PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA
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- Mariana Monsanto Pedroso
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1 PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE NA ESCOLA Rafaela Silva Nascimento 1 (IC), Amanda Moraes de Sá 1 (IC), Elizene Alvares de Ursino 1 (IC), Natalia Guimaraes Melo 1 (IC), Samylla Ysmarrane Ismail Eisha de Sousa Cavalcante 1, Cibelle Kayenne Martins Roberto Formiga 2 (PQ).: rafaelasnascimento@hotmail.com 1 Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Bolsista do Programa de Educação tutorial 2 Fisioterapeuta, Doutora em Ciências Médicas (Saúde Mental) pela FMRP/USP, Professora do Curso de Fisioterapia da UEG A promoção de saúde em âmbito escolar visa atividades envolvendo uma abordagem integral e multidisciplinar buscando transformar os hábitos de vida de um indivíduo. O presente estudo tem como objetivo descrever as atividades do Projeto Prevenção e Promoção da Saúde na Escola. O referido projeto possuiu duas etapas: avaliação e intervenção. Na etapa de avaliação, as crianças e adolescentes foram avaliados em uma sala reservada da escola constando de Avaliação antropométrica; Teste de caminhada de 6 minutos; Escala de equilíbrio pediátrico; Timed up and go e Teste sentar e levantar; Escala de silhuetas; Avaliação de Tanner da maturação sexual; Baropodometria; Avaliação cinemática da marcha. A amostra da atividade contou com 93 crianças, sendo 57 do sexo feminino e 36 do sexo masculino, com média geral de idade 12,5 anos. A média do índice de massa corporal (IMC) foi de 19,9 kg/ cm 2 (3,5). A segunda etapara do projeto contou com a realização de palestras e atividades de alongamentos e exercícios que envolveram alunos de 5º a 9º ano durante as aulas de Educação Fisica. Ao final do estudo concluímos que é importante e necessário trabalhar na prevenção de saúde, com enfoque em atividades físicas e posturas corretas, com crianças e adolescentes, a fim de proporcionar um hábito de vida mais saudável, evitando assim problemas futuros. Palavras-chave: Promoção da Saúde. Saúde Escolar. Pediatria. Introdução Segundo a Organização Pan-americana de Saúde - OPS (1995), a promoção da saúde no âmbito escolar parte de uma visão integral e multidisciplinar do ser humano, que considera as pessoas em seu contexto familiar, comunitário, social e ambiental (GONÇALVES, 2008). A promoção da saúde visa atividades dirigidas à transformação dos hábitos de vida de um indivíduo. Os programas e atividades de promoção da saúde devem conter componentes educativos que estejam relacionados com comportamentos passíveis de mudança, como a alimentação, higiene pessoal, atividade física, e outros (BUSS, 2002).
2 No Brasil, existe o Programa Saúde na Escola (PSE). Trata-se de uma política intersetorial, instituída em 2007, da Saúde e da Educação que se unem para promover saúde e educação integral, voltada às crianças, adolescentes, jovens e adultos da educação pública brasileira, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população. O presente estudo tem como objetivo descrever as atividades do Projeto Prevenção e Promoção da Saúde na Escola. O objetivo do projeto foi levar atividades de promoção de saúde, para crianças de uma escola pública de Goiânia- GO. Material e Métodos Estudo transversal realizado em uma escola pública de Goiânia- Goiás, tendo com amostra de 93 crianças e adolescentes matriculadas no período matutino da instituição. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Para a realização da pesquisa as crianças foram submetidas a uma avaliação contendo os seguintes instrumentos: Termo de consentimento livre e esclarecido; Roteiro de entrevista com os pais; Questionário da ABEP e questionário socioeconômico e de atividade física; Avaliação antropométrica; Teste de caminhada de 6 minutos; Escala de equilíbrio pediátrico; Timed up and go e teste sentar e levantar; Escala de silhuetas; Avaliação de Tanner da maturação sexual; Baropodometria; Avaliação cinemática da marcha. Após o período de avaliação, as crianças participaram de palestras informativas e atividades para ajudar em seu processo de desenvolvimento que eram realizadas pelas alunas e pela orientadora do Programa de Educação Tutorial PETFISIO-UEG durante as aulas de Educação Física. Os dados obtidos foram analisados no programa SPSS Statistical Package for Social Sciences, versão 23.0, considerando-se nível de significância estatística de p 0,05. Resultados e Discussão A amostra da atividade contou com 93 crianças, sendo 57 do sexo feminino e 36 do sexo masculino, com média geral de idade 12,5 anos. A média do índice de
