Livro Eletrônico. Aula 00. Administração Pública p/ ARPE Professor: Herbert Almeida DEMO

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1 Livro Eletrônico Aula 00 Administração Pública p/ ARPE Professor: Herbert Almeida

2 Aula 00 AULA 00: Modelos teóricos da administração pública. A Nova Gestão Pública Sumário 1. MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PATRIMONIALISTA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA A TEORIA DA BUROCRACIA DE MAX WEBER MODELO BUROCRÁTICO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL GERENCIALISMO PURO CONSUMERISM PUBLIC SERVICE ORIENTATION (PSO) CARACTERÍSTICAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL QUESTÕES COMENTADAS NA AULA GABARITO REFERÊNCIAS Olá concurseiros e concurseiras. É com muita satisfação que estamos lançando o curso de Administração Pública para o concurso de Analista de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Pernambuco. O concurso será realizado pela UPENET. De imediato, vejamos as características deste material: todos os itens do edital serão abordados de forma completa, sem perda da objetividade; grande quantidade de questões comentadas. Como a UPENET praticamente não tem questões disponíveis, vamos complementar o curso com exercícios das principais bancas de concurso, como FCC, ESAF, FGV e Cespe; contato direto com o professor através do fórum de dúvidas. Caso ainda não me conheçam, meu nome é Herbert Almeida, sou Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo aprovado em Página 1 de 62

3 Aula 00 1º lugar no recente concurso para o cargo. Além disso, obtive o 1º lugar no concurso de Analista Administrativo do TRT/23º Região/2011. Meu primeiro contato com a Administração Pública ocorreu através das Forças Armadas. Durante 7 (sete) anos, fui militar do Exército Brasileiro, exercendo atividades de administração como Gestor Financeiro, Pregoeiro, Responsável pela Conformidade de Registros de Gestão e Chefe de Seção. Sou professor do Tecconcursos das disciplinas de Administração Geral e Pública e Administração Financeira e Orçamentária e, agora, também sou professor do Estratégia Concursos. Os concursos públicos em que fui aprovado exigiram diversos conhecimentos de gestão pública, administração e organizações. Ao longo de meus estudos, resolvi diversas questões, aprendendo a forma como cada organizadora aborda os temas previstos no edital. Assim, pretendo passar esses conhecimentos para encurtar o seu caminho em busca de seu objetivo. Então, de agora em diante, vamos firmar uma parceria que levará você à aprovação no concurso público para Analista de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Pernambuco. O edital do concurso trouxe o seguinte conteúdo para a nossa disciplina: Administração Pública - Modelos teóricos de Administração Pública: patrimonialismo, burocracia e gerencialismo. Reformas Administrativas. A nova Gestão Pública. Governabilidade, Governança e Accountability. Governo eletrônico e transparência. Qualidade na Administração Pública. Novas tecnologias gerenciais e organizacionais aplicadas à Administração Pública. Gestão Pública empreendedora. Controle na Administração Pública. Ética na Administração Pública. Eficiência, eficácia e efetividade aplicada à Administração Pública. Processos participativos de gestão pública. Dessa forma, para maximizar o seu aprendizado, nosso curso estará estruturado em sete aulas, sendo esta aula demonstrativa e seis, vejamos o cronograma: AULA CONTEÚDO DATA Aula 0 Modelos teóricos de Administração Pública: patrimonialismo, burocracia e gerencialismo. A nova Gestão Pública. Disponível Aula 1 Reformas Administrativas. empreendedora. Gestão Aula 2 Governabilidade, Transparência. e Governança Pública 19/06 Accountability. 26/06 Página 2 de 62

4 Aula 00 Aula 3 Qualidade na Administração Pública. Eficiência, eficácia e efetividade aplicada à Administração Pública. 03/07 Aula 4 Governo eletrônico. Novas tecnologias gerenciais e organizacionais aplicadas à Administração Pública. 10/07 Aula 5 Controle na Administração Pública. 17/07 Aula 6 Ética na Administração Pública. participativos de gestão pública. Processos 24/07 Por fim, informo que nossas aulas serão elaboradas com até 30 páginas de teoria e o restante será somente de questões, possibilitando o estudo completo da matéria sem perda de tempo. Sem mais delongas, espero que gostem do material e vamos ao nosso curso. Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos ;-) Página 3 de 62

