DECRETO Nº 1.832, DE 30 DE ABRIL DE 2008.
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- Natan de Sequeira Leão
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1 DECRETO Nº 1.832, DE 30 DE ABRIL DE Regulamenta a Lei nº 1.160, de 20 de dezembro de 2006, alterada pela Lei n 1.308, de 11 de abril de 2008, que dispõe sobre Benefícios Fiscais Seletivos às entidades industriais, comerciais, de prestação de serviços, agronegócios, estabelecimentos de educação superior ou profissionalizante, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público OSCIP e empreendimentos na área de saúde, visando o desenvolvimento econômico do Município de Maracanaú, e dá outras providências. O Prefeito de Maracanaú, no uso de suas atribuições legais e, tendo em vista o que dispõe o artigo 54, inciso IV da Lei Orgânica do Município; DECRETA: Art. 1º. As entidades industriais, comerciais, de prestação de serviços, agroindustriais, agropecuária, estabelecimentos de educação superior ou profissionalizante, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público OSCIP e empreendimentos na área de saúde já instaladas ou que venham a se instalar no Município, interessadas em obter os incentivos previstos na Lei nº 1.160, de 20 de dezembro de 2006, alterada pela Lei nº , de 11 de abril de 2008, deverão protocolizar seu pedido no exercício do investimento. Art. 2º. Serão concedidos os incentivos tomando por base o incremento da arrecadação tributária própria e/ou o valor adicionado gerado por cada entidade em relação ao montante total do valor adicionado repassado ao Município, conforme legislação vigente. Art. 3º. No ato do protocolo, deverão ser apresentados, os seguintes documentos: I - Plano Físico - Financeiro, conforme modelo a ser estabelecido por meio de Portaria expedida pelo Secretário de Gestão e Finanças, determinando início e conclusão do projeto; II - cópia autenticada do Contrato Social atualizado; III - cópias dos comprovantes de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e inscrição estadual (I.E.);
2 IV - cópia da notificação do IPTU do imóvel objeto do investimento; V - Certidão Negativa de Débito atualizada, expedida pelas fazendas públicas Federal, Estadual, devendo ser providenciada a Inscrição Mobiliária no Município de Maracanaú, tempestivamente, quando do início da atividade local; VI - Certidão Negativa de Débito expedida pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); VII - Certificado de Regularidade do FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço expedido pela Caixa Econômica Federal; VIII - Certidão Municipal de Uso e Ocupação do Solo; IX - Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultados. 1 Protocolizado o pedido, este só será considerado válido após completa averiguação da regularidade fiscal da entidade quanto as suas obrigações tributárias perante à Fazenda Pública de Maracanaú, oportunidade em que será expedida Certidão Negativa de Débitos Municipais e anexada ao pedido, compondo o processo administrativo, parte integrante do requerimento de incentivo fiscal. 2º. As entidades interessadas em se beneficiar dos demais incentivos constantes do art. 6º da Lei nº 1.160, de 20 de dezembro de 2006, alterada pela Lei nº 1.308, de 11 de abril de 2008, deverão apresentar e comprovar o porte da empresa, segundo enquadramento definido pela legislação federal. 3º. Para efeito de enquadramento quanto ao limite para desconto dos tributos em relação ao valor do investimento, a Secretaria de Gestão e Finanças tomará como base as informações contidas no processo, na receita operacional e em outras informações que julgar necessária. 4º. Poderão ser solicitados às entidades outros documentos que forem considerados necessários à análise do pedido de habilitação para a emissão posterior de parecer conclusivo expedido pelo Secretário de Gestão e Finanças. 5º. Os pedidos deverão ser protocolizados na Secretaria de Gestão e Finanças do Município. 6º. O processo administrativo deverá ser encaminhado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que procederá a análise do pedido e deliberação sobre o Plano Físico-Financeiro, remetendo-o, no prazo de até 30 (trinta) dias, a partir da data do recebimento do processo, à Secretaria de Gestão e Finanças. 7º. Quando a Secretaria de Desenvolvimento Econômico entender que a análise do investimento requer a participação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo, fará o encaminhamento do processo a esta, para análise e deliberação acerca do pedido de incentivo.
3 8º. No caso do parágrafo anterior, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo terá o prazo de 10 (dez) dias, contados da data do recebimento do processo, para devolvê-lo à Secretaria de Desenvolvimento Econômico com parecer acerca do Plano Físico-Financeiro constante do pedido. 9º. Sendo necessária a solicitação de documentos complementares, os prazos previstos nos parágrafos 6º e 8º serão contados a partir da apresentação dos referidos documentos. Art. 4º. A Secretaria de Gestão e Finanças, de posse do processo, analisará os aspectos fiscais do mesmo e o encaminhará à Procuradoria Geral do Município, para emitir parecer acerca da regularidade jurídica da entidade e da pertinência do pedido, de acordo com a legislação em vigor, no prazo de 10 (dez) dias, a partir da data de recebimento do processo. 1º. Na ocorrência de irregularidade será concedido prazo de até 30 (trinta) dias para a apresentação de documentação pendente, podendo ser prorrogado por mais 30 (trinta) dias, desde que solicitado. 2º. No caso de descumprimento do parágrafo anterior, o processo não será conhecido, sendo encaminhado para arquivo. Art. 5º. Após o parecer da Procuradoria Geral do Município favorável ao pedido, a Secretaria de Gestão e Finanças notificará a entidade interessada do parecer conclusivo, quanto à habilitação da requerente. 1º. Sendo a entidade habilitada, será efetuado estudo da viabilidade do cronograma físicofinanceiro do projeto de implantação, expansão ou modernização tecnológica, fundamentado nos procedimentos de vistoria e análise nos investimentos, para emissão do Termo de Concessão de Benefícios, contendo o parecer conclusivo, mencionado no caput deste artigo, e o limite máximo para a fruição do benefício, o qual será submetido à decisão do Prefeito. 2º. O Secretário de Gestão e Finanças designará os membros que farão o estudo da viabilidade referido no parágrafo anterior. 3º. Quando julgar necessário, de acordo com a natureza do empreendimento, o Secretário de Gestão e Finanças deverá solicitar aos representantes dos demais Órgãos Municipais que os mesmos designem técnicos para formar equipe de trabalho para realização dos procedimentos referidos no 1º deste artigo. Art. 6º. Os investimentos que envolvam execução de obras deverão ser autuados em processo específico para prévia avaliação e aprovação do projeto pela Secretaria de Obras, antecedendo a fase de habilitação.
