UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS - GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS SÍNDROME DE BURNOUT NO TRABALHADOR:

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS - GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS SÍNDROME DE BURNOUT NO TRABALHADOR: ESTRESSE, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO JANINE LEOCARDO MALHEIROS VALPASSOS PROFESSOR ORIENTADOR(A): FABIANE MUNIZ RIO DE JANEIRO 2016

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS - GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS SÍNDROME DE BURNOUT NO TRABALHADOR: ESTRESSE, SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO JANINE LEOCARDO MALHEIROS VALPASSOS Monografia apresentada À Vez do Mestre como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Gestão de Recursos Humanos Orientador(a): FABIANE MUNIZ RIO DE JANEIRO

3 RESUMO A saúde no trabalho, o bem-estar físico e mental são temas relacionados a percepções subjetivas, que nos últimos anos têm sido explorados por muitos pesquisadores sob a luz do conceito do estresse. O tipo de desgaste a que as pessoas são submetidas permanentemente nos ambientes de trabalho e as relações com o trabalho são fatores determinantes de doenças e também de transtornos relacionados ao estresse. O presente trabalho teve como objetivo investigar as diferentes formas de manifestação do estresse no ambiente de trabalho, a qualidade de vida do trabalhador, a diferença entre as pessoas em relação à sua capacidade de lidar com o estresse e as causas da Síndrome de Burnout identificando seus sintomas e sua forma de prevenção e tratamento. A partir de pesquisas bibliográficas o trabalho teve como enfoque alguns conceitos dos sintomas e fatores que podem desencadear a síndrome. 2

4 METODOLOGIA O trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica em artigos científicos, livros e internet. Segundo Fachin (2006, p. 120) a pesquisa bibliográfica tem como finalidade conduzir o leitor à pesquisa de determinado assunto, proporcionando o saber. Além disso, serve como base para as outras pesquisas. Através de uma leitura crítica das obras pertinentes foi desenvolvido o tema apresentado, o qual encontra-se fundamentado em autores conceituados como Chiavenato (2004 e 2009) e Benevides (2002), através das bases de dados de estudos indexados via internet e nas coleções SCIELO (Scientific Electronic Library Online). Os descritores utilizados foram Burnout, saúde do trabalhador, estresse, qualidade de vida, ambiente de trabalho e doença ocupacional. 3

5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES E SIGLAS FIGURA FIGURA 1 Produtividade do Indivíduo em relação as fases do Estresse ANEXO - Inventário de Burnout de Maslach SIGLAS SOB... Síndrome de Burnout CID 10...Classificação Internacional de Doenças MBI... Maslach Burnout Inventory (Inventário de Burnout de Maslach) 4

6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 6 CAPÍTULO 1 ESTRESSE ESTRESSE OCUPACIONAL CAPÍTULO 2 SÍNDROME DE BURNOUT E SINTOMATOLOGIA SINTOMATOLOGIA DA SÍNDROME DE BURNOUT PREVENÇÃO DO ESTRESSE E DA SÍNDROME DE BURNOUT CAPÍTULO 3 - QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE NO TRABALHO BREVE HISTÓRIA SOBRE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA ANEXO

7 INTRODUÇÃO A sobrecarga no trabalho, a dedicação exagerada à profissão, pressões, cobranças. Esses são fatores que, quando não reconhecidos e endereçados pelo empregador e pelo empregado, podem levar ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout. O trabalho é essencial na vida do homem, fonte de sustento material e peça fundamental na busca pela realização pessoal. No entanto, se este trabalho for realizado em condições que levem o trabalhador a se sentir intensamente desconfortável, física ou mentalmente, isto pode resultar em problemas psicossociais. Segundo a definição de Selye (1936), o estresse é uma reação do organismo que ocorre frente a situações que exijam dele adaptações além do seu limite. Atualmente os estudos sobre o estresse não englobam somente a reação que este causa no corpo e na mente humana, mas também na qualidade de vida do trabalhador no meio em que trabalha. O estresse pode afetar a saúde, a qualidade de vida e a sensação de bem-estar como um todo (Lipp, 2001). A introdução do sistema capitalista no mercado de trabalho, fez com que houvesse modificações na execução de diversas atividades, gerando demanda incessante pelo aumento da produtividade do trabalho. Com o profissional vivendo sob alta pressão, num ambiente altamente competitivo, onde a necessidade de atualização e aquisição de novos conhecimentos e informações é constante. Como diz (MORAES, FERREIRA E ROCHA, 2003), os movimentos taylorista e fordista são responsáveis pelo aumento da produção e redução dos custos, fazendo com que a população consuma mais. Como resultado desse alto consumo, ocorreu a desvalorização do trabalhador, causando sofrimento e a redução da sua qualidade de vida. O estresse é percebido no ambiente de trabalho à medida em que surgem altos índices de licenças médicas e consequentemente o absenteísmo. Há queda na produtividade, os trabalhadores se sentem desmotivados, irritados, impacientes, começa a haver relacionamentos desarmoniosos, as relações afetivas ficam conturbadas, aumenta o número de divórcios, doenças físicas 6

8 variadas, depressão, ansiedade e infelicidade pessoal, dependências medicamentosas, alcoolismo e o desleixo com o trabalho, (Lipp,2005). Tendo em vista os motivos elencados acima, considera-se importante destacar os fatores de estresse do ambiente de trabalho, e da sua relação com a integridade mental do indivíduo, considerando que as circunstâncias indutoras de estresse devem ser identificadas, com intervenção eficaz, no sentido de modificá-las ou de minimizar os seus efeitos negativos na vida do trabalhador. Dessa forma o estudo abordará algumas situações de estresse vivenciadas pelo trabalhador no seu ambiente de trabalho e alguns programas que são realizados para promover a Qualidade de Vida do Trabalhador. 7