5 Aula MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1.1. Administração Pública Patrimonialista Este modelo predominou no Brasil até Aqui, o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas ou sinecuras. A res publica não é diferenciada das res principis (confusão entre o patrimônio público e o privado). A corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. De acordo com Bresser-Pereira, A característica que definia o governo das sociedades pré-capitalistas era a privatização do Estado, ou a interpermeabilidade dos patrimônios público e privado. Patrimonialismo significa a incapacidade ou a relutância de o príncipe distinguir entre o patrimônio público e seus bens privados. A administração do Estado pré-capitalista era uma administração patrimonialista. (grifos nossos) IMPORTANTE principal característica do modelo patrimonialista: confusão entre os patrimônios público e privado. Paludo1 faz um resumo das características da administração patrimonialista da seguinte maneira: 1 confusão entre a propriedade privada e a propriedade pública; impermeabilidade à participação social-privada; endeusamento do soberano; corrupção e nepotismo; caráter discricionário e arbitrário das decisões; ausência de carreiras administrativas; desorganização do Estado e da Administração; cargos denominados prebendas ou sinecuras; descaso pelo cidadão e pelas demandas sociais; poder oriundo da tradição/hereditariedade. Paludo, 2013, p. 51. Página 4 de 62

6 Aula 00 Contudo, no momento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do Estado. Neste nova fase histórica, a administração patrimonialista torna-se inaceitável Administração Pública Burocrática A Teoria da Burocracia de Max Weber A Teoria da Burocracia na Administração foi idealizada pelo um sociólogo alemão Max Weber ( ). Diferentemente de Taylor e Ford, autores da Abordagem da Clássica da Administração, Weber não fez recomendações para a administração das organizações. Seus estudos, na verdade, são usados como base para o entendimento da natureza das organizações e das diferenças entre elas2. Nesse contexto, qualquer sociedade, organização ou grupo de pessoas que se baseie em leis racionais é uma burocracia. As organizações burocráticas, ou formais, apresentam como características a formalidade, a impessoalidade e o profissionalismo. Assim, é importante entender que a burocracia é uma forma de organização que utiliza regras racionais para a condução de suas atividades. Esse destaque é primordial, pois o termo é tratado sinônimo de ineficiência, lentidão e excesso de formalidades que, na verdade, se referem às disfunções da burocracia, que serão abordadas adiante. Portanto, para melhor entendermos essa Teoria, precisamos compreender os três tipos de sociedade e depois os tipos de autoridade. Weber distingue três tipos de sociedade3: sociedade tradicional: predominam características patriarcais e patrimonialistas, como a família, o clã, a sociedade medieval etc.; sociedade carismática: predominam características místicas, arbitrárias e personalísticas, como nos grupos revolucionários, nos partidos políticos, nas nações em revolução etc.; e sociedade legal, racional ou burocrática: predominam normas impessoais e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes empresas, nos estados modernos, nos exércitos etc. Da mesma forma, Weber descreveu três tipos puros de dominação (ou autoridade) e obediência. Autoridade é diferente de poder. Este se refere ao potencial de exercer influência sobre as pessoas, ou seja, é a probabilidade de 2 3 Maximiano, 2011, p. 39. Chiavenato, 2011, p Página 5 de 62

7 Aula 00 impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo contra qualquer forma de resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade4. Melhor dizendo, o poder envolve a capacidade que uma pessoa tem de impor a sua vontade diante de outra pessoa, independentemente de seu consentimento. Por outro lado, a autoridade se refere ao poder com legitimidade, que é a capacidade de justificar o seu exercício. A autoridade legítima é aquela que é aceita pelo subordinado e, quando proporciona o poder, conduz a dominação. Assim, a dominação significa que as ordens, ou exercício da vontade, do dominador influenciam a conduta dos dominados, constituindo, por si mesma, uma norma de conduta que deve ser seguida pelos subordinados. Nesse contexto, vejamos as contribuições de Chiavenato5: A dominação é uma relação de poder na qual o governante (ou dominador) ou a pessoa que impõe seu arbítrio sobre as demais acredita ter o direito de exercer o poder, e os governados (dominados) consideram sua obrigação obedecer-lhe às ordens. As crenças que legitimam o exercício do poder existem tanto na mente do líder como na dos subordinados e determinam a relativa estabilidade da dominação. (grifos nossos) Podemos concluir, portanto, que a dominação trata do exercício de poder, aceito como válido pelos dominados como se fosse uma norma de conduta ou obediência. Assim, da mesma maneira como fez com os tipos de sociedade, Weber descreveu três tipos puros de autoridade ou dominação legítima, vejamos: Dominação carismática É marcada pela identificação das pessoas com o carisma do líder, pela crença na santidade, heroísmo ou exemplaridade de uma pessoa e nas ordenações por ela criadas ou reveladas. Devoção e arrebatamento ao líder são características dessa dominação. O poder carismático é instável e pode adquirir características revolucionárias com bastante facilidade, não tendo base racional. O poder não pode ser herdado nem delegado, pois é inerente à pessoa que exerce a dominação. Pessoas como Hitler e Fidel desempenharam a autoridade carismática no início de suas ascensões. A autoridade carismática, à medida que se organiza, tende a se tornar tradicional Dominação tradicional É o tipo de dominação que ocorre porque as coisas sempre foram assim. Para tanto, na autoridade tradicional, a obediência é devida à pessoa indicada pela 4 5 Weber, apud Chiavenato, 2011, p Chiavenato, 2011, p Página 6 de 62

