ROTEIRO DE ESTUDO PARA RECUPERAÇÃO
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- Patrícia Aquino Bennert
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1 ROTEIRO DE ESTUDO PARA RECUPERAÇÃO Professor(a) da Disciplina: Cássio Data: 2º TRIMESTRE Aluno (a): Nº Nota: 3º ano Ensino Médio Período: Matutino Valor da avaliação: Conteúdos: Quinhentismo, Barroco e Arcadismo 01. (UFSM) O Quinhentismo, enquanto manifestação literária, pode ser definido como uma época em que: I não se pode falar, ainda, na existência de uma literatura brasileira, pois a cultura portuguesa estabelecia as formas de pensamento e expressão para os escritores na colônia; II se pode falar na existência de uma literatura brasileira porque, ao descreverem o Brasil, os textos mostram um forte instinto de nacionalidade, na medida em que todos os escritores eram nativos da terra; III a produção escrita se prende à descrição da terra e do índio ou a textos escritos pelos jesuítas, ou seja, uma produção informativa e doutrinária. Está(ão) correta(s): a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) Apenas III. 02. (UFSE) Nas manifestações literárias dos dois primeiros séculos de nossa história podem estar presentes as seguintes características: I intenção catequética e informação sobre a terra; II relato de viagem e pregação religiosa; III sentimento nacionalista e participação em campanha republicana. Estão corretas somente as características indicadas em: a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. 03. (Cefet/RJ) A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estima nenhuma coisa cobrir nem mostrar suas vergonhas; e estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. (...) Porém a terra em si é de muito bons ares, (...). E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. O texto acima apresenta fragmentos: 1
2 a) do Diálogo sobre a conversão dos gentios, do Pe. Manuel da Nóbrega. b) das Cartas dos missionários jesuítas, escritas nos dois primeiros séculos. c) da Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rey D. Manuel, referindo-se ao descobrimento de uma nova terra e às primeiras impressões do aborígene. d) da Narrativa Epistolar e os Tratados da Terra e da Gente do Brasil, do jesuíta Fernão Cardim. e) do Diário de Navegações, de Pero Lopes de Souza, escrivão do primeiro colonizador, o de Martim Afonso de Souza. 04. (Unifor/CE) A obra catequética de José de Anchieta, os sermões do Padre Antônio Vieira e a lírica de Tomás Antônio Gonzaga: a) representam gêneros e estilos diversos da literatura do período colonial; b) constituem o que se costuma caracterizar como literatura de informação; c) constituem obras do mesmo gênero, distribuídas em períodos diversos; d) representam os momentos mais altos do estilo barroco; e) constituem obras de gêneros diferentes, produzidas no século XVII. 05. (Unifor/CE) No período colonial, verificam-se os seguintes fenômenos de nossa vida literária: a) Constituição de um exigente público leitor e surgimento das primeiras editoras nacionais. b) Manifestação de sentimentos nacionalistas e consolidação do romance de temática urbana. c) Surgimento dos nossos primeiros grandes críticos literários e consolidação de um público de leitores. d) reflexos de princípios estéticos do Barroco e do Arcadismo europeus e manifestação de sentimentos nativistas. e) surgimento dos primeiros manifestos românticos e exploração de temas indianistas. 06. (UFSM) Sobre a literatura produzida no primeiro século da vida colonial brasileira, é correto afirmar que: a) Inicia com Prosopopéia, de Bento Teixeira b) É constituída por documentos que informam acerca da terra brasileira e pela literatura jesuítica c) Descreve com fidelidade e sem idealizações a terra e o homem, ao relatar as condições encontradas no Novo Mundo d) Os textos que a constituem apresentam evidente preocupação artística e pedagógica e) É formada principalmente de poemas narrativos e textos dramáticos que visavam à catequese 07. (UFV) Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede: Dos vícios já desligados nos pajés não crendo mais, nem suas