9 CAPÍTULO 1 ESTRESSE Para entendermos um pouco mais o Burnout, é necessário explicarmos a concepção do estresse, para que desta forma possamos observar melhor as diferenças entre Burnout e o estresse. A palavra estresse, derivada do latim, foi utilizada popularmente no século XII significando fadiga, cansaço. A partir dos séculos XVIII e XIX, aparece relacionado com o conceito de força, esforço e tensão (Farias, 1992, citado por Vieira, Guimarães & Martins, 1999: 213), sendo inicialmente usada na área de saúde pelo endocrinologista Hans Selye, que nomeou o estresse como ações mútuas de forças que ocorrem em qualquer parte do corpo (Chrousos & Gold, 1993). Lipp (2001), define o estresse como o desgaste geral do organismo, que é causado pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando o indivíduo é forçado a enfrentar situações que o irritem, excite, amedrontem, ou mesmo que o façam imensamente feliz. Nas palavras de (Hans Selye 1965, p.54) o estresse é definido como o estado manifestado por uma síndrome específica que consiste em todas as mudanças não específica induzidas dentro de um sistema biológico. O estresse tem sido considerado um dos problemas que age sobre o ser humano, interferindo na homeostase de seu organismo devido à grande quantidade de tensões que enfrenta. O conceito de homeostase contribuiu para a compreensão e definição do estresse. O corpo humano funciona em sintonia fazendo com que os órgãos trabalhem juntos. O estresse causa a ruptura no equilíbrio interno do organismo fazendo com que nos momentos de desafios o coração bata rápido demais, o estômago não consiga digerir a refeição e a insônia ocorra. Mas quando o estresse ocorre, esse equilíbrio chamado de homeostase, é quebrado e não há mais o entrosamento entre os vários órgãos do corpo e cada órgão trabalha de forma diferente. O estímulo ou agente estressante é distinguido do estresse, uma vez que o estímulo é um elemento que interfere no equilíbrio homeostático do organismo e o agente estressor têm um caráter físico, cognitivo ou emocional. O estresse é a resposta a este estímulo, é a necessidade de vir a aumentar o ajuste adaptativo, para que retorne ao estado de equilíbrio, reavendo a 8

10 homeostase inicial. O estresse tem função de ajustar a homeostase e melhorar a capacidade do indivíduo para garantir a sobrevivência do mesmo. Que os agentes estressores podem ser encontrados como estressores físicos provenientes de ambientes externos, tais como ruídos, frio, acidentes, etc. Estressores cognitivos que são avaliados como ameaçadores à integridade ou patrimônio do indivíduo e ainda como estressores emocionais que são os que trazem sentimentos de perda, medo, ira etc. Benevides-Pereira (2002). A vulnerabilidade dos indivíduos ao estresse depende da sua habilidade para lidar com os eventos estressores, e a maneira como o indivíduo lida com eles é fundamental para que se desenvolva um quadro de estresse. Diante de um agente estressor de qualquer natureza, o organismo tem duas opções ou de enfrentar o problema ou fugir do problema. Dessa forma o organismo se ativa para tentar fazer frente ao estressor e os sinais e sintomas que ocorrem com maior frequência são do nível físico como aumento da sudorese, nó no estômago, tensão muscular, taquicardia, hipertensão, etc. Em termos psicológicos, vários sintomas podem ocorrer como ansiedade, tensão, angústia, insônia, alienação, dificuldades interpessoais, dificuldade de relaxar, tédio, hipersensibilidade emotiva. A capacidade de atenção também se eleva, para que se possam identificar tudo o que for pertinente, desprezando o que não for. (Lipp, M. N., no livro Stress e suas implicações Ver psicologia, 1984; 3(4): 05-19). Se nada for feito para que estresse seja aliviado, os sintomas tendem a aumentar, como se fosse uma panela de pressão a ponto de explodir. É necessário que se inicie um tratamento logo que observe algum dos sintomas do estresse para que evite problemas maiores, ou mais greves como infarto, AVC e etc. De acordo o Dr. Bernik (2010), Médico Psiquiatra (ABM/ABP e CFM) o estresse pode ser considerado uma preocupação de saúde pública, pois ceifa 9

11 pessoas ainda jovens, em idade produtiva e geralmente ocupando cargos de responsabilidade, imobilizando e invalidando as forças produtivas da nação. O estresse pode ser algo negativo, sendo chamado de distresse ou positivo chamado de eustresse. No positivo ele faz com que a pessoa reaja de forma positiva às situações de mudanças ou aos desafios, já o estresse negativo, também conhecido como estresse ruim traz várias consequências à saúde. O eustresse ou estresse positivo é o estresse em sua fase inicial, a do alerta. O organismo produz adrenalina que dá ânimo, vigor e energia, o que torna a pessoa produtiva e mais criativa. O indivíduo pode passar por períodos em que dormir e descansar passa a não ter tanta importância para ele, é a fase da produtividade. É necessário que a pessoa encontre maneiras de controlar seu nível de estresse para usá-lo de forma positiva como um impulsionador. Estresse saudável é a ativação do organismo para adaptar-se a uma situação interpretada como desafio positivo e ao qual se segue uma percepção de realização e desativação (DOLAN, 2006, p. 53). O distresse ou estresse negativo é o estresse em excesso, que ocorre quando a pessoa ultrapassa os seus limites e esgota sua capacidade de adaptação. Dolan (2006) define o distresse como um estresse perigoso, sendo a ativação crônica do organismo para tentar adaptar-se a uma situação interpretada como ameaça e a qual não se segue à desativação. Segundo o autor uma situação constante de estresse negativo leva a uma deterioração do ambiente de trabalho, empobrece as relações interpessoais do indivíduo, bem como a perda de produtividade e de seu desempenho no trabalho. O estresse relaciona-se diretamente com a produtividade do indivíduo, uma pessoa que não tem estresse não produz, pois ela acaba não produzindo adrenalina tornando-se uma pessoa apática, totalmente improdutiva. Portanto quanto mais estresse, maior a produção de adrenalina, consequentemente maior a produtividade. Quando o estresse extrapola o limite do indivíduo, sua produtividade começa a diminuir, e ele pode contrair doenças e até mesmo morrer. A Figura 1 demostra a produtividade do individuo em relação as fases do estresse. 10

12 (Figura 1) *** Lipp, Inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo; Nas palavras de Hans Selye (1965: 54) o estresse é definido como o estado que é manifestado por uma síndrome específica que consiste em todas as mudanças não específica induzidas dentro de um sistema biológico. A palavra estresse, com esse sentido, designa o total de todos os efeitos não-específicos de fatores (atividade normal, agentes produtores de doenças, drogas, etc.) que podem agir sobre o corpo. Esses agentes são denominados estressores quando tratamos de sua característica de produzir estresse. (apud COSTA, LIMA e ALMEIDA, 2003). Em seus estudos, Selye observou que o estresse produzia reações de defesa ao organismo e adaptações frente ao agente estressor. Essas reações apresentam três fases ou estágios: A fase de Alarme consiste em uma fase muito rápida, onde se identifica o perigo, prepara o corpo para a reação, ou seja, prepara para a resistência. Por ser um processo rápido, muitas vezes essas sensações não são identificadas como estresse e por isso muitas pessoas não se dão conta 11