8 Aula 00 tradição, dentro do círculo de costumes, sendo típica da sociedade patriarcal. Esse tipo de dominação é característica da sociedade medieval, dos clãs, da família, etc Dominação racional Repousa sobre a crença na legalidade de ordenações instituídas racionalmente e dos direitos de mando das pessoas a quem essas pessoas responsabilizam pelo exercício da autoridade. Dessa forma, a autoridade é a contrapartida da responsabilidade. A obediência decorre de ordenações impessoais e objetivas, legalmente instituídas. Este tipo de autoridade está fundamentada nas leis, que estabelecem direitos e deveres para os integrantes da sociedade ou organização. Conclui-se, portanto, que uma sociedade, organização ou grupo que depende de leis racionais tem estrutura do tipo legal-racional ou burocrático, ou seja, é uma burocracia6. A tabela abaixo resume as características dos três tipos puros de dominação legítima descritos por Max Weber7: BASE DA AUTORIDADE CARISMA TRADIÇÃO ORGANIZAÇÃO E NORMAS (RACIONAL) CARACTERÍSTICAS A obediência devea autoridade está na própria pessoa do líder, que demonstra, ou os seguidores acreditam que ele tem, qualidades que o tornam admirado. Exemplo: liderança política. A obediência deve-se ao respeito dos seguidores às orientações que passam de geração a geração. Os seguidores obedecem porque o líder (a figura da autoridade) aparenta der o direito de comando segundo os usos e costumes. Exemplo: autoridade na família. A obediência dos seguidores deve-se à crença no direito de dar ordens que a figura da autoridade tem. Esse direito é estabelecido por meio de normas aceitas pelos seguidores e tem limites. A figura da autoridade somente pode agir dentro dos limites de seu cargo ou bureau. Todas as organizações formais dependem dessa base de autoridade. Exemplo: todas as organizações burocráticas Modelo Burocrático de Administração Pública A Administração Pública Burocrática surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o 6 7 Maximiano, 1997, p. 36. Adaptado de Maximiano, 1997, p. 35. Página 7 de 62

9 Aula 00 nepotismo patrimonialista. Nesse sentido, constituem princípios orientadores do seu desenvolvimento (poder racional-legal): a profissionalização e a ideia de carreira pessoas capacitadas e especializadas passam a desenvolver as primeiras carreiras burocráticas na Administração Pública, recebendo salários no lugar de favores; a hierarquia funcional fruto da organização da máquina pública, como forma de permitir a existência de um sistema de autoridade; a impessoalidade e o mérito o acesso aos cargos públicos deve ocorrer mediante concurso público e a promoção deve basear-se em uma sistema de mérito; e o formalismo manifestando-se, por exemplo, com o uso de normas para regular as atividades públicas. O poder racional-legal, conforme destaca o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado8 (Pdrae) ao falar do modelo weberiano, apresenta os princípios da profissionalização dos servidores públicos, existência de carreiras; sistema hierárquico instituído; impessoalidade e mérito para o ingresso e promoção nos cargos públicos; e o formalismo (regras, leis). Resumidamente, como vimos acima, podemos descrever como características das organizações burocráticas a formalidade (existência de normas racionais); impessoalidade (escolha das pessoas é baseada em critérios técnicos e não políticos); existência de administradores profissionais (ao invés de lugar da nobreza, os cargos públicos passam a ser exercidos por pessoas capacitadas, profissionalizadas e que recebem salários em troca de seus serviços). Vejamos com mais detalhes cada uma dessas características das burocracia9: Formalidade: as burocracias são essencialmente sistemas de normas. A figura da autoridade é definida pela lei, que tem como objetivo a racionalidade da coerência entre meios e fins. Impessoalidade: nas burocracias, os seguidores obedecem à lei. As figuras da autoridade são 8 O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (Pdrae), editado em 1995 pela Câmara da Reforma do Estado e tendo como líder o Ministro da Administração Federal e Reforma do Estado Luiz Carlos Bresser Pereira, é um importante documento utilizado como referência na Reforma Gerencial de O PDRAE costuma ser utilizado frequentemente na elaboração de questões pelas bancas de concursos. Quem tiver tempo, recomendo sua leitura integral: PDRAE. 9 Maximiano, 2000, p. 95. Página 8 de 62

