USO DE FERRAMENTAS SÍNCRONAS PARA ANÁLISE DA INTERAÇÃO SOCIAL EM SUJEITOS COM AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO
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- Carlos Martins Alcântara
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1 USO DE FERRAMENTAS SÍNCRONAS PARA ANÁLISE DA INTERAÇÃO SOCIAL EM SUJEITOS COM AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO Liliana M. Passerino FEEVALE/RedEspecial Lucila M. C. Santarosa NIEE/UFRGS
2 Autismo e outros Transtornos do Desenvolvimento Os TID envolvem um continuum de síndromes entre as quais encontramos a o Autismo; Os TID manifestam-se em múltiplas áreas, sendo as principais: Cognição; Linguagem; Social.
3 Autismo Identificado em 1943 por L. Kanner Inicialmente confundido com a esquizofrenia infantil e outras doenças mentais; Schwartzman (1994), conceitua o autismo como uma síndrome definida por alterações presentes a partir dos 3 anos de idade que se caracterizam pela presença de desvios nas relações inter-pessoais e de comportamento
4 Abordagens do Autismo Ao longo das décadas foi abordado de formas diferenciadas de acordo com a concepção da época: : considerado um transtorno do tipo emocional; : alteração cognitiva;
5 Abordagens do Autismo até nosso dias: transtorno profundo do desenvolvimento, que vai além de transtornos afetivos ou cognitivos e engloba todo o ser em profundidade; Concepção mais integradora e pragmática da Síndrome; Orientada para o desenvolvimento de capacidades das pessoas com autismo;
6 Autismo - diagnóstico Tanto a CID-10 e o DSM IV determinam os seguintes critérios para diagnóstico: limitadas condutas verbais e comunicativas trato ritualístico de objetos relações sociais anormais comportamento estereotipado
7 Origem e Prevalência Origem múltipla, envolvendo fatores biológicos, genéticos, sociais, afetivos e cognitivos Prevalência de 4.5 em cada nascimentos (ou de para ) Inexistência de dados oficiais brasileiros Prevalência do sexo masculino, numa proporção de 4 para 1
8 Autismo e Interação Social Estudos e pesquisas indicam que o autismo apresenta distúrbios e defasagem nas atividades cognitivas que envolvem a capacidade de simbolização e compreensão de uma situação como um todo Hobson(1995) afirma que a característica fundamental do autismo é a limitação na significação das relações sociais.
9 Interação Social Considerada como um princípio de desenvolvimento por diversos teóricos. Vygotsky(1998) considera a interação é um elemento necessário à aprendizagem e o desenvolvimento do indivíduo É uma relação complexa que se constrói e nela participam: sujeitos contexto sócio-cultural
10 ferramentas de mediação ações dos sujeitos contexto sóciocultural uso da linguagem significações atribuídas às ações
11 Interação Social: elementos para uma análise relação de co-presença percepção do outro como sujeito de interação meio cultural compartilhado instrumentos ou meios de comunicação (incluíndo a linguagem) intencionalidade de comunicação
12 Intencionalidade de Comunicação Considerar o outro como agente intencional Um agente é intencional se: possuir metas; agir ativamente para atendê-las; é capaz de compreender as metas das ações do outro; presta atenção ao meio Outros aspectos: abreviação predicativa perspectiva referencial
13 Definida como a redução da representação lingüística explícita na fala, deriva do uso do signo contextualizado e é uma das característica da fala egocêntrica entendida (preliminar como àa fala coordenação interna) da atenção entre os parceiros sociais com fins de compartilhar experiências com objetos e/ou eventos. Sendo esta a fase mais avançada da intencionalidade comportamento de pedido para busca de assistência quanto à aquisição de objetos ou execução de tarefas refere-se à capacidade dos interlocutores de dirigir a atenção de seu parceiro a um objeto ou acontecimento específicos a utilização de comportamentos não verbais para manter o foco da atenção em si mesmo;
14 Objetivos da experiência analisar a interação social num ambiente computacional de sujeitos com autismo identificar os padrões e os indícios presentes comparar esses resultados com os estudos da interação social em sujeitos com autismos em situações cotidianas de interação
15 Descrição da experiência grupo de 3 pessoas com autismo com idades entre anos e alfabetizadas; MsChat ; as sessões foram repetidas posteriormente com pessoas com e sem autismo; cada sujeito escolheu livremente a forma de participar (modo texto ou gráfico)
16 Principais Observações Uso freqüente de obsessões e fixações; Indícios claros de Comunicação Intencional; Inferências de informações a partir do contexto comunicativo; Efeito Platéia Virtual ; Associações por conceitos/objetos entre as falas; Abreviação da fala; Ecolalia;
17 Uso inadequado de pronomes pessoais dificuldade na troca de papeis; Tentativas de auto-centração implicam num processo semelhante no interlocutor; Construção Frasal Telegráfica; Inferência de metas percepção do outro como agente intencional (teoria da mente); Apesar dessa percepção da intencionalidade, mantêm um comportamento inadequado do ponto de vista das normas sociais; Associações por conceitos/objetos entre as falas; Interação ativa-porém-estranha e Hiperformal de acordo com o definido por Wing(1998);
18 Exemplos de interação D. diz:como ela vai F. diz:eu vou bem M. diz:como vai F. diz:tem alguem de aniversariantes D. diz:qual personagem do seriado malhção mais gosta D. diz:não F. diz:jose de abreu F. diz:traz merenda D. diz:não F. diz:bolacha trazendo F. diz:tem namorada D. diz:não F. diz:tenho namorada M. diz:eu nao tenho irmaos F. diz:mano nem deixou de usar o celular F. diz:é do telefone D. diz:qual eo nome dessa guria F. diz:nem sei
19 Considerações Finais A experiência foi gratificante para os sujeitos e foi repetida freqüentemente, com essa e outras ferramentas de chat; Ferramenta emoções foi usada, mas não no sentido intencional, apenas visual; Interação era compreendida pelos participantes; Existência de Intencionalidade na Comunicação; Diálogos superficiais; Evidências que pessoas com autismo apresentam dificuldade no uso de pronomes também no diálogo mediado por computador; Ecolalia como tentativa de comunicação;
20 Finalmente Gostaríamos de lembrar que: O aluno com autismo é acima de tudo uma PESSOA que entende e compreende MAIS do que comunica; É sensível, tem sentimentos e gosta de conviver com outros Tem habilidades que PODEM e DEVEM ser desenvolvidas; Tem uma idade que deve ser respeitada; Precisa de apoio na sua auto-estima; Precisa de estratégias de trabalho baseadas nos seus interesses levando em conta suas capacidades e limitações
21 ? Obrigada! Perguntas?
ANÁLISE DA INTERAÇÃO SOCIAL ATRAVÉS DE CHAT COM SUJEITOS COM AUTISMO. M.sc. Liliana Maria Passerino 1. Dra. Lucila M. C.
Resumo ANÁLISE DA INTERAÇÃO SOCIAL ATRAVÉS DE CHAT COM SUJEITOS COM AUTISMO M.sc. Liliana Maria Passerino 1 ULBRA/FEEVALE - liliana@pgie.ufrgs.br Dra. Lucila M. C. Santarosa 2 NIEE/UFRGS -lucila.santarosa@ufrgs.br
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USO DE FERRAMENTAS SÍNCRONAS PARA ANÁLISE DA INTERAÇÃO SOCIAL EM SUJEITOS COM AUTISMO: UM ESTUDO DE CASO * (ANALYSIS OF SOCIAL INTERACTION OF AUTISM SUBJECTS USING SYNCHRONOUS TOOLS: AN STUDY CASE) M.sc.
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