13 que estão passando pelo processo de estresse. A fase de Resistência pode durar anos. Isto ocorre quando a pessoa tenta se adaptar à nova situação, restabelecendo o equilíbrio interno. E a fase de Exaustão consiste em uma extinção da resistência, seja pelo desaparecimento do estressor, do agressor ou seja pelo cansaço dos mecanismos de resistência. É neste caso que ocorrerá a doença ou mesmo um colapso. Lipp e Guevara (1994), identificaram ainda uma outra fase do processo chamada de quase-exaustão, por se encontrar entre a fase de resistência e a de exaustão (Ver Figura 1). Essa fase recém-identificada caracteriza-se por um enfraquecimento da pessoa que não está conseguindo adaptar-se ou resistir o estressor e assim começam a surgir as doenças não tão fortes como ocorre na fase da exaustão. Lipp (1994) descreve que não é o estresse propriamente dito que desencadeia doenças, mas ele é a válvula de gatilho para que as doenças apareçam em pessoas que possuem uma pré-disposição para adquiri-las. É possível perceber que o estresse está relacionado com o lado psicológico do indivíduo, pois o mesmo não percebe o aumento da carga emocional e isso gera alguns distúrbios emocionais, fugindo de suas funções normais psíquicas. Segundo Chiavenato (1999) existem alguns fatores que seriam provocadores do estresse no ambiente de trabalho, como o autoritarismo do chefe, as pressões que sofrem dentro do ambiente de trabalho, as cobranças, o cumprimento da carga horária de trabalho, a monotonia e a rotina de certas tarefas, o ambiente barulhento, a falta de segurança, progresso profissional, e a insatisfação pessoal. Para Lipp (2005), alguns estressores típicos dos trabalhadores são: sobrecarga de trabalho e na família, lidar com a chefia, auto cobrança, falta de união e cooperação na equipe, salário insuficiente, falta de expectativa de melhoria profissional e o próprio cargo exercido pela pessoa. Sendo assim, o estresse pode ser entendido como sendo o ponto em que o indivíduo não consegue controlar seus conflitos internos, gerando um excesso de energia, fadiga, cansaço, tristeza, euforia; seu corpo sofre grandes mudanças diante das transformações que sofre com este estado emocional elevado. 12

14 1.1 ESTRESSE OCUPACIONAL O estresse pode acometer qualquer pessoa e, quando o agente desencadeador se refere à atividade desempenhada, o mais correto seria a designação estresse ocupacional (Benevides-Pereira, 2002). A palavra Estresse Ocupacional é empregada para salientar que não são propriamente o trabalho ou a profissão os responsáveis pelos transtornos percebidos, mas o tipo de atividade desempenhada, sendo esta também utilizada para diferenciar o termo burnout de estresse. Devido ao fato de essas síndromes serem ocasionadas a partir de situações relacionadas ao trabalho, há autores que desconsideram suas diferenças, burnout não é o mesmo que estresse ocupacional. A Síndrome de burnout é o resultado de um prolongado processo de tentativas de lidar com determinadas condições de estresse. O que diferencia o estresse ocupacional do burnout é a perspectiva racional presente no burnout. Araújo apud Benevides Pereira (2002) faz referência ao fato de que as relações entre o estresse ocupacional e a saúde mental do trabalhador apontam para índices de incapacidade temporária ao trabalho, absenteísmo, aposentadoria precoce e riscos à saúde decorrentes dessa relação. A Organização Internacional do trabalho define o estresse ocupacional como um conjunto de fenômenos que aparecem no organismo do trabalhador e por esse motivo pode vir a causar grandes problemas nesse organismo, afetando assim sua saúde. Sendo assim, o trabalho pode possibilitar crescimento, transformações, reconhecimento e independência pessoal e profissional, mas também pode causar problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e irritação. No Burnout, além destes fatores, a qualidade do trabalho é comprometida não só pela desatenção e negligencia, mas especialmente pela relação entre o profissional e a pessoa a quem presta serviço, com o distanciamento, falta de empatia e hostilidade evidenciada. Os maiores geradores do estresse no âmbito laboral envolvem a organização, administração e a qualidade das relações humanas. 13

15 As organizações que entendem que o estresse ocupacional é prejudicial, tanto para os colaboradores quanto para elas, precisam tomar algumas atitudes em relação aos problemas causadores desses conflitos pessoais e organizacionais. O clima que impera no trabalho é fator importante para que as pessoas possam sentir confiança, respeito e consideração uns pelos outros (BENEVIDES-PEREIRA, 2002, p. 66). A SBO vai além do estresse, esta síndrome está associada mais especificamente ao mundo laboral e ocorre pela cronificação de um processo de estresse, é um tipo de Estresse Ocupacional para fazer frente à sintomatologia física e psicológica. Dessa forma, distinguem-no do estresse comum e apontam o caráter de trabalho envolvido nesta síndrome. É de suma importância que a implantação de técnicas de prevenção ao estresse sejam realmente implementadas nas empresas, afim de que haja melhores desempenhos dos trabalhadores, evitando assim o sofrimento na saúde mental do mesmo. 14

16 CAPÍTULO 2 SÍNDROME DE BURNOUT E SINTOMATOLOGIA Bur-out, ou simplesmente Burnout, é um termo bastante antigo. Bur-out, no jargão popular inglês, se refere àquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia. Herbert J. Freudenberger foi o primeiro a utilizar essa denominação, porém há diversos autores e diversas conceituações para essa síndrome. Apesar da diversidade de contribuições atribuídas ao Burnout, ocorre uma unanimidade entre esses autores em que assinalam a influência direta do mundo do trabalho como condição para a determinação desta síndrome. Burnout é uma experiência individual específica do contexto do trabalho. (Maslach, Schaufeli & Leiter, 2001, p.407). Freudenberger (apud SILVA, 2002), afirma que o Burnout é resultado de esgotamento, decepção e perda de interesse pela atividade de trabalho que surge nas profissões que trabalham em contato direto com pessoas. No Brasil, por exemplo, os profissionais de saúde, assim como professores de escolas públicas enfrentam com frequência, jornadas extenuantes, baixas remunerações e poucos recursos para exercer seu trabalho. Além disso, profissionais de saúde que atuam nos hospitais lidam diariamente com sofrimento, fragilidade, dor e tantas outras reações provenientes dos pacientes e seus familiares. A Síndrome de Burnout se torna mais comum nesses profissionais, visto que suas atividades envolvem um contato íntimo, intenso e de alta responsabilidade com outras pessoas em situações de necessidade e dependência. Assim, médicos, enfermeiros e outros profissionais da área de saúde são especialmente vulneráveis, ou profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam e/ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem às técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas a avaliações. A SOB foi reconhecida como risco ocupacional para as profissões supracitadas. O Decreto de 06 de maio de 1999 aprova o regulamento da Previdência Social e, no Anexo II, trata dos agentes patológicos causadores de doenças profissionais. No CID 10 (Classificação Internacional de Doenças), Síndrome de Burnout recebe o código Z 73.0 (Problemas relacionados a dificuldades de gerenciamento da própria vida) e no item XII da tabela de transtornos mentais e do comportamento relacionado ao 15