10 Aula 00 obedecidas porque representam a lei. Profissionalismo: as burocracias são formadas por funcionários. Como fruto de sua participação, os funcionários obtêm os meios para sua subsistência. As burocracias operam como sistemas de subsistência para os funcionários. Impessoalidade Formalidade Profissionalismo Principais características das organizações burocráticas, segundo Weber. Partindo para o enfoque da Administração Pública Burocrática, podemos afirmar que ela surgiu no Brasil com o Governo Vargas (1930), em uma reforma impulsionada pela criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (1936/38) e pelo Estado Novo ( ). O modelo parte da desconfiança sobre os gestores públicos e, para evitar a corrupção e o nepotismo, utiliza rígidos controles de processos e procedimentos realizados a priori, ou seja, busca-se controlar a realização do processo (as fases foram cumpridas? as folhas estão carimbadas? o gestor assinou o documento?) antes da realização de seu objeto (construção de uma escola) Disfunções da burocracia Para Weber, o modelo burocrático é o tipo ideal para as organizações, pois substituiu práticas irracionais por aspectos científicos e lógicos. Porém, quando escutamos o termo burocracia, logo vem em mente o excesso de papel, demora e Página 9 de 62

11 Aula 00 formalidades desnecessárias. Esses defeitos, na verdade, não fazem parte dos princípios da burocracia weberiana. Nesse contexto, ao lado dos efeitos desejados da burocracia (previsibilidade e padronização do desempenho), Merton10 descreveu os efeitos indesejados, também conhecidos como disfunções da burocracia: 10 I. internalização das regras e apego aos regulamentos: as regras deixam de ser os meios e passam a se tornar os fins ou o objetivo final das ações das pessoas. Os funcionários tornam-se especialistas pelo conhecimento dos regulamentos, independentemente do conhecimento das tarefas que executam. Assim, as regras e os regulamentos tomam o espaço das tarefas e dos objetivos da organização; II. excesso de formalismo e de papelório: a necessidade de documentar e formalizar todas as comunicações conduzem ao excesso de formalismo e papelório. Essa, provavelmente, é a disfunção mais gritante da burocracia; III. resistências às mudanças: a rotinização, padronização e previsibilidade fazem com que as pessoas se acostumem com a forma de fazer as coisas. Seguir as normas é uma atividade que se torna simples, passando segurança e tranquilidade para as pessoas. Assim, as possibilidades de mudança são interpretadas como algo desconhecido e, portanto, indesejável; IV. despersonalização do relacionamento: decorre de impessoalidade, que enfatiza os cargos e não as pessoas. Assim, os funcionários deixam de se relacionar com pessoas e passam a se relacionar com os cargos que exercem. É comum tratar os outros pelo seu cargo e até mesmo por números de registro, prejudicando relacionamentos personalizados; V. categorização como base do processo decisório: por ser pautada em hierarquia, o indivíduo que deverá responder por qualquer assunto mesmo que não o domine é o superior hierárquico mais elevado. Quanto a categorização, é entendida como uma classificação superficial de questões, afim de lidar com soluções prévias e de maior facilidade, sem procurar novas saídas para um problema preexistente; VI. superconformidade às rotinas e aos procedimentos: a garantia de que os funcionários executarão suas atividades conforme se espera provém da utilização de rotinas e formulários. Porém, a execução fica tão mecanizada que as regras passam a ser sagradas para o funcionário, inibindo sua Merton, 1952, apud Chiavenato, Página 10 de 62

12 Aula 00 criatividade e iniciativa, e restringindo seu desempenho e compreensão da organização como um todo; VII. exibição de sinais de autoridade: por trabalhar com o sistema hierárquico, faz-se necessário mostrar claramente quem são os chefes e para tal, são utilizados símbolos para a definição de cargos como os uniformes, placas de identificação e até mesmo tipos de mobiliário; VIII. dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público: devido ao exagero de regras e normas a que o funcionário é apresentado, seu serviço fica voltado para o interior da organização e dificulta o atendimento ao pessoal externo que é atendido de modo padronizado e por muitas vezes, lento e com descaso para situações pontuais. Dessa forma, o público que busca um atendimento mais personalizado cobra por atitudes e o funcionário que segue as regras a risca acaba por interpretar essa cobrança como uma ameaça e uma afronta ao seu trabalho. Apesar das diversas disfunções, não se pode negar que a administração burocrática foi uma evolução do patrimonialismo. Para Bresser-Pereira11: Foi um grande progresso o surgimento, no século XIX, de uma administração pública burocrática em substituição às formas patrimonialistas de administrar o Estado. Weber (1992), o principal analista desse processo, destacou com muita ênfase a superioridade racional-legal sobre o poder patrimonialista. Apesar disso, quando, no século XX, o Estado ampliou seu papel social e econômico, a estratégia básica adotada pela administração pública burocrática o controle hierárquico e formalista dos procedimentos provou ser inadequada. Essa estratégia podia talvez evitar a corrupção e o nepotismo, mas era lenta, cara, ineficiente. (grifos nossos) Esse quadro se intensificou ao longo dos anos 70, implicando em uma visão generalizada sobre a necessidade de substituir o modelo burocrático por uma forma mais flexível, eficiente e produtiva. Nesse cenário, surge um novo debate, a administração pública gerencial Administração Pública Gerencial (A Nova Gestão Pública) Os anos 70 foram marcados por intensas crises na economia mundial que colocaram em xeque a capacidade dos governos de intervir na economia para manter o pleno emprego e impulsionar a economia internacional. Além do aspecto econômico, somam-se outros três fatores que intensificaram a crise do Estado pósmoderno12: Bresser-Pereira e Spink, Abrucio, Página 11 de 62