danças rituais, nem seus mágicos cuidados. (ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço [tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.]p. 110) Assinale a afirmativa verdadeira, considerando a estrofe acima, pronunciada pelos meninos índios em procissão: a) Os meninos índios representam o processo de aculturação em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participaram com igual empenho a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus. b) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada daquilo que se convencionou chamar de literatura informativa. c) Os meninos índios estão afirmando os valores de sua própria cultura, ao mencionar as danças rituais e as magias praticadas pelos pajés. 2
3 d) Os meninos índios são figuras alegóricas cuja construção como personagens atende a todos os requintes da dramaturgia renascentista. e) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida pelos jesuítas, de quem querem libertar-se tão logo seja possível. 08. (FUVEST) Entende-se por literatura informativa no Brasil: a) o conjunto de relatos de viajantes e missionários europeus, sobre a natureza e o homem brasileiros. b) a história dos jesuítas que aqui estiveram no século XVI. c) as obras escritas com a finalidade de catequese do indígena. d) os poemas do Padre José de Anchieta. e) os sonetos de Gregório de Matos 09. (UFPA) Quanto ao sentimento nativista das primeiras manifestações literárias feitas no Brasil: a) é um sentimento de apego aos valores culturais portugueses, conforme se vê nos poemas de Anchieta. b) consiste na propagação da mentalidade colonial portuguesa, sobre o que giram os poemas de Gregório de Matos. c) a obra dos cronistas viajantes representa o apogeu deste sentimento. d) é um sentimento tênue de apego à terra brasileira que, mais tarde, irá desaguar no nacionalismo do Romantismo. e) só se observa nos poetas árcades devido ao seu envolvimento na inconfidência Mineira. 10. (UFPE) Se suas cartas não apresentam valor literário reconhecível, os demais aspectos da obra do missionário um representado por criações literárias com objetivo pedagógico em relação à catequese, outro por criações desinteressadas devem ser literariamente valorizados, sobretudo o teatro em verso. O texto refere-se aos textos produzidos no século XVI por: a) José de Anchieta. b) Pero Vaz de Caminha. c) Antônio Vieira. d) Bento Teixeira. e) Manuel da Nóbrega. 11. (UFPA) Quanto às manifestações literárias brasileiras aparecidas durante o período colonial: a) refletiam a grandeza da Literatura Portuguesa da época. b) não havia obras escritas, existia, pois, como manifestação oral. c) eram ainda incipientes, apesar de escritas, pois a metrópole não incentivava este tipo de produção. d) o expressivo número de escritores que apareceram obreiam-se com os maiores vultos da literatura universal. e) representa o esplendor das tendências literárias do medievalismo português. 12. (UFRN) Sabe-se que a literatura brasileira do século XVI não primava pelo valor estético, mas se destacava pelo caráter informativo. Dentre os autores daquele período, podemos citar, com respectiva obra: a) Bento Teixeira, com História do Brasil. b) Frei Vicente Salvador, com Prosopopéia. c) Pero Magalhães Gândavo, com Tratado da Terra do Brasil. d) Nuno Marques Pereira, com Compêndio narrativo do peregrino da América. 3
4 e) Manoel Botelho de Oliveira, com Música do Parnaso. 13. (IFSP) Leia, abaixo, o fragmento da História da Província de Santa Cruz, de Pero de Magalhães Gândavo, para responder à questão. Finalmente que como Deus tenha de muito longe esta terra dedicada à cristandade, e o interesse seja o que mais leva os homens trás si que nenhuma outra coisa haja na vida, parece manifesto querer entretê-los na terra com esta riqueza do mar até chegarem a descobrir aquelas grandes minas que a mesma terra promete, para que assim desta maneira tragam ainda toda aquela bárbara gente que habita nestas partes ao lume e ao conhecimento da nossa santa fé católica, que será descobrir-lhe outras minas maiores no céu, o qual nosso Senhor permita que assim seja, para