17 trabalho, classifica como Sensação de Estar Acabado, ou seja é a Síndrome do Esgotamento profissional. Ricardo Sebastiani, psicólogo e especialista no assunto se expressa: Esses profissionais lidam todos os dias com situações críticas relativas à vida dos pacientes, sofrendo um alto grau de exigência e pressão. A organização do trabalho também é decisiva para esses profissionais. Recursos materiais e humanos suficientes para desempenhar as tarefas, convívio com as equipes multidisciplinares, incentivos para estudo e reciclagem profissional, reconhecimento do valor de cada um e existência de canais de comunicação eficientes, especialmente em situações críticas, atenuam as fontes de estresse. Algumas das maiores fontes do desgaste no ambiente de trabalho são: excesso de trabalho; falta de controle; falta de recompensa; falta de união; falta de equidade e conflito de valores. Acredita-se que uma das soluções para este problema seria que a própria empresa criasse ações preventivas, além de programas de QVT. Entretanto para se conseguir a aprovação das diretorias e colocar em prática, ações como essas, não é um processo tão simples quanto parece. Deve-se provar para estes superiores que através destas ações irá se conseguir uma redução de custos mais altos no futuro e assim desenvolver juntamente com os empregados, dentro das empresas a auto estima e a empatia, para que promova a qualidade de vida, pois a empresa ao desenvolver esse dois pontos, irá conseguir reverter ou amenizar um quadro clínico por desgastes físicos e emocional. Para que de fato isso ocorra, se deve ter diagnósticos e a implantação de melhorias dentro da empresa, inovações gerenciais, inovações tecnológicas estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando melhores condições de desenvolvimento humano para a realização do trabalho e durante o trabalho. As exigências (aumento da qualidade e produtividade) do mercado de trabalho e a competição alteram a situação pessoal de todos, trazendo-lhes insegurança, isolamento, distanciamento emocional, frieza, ansiedade e elevação nos níveis de estresse, por perceberem que suas expectativas eram muitas vezes impossibilitadas de se concretizarem, devido às mudanças no interior das instituições. 16

18 O local de trabalho, hoje, é um ambiente frio, hostil, que exige muito econômica e psicologicamente. As pessoas estão emocional, física e espiritualmente exaustas. As exigências diárias do trabalho, da família e de tudo o que se encontra entre eles corroem a energia e o entusiasmo dos indivíduos. A alegria do sucesso e a emoção da conquista estão cada vez mais difíceis de alcançar. A dedicação ao trabalho e o compromisso com ele estão diminuindo. As pessoas estão ficando discrentes, mantendo-se distantes e tentando não se envolver demais (Maslach & Leiter, 1999, p.13). 2.1 SINTOMATOLOGIA DA SÍNDROME DE BURNOUT Na literatura pode-se encontrar uma lista bastante vasta de diversos sintomas associados ao Burnout ( Barona, 1996; Benevides Pereira, 2001; Calvete e Villa, 2000; Cooper, 1996; Forney, Wallace-Schutsman e Wiggers, 1982; Freudenberger, 1974, 1975 et al). De acordo com Benevides-Pereira (2002), os sintomas apresentados no processo do Burnout podem ser classificados em quatro tipos e apresentam várias consequências, mas uma pessoa com a SBO, não necessariamente deve vir a denotar todos os sintomas. Os sintomas estão subdivididos em Físicos, Psíquicos, Comportamentais e Defensivos. Físicos: - Fadiga constante e progressiva: sensação de desgaste, cansaço e falta de energia. O individuo sente-se cansado até mesmo ao acordar. - Distúrbios do sono: dificuldade de adormecer ou permanecer dormindo. Mesmo a pessoa estando cansada ela tem dificuldades para dormir e quando dorme tem um sono leve. Tem sono agitado - Dores musculares ou osteomusculares: as mais comuns são as dores na coluna, pescoço, cervical, ombro e na região lombar. - Cefaleias, enxaquecas: as dores de cabeça são tão fortes e tão intensas que qualquer barulho a incomoda. - Transtornos cardiovasculares: Hipertensão, palpitações e insuficiências cardiorrespiratória. Podendo ocorrer um AVC. 17

19 - Disfunções sexuais: ausência de apetite sexual, dor durante a relação sexual e ejaculação precoce. - Alterações menstruais nas mulheres: pode ocorrer a ausência da menstruação ou irregularidade do ciclo menstrual. Psíquicos: - Falta de atenção, de concentração: a pessoa apresenta dificuldades em manter-se atenta ao que faz, se distrai com facilidade, parece distante do ambiente onde se encontra. - Alterações da memória: falhas e/ou lapsos de memória. A pessoa esquece o que estava fazendo e tenta relembrar a atividade que estava fazendo. - Lentidão do pensamento: o tempo do processo mental fica mais lento, assim como seu tempo para a resposta. - Sentimento de alienação: a pessoa se sente distante de tudo e de todos. Como se não estivesse naquele local. - Sentimento de solidão: a pessoa se sente só e sente que não é compreendida pelas pessoas que convive. Esse tópico tem a ver com o anterior. - Impaciência: a pessoa tem falta de paciência, se sente incapaz de suportar algo ou alguém, de se constranger ou de esperar. Geralmente é uma pessoa ansiosa. - Baixa auto-estima: a pessoa se sente inadequada para enfrentar os desafios da vida, não acredita no seu potencial e capacidade de dar resposta às questões da vida. Tem uma estrutura emocional pouco sólida que origina o pessimismo e a negatividade. - Astenia, desânimo, disforia, depressão: a pessoa sente-se sem animo, cansada, sem entusiasmo algum. Esse tipo de sintoma pode levar o indivíduo a ter um quadro de depressão. - Desconfiança, paranóia: Estão sempre alertas, procurando sinais de alguma ameaça. A disconfiança em excesso leva a paranóia. 18