3 massa corporal (IMC) foi de 19,9 kg/ cm 2 (3,5). Após a avaliação de todas as crianças e adolescentes, foram realizadas atividades nas turmas do 5º ao 9º ano, do mês de março a junho de 2016, uma vez por semana no horário da disciplina de Educação Física, com duração de 20 a 30 minutos. Cada dia era realizada uma atividade diferente, que variava entre palestras e oficinas. Um dia da semana de cada mês era destinada à Oficina de Alongamentos, feitos sob supervisão, individual ou de dupla e também foram feitas atividades de equilíbrio e coordenação de forma lúdica. Foi ministrada uma palestra sobre orientações posturais, que visou ensinar sobre as curvaturas fisiológicas e patológicas da coluna vertebral, além de esclarecer dúvidas sobre as posturas corretas e erradas adotadas no dia-a-dia. Outra palestra ministrada foi sobre alimentação saudável, no qual foram passadas orientações sobre a pirâmide alimentar, informando a importância de se alimentar bem e no horário correto. Na palestra de prevenção de acidentes foi ensinado como proceder em caso de acidentes domiciliares, queimaduras e acidentes de trânsito. Ao fim de cada palestra foi realizada uma dinâmica entre os alunos para testar os conhecimentos aprendidos e para sanar qualquer dúvida restante. A primeira temática pratica abordada foram os alongamentos de diferentes tipos, os quais propiciam maior flexibilidade muscular, influenciando o individuo na prevenção de patologias musculoesquelética. O que proporcionará benefícios futuros na vida adulta desse indivíduo. Trabalhos de coordenação motora também foram realizados, de forma lúdica em diferentes níveis de complexidade. Observou-se que alguns alunos apresentaram dificuldades na execução de certos exercícios, porém melhoras foram obtidas com os treinamentos. Neto et al (2010). afirma que ao conquistar um bom controle motor, a criança estará construindo as noções básicas para o seu desenvolvimento intelectual. Diante disso, verifica-se que no contexto escolar, a prática da educação motora tem influência no desenvolvimento de crianças com dificuldades escolares, como problema de atenção, leitura, escrita, cálculo e socialização. Segundo Detsch et al (2007) muitos problemas posturais, principalmente relacionados a coluna vertebral, têm sua origem no período de crescimento e desenvolvimento corporais, ou seja, na infância e na adolescência. Além disso,
4 durante essas fases, os indivíduos estão sujeitos a comportamentos de risco para a coluna, principalmente aqueles relacionados à utilização de mochilas e à postura sentada. Em seu estudo, o qual escolares do sexo feminino de faixa etária entre 14 a 18 anos fizeram parte, teve como principal resultado alta prevalência de alterações posturais. Diante esse pressuposto, entende-se a necessidade de desenvolver trabalhos orientação nesse sentido. Os escolares orientados a respeito da alimentação, em um caráter educacional, abrangendo todos os aspectos alimentares necessários para essa faixa etária, como também sobre as influências da alimentação no organismo da criança e adolescente. De acordo com Toral et al(2009) os hábitos alimentares adotados atualmente na adolescência têm correspondido a dietas ricas em gorduras, açúcares e sódio, com pequenas quantidades de frutas e hortaliças. E este fato está relacionado à uma manifestação cada vez mais precoce de doenças crônicas entre os adolescentes, como a obesidade e o diabetes. O que corrobora com o estudo feito por Levy et al(2010) com alunos que cursavam 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas das 26 capitais de estados brasileiros e do Distrito Federal. Constatou que, entre adolescentes das capitais brasileiras, houve consumo frequente de marcadores de alimentação não saudável e consumo de marcadores de alimentação saudável inferior ao recomendado. Podem ser observadas no presente estudo as seguintes limitações: As dificuldades acessibilidade aos pais para responderem os questionários. Apresentase também como fator limitante o numero reduzido de dias semanais para aplicação dos trabalhos educativos Considerações Finais A partir do presente estudo conclui-se que é importante e necessário trabalhar na prevenção de saúde, com enfoque em atividades físicas e posturas corretas, com crianças e adolescentes, a fim de proporcionar um hábito de vida mais saudável, evitando assim problemas nefastos de saúde num tempo futuro.
5 Referências BELIK, W; Chaim N, A; Weis, B. O programa nacional de alimentação escolar e a gestão municipal: eficiência administrativa, controle social e desenvolvimento local. Ver. Nutrição. v.22, n.5, BUSS, P. M. Promoção da saúde da família. Programa saúde da família. 2002, p DETSCH et al. Alterações posturais em escolares. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health v. 21, n. 4, GONÇALVES, Fernanda Dernadin; CATRIB, Ana Maria Fontenele; VIEIRA, Neiva Francenely Cunha; VIEIRA, Luiza Jane Eyre de Souza. A promoção da saúde na educação infantil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação; 2008, vol.12, n.24, p LEVY R, B et al. Consumo e comportamento alimentar entre adolescentes brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), Ciência & Saúde Coletiva, v.15, p , Ministério da Educação. Programa Saúde nas Escolas. Disponível em:< /secad-educacaocontinuada /14578-programa-saude-nas-escolas>. Acesso em: 07 de agosto de NETO F, R; SANTOS A, P, M, D; XAVIER R, F, C; AMARO K, N. A importância da avaliação motora em escolares. Rev Brasileira Cineantropom Desempenho Hum 2010, v. 12, n. 6, p , Portal da Saúde SUS. Programa Saúde na Escola (PSE). Disponível em: < Acesso em: 07 de agosto de TORAL, N; CONTI, M. A; SLATER, B3. A alimentação saudável na ótica dos adolescentes. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 11, 2009, p 2386.
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