APRESENTAÇÃO DO ESTUDO

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2 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO CONCLUSÃO CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES SEGURANÇA E VIGILÂNCIA ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LAVANDARIA HIGIENE E LIMPEZA

3 APRESENTAÇÃO Este Estudo pretendeu caracterizar os Serviços Hoteleiros nos Hospitais Portugueses, nomeadamente nas áreas da Alimentação e Dietética, Tratamento de Roupa (lavandaria), Higiene e Limpeza, Recolha e Tratamento de Resíduos e Serviços de Segurança e Vigilância. Foram enviados questionários para os hospitais da quase totalidade do país, quer públicos, quer privados, o que perfaz 200 instituições. Dos mesmos, obtivemos 52 respostas válidas para o estudo.

4 ESTUDO SERVIÇOS HOTELEIROS NOS HOSPITAIS PORTUGUESES AMOSTRA

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8 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGAL Alentejo 7% Algarve 4% Açores 2% Madeira 2% Norte 35% Lisboa e Vale do Tejo 27% Centro 23%

9 DISTRIBUIÇÃO DAS CAMAS HOSPITALARES PORTUGAL Alentejo 5% Açores 4% Algarve 3% Madeira 5% Norte 30% Lisboa e Vale do Tejo 31% Centro 22%

10 POPULAÇÃO vs CAMAS HOSPITALARES PORTUGAL 35% 30% 31% População Camas 27% 23% 22% 7% 5% 4% 3% 4% 2% 2% 5% Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve Região Autónoma dos Açores Região Autónoma da Madeira

11 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO CONCLUSÃO CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES SEGURANÇA E VIGILÂNCIA ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS HIGIENE E LIMPEZA LAVANDARIA

12 CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES CRONOLOGIA Início do processo de estruturação da rede de serviços de saúde incluindo os Hospitais Revolução de 25 de Abril de 1974, assumpção do direito à saúde como um direito social Constituição da Republica Portuguesa de 1976, consagração no Artigo 64.º do Serviço Nacional de Saúde Década de 50 Década de a de Abril Década de 80 Criação do Ministério da Saúde e posteriormente da Direcção Geral dos Hospitais Publicação de importante legislação: Estatuto e Regulamento Geral dos Hospitais SNS, de cobertura universal geral e gratuito, Lei n.º 56/79 de 15 de Setembro Alteração ao Artigo 64.º, em 1989, que retirou o carácter de total gratuitidade do SNS, passando a ser "tendencialmente gratuito"

13 CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES CRONOLOGIA Inclusão dos Hospitais Concelhios das Misericórdias na Rede Nacional É iniciado o processo de empresarialização com a utilização da figura jurídica de Sociedade Anónima- SA (34 Hospitais saíram do Sector Público Administrativo e passaram 31 a SA) DLs.n.º 272 a 302/2002 de 9 a 11 de Dezembro Criação de 3 Unidades Locais de Saúde com o estatuto de EPE;(DL n.º 183/2008 de 4 de Setembro) Década de Até finais de 2009 Hospitais da Rede Pública integrados no Sector Público Administrativo Continuação do processo de empresarialização mas com adopção de outra figura jurídica: a de Entidade Pública Empresarial -EPE (DLn.º 23/2005 de 29 de Dezembro) transformação dos Hospitais SA em EPE Conclusão do processo de empresarialização dos Hospitais Públicos

14 CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA 6% 21% Interior 20% 33% 40% Litoral 80% Norte Centro Sul Não respondeu

15 CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES TIPO DE GESTÃO Nº Médio de Camas % 4% 44% Nº Máximo de Camas 614 Nº Mínimo de Camas 20 Tipo de Gestão - N.º Médio de Camas EPE % SPA Privado - 60 EPE SPA Privado Outro Outro - 60

16 CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES VALÊNCIAS Especializado não respondeu Nível I Nível II Nível III Nível IV 4 2 Nível 2 e 4 0

17 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES CONCLUSÃO SEGURANÇA E VIGILÂNCIA ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS HIGIENE E LIMPEZA LAVANDARIA

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19 ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA TIPO DE GESTÃO 2% 27% Administração Directa Outsourcing Ambas 71%

20 ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA PENALIZAÇÕES POR INCUMPRIMENTO 14% 24% 62% Sim Não Não respondeu

21 ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA PREÇO MÉDIO DAS REFEIÇÕES EPE SPA Privado 4,82 Almoço 4,43 0,62 Pequeno-Almoço 0,67 4,06 5,09 Jantar 4,43 0,86 4,09

22 ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA RESPONSÁVEL PELA MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DO SERV. DE ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA Hospital e Emp. Alim. 19% Hospital e Outsorcing 6% Hospital 29% Outsourcing 11% Empresa de alimentação 35%

23 ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA 6% INFORMAÇÃO AO DOENTE 33% 61% Forma de informar o doente sobre o Serviço de Alimentação e Dietética 34% 32% 22% Sim Não Não respondeu 12% Folheto Enfermagem Dietista/Nutricionista Outro