20 Comportamentais: - Negligência ou excesso de escrúpulos: a pessoa fica sem atenção e justamente pela falta de atenção passa a conferir tudo o que faz, ocorre desleixo, descuido, falta de zelo e aplicação ao realizar determinada tarefa. - Irritabilidade: ocorre um aumento exagerado a estímulos do ambiente e uma baixa tolerância a incômodos. Há um desgaste pessoal, uma sensação de intolerância, e de que por pequenos motivos a pessoa pode explodir e tende a se tornar ranzinza e a afastar-se das pessoas. - Incremento da agressividade: dificuldade de conter-se, mesmo que seja por motivos sem importância. - Incapacidade para relaxar: ocorre tensão muscular, a pessoa está sempre alerta, mesmo nos momentos de distração. Apresenta dificuldade de desfrutar dos momentos de lazer. - Dificuldade na aceitação de mudanças: a pessoa apresenta dificuldade em lidar com novas situações, por saber que isso tomará energia que não possui mais. Comporta-se de forma rígida, inflexível. - Condutas aditivas e evasivas: neste item ocorre o aumento de uso de substancias como álcool, drogas, cigarros, absenteísmo, baixo rendimento e afastamento de amigos e familiares. - Perda de iniciativa: a pessoa não quer tomar iniciativa, pois sabe que tomara energia que não possui independente de ser físico ou mental. Esse item tem ligação com o Dificuldade de Aceitação de Mudanças. - Aumento do consumo de substâncias: aumento do uso de bebidas alcoólicas e de café, uso de drogas, cigarros e etc - Suicídio: o índice de suicídios em profissionais na área de saúde é maior do que em relação a população em geral. Defensivos: - Sentimento de onipotência: para tentar compensar a sua frustação e sua incapacidade, essa pessoa acha que é capaz de fazer tudo. Que não necessita da ajuda de ninguém. Podendo ser também em alguns casos um sentimento de paranoia. 19

21 - Tendência ao isolamento: o indivíduo deixa de participar de atividades sociais em grupos. Ocorre um pouco pelo sentimento de fracasso e por achar que está naquela situação por causa de outra pessoa. - Perda do interesse pelo trabalho (ou até pelo lazer): Tudo que é relacionado ao trabalho a pessoa perde o prazer de fazer. - Absenteísmo: são as faltas relacionadas ao trabalho com o sem justificativas. Isso ocorre como se fosse uma fuga para os transtornos sentidos. - Ironia, Cinismo: ocorre com frequência o indivíduo apresentar ironia e cinismo com as pessoas que trabalham com o mesmo como para o empregador. É nesse momento que o profissional expressa seus sentimentos de insatisfação e indignação. - Ímpetos de abandonar o trabalho: a intenção de mudar de trabalho ou abandonar o trabalho passa a ser pensada e em alguns casos ocorre o desligamento do trabalho ou a mudança do mesmo. Os sintomas de Burnout mostrados acima, nem sempre aparecerão simultaneamente, isso vai variar de pessoa para pessoa, e de acordo com o ambiente e a etapa em que se encontra no processo da síndrome. Cabe ressaltar ainda que pessoas que estão apenas com estresse podem apresentar os sintomas físicos, comportamentais e psíquicos, porém os sintomas defensivos são exclusivos do Burnout (Benevides-Pereira, 2002). Os Pesquisadores (Maslach, Schaufeli, Leiter, 2001) pontuam que embora algumas questões sejam divergentes nas definições do Burnout, há no mínimo cinco elementos que são entre si comuns: a) existe a predominância de sintomas relacionados a exaustão mental e emocional, fadiga e depressão; b) a ênfase nos sintomas comportamentais e mentais e não nos sintomas físicos; c) os sintomas do burnout são relacionados ao trabalho; d) os sintomas manifestam-se em pessoas "normais" que não sofriam de distúrbios psicopatológicos antes do surgimento da síndrome; e) a diminuição da efetividade e desempenho no trabalho ocorre por causa de atitudes e comportamentos negativos. Essa síndrome seria resultante do conflito entre o indivíduo e seu trabalho que culminaria em um processo de desgaste caracterizado pelo aumento de sentimentos de Exaustão Emocional e uma tendência à avaliação negativa devido à insatisfação do indivíduo com seu trabalho. 20

22 Em resumo, existem três dimensões que caracterizam a síndrome de burnout que são: a Exaustão Emocional, que se refere ao sentimento de sobrecarga e desgaste emocional; a Despersonalização que diz respeito aos sentimentos negativos em relação ao próximo e às atitudes de ironia e cinismo com o outro e a Falta de Realização Pessoal que está relacionada com os sentimentos de inadequação pessoal e profissional ao trabalho (Maslach, Jackson, 1981). Para que o Inventário de Burnout de Maslach (MBI) - (Ver Anexo) fosse construído, com o objetivo de descobrir os verdadeiros sintomas desta síndrome, Maslach e Jackson (1981) se basearam nas três dimensões acima, de forma a elaborar perguntas que pudessem avaliar cada uma dessas dimensões nos indivíduos pesquisados. O MBI foi o primeiro instrumento a ser criado visando avaliar a incidência da síndrome de Burnout. Ele foi elaborado por Christina Maslach e Susan Jackson em 1978, e hoje tem sido um instrumento amplamente utilizado e adaptado nas diversas profissões para avaliar como os profissionais vivenciam seus trabalhos. Vale ressaltar que ele é auto-administrável, e que foi primeiramente aplicado em enfermeiros, já que esses profissionais estavam incluídos no rol de profissões de natureza assistencial, que Maslach e Jackson consideravam os mais predispostos à síndrome. Esse inventário passou por um longo processo até sua validação. O conceito de Burnout se concretizou a partir da elaboração do MBI, pois a definição da síndrome foi resultado da análise fatorial deste instrumento. Segundo Benevides (2002), a pessoa que vivencia o Burnout diferentemente da Depressão identifica o trabalho como desencadeante do processo e apresenta uma sintomatologia com prevalência de sentimentos de desapontamento e tristeza. Por outro lado, na depressão há prevalência de sentimentos de derrota e letargia para a tomada de atitude. Kanaane (1994), enfatiza a importância de promover o bem-estar e a saúde dos indivíduos no trabalho, pois uma vez que estes encontram-se em estado de saúde, esta irá se refletir no funcionamento da instituição como um todo. A síndrome de burnout apresenta-se como um dos grandes problemas psicossociais e tem gerado grande interesse e preocupação por parte da comunidade científica e também de entidades governamentais, empresariais e 21