13 Aula 00 crise fiscal após décadas de crescimento, a maioria dos governos não tinham mais como financiar seus déficits e os contribuintes (tax payers) estavam insatisfeitos com o aumento de cobranças sem correspondente fornecimento de serviços; ingovernabilidade por um lado os Estados estavam sobrecarregados de atividades sem recursos para financiá-las e, por outro lado, os grupos de pressão beneficiários desses serviços não queriam perder as suas conquistas ; globalização e inovações tecnológicas o aumento do poder das grandes multinacionais e o enfraquecimento dos governos ensejaram uma significativa redução do poder dos Estados nacionais de ditar políticas macroeconômicas. Como consequência, os governos perderam recursos e aumentaram seus déficits. A reforma do Estado passou a ser indispensável, com prioridade para a redução de gastos e aumento da eficiência. Assim, o antigo modelo weberiano, considerado lento e excessivamente apegado às normas, torna-se inadequado para este novo momento. Nesse contexto, os governos Thatcher (Grã-Bretanha) e Reagan (EUA), nos anos 80, foram os pioneiros de um movimento que podemos chamar de Nova Gestão Pública (NPM new public management), que se espalhou por todo o mundo, como forma de combater a ineficiência da máquina pública. Fernando Abrucio apresenta um quadro que resume três visões que se sucederam no tempo como resposta ao modelo burocrático presente na GrãBretanha entre os anos 80 e 90. Para fins de concurso, entenda os modelos como as três expressões do gerencialismo ou da Nova Gestão Pública. Gerencialismo puro Economia/eficiência (produtividade) Tax payers (contribuintes) Consumerism Efetividade/qualidade Public service orientation Accountability/equidade Clientes/consumidores Cidadãos A primeira linha descreve a visão ou perspectiva, a segunda linha demonstra os principais objetivos, já a última linha apresenta a relação com a sociedade ou com o público-alvo de cada modelo. O autor destaca que a separação ocorreu apenas para facilitar a comparação. Contudo, há um razoável intercâmbio entre as teorias, particularmente com as duas últimas. Vejamos em rápidas linhas a descrição de cada uma dessas perspectivas da Nova Gestão Pública. Página 12 de 62

14 Aula Gerencialismo puro O gerencialismo puro foi o primeiro passo da Nova Gestão Pública e propôs o corte de gastos e de pessoal. A proposta era de reduzir os gastos do setor público e aumentar a efetividade. Foi um período marcado por privatizações, desregulamentação, devolução de atividades para a iniciativa privada ou para a comunidade em um movimento conhecido, nas palavras de Margareth Thatcher, como rolling back the State (revertendo o Estado). As pessoas são vistas como contribuintes que financiam a máquina pública e que, portanto, devem ter seus recursos aplicados de forma eficiente. Esta teoria trouxe grandes avanços para o setor público, em particular na análise da questão financeiro do custo das políticas públicas. Todavia, alguns pontos deixaram a desejar13: Mas, ao enfatizar em demasia a estratégia da eficiência, o modelo gerencial puro poderia estar relegando a segundo plano outros valores fundamentais na atuação dos gerentes. Em particular, a flexibilidade para decidir e inovar. Os critérios para medição da eficiência poderiam se tornar tão rígidos quanto as regras e os procedimentos do modelo burocrático weberiano, levando à ineficácia e à falta de capacidade adaptativa. Outro problema foi a ausência de preocupação com a efetividade (impactos, ou grau de atingimento dos resultados esperados). A tentativa de constituir serviços públicos de qualidade, voltados para os anseios dos clientes/consumidores trazem uma nova perspectiva, o consumerism Consumerism O gerencialismo puro atendeu em parte às necessidades de reforma, pois diminuiu os gastos públicos e aumentou a eficiência. Entretanto, a qualidade do serviço público e as demandas dos cidadãos continuaram em segundo plano. Surge, assim, uma nova faceta da Nova Gestão Pública, o consumerism. O principal objetivo dessa teoria foi aumentar a qualidade dos serviços públicos para atender às demandas dos clientes ou consumidores dos serviços públicos. O consumerism evoluiu em relação ao modelo anterior, porém apresentou algumas disfunções. A competição dentro da administração pública fez com que as organizações que alcançavam os melhores resultados passassem a receber mais recursos. O efeito foi que as instituições com piores desempenho recebiam cada vez menos recursos, tendo severos impactos na equidade dos serviços públicos. Ademais, as pessoas continuavam como sujeitos passivos e não existia a preocupação com a accountability. 13 Abrucio, Página 13 de 62

