Palavras-chave: agroecologia; perfil do técnico; perfil profissional

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1 ABORDAGEM DO PERFIL DOS ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM AGROECOLOGIA DO COLÉGIO TÉCNICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS ANOS DE 2015 A 2018 Valdemir Lúcio Durigon (1); Maria do Socorro Guedes Freitas Durigon (2); Angelo Lucio Freitas Durigon (3); Ronan Souza Ribeiro de Campos (4) Elaine Cristina Barboza Silva de Albuquerque (5) (1) Colégio Técnico da Universidade Federal Rural RJ - UFRRJ/CTUR valdemirdurigon@yahoo.com.br (2) Colégio Técnico da Universidade Federal Rural RJ - UFRRJ/CTUR socorrodurigon@gmail.com (3) Universidade Federal de São João Del Rei angelodurigon@live.com (4) Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-Departamento de Agronomia ronancampos1@gmail.com (5) Colégio Técnico da Universidade Federal Rural RJ - UFRRJ/CTURelainealbuquerque.ctur@gmail.com RESUMO: O Colégio Técnico da Universidade Rural preocupado com o profissional que coloca no mercado e ciente das modificações que surgem com o passar dos anos uma vez que o mercado é muito cíclico e a busca pelo atual é constante, a avaliação do perfil do aluno do Curso de Agroecologia torna se necessária. Conhecer o aluno com quem está lidando, permite atender as suas necessidades, observou se que o aluno que quer fazer curso superior pretende continuar nos cursos que tem relação com agroecologia, tanto o perfil de 2015 quanto o de 2018 o que nos faz entender que o educando gosta do curso ministrado. Para atender a pesquisa e fazer o estudo comparativo utilizou os resultados obtidos em 2015 com 203 alunos do curso Técnico em Agroecologia do CTUR, ou seja, 79,6% distribuídos em 9 turmas nas modalidades integrada ao ensino médio com duração de três anos e concomitante externo com duração de 2 anos e os resultados obtidos em 2018 com 177 alunos do curso Técnico em Agroecologia, ou seja 84,2% dos estudantes são distribuídos em 8 turmas nas modalidades integradas ao ensino médio com duração de três anos e concomitante externo com duração de dois anos. A elaboração periódica de análise do perfil dos alunos deve ser feita para que se possa discutir no colegiado o que é necessário mudar e adequar aos anseios e as expectativas dos futuros alunos que pretendem cursar agroecologia, dessa forma ter uma política de adequação ao público alvo. Palavras-chave: agroecologia; perfil do técnico; perfil profissional INTRODUÇÃO O mundo está em constantes alterações e como este, o perfil dos nossos alunos dos cursos técnicos também sofre alterações com o passar dos anos e para que os professores sejam mais bem preparados para ensinar é necessário entre outras coisas conhecer o perfil dos alunos destes cursos, (GOMES, A.R. de C. & MALACARNE). Os profissionais sabem como se portar em sala de aula, conhecem as mais diversas teorias de aprendizagem, quais são os conteúdos mais necessários, tem-se diversidade de recursos áudio visuais, mas não se sabe quem são estes alunos, quais são seus anseios, suas necessidades, qual sua idade, qual o nível de instrução de seus responsáveis, se está satisfeito no curso que ele faz, se pretende fazer curso superior, etc... (LOPES, 2007). Atento a essa questão, o Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CTUR), oferece a formação profissional por intermédio do curso Técnico em Agroecologia desde 2009, o qual desenvolve ações integradas de preservação e a conservação de recursos naturais à sustentabilidade social e econômica dos sistemas produtivos (BRASIL, 2015).

