A dimensão social da educação Sousa Fernandes
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- Leonor Carvalhal Carrilho
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1 A dimensão social da educação Sousa Fernandes A educação de um indivíduo exige a intervenção de várias pessoas. No caso da escola: a) dentro da instituição escolar; b) fora da instituição escolar; c) Ao lado da instituição escolar. A dimensão social da educação revela-se em três aspectos: 1- Como processo educativo. 2- Como conjunto de aquisições. 3- Como uma acção socialmente orientada para uma finalidade. 1
2 A educação é a acção exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social. Durkheim Esta definição pressupõe que: 1- a educação é uma acção social e não individual; 2- a educação é uma acção global: a) a formação do indivíduo (inteligência, carácter, aptidões). b) socialização. 3- A educação é uma acção unilateral dos adultos sobre os jovens; Geração adulta Geração jovem (elemento activo) (elemento passivo) 4- A educação é unitária e harmónica. 2
3 Correcção e críticas a esta definição Jacques Fournier- a educação não é apenas a acção do adulto sobre a criança. A educação é permanente. Análises americanas A geração jovem opõe-se á geração adulta; tem valores próprios e caracteriza-se pela contestação e recusa do património cultural: crise das gerações. A relação educativa será: Educação Permanente Geração adulta Geração jovem 3
4 Ofício de aluno e sentido do trabalho escolar Phillippe Perrenoud A escola ensina a viver numa organização. É a viver num tipo de estrutura social que se aprende a viver noutras, ou seja, a agir, a escolher, a reflectir, a relacionar-se com os outros de um modo apropriado. A escola é um local de aprendizagem não só sob o ponto de vista dos programas, mas na perspectiva de viver nas organizações, associações ou grupos em que um adulto pode vir a integrar-se. Estas aprendizagens constituem o que se denomina como o currículo escondido porque não se inclui no material de ensino. 4
5 A escola como qualquer organização impõe direitos e deveres. Diversos anos de prática num tipo definido de organização prova num indivíduo um conjunto de esquemas de acções, de pensamentos, de avaliações, que uma vez adquiridos dificilmente se transformarão. Nas escolas os actores desenvolvem uma estratégia defensiva. Existe selecção, competição e isolamento; cada um por si. 5
6 A Escola é uma realidade social porque constitui um sistema de acção de diferentes intervenientes. A estrutura social da escola, enquanto organização, consiste em sistemas de acção, de comportamentos intencionais, que ocorrem entre aqueles que são considerados seus membros. A autonomia dos actores no sistema escolar deve ser compreendida, tendo em conta: 1- A socialização. 2- Os meios de que cada indivíduo dispõe. 3- Os constrangimentos do Sistema. 4 - As intenções de cada indivíduo. 6
7 Objectivos da Escola A L.B.S.E. formulou os objectivos educativos dos diferentes ciclos do ensino básico de uma forma globalizante em termos de socialização, desdobrando-os em aspectos instrucionais, de estimulação e de formação social. Território e Fronteira da Escola A abordagem sociológica da escola tem de decorrer não nos limites físicos da instituição, mas no sistema de interacção que estrutura a Escola como Organização Social. A Escola é o lugar que a sociedade escolhe para proceder à socialização das novas gerações. 7
8 A Escola é tempo, espaço e interacção Tempo pessoal e social. Espaço que se segue à família e que antecipa o mundo profissional. Interacção ( a imagem que cada indivíduo tem de si próprio e a que os outros têm dele). Efeitos da Socialização Escolar nas Representações sobre a Escola A representação que os jovens têm da Escola é diferente consoante sejam ou não estudantes. Esta representação também varia consoante a origem social. Este último conceito deixa de ser válido relativamente aos jovens com escolarização prolongada. 8
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