O SINTOMA EM FREUD SOB UMA VISÃO PSICANALÍTICA NO HOSPITAL

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1 O SINTOMA EM FREUD SOB UMA VISÃO PSICANALÍTICA NO Resumo: HOSPITAL Cláudio Roberto Pereira Senos, Paula Land Curi, Paulo Roberto Mattos Para os que convivem no âmbito do hospital geral, o discurso médico impera. É esse próprio discurso que faz esse ambiente, tão acostumado com a cura asséptica, necessitar da presença de um profissional que entenda e reprima a subjetividade do paciente, a fim de promover uma cura do corpo como separado do inconsciente. Apesar deste que é chamado (o psicólogo) ter um papel a ser seguido dentro do discurso médico, tem também a oportunidade de uma desconstrução desse saber consolidado como uma verdade absoluta. Espera-se, neste texto, abordar um viés que pode ser tomado para auxiliar nessa desconstrução a psicanálise, mais especificamente o conceito de sintoma para Freud, em contraponto ao conceito de sintoma biológico arraigado no hospital e no senso comum. É feita a consideração de que o inconsciente se manifesta de diversas maneiras, dentre uma delas o sintoma, sendo este uma realização indireta e distorcida de um desejo reprimido na mesma linha de pensamento, toma-se a importância que uma intervenção no corpo, sendo por doença ou não, pode fazer vir à tona questões para o sujeito e, potencialmente, desencadeamento de sintomas. Partindo desse ponto, o objetivo do profissional psi no hospital passa a não ser mais o de corroborar com o discurso médico e calar o sujeito, mas de dar espaço para o inconsciente emergir e tomar essa emergência como relevante, a fim de levar em consideração o sofrimento psíquico assim como as demais equipes de saúde costumam levar o sofrimento anatômico. Os meios para essa prática são, no texto, assentados na bibliografia de Freud e seu conceito de sintoma; não obstante, não se limitam a tal concepção, buscando uma articulação com o ambiente hospitalar, que faz a clínica psicanalítica em seu setting tradicional impossível. Palavras-chave: hospital, sintoma, Freud

2 No convívio cotidiano dentre o meio médico, é comum ver o termo sintoma tomar uma conotação completamente biológica. Enquanto que por definição o conceito de sintoma (para a medicina) abrange a experiência subjetiva intrínseca à queixa do enfermo, na prática essa subjetividade é posta de lado e o sintoma se transforma apenas no que os exames apontam. A completude do termo é tamanha que o próprio paciente sai para dar espaço ao seu diagnóstico clínico. Um dos trabalhos do psicólogo no hospital geral, independentemente da linha que esse segue, é difundir um conceito maior de sintoma, englobando mais do que a condição que pode ser vista mediante um exame médico. Tomando o cuidado de não promover uma imposição do próprio discurso no outro, o estiramento das fronteiras do conceito resulta em uma maior colaboração entre as equipes de saúde e, portanto, um direcionamento ao cuidado integral do paciente. Neste trabalho, será exposto um desses conceitos de sintoma o sintoma segundo Freud e pontuar suas distâncias e aproximações com o sintoma biológico, discutido mais recorrentemente pelos médicos. Historicamente na psicanálise freudiana, o conceito de sintoma passou por diversas mudanças que acompanharam o desenvolvimento teórico da própria psicanálise. Nas publicações anteriores à formação efetiva da psicanálise, os estudos sobre a histeria propostos por Freud e Breuer, o sintoma histérico ainda mantinha certas raízes numa visão biológica, aproximando a origem do sintoma das histéricas à origem do sintoma biológico em geral, tratando ambas como externas e utilizando do termo trauma, também utilizado na biologia. Segundo Breuer e Freud (1983, p. 1): Naturalmente, é óbvio que, nos casos de histeria traumática, o que provoca os sintomas é o acidente.. Mesmo após a admissão da etiologia sexual das neuroses em Neuropsicoses de defesa, de 1894, e do esmiuçamento da sexualidade infantil em Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, essa externalidade do sintoma neurótico se manteve, presente na ligação do ato de conotação aparentemente sexual e abusiva, proveniente dos pais, que acontecera na infância e de onde se originavam os ditos sintomas. Mais tarde, o sintoma tomou um caráter menos externo e mais subjetivo com a postulação