2 Para tal é necessário conhecer as constantes alterações que os cursos técnicos tem, como público alvo, suas dificuldades, suas necessidades, também aspectos familiares, etc... (BOLFER, 2008) Devido a isto, pretende-se com este trabalho conhecer o perfil dos alunos do curso técnico em Agroecologia e comparar as alterações no perfil no período de 2015 a 2018 no Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (CTUR/UFRRJ), procurando sempre que o colégio atende as necessidades e anseios dos alunos. METODOLOGIA O estudo foi desenvolvido nos meses de abril e maio de 2015 e nos meses de março e abril de 2018 no CTUR, o qual se encontra na Rodovia BR 465 antiga rodovia Rio-São Paulo, km 8, no município de Seropédica-RJ. Foi utilizado o questionário estruturado em 10 questões sendo 9 fechadas e uma aberta, ou seja, a decima questão é aberta, conforme Lüdke e André (2013). Em 2015 foram entrevistadas 203 pessoas dos 255 alunos do curso Técnico em Agroecologia do CTUR, sendo 79,6%, distribuídos em 9 turmas nas modalidades integrada ao ensino médio com duração de três anos e concomitante externo com duração de 2 anos. No ano de 2018 foram entrevistadas 177 pessoas de um total de 210 alunos do curso Técnico em Agroecologia, um total de 84,2%. Em 2018 os estudantes são distribuídos em 8 turmas nas modalidades integradas ao ensino médio com duração de três anos e concomitante externo com duração de dois anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO O primeiro questionamento foi sobre sexo, segundo (Figura 1) pode-se observar que no ano de 2015 a participação dos alunos do sexo feminino no curso era a maioria 63% com 3 da participação do sexo masculino. Já em 2018, em período de três anos teve considerável aumento na participação de alunos do sexo masculino no curso de Agroecologia do CTUR, passando de 3 em 2015 para os atuais 4 e feminino teve diminuição passando de 63% para 52% no ano de 2015 para Sexo em 2015 Sexo em % Feminino Masculino 4 52% Feminino Masculino Figura 1. Qual o sexo? Em relação a idade dos alunos anos de 2015 e 2018 poucas alterações significativas podemos perceber na (Figura 2), a maioria dos alunos tem entre 15 e 17 anos nos dois anos estudados.

3 Idade em 2015 Idade em % 3% 25% 29% 23% 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 2% 3% 19% 31% 9% 2 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos > 20 anos Figura 2. Idade Sobre a relação nível de instrução dos responsáveis pode-se observar (Figura 3) que não tive alterações consideráveis no período estudado, mantendo praticamente constante o nível de escolaridade dos responsáveis. Nível de instrução dos responsáveis em 2015 Analfabeto Nível de instrução dos responsáveis em 2018 Analfabeto 4% 2% 4% 25% 2% 4% 3 Mestrado 6% 3% 5% 4% 29% 35% Mestrado 10% Doutorado Doutorado Figura 3. Nível de instrução dos responsáveis Em relação ao local onde moram nos anos de 2015 e 2018 poucas foram as alterações no perfil dos alunos do CTUR neste item como pode ser visto na (Figura 4) abaixo. Local onde mora em 2015 Local onde mora em % 26% Rural Urbana sabe 64% 29% Rural Urbana sabe Figura 4. Classificação do local onde mora nos anos de 2015 e 2018

4 De acordo com a (Figura 5), teve aumento nos estudantes que utilizam dois ônibus para se deslocar até o CTUR no ano de 2018, o que indica que as residências dos alunos estão mais distantes que eram no ano de 2015 Meio de transporte em Meio de transporte em % 5% 2% 2% 6% 3% 1% 34% 54% 1 ônibus 2 ônibus Bicicleta Carro Moto Nenhum 44% 4 1 ônibus 2 ônibus Bicicleta Carro Moto Nenhum Figura 5. Meio de transporte utilizado para chegar no CTUR O questionamento sobre o motivo pelo qual os alunos estão fazendo o curso é possível observar que aumentou consideravelmente os alunos que estão fazendo pelo fato de gostar da área, teve diminuição de alunos que se pronunciaram que estão fazendo o curso pela influência de amigos e de professores segundo a (Figura 6). Motivo pelo qual está fazendo o curso % Gosta da área dos pais Motivo pelo qual está fazendo o curso % 4% Gosta da área dos pais 19% 12% 9% 44% dos professores dos amigos Devido ao curso médio 1% 66% dos professores dos amigos Devido ao curso médio Figura 6. Motivo pelo qual está fazendo o curso? Já quando perguntados se o curso atendeu suas expectativas pode-se observar que houve uma diminuição do ano de 2015 para o ano de 2018 de que responderam sim caiu de 80% para 61%, teve aumento dos alunos que responderam em parte no ano de 2018, o que não havia acontecido no ano de 2015 (Figura 7). O curso atendeu suas expectativas em % 80% sabe Em parte 10% 5% O curso atendeu suas expectativas em % 61% sabe Figura 7. O curso atendeu suas expectativas?

