EMENTA DA ATIVIDADE CURSO (CR) MORTES NA ADOLESCÊNCIA PESQUISA E CLÍNICA EM INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO

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1 EMENTA DA ATIVIDADE CURSO (CR) MORTES NA ADOLESCÊNCIA PESQUISA E CLÍNICA EM INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO Justificativa Estatísticas mostram dados alarmantes sobre o aumento da mortalidade entre adolescentes, principalmente relacionadas a acidentes de trânsito e mortes violentas - homicídios e suicídios. Não seriam as mortes de jovens perdas injustificadas? Em um período do desenvolvimento marcado por mudanças no corpo, novas experiências, conflitos de sentimentos, afirmação da identidade etc., o paradoxo vida e morte se mostra fortemente presente. Há uma busca intensa pela vida, expressando-se sentimentos de onipotência e imortalidade e, com isso, podem ocorrer aproximações de perigos e a possibilidade de morte. Objetivo Geral O curso pretende discutir a visão de morte para adolescentes em duas instituições educacionais específicas: escolas e FEBEM 1. Objetivos Específicos Instrumentalizar profissionais de saúde e educação para propiciar espaços de discussão da questão da morte na adolescência visando o fortalecimento e a proteção de jovens frente a situações de risco. Provocar participação na discussão do tema proposto visando aprofundamento e compreensão crítica de mortes concretas e simbólicas em instituições de educação. Conteúdo Programático 1 FEBEM (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor) é a entidade, em São Paulo, responsável por cumprir as normas e diretrizes do ECA no que se refere à medida de privação de liberdade para adolescentes autores de ato infracional. Sua denominação foi recentemente alterada para CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente). 1

2 Adolescentes: quem são e como são vistos? Definição de morte concreta e morte simbólica. Abordagem do tema da morte nas escolas: o que os jovens e os educadores têm a dizer? O silenciamento de vidas na FEBEM: a. Unidades de Internação totais e disciplinares. b. Institucionalização de jovens. c. Descartabilidade da vida. Seriam a escola e a FEBEM espaços propícios de escuta e discussão de adolescência e morte? a. Experiência de profissionais de Psicologia com adolescentes em instituições educacionais. b. Aproximações entre clínica e educação. Metodologia de Ensino Aula expositiva Uso de materiais audiovisuais Grupos de trabalho Recursos Didáticos Data Show (Power Point, DVD, Som) Fleep Canetas Carga horária: 06 horas. Número de vagas: 100. Bibliografia - ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. (1981). Adolescência normal. Porto Alegre: Artes Médicas. 2

3 - ABRAMO, H.W.; FREITAS, M.V. & SPOSITO, M.P. (Org.) (2002). Juventude em debate. São Paulo: Freitas. - ALMEIDA, F. M. (2005) Ser Clínico Como Educador. Tese de Doutorado. Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. - ARENDT, H. (1968/2000) Entre o Passado e Futuro. 5ª Ed. São Paulo: Editora Perspectiva. - CARVALHO, A.; SALLES, F. & GUIMARÃES, M. (Org.) (2002). Adolescência. Belo Horizonte: UFMG. - Comissão Nacional de DD. HH. Conselho Federal de Psicologia e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Relatório de Inspeção Nacional às Unidades de Internação de adolescentes em conflito com a lei. 2ª Edição, DOMINGOS, B. (2003). Experiências de perda e luto em escolares de 13 a 18 anos. Psicologia: Reflexão e Crítica, 16 (3), ERIKSON, E. (1968/1987). Identidade, Juventude e Crise. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. ESSLINGER, I. & KOVÁCS, M. J. (2004). Adolescência: vida ou morte? São Paulo: Ática. - Estatuto da criança e do adolescente de In: Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Orgânica da Assistência Social, Lei de Diretrizes e Bases (1999). São Paulo: FABES & Prefeitura do Município de São Paulo. - FOUCAULT, M. (1977). História da Sexualidade I: A vontade de saber. (3a. ed.) (J. G. Albuquerque, M. T. C. Albuquerque, Trad.). Rio de Janeiro: Graal. - FOUCAULT, M. (1984). Deux essais sur le sujet et le pouvoir. In: Dreyfus, H. & Rabinow, P. Michel Foucault, un parcours philosophique : au-delà de l'objectivité et de la subjectivité. (pp ). Paris: Gallimard. - FOUCAULT, M.(1987/2001). Vigiar e Punir. (24ª ed.) (R. Ramalhete, Trad.). Petrópolis: Vozes. - GOFFMAN, E. (1961). Manicômios, prisões e conventos. (6a. Ed.) (D. M. Leite, Trad., A. C. Souza, Revisão). São Paulo: Perspectiva. - GONÇALVES FILHO, J. M. Humilhação Social Um problema político em 3

4 Psicologia. Psicologia USP, São Paulo, v. 9, n. 2, p.11-67, GUIRADO, M.. (1987). Psicologia Institucional. São Paulo: EPU. - GUIRADO, M. (2004). Instituição e relações afetivas: o vínculo com o abandono. (ed. rev. e ampl.). São Paulo: Casa do Psicólogo. - ILANUD; ABMP; SEDH; UNFPA (orgs.) Justiça Adolescente e Ato Infracional: socioeducação e responsabilização. São Paulo: ILANUD, KOVÁCS, M. J. (1992). Morte e desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo.. (2003).Educação para a morte: temas e reflexões. São Paulo: Casa do Psicólogo: FAPESP. -. (2003). Educação para a morte: desafio na formação de profissionais de saúde e educação. São Paulo: Casa do Psicólogo: FAPESP. - KOVÁCS, M. J., ESSLINGER, I., VAICIUNAS, N. & FRANCO, M. H. P. (2003). Falando de morte com o adolescente [ Filme-vídeo ]. Insight Produções. São Paulo: Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. VHS/ NTSC, 15 min. color. - MORATO, H. T. P. (1999) Aconselhamento psicológico centrado na pessoa Novos Desafios. São Paulo: Casa do Psicólogo. - MORATO, H. et. all. (2006) Acompanhamento Psiológico Individual na FEBEM/SP: um convite a cuidar de si. Revista Imaginário USP, ano XI, número 11 2º semestre 2005, NOGUCHI, N. F. C. (2006) Seguro na FEBEM/SP: universo moral e relações de poder entre adolescentes internos. Dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. - RODRIGUEZ, C.F. (2005). O que os jovens têm a dizer sobre a adolescência e o tema da morte?dissertação de Mestrado, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. - RODRIGUEZ, C.F.; KOVÁCS, M.J. (2005). Falando de morte com o adolescente. Estudos e Pesquisas em Psicologia, UERJ, 5 (1),

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