23 sindicais norte-americanas e europeias devido à severidade de suas consequências, sejam em nível individual como em nível organizacional. (Carlotto 2000). 2.2 PREVENÇÃO DO ESTRESSE E DA SÍNDROME DE BURNOUT As instituições sempre estão tentando melhorar o bem-estar, a saúde física, mental e social de seus funcionários, baseando-se em suas necessidades atuais e assim utilizam métodos e técnicas apropriadas de acordo com a realidade de cada instituição e conforme os objetivos de prevenção que ela deseja criar. Muitos métodos podem ser escolhidos e utilizados para a redução e controle do estresse no ambiente de trabalho, mas é preciso pensar quais são as técnicas mais adequadas para cada evento de estresse. Hoje já existem programas de Gestão de estresse que podem ser individuais ou organizacionais. Os programas individuais destinam-se a ajudar as pessoas que já estão sofrendo devido ao estresse, enquanto o organizacional atua de forma preventiva, reduzindo os estressores, reais ou potenciais. O gerenciamento do estresse é uma ação voltada para a saúde, segurança, produtividade e qualidade de vida do trabalhador em seu ambiente de trabalho e para prevenir a síndrome do esgotamento profissional, é necessária uma formação que valorize o ser humano em seus diferentes aspectos e necessidades e também medidas que evitem a sobrecarga e permitam aos profissionais uma maior flexibilidade de trabalho. As técnicas preventivas mais comuns as quais a gestão do estresse ocupacional utiliza, apresentam-se em três níveis de intervenção: primária, secundária e terciária PRIMÁRIA A fase primária tem como objetivo principal eliminar as fontes de estresse. Ela tem um enfoque na abordagem individual, ao qual as pessoas 22

24 utilizam métodos para modificar ou reduzir as fontes de estresse. Algumas ações são recomendadas por Lipp (1998) para ação preventiva do estresse neste nível, estariam incluídos exercícios físicos, relaxamento e controle da alimentação EXERCÍCIOS FÍSICOS O hábito de praticar exercícios físicos tem demonstrado muitos resultados positivos e eficazes na mudança do estado de ânimo negativo, através da liberação de endorfinas que é o hormônio responsável pela sensação de prazer. Só com a prática de exercícios moderados, de maneira imediata já se obtém resultados significativos no estado de ânimo e a longo prazo, observa-se seus efeitos na saúde também. Os efeitos dos exercícios físicos sobre o estresse diferem em cada indivíduo, assim como a própria reação ao estresse RELAXAMENTO A tensão nos músculos, normalmente é acompanhada por estados emocionais negativos que a pessoa está vivenciando. O nível elevado de ansiedade e a dificuldade de relaxar, faz com que aumente o sentimento de esgotamento emocional, que é próprio do Burnout. O relaxamento desses músculos leva a diminuição da ansiedade. É preciso que a pessoa saiba o momento e como relaxar para que assim diminua sua ansiedade. Existem algumas técnicas fundamentais de relaxamento comumente utilizadas. Umas dessas técnicas, a de relaxamento progressivo (Jacobson, 1938) faz com que ocorra diminuição e eliminação da tensão que se produz nas situações de estresse, ensinando o indivíduo a relaxar ao detectar esta tensão. Nesse sentido, é necessário um treino constante do exercício de concentração para que a pessoa consiga relaxar. O relaxamento é uma técnica muito eficaz para combater o desgaste emocional. 23

25 CONTROLE DA ALIMENTAÇÃO A alimentação tem influência no nosso modo de lidar com o estresse. Os fatores estressantes, além de causarem desequilíbrio hormonal no organismo, alteram as reservas de nutrientes, vitaminas e minerais que podem causar várias doenças. Com o organismo enfraquecido, a pessoa fica ainda mais sujeita a adoecer. Para combater o estresse é preciso uma mudança nos hábitos alimentares e a busca por um estilo de vida mais saudável, uma alimentação equilibrada e a prática de exercício físico ajudam bastante SECUNDÁRIA Este nível destina-se a reduzir o impacto dos estressores organizacionais, e não propriamente reduzir os estressores, como acontece nas intervenções primárias. A ação de prevenção aqui é de responsabilidade da empresa onde o indivíduo trabalha, a fim de estabelecer um bom funcionamento do trabalho, assim como promover o crescimento e o desempenho dos trabalhadores dentro da instituição. Benevides-Pereira (2001) relata que o Burnout pode ser prevenido aumentando a variedade de rotinas, para evitar a monotonia; prevenindo o excesso de horas extras; dando melhor suporte social às pessoas; fazendo com que as condições sociais e físicas de trabalho sejam melhores e que os empregadores invistam melhor no aperfeiçoamento profissional e pessoal dos seus trabalhadores. Alguns são utilizados para a redução do estresse na organização como : - Descrição do trabalho para o trabalhador; - Adequação da carga horária de trabalho;- Controle da sobrecarga de trabalho; - Treinamento e desenvolvimento pessoal; - Ambiente de trabalho familiar e comunicativo; - Aprimoramento das relações interpessoais; - Promoção da saúde para mudanças nos estilos de vida. 24

26 TERCIÁRIA Destina-se a tratar problemas de saúde e o bem-estar provenientes do estresse no trabalhador. Schaufeli e Enzmann (1998) falam que esta fase é a do tratamento, da reabilitação, que é a preparação do indivíduo para retornar ao seu local de trabalho. As vezes essa adaptação e as mudanças devem ser feitas tanto no indivíduo como no ambiente ocupacional. Os três níveis citados acima se referem às estratégias de prevenção mais utilizadas. 25

27 CAPÍTULO 3 - QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE NO TRABALHO 3.1 BREVE HISTÓRIA SOBRE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO O termo qualidade de vida surgiu da década de setenta, no Estados Unidos e na Europa, sendo a mesma associada a políticas nacionais e também empresariais. Especialistas Franceses introduziram métodos de melhorias nas condições de trabalho, através de pesquisas participantes e de práticas de discussões como por exemplo, espaço coletivo, para assim conscientizar e mudar a organização através das decisões dos trabalhadores e da empresa sobre as condições ergonômicas e das doenças ocupacionais. Dejours (1994) um dos pioneiros e líder deste pensamento, define condições de trabalho como as pressões físicas, mecânicas, químicas e biológicas do posto de trabalho. Segundo ele e seus colegas de pesquisa as pressões de trabalho têm como alvo principal o corpo dos trabalhadores, onde essas pressões podem ocasionar desgaste, envelhecimento e doenças somáticas ( Dejours, 1994, pág. 125). Dejours refere-se especificamente à Qualidade de vida no trabalho como condições sociais e psicológicas do trabalho, indica o sofrimento criativo, o sofrimento patogênico, a psicodinâmica do trabalho, o trabalho vivo e a banalização do trabalho. Nos anos noventa, junto com as ações de gestão da qualidade de processos e dos produtos e com a evolução da consciência social e do direito à saúde reforçada pela necessidade de renovação do estilo de vida, multiplicamse ações, estudos, práticas e esforços gerenciais na direção da qualidade pessoal. Com isso obtém-se a administração participativa, os diagnósticos de clima organizacional, a educação nutricional, a promoção à saúde, o aprofundamento das propostas preventivas, as ações ergonômicas e cuidados com a saúde mental do trabalhador, assim como a valorização das atividades de lazer, esporte e cultura. Fernandes, Eda, (1996) foi uma das precursoras da QVT no Brasil, e para ela a qualidade de vida no trabalho está intimamente ligada à democracia industrial e à humanização do trabalho. 26