5 Sobre as pretensões dos alunos do curso Técnico em Agroecologia do CTUR atuar como técnico na vida profissional pode-se observar que houve diminuição de 31% para 1 nas respostas sim, isto pode nós demonstrar a incerteza demonstrada pelo mercado de trabalho na atual conjuntura, tendo um aumento de respostas não e talvez (Figura 8). Pretende atuar como técnico 2015 Pretende atuar como técnico % 1 53% 16% 59% 24% Figura 8. Se pretendem atuar como técnico. Quando perguntados se pretendem fazer curso superior pode-se observar (Figura 9) que houve diminuição no percentual do ano de 2015 para o ano de 2018, a queda foi pequena 4% e teve aumento da resposta talvez nos mesmo 4%, isto devido provavelmente pela situação de incertezas do mercado de trabalho ou da necessidade de manutenção financeira dos alunos. Pretende fazer curso superior % 1% 12% Pretende fazer curso superior % 8 Figura 9. Pretendem fazer curso superior? Pode-se observar que nesta pergunta de número 10 (Figura 10) houve maior diversidade de respostas, devido ao fato de ser pergunta aberta, mas a grande maioria dos entrevistados continua querendo fazer curso ligado a área técnica, curso ligados ao curso técnico realizado no CTUR, como Veterinária, Agronomia, Zootécnica, de Agrimensura, Florestal e Agrícola. A opção por cursos ligados a agrárias é provavelmente consequência dos alunos terem gostado do curso de Agroecologi a e aquilo que aprenderam.

6 . Curso superior pretendido em % 3% 1% 2% 2% 4% 22% 2% 23% 1 1% Civil de Agrimensura Florestal Zootecnia Química Veterinária Geologia Agrícola Agronomia Ciências Agrícolas Curso superior pretendido em % 23% 20% 4% 2% 5% 1% 5% 34% Agrônoma de Agrimensura Florestal Zootecnia Veterinária Agrícola Agronomia Ciências Agrícolas sabem Figura 10. Qual curso superior pretende fazer? CONCLUSÃO É relevante diagnosticar o perfil dos alunos de um curso uma vez que com o passar dos tempos as necessidades vão se modificando, com o estudo feito nesses três anos pode se notar algumas mudanças. Em 2015 o número de alunos do sexo feminino predominava hoje a predominância diminuiu em 13%, sendo 4 masculino e 52% feminino e também os alunos vem de lugares mais distantes e um dado importante observado é que o perfil dos alunos que cursam agroecologia no item, fazem por gostar teve um aumento de 20% embora se perceba que em 2015 esses alunos estavam mais satisfeitos com o curso, mesmo assim o perfil de continuar nas áreas agraria permaneceu o mesmo nesse período. Entende -se que estas avaliações devam ser feitas para que possa se discutir no colegiado o que é necessário mudar e adequar as expectativas dos futuros concorrentes que pretendem cursar agroecologia, dessa forma ter uma política de adequação ao público alvo. BIBLIOGRAFIA BRASIL, República Federativa. Projeto Plano Curso Técnico em Agroecologia Seropédica: Colégio Técnico da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, p. 66. BOLFER M.M.M. de O. Reflexões sobre prática docente: estudo de caso sobre formação continuada de professores universitários, Tese de Doutorado Piracicaba-SP, 2008, p.238. GOMES, A.R. de C. & MALACARNE, V. Os alunos do ensino médio e os desafios das escolhas para a formação profissional, p. 14. LOPES, A.M. de., Percepção dos alunos e professores da escola estadual ensino fundamental e médio efigênio leite, sobre a influência dos recursos audiovisuais tecnológicos do processo ensino-aprendizagem, Monografia, Bananeiras-PB 2007, p. 67 LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. ed. - São Paulo: EPU, P. 128.