ESTUDO DOS DISCENTES COM PROBLEMA VISUAL NO ENSINO MÉDIO

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1 ESTUDO DOS DISCENTES COM PROBLEMA VISUAL NO ENSINO MÉDIO Carolline Almeida Santana (1); Laís Pereira Souto (1); Uallace Oliveira Silva (2); Daniane Souza Oliveira Gondim (1); José Junior Dias da Silva (2). Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia da Bahia (Ifba)- Campus Vitória da Conquista.(1) carollinealmeids@gmail.com (1)laispsouto@gmail.com (2) uallace.oliveiraa@gmail.com (1)any_so@hotmail.com (2) josejrifba@gmail.com 1 INTRODUÇÃO Acerca dos problemas de visão no Brasil, mais de 35 de milhões de pessoas já foram diagnosticadas com essa deficiência, de acordo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), no ano de Entre os estudantes do Ensino Médio, por volta de 50 mil alunos apresentam baixa visão e aproximadamente 10 mil alunos possuem graus elevados de comprometimento visual, segundo os dados do último censo escolar, que foi feito pelo Ministério da Educação. Esse problema normalmente se inicia na infância, já na adolescência o indivíduo tem um tempo relevante do uso dos óculos, ou que sofre do problema de visão e ainda não utiliza da ajuda, por diversos fatores. A falta do uso dos óculos pode levar essas crianças a desenvolverem doenças visuais. Desde o princípio as consequências podem afetar o rendimento do aluno na escola, este aluno pode possuir uma maior facilidade de se dispersar nas aulas, devido os incômodos nos olhos, na cabeça e também pela dificuldade de enxergar e compreender. No ano de 2016, aconteceu uma discussão entre deputados e especialistas de como os problemas de visão não diagnosticados podem levar à evasão escolar e prejudicar o aluno em grande escala. Segundo o professor e oftalmologista Leôncio Queiroz, há uma melhora significativa na relação do uso dos óculos e melhoramento nos estudos e ainda afirmou que é importante que esse diagnóstico ocorra antes dos 8 anos para que o problema não se agrave e prejudique ainda mais a capacidade visual do futuro adulto. Para o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), é preciso se

2 preocupar com esse tema. Fiquei alarmando quando percebi que o problema ocular é uma das maiores dificuldades dos estudantes, disse. Uma situação mais preocupante que também foi discutida é das crianças que não frequentam as escolas e que nunca foram ao oftalmologista, 12 milhões, entre seis e doze anos de idade, reclamam de dificuldade para enxergar. Para tentar amenizar esses números negativos, os deputados conversaram a respeito de incluir médicos nas escolas a fim de detectar esses problemas em estágio inicial, através de uma parceria entre o ministério da Saúde e da Educação e após esse diagnóstico oferecer os óculos às crianças que não possuem condições financeiras para adquiri-lo, diminuindo assim uma quantidade de adolescentes e adultos que descobrem os problemas nas respectivas fases da vida. Várias pessoas subestimam o cuidado com os olhos e não procuram o oftalmologista com frequência, este descuidado ocasiona diversas doenças. No Brasil as doenças mais comuns de serem encontradas são: astigmatismo, a catarata e o glaucoma, sendo assim é muito importante consultar o médico regularmente para evitar o agravamento de doenças oculares. O objetivo desse trabalho é justamente evidenciar a importância de quantificar esses alunos que possuem deficiência visual no Instituto Federal da Bahia Campus Vitória da Conquista, e por meio desses dados, problematizar as consequências que essas doenças trazem na vida escolar do aluno. Esse tema foi escolhido pelo grupo devido à percepção da grande recorrência de alunos que usam óculos, e também a necessidade de observar esses números em forma de uma pesquisa que aborda não só os alunos que já foram diagnosticados pelo problema, mas também alunos que sofrem dessas doenças e estão no estágio inicial de descobrimento. Optamos também por abordar problemas decorrentes das doenças, como o bullying, que afetam principalmente adolescentes entre 14 e 18 anos, ou seja, o público de nossa pesquisa. É importante quantificar todos esses dados e analisar todos os temas propostos. 2 METODOLOGIA A pesquisa que foi realizada tem como amostra do trabalho todas as turmas do curso de informática integrado do Instituto Federal da Bahia (Campus Vitória da Conquista), no qual foi necessário apenas uma visita para a completude da aplicação dos questionários. Estas turmas totalizam 4 séries, com 134 alunos, nas quais foi aplicado um questionário com 10 perguntas a respeito de problemas de visão entre os estudantes, alguns questionamentos envolvendo se

