PROGRAMA INSTITUCIONAL BIODIVERSIDADE E SAÚDE FUNBIO/FIOTEC/FIOCRUZ/PROBIO II. TERMO DE REFERÊNCIA BOLSA No. 001/2015 APOIO CIENTÍFICO F

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1 PROGRAMA INSTITUCIONAL BIODIVERSIDADE E SAÚDE FUNBIO/FIOTEC/FIOCRUZ/PROBIO II TERMO DE REFERÊNCIA BOLSA No. 001/2015 APOIO CIENTÍFICO F VALOR MENSAL: R$ 3.000,00 OBJETIVO: contratação de 2 bolsistas de pesquisa para o projeto Saúde Silvestre e inclusão digital: a participação de comunidades no monitoramento e na aplicação de boas práticas para o controle e prevenção de zoonoses emergentes". BENEFICIÁRIO: FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ ATIVIDADE/TAREFA: Programa de Biodiversidade e Saúde - Fiocruz TdR 001/2015 FUNBIO_FIOTEC_PIBS

2 PROGRAMA INSTITUCIONAL BIODIVERSIDADE E SAÚDE FUNBIO/FIOTEC/FIOCRUZ/PROBIO II Termo de Referência para contratação de 2 bolsistas de pesquisa para o projeto Saúde Silvestre e inclusão digital: a participação de comunidades no monitoramento e na aplicação de boas práticas para o controle e prevenção de zoonoses emergentes" Termo de Referência Nº 001/2015/FUNBIO/FIOTEC/PIBS Processo Administrativo 006/2015/FUNBIO/PIBS 1. CONTEXTO Essa solicitação é decorrente do Contrato Nº 144/2014 de Apoio Técnico e Financeiro ao Projeto Saúde Silvestre e inclusão digital: participação de comunidades no monitoramento e na aplicação de boas práticas para o controle e prevenção de zoonoses emergentes", firmado entre a Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde FIOTEC e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade - FUNBIO, executado pelo Programa Institucional Biodiversidade e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz e integrante do Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para a Biodiversidade Probio II. A Fundação Oswaldo Cruz, autarquia do Ministério da Saúde, é uma instituição de pesquisa, educação, desenvolvimento tecnológico e produção voltada para a saúde pública. Fundada em 1900, ao longo do tempo busca a compreensão das doenças em toda a sua complexidade e, por isso, constitui-se como referência em biodiversidade brasileira quando se trata de vetores, parasitos e hospedeiros não humanos e humanos. Para entender as relações entre a saúde da fauna silvestre e a humana foi desenvolvido o Sistema de Informação em Saúde Silvestre - SISS-Geo, aplicativo disponível para dispositivos de comunicação móvel que se constitui a partir da metodologia proposta pela ciência cidadã, pela qual qualquer pessoa se integra como participante de uma pesquisa científica. No caso do SISS- Geo, qualquer pessoa e também técnicos do serviço de saúde humana e animal e ambiental e pesquisadores, poderão registrar animais observados em todo o País e indicar a presença de alterações comportamentais e físicas de animais e impactos ambientais locais. Esses dados serão modelados automaticamente e gerarão alertas de possíveis ocorrências de emergência de zoonoses a serem investigadas pelos setores responsáveis no País. O aplicativo, disponível gratuitamente, será testado, bem como as metodologias propostas para modelagem de alertas, em territórios estratégicos e distintos e em condições nas quais seja possível identificar usabilidade, semântica, interatividade com dados e mapas disponíveis. Em paralelo, o uso do sistema aportará o processo de inclusão digital, a qualificação de multiplicadores e colaboradores para o uso da ferramenta e para a internalização e transformações de posturas e atividades que unem a conservação da biodiversidade à promoção da saúde. Neste contexto, a Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns (Pará) e o município de Uruçuca (BA), territórios de atuação do FUNBIO no PROBIO II foram identificados como áreas estratégicas para a implantação do projeto Saúde Silvestre e inclusão digital: participação de comunidades no monitoramento e na aplicação de boas práticas para o controle e prevenção de zoonoses emergentes". Para o desenvolvimento do projeto serão realizadas expedições a campo para oficinas de treinamento no uso do SISS-Geo e no tema saúde silvestre e humana.