15 Aula Public Service Orientation (PSO) Este é o terceiro estágio. Surge a preocupação com a equidade (prestação justa dos serviços públicos) e com a accountability (prestação de contas, responsabilização e transparência). Os beneficiários dos serviços públicos passam a ser vistos como cidadãos, titulares da coisa pública e que, portanto, devem participar ativamente da gestão dos recursos públicos. Nesse sentido, Martins14 apresenta os seguintes ensinamentos: Ao contrário dos anteriores, que se concentravam no como? da ação estatal, este modelo preocupa-se no o que?. Dessa forma, propõe uma revalorização da política na definição das finalidades estatais, aumento da accountability, participação, transparência, eqüidade e justiça. Esse movimento baseia-se numa visão coletiva do cidadão, enfoca a esfera pública como um locus de aprendizado social e prega o aprimoramento da cultura cívica do cidadão, burocrata e político. O grande impacto desse modelo foi trazer a sociedade para o debate sobre a gestão publica, cobrando resultados, apresentando problemas, propondo soluções e fiscalizando a atuação de seus representantes Características da administração pública gerencial A administração pública gerencial, ou paradigma gerencial, emergiu como forma de combater a ineficiência da máquina pública. Nesse novo contexto, os controles de procedimentos dão lugar aos controles de resultados, ou seja, ao invés de se preocupar com os carimbos nas páginas certas, com a numeração dos processos e com outros procedimentos dessa natureza, cobra-se qualidade nos serviços, rapidez, maior número de cobertura dos programas etc. O Pdrae destaca como características do modelo gerencial a busca pela eficiência da administração pública, a necessidade de reduzir custos e de aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário. Apesar da ênfase inicial na eficiência, atualmente o modelo gerencial busca a eficiência, eficácia e efetividade. 14 Martins, Página 14 de 62

16 Aula 00 A administração gerencial foi uma forma de flexibilizar alguns dos princípios da burocracia weberiana, aumentando a autonomia dos agentes públicos. Segundo o Pdrae: A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração pública, que continua um princípio fundamental. Percebam, portanto, que boa parte dos princípios do modelo burocrático são preservados. Na verdade, a administração gerencial busca fundamento no modelo burocrático, adequando alguns mecanismos que, por excessiva rigidez, causavam a ineficiência da máquina pública. Uma diferença fundamental está no controle. Enquanto no modelo burocrático a ênfase ocorre nos processos, ou meios, e os controles são realizados a priori (antes); no modelo gerencial o controle é por resultados, nos fins, e o momento é a posteriori (posterior). CONTROLE Modelo burocrático: de processos ou meios / a priori; Modelo gerencial: por resultados ou fins / a posteriori. Muitas das atividades que eram executadas diretamente pelo governo passam a ser executadas pela iniciativa privada, substituindo o Estado empresário ou desenvolvimentista pelo Estado Regulador, que se preocupa em coordenar as atividades e estimular o mercado através do fomento. A descentralização também é marcante no gerencialismo, ocorrendo tanto em nível político, passando para estados e municípios as competências de âmbito local e regional; quanto em nível administrativo, passando as competências de órgãos centrais para os setoriais e delegando poder ao longo de toda a estrutura organizacional. Página 15 de 62

17 Aula 00 O conceito de qualidade também sofre uma grande revolução. Antes, um programa de qualidade era aquele que atendia aos regulamentos, seguindo rigorosamente os processos administrativos. No novo paradigma, a qualidade passa a ser entendida com o atendimento das demandas dos cidadãos-usuários. Ou seja, na administração gerencial um programa de qualidade é aquele que resolve os problemas da população. Outra característica marcante é que a desconfiança prévia, tão marcante da burocracia, dá lugar a uma confiança, ainda que limitada, para os servidores públicos. De acordo com o Pdrae, O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente, do controle por resultados, e da competição administrada. Dessa forma, através desse nível de confiança, os gestores públicos ganham a autonomia para exercer suas atividades, devendo, por contrapartida, retribuir com mais resultados. O modelo gerencial empregou diversas ferramentas oriundas da iniciativa privada, incorporando vários de seus princípios. No entanto, não podem ser confundidas, pois a iniciativa privada é financiada com recursos de seus sócios e acionistas, com vistas a obter o lucro. Já a gestão pública é financiada com recursos dos cidadãos, devendo obedecer ao princípio da impessoalidade, e tendo como missão gerar valor para a sociedade e formas de garantir o desenvolvimento sustentável, sem perder de vista a obrigação de utilizar os recursos de forma eficiente. Por fim, quadro abaixo apresenta as características dos modelos burocrático e gerencial, resumindo as características vistas até aqui e incluindo outras informações15: Item Modelo Burocrático Modelo Gerencial Teoria Aplicada Teoria Burocrática de Max Weber (formalismo, racionalidade, impessoalidade etc.) Teoria Contemporânea de Administração de Empresas (flexibilidade, eficiência, eficácia, efetividade etc.) Motivação Combate ao Patrimonialismo Combate à Burocracia (ineficiência e 15 LORIGADOS, Wilson; LIMA, Fernanda T; SANCHEZ Alessandra, 2003 (com adaptações), apud Paludo, 2013, p. 69. Página 16 de 62