3 houveram ou não o diagnóstico do problema, e o tipo de doença que cada um possuía. A idade média do público entrevistado é de 16 anos. O questionário continuou apenas com os estudantes que possuíam problema de visão, já que esse é o tema central, ou seja, o trabalho possui duas amostragens, a primeira como a amostragem inicial com toda a população do curso técnico de informática, e a segunda amostragem contendo apenas alunos do curso que possuem problema de visão. 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Segundo a realização e análise da pesquisa realizada no Instituto Federal Da Bahia (Campus Vitória da Conquista) no curso técnico de informática, é possível concluir que no curso há uma quantidade superior do sexo masculino em relação ao sexo feminino, do total de estudantes, 60% possuem problema de visão, ou mais precisamente 80 alunos do total de 134, o que confirma que a maioria destes alunos do curso de informática possuem deficiência visual. A partir dessa pesquisa, os dados partem apenas com estudantes que estão nos 60%.Dessa segunda amostra - da porcentagem que possui problema de visão - cerca de 9% deles ainda não foram diagnosticados com a doença, segundo o questionário, e isso pode trazer graves consequências no que diz respeito ao aprendizado, que pode se tornar comprometido na escola, já que diversas pesquisas, um exemplo é a levantada pelo programa da Alfabetização Solidária, essa pesquisa mostra que uma das causas da reprovação escolar é o problema de visão. Da porcentagem dos 91% alunos que foram questionados sobre a realização do diagnóstico do problema visual e responderem SIM, 79% usam óculos, o restante 21%, não tratam o problema. Gráfico 1: Percentual da utilidade dos óculos para os entrevistados

4 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% Tempo Todo Somente na escola Somente para descanso 0% Fonte: Dos autores. Sobre o gráfico 1, é apresentado um gráfico que mostra o questionamento sobre a utilidade dos óculos para os entrevistados. Pelos resultados é possível perceber que a maioria dos entrevistados utiliza óculos o tempo todo no seu dia-a-dia, 65% do total de estudantes analisados. Seguidos destes, os entrevistados que utilizam óculos apenas na escola são 23% do total de estudantes analisados. Por fim os entrevistados que utilizam os óculos apenas para descanso são a minoria, sendo estes 10% do total de estudantes analisados. Gráfico 2: Percentual da natureza da doença dos entrevistados 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% Miopia e astigmatismo Hipermetropia e astigmatismo Miopia Hipermetropia Fonte: Dos autores.

5 Sobre esse gráfico 2, a respeitos das doenças é possível perceber que os estudantes que possuem miopia e astigmatismo são a grande maioria, contabilizando 32% do total de estudantes entrevistados, esse último problema visual é o mais comum na população brasileira. A segunda aparição mais frequente entre os alunos é o que possui hipermetropia e astigmatismo ao mesmo tempo, sendo esta frequência de 28% do total de estudantes. Já a miopia como problema único é a terceira doença com maior incidência dentro dos entrevistados, chegando a ser 18% do total de alunos estudados. No caso da hipermetropia, ela é a doença menos comum entre os entrevistados, apenas 5% do total de alunos estudados. Gráfico 3: Percentual de tempo em que os entrevistados já utilizam os óculos 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% Há meses 1 a 3 anos 4 a 8 anos Acima de 8 anos Fonte: Dos autores. O terceiro gráfico apresenta dados de acordo a pergunta realizada no questionário: há quanto tempo os entrevistados fazem uso dos óculos. O gráfico mostra que a maioria dos alunos fazem uso dos óculos no intervalo de 4 a 8 anos, cerca de 43%. O segundo intervalo com maior incidência é dos alunos que usam óculos de 1 a 3 anos, com 41%. É notável que o intervalo entre os gráficos dos alunos que usam óculos de 1 a 3 anos e de 4 a 8 anos é muito pequena, sendo assim é possível afirmar que a maioria dos entrevistados começaram a utilizar óculos desde a infância ou a préadolescência, já que a média de idade dos entrevistados é por volta de 16 anos. Já os alunos que utilizam óculos há meses e há mais de oito anos são a minoria, como fica evidente no gráfico, representando 12% e 4% respectivamente.

6 Outros assuntos foram tratados nas perguntas dos questionários, como a possibilidade de cura da doença e 70% dos alunos responderam que a sua doença não possuía cura, apenas tratamento ou otimização da visão com a intervenção cirúrgica, e nesse último caso, 17% dos entrevistados querem realizar a cirurgia para melhoramento visual. Também sobre outras formas de tratamento além dos óculos, como as lentes de contato, 95% dos entrevistados responderam nos questionários que não utilizam desse método. O último fato que retratamos foi emocional, abordamos no questionário uma pergunta sobre bullying, se o entrevistado já havia sofrido agressões verbais devido ao uso dós óculos ou lente, e 28% responderam que já sofreram essa forma de ataque. Esses foram os questionamentos abordados na pesquisa. 4 CONCLUSÃO Conforme análise feita no Instituto Federal da Bahia campus Vitória da Conquista com as turmas do primeiro ao quarto ano do curso de informática, concluímos que a utilização dos óculos entre os alunos nas escolas são de extrema importância, visto que a deficiência visual é uma causa que afeta e prejudica a população estudantil, logo deve-se ter um olhar mais abrangente do governo a essa situação, principalmente nas escolas públicas. 5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARTIOLI, Ana Lucia. A educação do aluno com deficiência na classe comum: a visão do professor. São Paulo: Psicologia da Educação,2006. Disponível em: Acesso em: 10 ago ESTADO, Agência. Mais de 35 milhões brasileiros sofrem com algum tipo de problema de visão. Minas Gerais: março de Disponível em: Acesso em: 11 ago CÂMARA, Agência. Problemas de visão não diagnosticados podem ser causa de evasão escolar. Brasília: novembro de Disponível em: Acesso em: 11 ago.2017.