estar associadas ao baixo valor da prevalêcia as RA da Madeira e dos Açores. É relevate referir aida que os resultados mostram uma associação clara etre a prevalêcia de icapacidade auditiva e o grau de escolaridade do idivíduo. Note-se que o grau de escolaridade foi utilizado esta aálise como o úico idicador de classe social dispoível, de mometo, a base de dados do º INS. Em qualquer dos sexos, os valores das prevalêcias brutas decresceram com o aumeto do úmero de aos de escolaridade (Quadro ), o mesmo acotecedo as variações de prevalêcia ecotradas a quase totalidade dos grupos etários cosiderados a aálise. Note-se também que as difereças ecotradas poderiam estar associadas ao facto de os idivíduos com diferetes graus de escolaridade terem, evetualmete, diferetes ecessidades de audição, face à sua profissão ou ao tipo de actividades da vida diária que desevolvem. Se assim fosse, a icapacidade auto-relatada agora estudada poderia ser iflueciada por diferetes exigêcias auditivas da profissão ou das actividades diárias. Para que esta explicação fosse razoável as ecessidades auditivas dos idivíduos com escolaridade mais elevada teriam que ser iferiores às dos idivíduos com escolaridade mais baixa. Cotudo, afigura-se improvável que tal situação seja real. Por isso, a associação etre icapacidade auditiva e grau de escolaridade dificilmete será explicável por este facto. Uma outra explicação para as difereças pode ser ecarada, dado que a icapacidade auditiva é auto-declarada tal como o idivíduo a avalia a sua situação real: sem prótese ou com prótese, se a tem e utiliza. Pode admitir-se que, em média, os idivíduos com um ível de escolaridade mais elevado teham maior capacidade fiaceira e, assim, maior probabilidade de adquirir uma prótese do que aqueles que têm escolaridade mais baixa. Assim, uma parte da difereça ecotrada a prevalêcia de icapacidade auditiva etre os três íveis de escolaridade estudados pode ser devida à maior utilização de prótese e a cosequete melhor correcção auditiva as classes com maior escolaridade. A dimesão deste evetual efeito, ão pode ser estimado já que o º INS ão colheu dados sobre o uso de prótese auditiva, dada a atureza geral do tema de icapacidade de loga duração e, por isso, a aálise ão pode distiguir idivíduos com e sem prótese. Cotudo, julgase pouco provável que difereças a utilização de prótese auditiva cotribua, de modo relevate, para as difereças ecotradas. As estimativas do úmero de casos que existem em cada Região e em cada uma das classes das diferetes variáveis de desagregação são um cotributo relevate para cohecer melhor a dimesão do problema e para, com uma base quatificada, defiir prioridades de actuação e seleccioar recursos para as actividades de preveção primária de diagóstico precoce, de tratameto e seguimeto médicos e de adaptação às ecessidades idividuais. Face aos resultados ecotrados afigura-se importate que a icapacidade auditiva seja colocada a ageda da ivestigação em saúde e seja dado apoio adequado à ivestigação epidemiológica e clíica que permita:. cofirmar se as difereças regioais a prevalêcia da icapacidade auditiva são reais e assumem a dimesão ecotrada este estudo;. idetificar as exposições ocupacioais, ambietais, tóxicas, ifecciosas ou outras que possam explicar essas difereças regioais;. idetificar as exposições que possam explicar as difereças ecotradas etre os graus de escolaridade e, mais amplamete, etre as classes sociais a defiir por idicadores mais completos e adequados;. estimar a percetagem de casos que já tiveram diagóstico e seguimeto médico;. estimar a percetagem de casos que usa prótese auditiva; 6. estimar as repercussões da icapacidade auditiva as actividades profissioais, da vida diária e de lazer;. comparar os métodos por etrevista e os métodos audiométricos, idetificado as aptidões e desvatages de us e de outros, em Portugal, para fis epidemiológicos. Coflito de iteresses: Os autores declaram ão ter ehum coflito de iteresses relativamete ao presete artigo. Fotes de fiaciameto: Não existiram fotes exteras de fiaciameto para a realização deste artigo. BIBLIOGRAFIA. CRUICKSHANKS KJ, WILEY TL, TWEED TS et al: Prevalece of hearig loss i older adults i Beaver Dam, Wiscosi: the epidemiology of Hearig Loss Study. America J Epidemiol ;:-6.. SINDHUSAKE D, MITCHELL P, SMITH W et al: Validatio of self-reported hearig loss. The Blue Moutais Hearig Study. It J Epidemiol ;:-. CLARK K, SOWERS MR, WALLACE RB, JANNAUSCH ML, LEMKE J, ANDERSON CV: Age-related hearig loss ad boe mass i a populatio of rural wome aged 6 to years. A Epidemiol ;:-

10 Sofia Pito DE ALMEIDA et al, Icapacidade auditiva auto-declarada a população portuguesa..., Acta Med Port. ; ():-. ZWERLING C. WHITTEN PS, DAVIS CS, SPRINCE NL: Occupatioal ijuries amog workers with disabilities. The Natioal Health Iterview, -. J Am Med Assoc ;:6-. VALETE-ROSALINO C, ROZENFELD S: Triagem auditiva em idosos: comparação etre auto-relato e audiometria. Rev Bras Otorriolarigol ;():- 6. Istituto Nacioal de Saúde Ricardo Jorge (INSA): dispoível em: URL: oticia= &artigo_id= [acedido em //]. Iquérito Nacioal de Saúde (INS): dispoível em: URL: DESTAQUESdest_boui=6&DESTAQUESmodo= [acedido em //]. RIBEIRO A, CÂMARA V: Perda auditiva eurossesorial por exposição cotiuada a íveis elevados de pressão soora em trabalhadores de mauteção de aeroaves de asas rotativas. Cad. Saúde Pública 6;(6):-

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