glória sua, e salvação de tantas almas. GÂNDAVO, Pero de Magalhães. História da Província de Santa Cruz. Org. Ricardo Martins Valle. Introd. e notas Ricardo Martins Valle e Clara Carolina Souza Santos. São Paulo: Hedra, p A leitura atenta do texto permite afirmar que a) nos textos de informação estavam consorciados o projeto de exploração das novas terras descobertas e o de difusão da fé cristã. b) o autor julga desinteressante a perspectiva de exploração mercantil do Brasil, preferindo a ela o projeto de difusão da fé cristã. c) o autor condena os homens ambiciosos e interesseiros, que preferem a exploração mercantil ao projeto abnegado de difusão da fé cristã. d) o autor condena a hipocrisia dos que afirmam empreender em nome da fé cristã, mas que apenas se interessam pelas grandes minas a descobrir. e) havia discrepância e dissenso entre o projeto de exploração das novas terras descobertas e o de difusão da fé cristã. 14. (UFSM) A Carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro relato sobre a terra que viria a ser chamada de Brasil. Ali, percebe-se não apenas a curiosidade do europeu pelo nativo, mas também seu pasmo diante da exuberância da natureza da nova terra, que, hoje em dia, já se encontra degradada em muitos dos locais avistados por Caminha. Tendo isso em vista, leia o fragmento a seguir. Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta que contra o norte vem, de que nós deste ponto temos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, algumas vermelhas, outras brancas; e a terra por cima é toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é tudo praia redonda, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque a estender d olhos não podíamos ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem o vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá. As águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo dará nela, por causa das águas que tem. CASTRO, Sílvio (org.). A Carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 2003, p Esse fragmento apresenta-se como um texto a) descritivo, uma vez que Caminha ocupa-se em dar um retrato objetivo da terra descoberta, abordando suas características físicas e potencialidades de exploração. 4
5 b) narrativo, pois a Carta é, basicamente, uma narração da viagem de Pedro Álvares Cabral e sua frota até o Brasil, relatando, numa sucessão de eventos, tudo o que ocorreu desde a chegada dos portugueses até sua partida. c) argumentativo, pois Caminha está preocupado em apresentar elementos que justifiquem a exploração da terra descoberta, os quais se pautam pela confiabilidade e abrangência de suas observações. d) lírico, uma vez que a apresentação hiperbólica da terra por Caminha mostra a subjetividade de seu relato, carregado de emotividade, o que confere à Carta seu caráter especificamente literário. e) narrativo-argumentativo, pois a apresentação sequencial dos elementos físicos da terra descoberta serve para dar suporte à ideia defendida por Caminha de exploração do novo território. 15. (IFSP) Leia um trecho do poema Ilha da Maré, do escritor brasileiro Manuel Botelho de Oliveira. E, tratando das próprias, os coqueiros, galhardos e frondosos criam cocos gostosos; e andou tão liberal a natureza que lhes deu por grandeza, não só para bebida, mas sustento, o néctar doce, o cândido alimento. De várias cores são os cajus belos, uns são vermelhos, outros amarelos, e como vários são nas várias cores, também se mostram vários nos sabores; e criam a castanha, que é melhor que a de França, Itália, Espanha. (COHN, Sergio. Poesia.br Rio de Janeiro: Azougue, 2012.) Podemos relacionar os versos desse poema ao Quinhentismo Nacional, pois a) o eu lírico repudia a presença de colonizadores portugueses em nossa terra. b) a fauna e a flora tropicais são descritas de maneira minuciosa e idealizada. c) o poeta enriqueceu devido à exportação de produtos brasileiros para a metrópole. d) a exuberância e a diversidade da natureza tropical são exaltadas pelo poeta. e) a natureza farta e bela é o cenário onde ocorrem os encontros amorosos do eu lírico. 16. (IFSP) A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. (Carta de Pero Vaz de Caminha. Acesso em: ) O trecho acima pertence a um dos primeiros escritos considerados como pertencentes à literatura brasileira. Do ponto de vista da evolução histórica, trata-se de literatura a) de informação. b) de cordel. c) naturalista. d) ambientalista. e) árcade. 17. (Udesc) O movimento literário que retrata as manifestações literárias produzidas no Brasil à época de seu descobrimento, e durante o século XVI, é conhecido como Quinhentismo ou Literatura de Informação. 5