18 Aula 00 (corrupção e nepotismo) rigidez excessiva) Marcos Históricos 1ª Fase: Burocracia clássica Criação do DASP-1936/1938 2ª Fase: 1945 até a reforma gerencial de Primeiro Momento com o DL 200 CF/1988 retrocesso Burocrático 1995 Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado Papel do Estado Desenvolvimentista (Estado empresário) Coordenação, Regulação, Fomento Tipo de Administração Direta Indireta (atuação predominante) Foco Autorreferida (processos e tarefas) Usuário-Cidadão Ênfase Meios Fins Resultados Centralização Política e Administrativa Descentralização: Política para Estados e Municípios, e Descentralização Administrativa, Delegação e Outorga Formalismo e Padronização Mais autonomia para Gerentes e Servidores Normas e Regulamentos escritos Incentivo a Inovação Estrutura Hierárquica Rígida Estrutura Hierárquica Flexível com redução de níveis Critério Técnico de Seleção profissionalismo Critério Técnico de Seleção profissionalismo Competência Técnica e Meritocracia Competência Técnica e Meritocracia Controle a priori dos processos Controle a posteriori dos resultados Separação de Interesses Público x Privado Separação de Interesses Público x Privado Satisfação de seus interesses: bem; Satisfação dos interesses da Organização: razoavelmente; Satisfação dos interesses dos Usuários: toleravelmente Satisfação das necessidades do Usuário-Cidadão Principais Ideias Qualidade Estrutura Organizacional Melhora permanente dos Processos de acordo com as demandas da sociedade Ações para Qualidade Melhora dos Processos de acordo com decisão dos Órgãos Centrais Comparações dos Resultados com outras organizações Programas Sucessivos de Qualidade com Comitê de Apoio aos Órgãos e Entidades Gestão de RH Alto grau de controle e padronização profissional, com clara divisão do trabalho Políticas gerais a cargo do Poder Central com ampliação da autonomia dos gerentes Autoridade compartilhada em certo grau (nível central) Descentralização para moldar o funcionalismo às exigências reais do serviço Estrutura tripartite: corpo político orientador; agência de supervisão das práticas; e órgão específico para controle financeiro Gestão da informação e do conhecimento, e implementação de sistema de informação e de administração financeira sofisticados para controle de custos Página 17 de 62

19 Aula 00 Algum mecanismo de coordenação Pequeno grau de desconcentração Emprego estável ingresso por concurso (em regra) e promoção por antiguidade Treinamento para administrar sistemas e tomar decisões que afetam a gestão de RH Remuneração por desempenho 16 (teoria ), carreiras horizontais, capacitação continuada, realocação de servidores conforme necessidades Tecnologia da Informação TI Componente Instrumental na busca de eficiência e no controle Estratégico com desenhos de novos processos e modelos de relacionamento entre governos, e com clientes, fornecedores, cidadãos e demais agentes Administração da TI Administração de sistemas de informação e administração dos recursos da informação Administração da Tecnologia da Informação na Era da Informação Governo Eletrônico Utilização dos recursos de TI no aumento da eficiência e da eficácia das ações internas de natureza operacional Utilização dos recursos de TIC para aumento da eficiência, eficácia e efetividade de toda a natureza; para formulação de políticas; para prestação de serviços (internet, telefone etc.); para aumento das práticas democráticas e do exercício da cidadania Estrutura Organizacional Estruturas burocráticas e hierarquizadas Estruturas menos hierarquizadas e Estruturas em rede Estado/Governo Estado/Governo burocrático Estado-Rede Comunicação Instrumental Participativa Planejamento Estratégico Centralizado Democrático Para consolidar, vamos resolver questões. 1. (UPENET Administrador de Empresas/Suape/2010) Max Weber ( ) foi um dos principais cientistas que estudaram as organizações. Segundo Weber, as organizações formais ou burocráticas apresentam três características principais, que as distinguem dos grupos informais ou primários: formalidade, impessoalidade e profissionalismo. Assinale a alternativa que corresponde aos conceitos da primeira coluna de acordo com a segunda. (1) Formalidade ( ) As pessoas são ocupantes de cargos ou posições 16 O modelo gerencial propõe a remuneração variável por desempenho. Entretanto, diversas carreiras públicas estão implementando a remuneração por subsídio, nos termos dos 4º e 8º do artigo 37 da CF/88, que deve ser pago em parcela única, sem adicionais. Assim, podemos dizer que a remuneração variável está mais na teoria do que na prática, ocorrendo apenas em algumas situações pontuais. Página 18 de 62