3 da teoria da fantasia de sedução, que pôs em questão a veracidade desse ato originário como acontecimento real e objetivo. Esse trecho de Freud ( /1977) sintetiza bem o conceito de fantasia de sedução, que tomou o lugar da anterior teoria da sedução: A sedução por uma criança de mais idade ou por alguém da mesma idade é ainda mais frequente do que por um adulto; e, no caso de meninas, que relatam um evento dessa ordem na sua infância, no qual o pai figura com muita regularidade como o sedutor, não pode haver dúvida alguma quanto à natureza imaginária da acusação, nem quanto ao motivo que levou a formulá-la. Uma fantasia de ser seduzido, quando não ocorreu sedução nenhuma, geralmente é utilizada por uma criança para encobrir o período auto-erótico de sua atividade sexual. A descoberta da etiologia sexual das neuroses trouxe nova luz tanto sobre a origem do sintoma, incluindo o seu processo de formação, quanto sobre o papel desempenhado por este na análise. O fato de que o sintoma é necessário para a criação de um setting analítico cai na obviedade, visto que o sintoma traz a aflição ao sujeito e é uma das forças motrizes para a criação da demanda de análise a análise propriamente dita só tem um começo efetivo após a emergência da neurose de transferência, de um sintoma criado no seio da análise, perpassando analista e analisando em última instância, é um sintoma quase laboratorial. Mas para além disso, o sintoma é um caminho a ser decifrado e diz do desejo do sujeito em análise. Tomando a pulsão como a origem da energia libidinal que causa uma tensão a ser descarregada pela satisfação de um desejo inconsciente atrelado a essa libido, o sintoma em Freud (assim como os atos falhos e os sonhos) carrega um investimento libidinal proveniente de uma pulsão sexual que, graças à repressão, ao recalque efetuado pelo Eu, deslocou-se para se ligar a uma formação substitutiva simbólica, ou seja, o investimento que seria direcionado para a satisfação do desejo inconsciente toma outra via, a via do sintoma em questão. Dito isso, fica claro que há algo da pulsão no sintoma aparente a ser interpretado. Nas palavras de Freud (1917/1980, p ):

4 Todos os objetos e tendências que a libido abandonou ainda não foram abandonados em todos os sentidos. Tais objetos e tendências, ou seusderivados, ainda são mantidos, com alguma intensidade, nas fantasias. Assim, a libido necessita apenas retirar-se para as fantasias, a fim de encontrar aberto o caminho que conduz a todas as fixações recalcadas. Sendo uma formação substitutiva de uma pulsão recalcada pelo Eu, o sintoma busca, por definição, a satisfação do desejo reprimido. Funciona como uma formação de compromisso entre o Eu e a parte não organizada do Id: para manter a ansiedade em níveis aceitáveis, algo da pulsão inconsciente se mostra no sintoma, proporcionando uma satisfação parcial do desejo em compensação o Eu, ao permitir essa parcialidade, distorce e desloca as formações inconscientes de forma que estas fiquem irreconhecíveis ao Eu, mantendo seus valores ético-morais (que são o que levam o sujeito a reprimir algo que lhe traz desprazer por ir contra estes) a salvo. Teoricamente, é fácil imaginar que o sintoma é uma forma de satisfação para o sujeito, mas na prática, torna-se muito difícil conseguir conceber que algo que aflige e traz tanta dor é, na verdade, uma expressão deformada de um desejo inconsciente. A resposta para essa dificuldade é que, diferentemente do senso comum, em psicanálise satisfação e prazer não são termos que necessariamente aparecem e desaparecem juntos. Pelo contrário, a satisfação presente no sintoma está frequentemente atrelada a um grande desprazer. Isso se dá porque o sintoma traz à tona, indiretamente, lembranças carregadas de ansiedade (desprazer) provenientes do trabalho do Eu para recalcar e/ou distorcer a representação pulsional em questão na cena. Segundo Freud (1926/1980) o Eu tem vinculações estreitas com o sistema perceptual do sujeito, tanto externo quanto interno. Frente a um perigo externo, o procedimento de defesa é a retirada da libido do sistema perceptual que recebe o estímulo do perigo e realoca-la para outras áreas, a fim de facilitar a fuga. Quanto a uma ameaça interna, uma pulsão, não é diferente o Eu retira a carga libidinal da pulsão para criar um sinal de desprazer, acionando os mecanismos de defesa (no caso, a repressão) e recalcando a representação inconsciente.

5 Apesar de toda essa complexidade de mecanismos para efetuar o recalque da pulsão, a natureza do Eu é pacífica, ou seja, preza menos pelo embate contínuo de força com o Id e mais por um meio de reorganizar a representação recalcada às suas fronteiras organizadas (FREUD, 1926/1980, p. 62). O sintoma resultante do processo falho de repressão se mostra fora da parte organizada do Id, alheio a qualquer tentativa direta de aproximação. A única opção que mantém o sintoma dentro de alguma organização egóica é a aceitação deste como existente e a utilização desse para ganhos narcísicos. Assim é definida a gênese do conceito de ganho secundário da doença (ao meu ver, do sintoma), que é um processo que sustenta as resistências do sujeito contra a própria vontade consciente de se ver livre do sintoma. Toda essa explicação sobre o conceito de sintoma tem valor inestimável em um trabalho psicanalítico no hospital. Visto que o que desencadeia o processo de recalcamento é o sinal de ansiedade proveniente do Eu e que esse processo resulta em sintomas, a ansiedade trazida por um estímulo externo (uma doença biológica, uma cirurgia) pode desencadear sintomas neuróticos que façam a presença de um profissional psi necessária. Além disso, a presença cotidiana de atos falhos e sonhos nos sujeitos de estrutura neurótica e suas origens paralelas com a dos sintomas pode fazer com que estes primeiros sirvam de porta de entrada para que o paciente fale mais sobre si próprio, corroborando com o atendimento. Uma explicação científica e metódica também promove o consenso entre as equipes de saúde, com uma equipe médica não afastando a subjetividade do paciente e um psicólogo sabendo distinguir claramente um sintoma biológico de um sintoma histérico.

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