4 Art. 7º. Para fins de apuração do incremento da arrecadação tributária de empresas prestadoras de serviços, já estabelecidas no Município, será considerada a média aritmética da arrecadação dos últimos 12 (doze) meses, e para as empresas que venham a se instalar o cálculo será o mesmo a partir do 2º (segundo) ano. Art. 8º. O incentivo referente ao valor adicionado para cada entidade será apurado anualmente conforme determina o 7º do artigo 6º, da Lei nº 1.160, de 20 de dezembro de 2006, alterada pela Lei nº 1.308, de 11 de abril de Art. 9º. O incentivo às entidades pela aquisição ou transferência de veículos, previsto no artigo 7º da Lei Municipal 1.160, de 2006, alterada pela Lei nº 1.308, de 11 de abril de 2008, dar-se-á a partir do exercício seguinte ao do pedido, quando se tratar de descontos sobre o valor devido a título de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza e Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, desde que protocolado até o dia 30 de setembro de cada ano. 1º. No que diz respeito ao desconto sobre o valor devido a título de Taxa de Licença de Ocupação de Terrenos, Vias, Logradouros Públicos, Espaços Aéreos e Subterrâneos no Município, o pedido do incentivo deverá ser protocolado até 30 (trinta) dias antes de sua obrigatória renovação anual. 2º. As entidades interessadas, no benefício que dispõe o caput deste artigo, deverão instruir o pedido de habilitação com o comprovante de propriedade do veículo, em nome da pessoa jurídica requerente, conforme determina o art. 7º da Lei nº 1.160, de 2006, alterada pela Lei nº 1.308, de 11 de abril de 2008, além dos documentos constantes do art. 3º deste decreto. 3º. A Secretaria de Gestão e Finanças analisará a documentação da requerente e caso seja aprovado o pedido, emitirá diretamente o Termo de Concessão de Benefícios. Art. 10. Para fins de fruição do benefício relativo ao art. 6º da Lei nº 1.160, de 2006, alterada pela Lei nº 1.308, de 11 de abril de 2008, a autoridade administrativa competente determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras: I - primeiramente, os impostos, a saber: IPTU e ITBI, quando for o caso; II - em segundo lugar, as taxas municipais previstas nos incisos III a IX do artigo 6º da Lei nº 1.160, de 20 de dezembro de 2006, alterada pela Lei nº 1.308, de 11 de abril de 2008, nesta ordem. Art. 11. Anualmente, até o dia 30 de setembro, a Secretaria de Gestão e Finanças solicitará documentos contábeis necessários para avaliação do incremento da arrecadação tributária, em relação ao primeiro exercício anterior ao investimento, verificando a manutenção dos incentivos.
5 1º. Aplica-se ao total da arrecadação tributária do primeiro exercício anterior ao investimento a variação acumulada do IPCA dos exercícios seguintes. 2º. A empresa beneficiada deverá apresentar os documentos solicitados no prazo de até 30 (trinta) dias da notificação, para dar continuidade à fruição destes benefícios, ficando sujeita a não aplicação dos benefícios, no caso de descumprimento. Art. 12. Os processos administrativos constituídos nos termos da Lei Municipal nº 689, de 17 de dezembro de 1999 e da Lei Municipal n 1.073, de 21 de dezembro de 2005, cujos investimentos ainda estejam em andamento ou não tenham sido iniciados, poderão ser apreciados, analisados e decididos com base na Lei n 1.160, de 20 de dezembro de 2006, alterada pela Lei nº 1.308, de 11 de abril de 2008, desde que atendam às condições nela previstas e o interessado assim requeira. 1º. O requerimento de que trata este artigo obedecerá às formas e prazos estabelecidos neste decreto. 2º. Para os casos mencionados no caput deste artigo, que haja requerimento por parte do interessado para adequação do incentivo com base na Lei n 1.160, de 20 de dezembro de 2006, alterada pela Lei nº 1.308, de 11 de abril de 2008, e caso seja deferido o mencionado pedido, tomar-se-á como base de referência para a concessão do benefício fiscal seletivo, regulamentado por este decreto, o valor efetivamente devido pela entidade a título de tributos municipais e não os valores pagos durante os incentivos anteriormente concedidos. Art. 13. Enquanto perdurar a vigência da Lei n 1.160, de 20 de dezembro de 2006, alterada pela Lei nº 1.308, de 11 de abril de 2008, a entidade interessada poderá requerer nova inclusão, sempre que pretenda efetuar qualquer dos investimentos constantes dos incisos do art. 1 da mencionada lei. Parágrafo único Em hipótese alguma o requerimento de inclusão será considerado renovação do anteriormente formulado. Art. 14. Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. PAÇO QUATRO DE JULHO DA PREFEITURA DE MARACANAÚ, aos 30 de abril de /Rr ROBERTO PESSOA Prefeito de Maracanaú
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