24 ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA EMENTAS ALTERNATIVAS PARA OS DOENTES 2% 6% 56% Menu Alternativo Sim Não É igual, todos os dias e alterna entre carne, peixe e vegetariano Difere todos os dias e alterna entre carne e peixe Apenas no Serviço de Obstetrícia Difere todos os dias e Não respondeu alterna entre carne, 11 peixe e vegetariano %

25 ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA POSSIBILIDADE DE REQUISITAR ALIMENTOS SUPLEMENTARES FORA DAS HORAS PREVISTAS Não 8% Não respondeu 4% Sim 88%

26 ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA DISTRIBUIÇÃO AOS UTENTES DA URGÊNCIA 8% 10% REFEIÇÕES 8% 14% SUPLEMENTOS 19% 10% 68% 63% Sim Não N/Aplicavel Não respondeu

27 ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA GRAU DE SATISFAÇÃO 3% 3% 22% Muito Insatisfeito Insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeito 72%

28 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES CONCLUSÃO ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA SEGURANÇA E VIGILÂNCIA RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LAVANDARIA HIGIENE E LIMPEZA

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30 LAVANDARIA TIPO DE GESTÃO 2% 2% 15% Administração Directa Outsourcing Ambas Não respondeu 81%

31 LAVANDARIA PENALIZAÇÕES POR INCUMPRIMENTO 21% 44% Sim Não Não Respondeu 35%

32 LAVANDARIA PREÇO MÉDIO p/kg. DE ROUPA TRATADA Privado 0,58 SPA 0,73 EPE 0,67

33 LAVANDARIA LOCAL DE FUNCIONAMENTO DO LAVANDARIA 2% 32% Nas instalações hospitalares No exterior Não respondeu 66%

34 LAVANDARIA LOCAL DE TRIAGEM DA ROUPA Nos serviços Na lavandaria Outro Nos serviços e na Lavandaria Não respondeu

35 LAVANDARIA ACONDICIONAMENTO DA ROUPA 17% 10% 2% Sacos de cores diferentes Sacos biodegradáveis Outros Não respondeu 71%

36 LAVANDARIA TRATAMENTO DO FARDAMENTO 6% 6% 23% Administração Directa Outsourcing Ambas Não respondeu 65%

37 LAVANDARIA CONTROLO DO SERVIÇO PRESTADO 17% 4% Sim Não Não Respondeu 79%

38 LAVANDARIA PERIODICIDADE DO CONTROLO DIARIA SEMANAL OUTRA MENSAL

39 LAVANDARIA GRAU DE SATISFAÇÃO 19% 15% 2% 64% Insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeito Não respondeu

40 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES CONCLUSÃO ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LAVANDARIA RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS HIGIENE E LIMPEZA

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42 HIGIENE E LIMPEZA TIPO DE GESTÃO 7% 4% 31% Administração Directa Outsourcing Ambas Não respondeu 58%

43 HIGIENE E LIMPEZA PERIODICIDADE DA LIMPEZA Não Respondeu 32% DIARIA 53% OUTRA 3% MENSAL 7% SEMANAL 5%

44 HIGIENE E LIMPEZA CALENDARIZAÇÃO DE LIMPEZA DIÁRIA CONSOANTE NÍVEIS DE RISCO 10% 6% Sim Não Não respondeu 84%

45 HIGIENE E LIMPEZA PENALIZAÇÕES POR INCUMPRIMENTO 37% 36% Sim Não Não Respondeu 27%

46 HIGIENE E LIMPEZA CONTROLO DO SERVIÇO PRESTADO 29% Sim Não Não Respondeu 4% 67%

47 HIGIENE E LIMPEZA PIQUETE 24H 6% 15% 79% Sim Não Não respondeu

48 HIGIENE E LIMPEZA AUDITORIAS INTERNAS DE LIMPEZA Não respondeu 10% Não 31% Sim 59%

49 HIGIENE E LIMPEZA PERIODICIDADE DAS AUDITORIAS INTERNAS DE LIMPEZA DIARIA 8% MENSAL 14% Não respondeu 40% TRIMESTRAL 19% OUTRA 19%

50 HIGIENE E LIMPEZA GRAU DE SATISFAÇÃO 6% 29% 21% 6% 38% Muito Insatisfeito Insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeiro Não Respondeu

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53 RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS TIPO DE GESTÃO 15% 6% 4% Administração Directa Outsourcing Ambas Não respondeu 75%

54 RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS PENALIZAÇÕES POR INCUMPRIMENTO 12% 46% Sim Não Não respondeu 42%

55 RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS PERIODICIDADE DA RECOLHA DE RESÍDUOS DIARIA SEMANAL MENSAL OUTRA DIARIA E MENSAL SEMANAL E MENSAL