28 A Qualidade de Vida é uma condição interna e externa em que a pessoa nasce, cresce e se desenvolve neste processo de viver e adaptar-se com elementos inter-relacionais de bem-estar e mal-estar. Os fatores de enfrentamento e percepção são importantes, seja de forma construtiva ou nocivas nas respostas de estresse, tanto no eustresse como no distresse e neste enfrentamento há ganhos e perdas. Na perspectiva da pessoa que trabalha para uma empresa, a Qualidade de Vida no Trabalho é a avaliação de bem-estar e do mal-estar da pessoa no seu ambiente de trabalho, relacionada às políticas, aos valores, aos relacionamentos, aos produtos e aos serviços de Gestão de Pessoas A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO O estresse além de ter um efeito desencadeador do desenvolvimento de várias doenças, pode causar prejuízos à qualidade de vida e a produtividade do trabalhador. Chiavenato (2004), refere-se a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) à preocupação com o bem-estar e a saúde dos trabalhadores no desempenho de suas tarefas. Segundo Couto (1987) o estresse ocupacional interfere na qualidade de vida modificando a maneira como o indivíduo interage em vários aspectos da sua vida (aspectos físicos, ambientais e psicológicos). A QVT somente ocorre no momento em que as empresas tomam consciência que os seus empregados são partes fundamentais de sua organização e que devem ser vistos como um todo. Cabe à organização entender que cada indivíduo tem seus objetivos, crenças, valores, sonhos, personalidade, estilo de enxergar a vida, e essas características são diferentes de pessoa para pessoa. O ser humano tem lutado para conseguir melhorar sua qualidade de vida, afim de proporcionar para ele maior bem estar e melhor equilíbrio.com o mercado de trabalho tão exigente, e cada vez mais competitivo, muitas empresas tem investido na promoção da QVT para manter a motivação e o comprometimento de seus empregados. Chiavenato (2009), diz que a QVT representa o grau em que os funcionários são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através de seu trabalho. Neste sentido pode-se dizer que a QVT está relacionada com 27

29 a cultura e o sistema de liderança da organização, as políticas de qualidade de vida são fatores determinantes da saúde dos trabalhadores. A cultura da organização pode ser traduzida como os valores da empresa, a sua filosofia de trabalho, sua missão, o clima organizacional, e as perfectivas de desenvolvimento pessoal que faz com que se crie o vínculo empresa/empregado. Segundo Leiter (1999), atualmente, os trabalhadores passam muito mais horas convivendo em um ambiente laboral do que convivem com seus familiares. Com isso os desgastes físicos e emocionais alastram-se nos locais de trabalho. Isso ocorre, na maioria das vezes, pelo desencontro da natureza do trabalho e a natureza da pessoa que realiza esse trabalho. O autor enfatiza também que o desgaste emocional nos trabalhadores diz mais sobre as condições de trabalho dos colaboradores do que sobre eles mesmos. De acordo com Chiavenato (1999) os principais problemas de saúde nas empresas estão relacionados com: alcoolismo, dependência química, medicamentos, fumo; estresse no trabalho; exposição a produtos químicos perigosos, como ácidos, asbestos; exposição a condições ambientais frias, quentes, contaminadas, secas, úmidas, barulhentas, pouco iluminadas; vida sedentária, sem contatos sociais e sem exercícios físicos; automedicação sem cuidados médicos adequados. Neste âmbito, um programa de QVT visa trabalhar e desenvolver os assuntos, como segue abaixo os principais: a) Saúde Preventiva Empresas preocupadas com a saúde preventiva podem criar programas e realizar ações com o objetivo de promover a saúde dos seus funcionários, aumentando a produtividade individual, reduzindo o absenteísmo e melhorando a qualidade de vida de todos. Esses programas, geralmente, oferecem informações, diagnósticos e ações de conscientização diretamente nas empresas, identificando doenças prevalentes e diagnosticando fatores de risco individuais, além de propor ações de educação e prevenção de doenças, conforme a realidade identificada. Estas ações são desenvolvidas, geralmente, por uma equipe de profissionais da área. 28

30 b) Ergonomia A Ergonomia refere-se a adaptação do trabalho ao homem. Posturas incorretas, por exemplo, podem comprometer tanto a qualidade de vida do trabalhador quanto a qualidade da função que exerce. A má postura se constitui como fator de alto risco, tendo como causas muitas vezes, a altura da mesa de trabalho, da cadeira, formato da cadeira e seu encosto, muito tempo em pé ou sentado, tarefas repetitivas, dentre outros fatores. Geralmente, são consequências desses fatores: desvios de coluna, constantes dores nas articulações, braços torcionados, elevação do ombro, entre outros. O resultado esperado com a adoção da ergonomia é o aumento do desempenho nas atividades e redução dos acidentes de trabalho. c) Ginástica Laboral Outro aspecto a ser tratado nesse contexto é a importância da Ginástica Laboral. Esta atividade começou a ser entendida pelas empresas como um grande instrumento na melhoria da saúde física do trabalhador, reduzindo e prevenindo problemas ocupacionais, através de exercícios específicos que são realizados no próprio local de trabalho. A Ginástica Laboral não sobrecarrega nem cansa o funcionário, porque é leve e de curta duração, além de trazer maior integração entre a equipe. O objetivo desta atividade é promover adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas, por meio de exercícios dirigidos que trabalham: a reeducação postural; alívio do estresse; a diminuição o sedentarismo; o aumento do ânimo para o trabalho; a promoção da saúde e uma maior disposição corporal; aumento da integração social; melhora do desempenho profissional; diminuição das tensões acumuladas no trabalho; prevenção de lesões e doenças por traumas cumulativos, como as LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e os DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho); e diminuição da fadiga visual, corporal e mental por meio das pausas para os exercícios. Para as empresas, a incorporação da Ginástica Laboral pode trazer muitos benefícios como: a redução de faltas dos funcionários (absenteísmo), aumento da produtividade, redução de quedas e maior integração da equipe. d) Síndrome Metabólica 29