6 Analise as proposições em relação a este período. I. A produção literária no Brasil, no século XVI, era restrita às literaturas de viagens e jesuíticas de caráter religioso. II. A obra literária jesuítica, relacionada às atividades catequéticas e pedagógicas, raramente assume um caráter apenas artístico. O nome mais destacado é o do padre José de Anchieta. III. O nome Quinhentismo está ligado a um referencial cronológico as manifestações literárias no Brasil tiveram início em 1500, época da colonização portuguesa e não a um referencial estético. IV. As produções literárias neste período prendem-se à literatura portuguesa, integrando o conjunto das chamadas literaturas de viagens ultramarinas, e aos valores da cultura greco-latina. V. As produções literárias deste período constituem um painel da vida dos anos iniciais do Brasil colônia, retratando os primeiros contatos entre os europeus e a realidade da nova terra. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras. b) Somente a afirmativa II é verdadeira. c) Somente as afirmativas I, II, III e V são verdadeiras. d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 18. (FUVEST-SP) "Entre os semeadores do Evangelho há uns que saem a semear, há outros que semeiam sem sair. Os que saem a semear são os que vão pregar à Índia, à China, ao Japão; os que semeiam sem sair são os que se contentam com pregar na pátria. Todos terão sua razão, mas tudo tem sua conta. Aos que têm a seara em casa, pagar-lhes-ão a semeadura; aos que vão buscar a seara tão longe, hão-lhes de medir a semeadura, e hão-lhes de contar os passos. Ah! dia do juízo! Ah! pregadores! Os de cá, achar-vos-ei com mais paço; os de lá, com mais passos..." Essa passagem é representativa de uma das tendências estéticas típicas da prosa seiscentista, a saber: a) Sebastianismo, isto é, a celebração do mito da volta de D.Sebastião, rei de Portugal, morto na batalha de Alcácer-Quibir. b) a busca do exotismo e da aventura ultramarina, presentes nas crônicas e narrativas de viagem. c) a exaltação do heróico e do épico, por meio das metáforas grandiloqüentes da epopéia. d) lirismo trovadoresco, caracterizado por figuras de estilo passionais e místicas. e) Conceptismo, caracterizado pela utilização constante dos recursos da dialética 19. (MACK-SP) Assinale a alternativa incorreta. a) Julgada em bloco, a literatura brasileira do quinhentismo é uma típica manifestação barroca. b) Na poesia de Gregório de Matos, percebe-se o dualismo barroco: mistura de religiosidade e sensualismo, misticismo e erotismo, valores terrenos e aspirações espirituais. c) A literatura no Brasil colonial é clássica, tendo nascido pela mão dos jesuítas, com uma intenção doutrinária. d) Com Antônio Vieira, a estética barroca atinge o seu ponto alto em prosa no Brasil. e) Não se deve dizer que a literatura seiscentista brasileira seja inferior por ser barroca, mas sim que é uma literatura barroca de qualidade inferior, com exceções raras. 20. (UFRS) Considere as seguintes afirmações sobre o Barroco brasileiro: I. A arte barroca caracteriza-se por apresentar dualidades, conflitos, paradoxos e contrastes, que convivem tensamente na unidade da obra. 6
7 II. O conceptismo e o cultismo, expressões da poesia barroca, apresentam um imaginário bucólico, sempre povoado de pastoras e ninfas. III. A oposição entre Reforma e Contra-Reforma expressa, no plano religioso, os mesmos dilemas de que o Barroco se ocupa. Quais estão corretas: a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 7
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