56 RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS RECICLAGEM DE RESÍDUOS Não respondeu TODOS TODOS PILHAS E ÓLEOS PLÁSTICO, PILHAS, LÂMPADAS FLUORESCENTES E ÓLEOS TODOS EXCEPTO VIDRO E PILHAS PAPEL, PLÁSTICO, PILHAS E ÓLEOS PAPEL, PILHAS, ARTIGOS ELECTRÓNICOS E LÂMPADAS FLUORESCENTES TODOS EXCEPTO PLÁSTICO E PILHAS TODOS EXCEPTO ARTIGOS ELECTRÓNICOS TODOS EXCEPTO ÓLEOS TODOS EXCEPTO PILHAS E ARTIGOS ELECTRÓNICOS TODOS EXCEPTO ARTIGOS ELECTRÓNICOS VIDRO, PAPEL, PLÁSTICO E ÓLEOS TODOS TODOS EXCEPTO ÓLEOS VIDRO, PAPEL, PLÁSTICO, PILHAS E ÓLEOS TODOS EXCEPTO ARTIGOS ELECTRÓNICOS VIDRO, PAPEL, PLÁSTICO, PILHAS VIDRO, PAPEL, PLÁSTICO E ÓLEOS VIDRO, PAPEL, PLÁSTICO E ARTIGOS ELECTRÓNICOS ÓLEOS PILHAS

57 RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS FORNECIMENTO DE RECIPIENTES PARA A RECOLHA DOS RESÍDUOS PARA RECICLAGEM 25% 4% 17% Hospital Empresa Ambos Não respondeu 54%

58 RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS FORMAÇÃO AOS FUNCIONÁRIOS Não respondeu 13% Hospital 21% Hospital e Empresa 31% Empresa 35%

59 RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS GRAU DE SATISFAÇÃO 12% 2% 2% 13% Muito Insatisfeito Insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeito Não respondeu 71%

60 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO CONCLUSÃO CARACTERIZAÇÃO DOS HOSPITAIS PORTUGUESES ALIMENTAÇÃO E DIETÉTICA SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LAVANDARIA RECOLHA E TRATAMENTO DE RESÍDUOS HIGIENE E LIMPEZA

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62 SEGURANÇA E VIGILÂNCIA TIPO DE GESTÃO 6% 10% 19% Administração Directa Outsourcing Não tem Não respondeu 65%

63 SEGURANÇA E VIGILÂNCIA PENALIZAÇÕES POR INCUMPRIMENTO 37% 48% Sim Não Não respondeu 15%

64 SEGURANÇA E VIGILÂNCIA PERMISSÃO DE ESTACIONAMENTO NO PERÍMETRO HOSPITALAR 6% 6% 4% 2% 36% 29% 13% 4% FUNCIONÁRIOS FUNCIONÁRIOS E VISITANTES FUNCIONÁRIOS, VISITANTES E FORNECEDORES Não respondeu FUNCIONÁRIOS E FORNECEDORES FUNCIONÁRIOS, FORNECEDORES E OUTROS FUNCIONÁRIOS, VISITANTES E OUTROS TODOS

65 SEGURANÇA E VIGILÂNCIA ESTACIONAMENTO PAGO 13% 12% Sim Não Não respondeu 75%

66 SEGURANÇA E VIGILÂNCIA EXISTÊNCIA DE CÂMARAS DE VIGILÂNCIA 11% 33% Sim Não Não respondeu 56%

67 SEGURANÇA E VIGILÂNCIA CONTROLO DAS CHAVES 13% 14% 52% Hospital Empresa Concessionária Ambas Não respondeu 21%

68 SEGURANÇA E VIGILÂNCIA SECÇÃO DE PERDIDOS E ACHADOS 23% 29% Sim Não Não respondeu 48%

69 SEGURANÇA E VIGILÂNCIA CONTROLO DE ENTRADA DE VISITAS 13% 12% 54% Hospital Empresa Concessionária Ambas Não respondeu 21%

70 SEGURANÇA E VIGILÂNCIA GRAU DE SATISFAÇÃO 6% 3% 3% Muito Insatisfeito Insatisfeito Satisfeito Muito Satisfeito 88%

72 CONCLUSÃO Em termos gerais conclui-se que as instituições, na sua maioria, numa percentagem que varia de 57% a 81%, conforme o tipo de serviço adjudicado, optou pelo outsourcing e que como meio de controlo e regulação têm vindo a optar pela aplicação de penalizações, o que também já ocorre na maioria da instituições. Quanto ao grau de satisfação, conclui-se que as instituições estão maioritariamente satisfeitas com os serviços prestados apesar de se verificarem em algumas áreas ou empresas graus de insatisfação elevados. Parece, também, importante a criação de mecanismos de Benchmarking com vista à harmonização de preços, em particular nos Hospitais Públicos (EPE e SPA) criando-se, desta forma, outro poder e base negocial com as empresas prestadoras de serviços. O futuro da Hotelaria Hospitalar em Portugal parece estar intimamente ligado ao outsourcing, sendo por isso importante o, já referido, reforço do meios de controlo e penalização, em particular por via de auditorias internas.

73 2008 Centro Hospitalar do Baixo Alentejo 1 Outubro 2008