31 A síndrome metabólica consiste na associação de sobrepeso com a predominância abdominal, elevação da pressão arterial, dislipidemia aterogênica (quantidade anormal de lipídeos e lipoproteínas no sangue) e uma alteração no metabolismo da glicose e insulina. É considerada por alguns autores como uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo. A síndrome metabólica ou plurimetabólica, chamada anteriormente de síndrome X, é caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais), vasculares periféricas e diabetes. VARELA (2008). Empresas Americanas desenvolvem programas de promoção à saúde e não os fazem por bondade, os motivos têm mais a ver com o ganho secundário, ou seja, aumento da produtividade, competitividade, e redução de custos gerados pelos trabalhadores. A Empresa Multinacional Google, por exemplo, sendo classificada como a quarta melhor empresa para se trabalhar no mundo, segundo a revista Fortune, tem uma cultura coorporativa informal e possui programas de QVT que oferecem aos seus funcionários instalações recreativas, salas de exercícios, bicicletas, máquinas de lavar e de secar roupas, vestiários, sala de massagem, jogos de vídeo game, pianos etc. No Brasil, algumas empresas de grande e médio porte vêm adaptando modelos de programas de qualidade de vida de empresas nos Estados Unidos com o objetivo de reduzir custos com assistência médica, absenteísmo, acidentes, melhorar a segurança e o bem estar dos trabalhadores, através de uma visão holística. Existem programas implantados por grandes empresas que obtiveram resultados positivos e que se tornaram referência, podendo ser visto como modelos a serem seguidos. 30

32 CONCLUSÃO De maneira geral, são muitos os caminhos que podem levar ao estresse, mas são também múltiplas as formas de evitá-lo. Para tanto, a boa alimentação, os exercícios físicos e o saber reconhecer e gerenciar as tensões tem importante papel na vida do ser humano. Pode parecer fácil, mas é muito difícil conviver em um tempo em que a sobrecarga de trabalho e as pressões de consumo da vida moderna, associadas a uma organização empresarial em que o indivíduo é sufocado, conduzem ao hábito de levar uma vida sedentária e dedicar pouca ou nenhuma parte do tempo para cuidar do próprio corpo. Existem mudanças que podem ser feitas através de programas específicos para beneficiar o trabalhador. Na área laboral existem leis de proteção ao trabalhador, como nas normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, embora ainda necessite de ajustes ajudam a controlar e prevenir o estresse no ambiente de trabalho. Pouca coisa tem sido feita quando se trata de programas de QVT e observa-se nas empresas que ainda existem poucos programas que visam à saúde dos trabalhadores, quando existe. A busca pela QVT, não pode ser considerada como um custo nas planilhas das empresas, uma vez que se terá custos mais altos com afastamentos e ações trabalhistas do que se a mesma oferecer medidas preventivas para seus empregados. Cada empresa deve começar a fazer a sua parte para a mudança cultural das práticas de saúde e de minimização de riscos no ambiente de trabalho, tendo em mente que através das práticas de prevenção de riscos ocupacionais, resultará em um ganho secundário à empresa. Acredita-se que um real investimento na QVT tornará o trabalho mais humanizado, favorecendo um clima laboral saudável, diminuição de acidentes de trabalho, redução do absenteísmo e reclamações trabalhistas. Fica clara a importância do bem-estar e a saúde do indivíduo no trabalho, pois é no trabalho que se passa a maior parte do tempo e natural seria que esses ambientes fossem transformados em lugares mais acolhedores e saudáveis para a execução do trabalho. A qualidade de vida está diretamente relacionada com as necessidades e expectativas do ser humano e com a respectiva satisfação deste. Corresponde 31

33 ao bem-estar do indivíduo, no ambiente de trabalho, expresso através de relações saudáveis e harmônicas. 32

34 BIBLIOGRAFIA BENEVIDES-PEREIRA, A. M. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. São Paulo: Ed. Casa do Psicólogo, BERNARD, Moreno-Jiménez; KUROWSK, Cristina Maria; AMORIM, Cloves Amissis; CARLOTTO, Mary Sandra; GARROSA, Eva; GONZÁLEZ, José Luis, Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador,3ª Edição, 2010, Ed. Casa do Psicólogo CHIAVENATO,Idalberto. (2009) Recursos Humanos O capital humano das organizações. 9a Edição. Rio de Janeiro. Ed. Elsevier ( pág ) CHIAVENATO,Idalberto. Gestão de pessoas, 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 CHIAVENATO,Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, RJ: Campus 1999 COSTA, J.R.A.; LIMA, J.V. de; ALMEIDA, P.C. de A. Stress no trabalho do enfermeiro. Revista da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo USP Disponível em: Acesso em: 17 Nov COUTO, H.A. Temas de saúde ocupacional: coletânea dos cadernos ERGO. Belo Horizonte: ERGO, DEJOURS, C.; ABDOUCHELI, E.; JAYET, C. Psicodinâmica do trabalho- Contribuições da escola dejouriana à análise da relação prazer, sofrimento e trabalho. São Paulo : Atlas, DOLAN, Simon. Estresse, Autoestima, Saúde e Trabalho. Tradução J. Simões. Rio de Janeiro: Qualitymark, FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. São Paulo: Saraiva, FERNANDES,EDA CONTE, Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar. São Paulo: Casa da Qualidade, LIMONGI, Ana Cristina; RODRIGUES, Avelino Luiz. Como Gerenciar Sua Saúde No Trabalho. São Paulo: STS,

35 LIPP, Inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo; LIPP, M.E.N. (1996). Stress: conceitos básicos. In M.E.N. Lipp (Org.). Pesquisas sobre stress LIPP, M.E.N. Como Enfrentar o Stress. São Paulo, 1998 LIPP, M.E.N. Stress no trabalho: implicações para a pessoa e para a empresa. In:F.P.N. Sobrinho & I. Nassaralla. Pedagogia Institucional: fatores humanos nas organizações. Rio de Janeiro, Zit Editora, LIPP, M.E.N.; MALAGRIS, L.N. O stress emocional e seu tratamento. In: RANGE, B. (org). Psicoterapias Cognitivo comportamentais. Campinas: Psy II, LIPP, M.E.N; GUEVARA, A.J.H. Validação Empírica do Inventário de Sintomas de Stress (ISS). Estudos Psicologia, v.11, n.3, MASLACH, C., JACKSON, S. E. The measurement of experienced burnout. Journal of Ocuppational Behavior, : p MORAES, L.F.R.; FERREIRA, S.A.A.; ROCHA, D.B. Trabalho e organização: influencias na qualidade de vida e estresse na polícia militar do estado de minas Gerais Disponível em: Acesso em: 19 Mar no Brasil. Saúde, ocupações e grupos de risco (pp ). Campinas: Papirus. SELYE, H. Estresse: A tensão da vida. São Paulo, Ed. Ibrasa, 1965 VARELLA, DRAUZIO. Síndrome metabólica. 34

36 ANEXO - Inventário de Burnout de Maslach Escolha o número que melhor reflete o quanto o problema o incomodou durante a última semana marcando com X na coluna correspondente à: *** Inventário adaptado para Professor de Educação Física Fonte: 35

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