3 Além do treinamento para a utilização do SISS-Geo, durante as oficinas serão identificados cenários, atividades e usos do solo e recursos que possam favorecer o risco de emergência de zoonoses advinda da fauna silvestre, bem como a percepção da população em relação a esses riscos. Dessa forma, o levantamento de informações e dados disponíveis em bases científicas e dos setores de saúde, agropecuária e ambiental sobre doenças nas áreas a serem estudadas é importante e necessário tanto para a preparação das expedições e para a compreensão dos resultados obtidos, como também para a estruturação dos materiais de boas práticas a serem construídos como respostas à emergências de zoonoses. 2. JUSTIFICATIVA O desenvolvimento das atividades previstas no projeto, entre elas, a identificação da percepção de risco de zoonoses emergentes pelas comunidades e dos elementos fundamentais para a análise de risco, o monitoramento automatizado da ocorrência de zoonoses em animais silvestres e a elaboração de boas práticas a serem divulgadas para as pessoas, requerem o conhecimento antecipado das zoonoses conhecidas e notificadas nas áreas de atuação do projeto. No entanto, este conhecimento esta disperso nas diversas bases de dados dos serviços de saúde, agropecuária e ambiente do país e ainda, nas bases acadêmicas e científicas e que deverá ser reunida para a elaboração dos produtos previstos no projeto. Assim, o bolsista selecionado auxiliará na pesquisa em bases de dados existentes, na organização e análise dos dados que serão agregados, por pertinência, às análises e modelos de alerta e ocorrência de zoonoses nas áreas trabalhadas. Auxiliará na organização dos dados trazidos do campo e na elaboração do conhecimento consolidado para as atividades previstas. 3. OBJETIVOS Conceder bolsas para auxílio em pesquisa, organização e análise de dados sobre zoonoses circulantes na fauna silvestre para dois bolsistas. 3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Levantamento das zoonoses circulantes nas áreas da RESEX Tapajós-Arapiuns, PA e o Município de Uruçuca, BA. Levantamento, organização e análise dos elementos epidemiológicos, biológicos e ecológicos envolvidos nas zoonoses apontadas. Auxílio no planejamento, execução e resultados das expedições e oficinas. Apoio com informações a elaboração de materiais de divulgação de boas práticas em saúde silvestre e humana a serem difundidas para as comunidades locais, as Redes Participativas em Saúde Silvestre e no site do Centro de Informação em Saúde Silvestre. 4. ATIVIDADES O Bolsista deverá desenvolver as seguintes atividades: 1. Levantar, em bases de dados do Ministério da Saúde (MS) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) as zoonoses notificadas na região de trabalho; 2. Levantar em bases científicas e bibliografia disponível a ocorrência de zoonoses na região;

4 3. Preparar base de dados e descritores que permitam organizar os resultados encontrados em planilhas para análise, considerando: a. A incidência ou prevalência de zoonoses por região (definir recorte temporal e dados a serem identificados como mortalidade, internação, notificação, entre outros); b. Zoonoses que possuem animais silvestres como hospedeiros; c. Anos de registros de ocorrências de zoonoses; d. Características das localidades de ocorrência (com dados georreferenciados, se houver); e. Espécies envolvida nos ciclos biológicos das doenças. 4. Para cada uma das zoonoses identificadas: a. Identificar se os agentes etiológicos foram identificados e correlacionados aos casos e na região. Se sim quais agentes etiológicos e quem os identificou; b. Identificar quais espécies de vetores (se for o caso) já foram identificadas na região como vetor da zoonose especificamente ou se há levantamento de vetores na região; c. Identificar quais espécies de hospedeiros, domésticos e silvestres, já foram identificados na região como hospedeiro da zoonose ou se há levantamento de vetores na região; d. Identificar se algum vetor ou hospedeiro foi apontado como mais importante na transmissão da doença na localidade e/ou região; e. Identificar as localidades apontadas, se possível; f. Atribuir descritores das características da localidade ou região. 5. Avaliar resultados dos levantamentos organizando-os em: a. Zoonoses mais frequentes na região; b. Espécies de parasitos, vetores e hospedeiros que participam do ciclo de transmissão de cada zoonose na região; c. Áreas de ocorrência/notificação versus dados de ocorrência das espécies envolvidas x características ambientais descritas. 6. Auxiliar na tabulação de dados oriundos das Oficinas de percepção de risco nas comunidades. 7. Apoiar os pesquisadores na elaboração de modelos de alerta de zoonoses, identificação de riscos de emergência de zoonoses e elaboração de material de boas práticas. 5. REQUISITOS Os candidatos deverão comprovar: Conhecimentos em Parasitologia geral- necessário Conhecimentos em Ecologia geral - necessário Conhecimento e habilidade no uso do programa Excel em nível avançado - necessário

5 Conhecimento e habilidade no uso de programas estatísticos básicos - necessário Conhecimento sobre acesso e bases de dados do Ministério da Saúde e/ou Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Conhecimento sobre acesso às bases de dados científicos (periódicos Capes, Scopus, entre outras) Experiência de campo desejável Experiência com geoprocessamento desejável Experiência com uso de software de análises ecológicas desejável Experiência comprovada de no mínimo dois anos de atuação na área - necessário 6. FORMAÇÃO: Graduação em Ciências Biológicas, Ciências Biomédicas, Medicina Veterinária ou áreas correlatas. Mestrado em áreas afins desejável. 7. LOCAL DE TRABALHO As atividades do bolsista serão desenvolvidas no escritório do Programa Institucional Biodiversidade & Saúde da Fundação Oswaldo Cruz FIOCRUZ, na Avenida Brasil, Prédio da Expansão - Sala 214 Manguinhos - Rio de Janeiro. Os bolsistas selecionados irão compor a equipe do Programa Institucional Biodiversidade & Saúde da Fiocruz (PIBS). 8. BOLSA Bolsa de Apoio Científico nível F, com dedicação de 40 horas semanais presenciais no escritório do PIBS. 9. PRAZO O prazo para a concessão da bolsa é de 12 meses com possibilidade de prorrogação por seis meses. 10. MÉTODO DE SELEÇÃO O candidato será selecionado por meio de análise de currículo e entrevista. Os currículos serão avaliados de acordo com a adequação aos requisitos necessários e desejáveis. Os três primeiros candidatos selecionados por currículo serão convidados para entrevista com a coordenação do Programa Institucional Biodiversidade e Saúde. Os classificados na análise de currículo serão notificados via ou telefone sobre a data e o horário para entrevista. 11. SUPERVISÃO A supervisão direta dos bolsistas selecionados para exercício das atividades descritas neste termo de referência será responsabilidade da Coordenadora do Programa Institucional Biodiversidade e Saúde.