20 Aula 00 (2) Impessoalidade (3) Profissionalismo formais. Alguns dos cargos são de figuras de autoridade. A obediência é devida aos cargos, não, aos ocupantes. Todas as pessoas seguem a lei. ( ) As burocracias são formadas por funcionários. Os funcionários são remunerados, obtendo os meios para sua subsistência. As burocracias funcionam como sistemas de subsistência para os funcionários. ( ) As burocracias são essencialmente sistemas de normas. A figura da autoridade é definida pela lei, que tem como objetivo a racionalidade das decisões baseadas em critérios impessoais. A alternativa que apresenta a sequência0correta é a) 2, 3, 1. b) 3, 2, 1. c) 1, 2, 3. d) 1, 3, 2. e) 2, 1, 3. Comentário: essa questão é praticamente cópia do texto de Maximiano (2000, p. 95) que apresentamos acima. Na burocracia, a impessoalidade é marcada porque as pessoas obedecem às leis. Assim, se um chefe possui autoridade, isso ocorre porque uma lei (regra) determinou. Ou seja, todas as pessoas seguem a lei. O profissionalismo é representado pela existência de funcionários que buscam a sua subsistência por meio dos salários recebidos por seu trabalho. A formalidade ocorre porque as burocracias são essencialmente sistemas de normas. Assim, a figura da autoridade é definida pela lei. Com isso, as decisões são racionais (ocorre a adequação entre os meios e os fins) e pautadas em critérios impessoais (não se decide por causa da pessoa, mas em virtude da racionalidade). Com isso, temos a sequência: 2, 3, 1. Gabarito: alternativa A. 2. (UPENET Técnico de Nível Superior/Prefeitura Municipal de Olinda/2011) Indique, abaixo, a alternativa que contém as palavras que preenchem, CORRETAMENTE, as lacunas do texto: Página 19 de 62

21 Aula 00 O modelo Gerencial de administração pública visa modernizar o aparelho do Estado, buscando dirigir as suas ações de gestão para a. Há uma mudança de atenção das atividades para atividades da administração pública. a) eficiência - fins - meio. b) eficácia - meio - fins. c) eficiência, eficácia e efetividade - meio - fins. d) efetividade - meio - fins. e) efetividade - fins - meio. Comentário: o modelo gerencial buscou modernizar a administração pública, substituindo os rígidos controles de processos (meios) do modelo burocrático por controles de resultados (fins). Assim, a administração deve buscar a eficiência, eficácia e efetividade de sua atuação. Dessa forma, podemos completar o texto da seguinte forma: O modelo Gerencial de administração pública visa modernizar o aparelho do Estado, buscando dirigir as suas ações de gestão para a eficiência, eficácia e efetividade. Há uma mudança de atenção das atividades meios para atividades fins da administração pública. As atividades meio representam a forma, ou seja, os processos realizados pela administração, enquanto as atividades fins se relacionam com a finalidade, com o resultado da atuação pública. Assim, em uma licitação pública, por exemplo, o controle de meio se preocupa com a forma como a licitação se realizou, ou seja, se todos os procedimentos previstos na Lei de Licitações foram rigorosamente seguidos. Por outro lado, o controle de fins vai analisar se o preço foi justo, se o material adquirido foi de qualidade e se o interesse público foi satisfatoriamente alcançado. Gabarito: alternativa C. 3. (UPENET Técnico de Nível Superior/Prefeitura Municipal de Olinda/2011) NÃO se pode apontar como uma das características da Administração pública gerencial: a) Centralização de funções. b) Descentralização das decisões. c) Orientação para o cidadão. d) Controle por resultados. e) Incentivo à criatividade. Página 20 de 62

22 Aula 00 Comentário: a administração pública gerencial busca flexibilizar a atuação do Estado, utilizando dos controles de resultados, do foco ou orientação para o cidadão, da descentralização de decisões (aumentar a responsabilidade dos níveis mais baixos) e do incentivo à criatividade. A centralização de funções é característica do modelo burocrático, que se pautava na hierarquia e na unidade de comando. Dessa forma, as decisões ficavam centralizadas nos níveis mais elevados das organizações. Assim, o nosso gabarito é a opção A, que é a único que não corresponde a uma característica do modelo gerencial. Gabarito: alternativa A. 4. (FCC Técnico/MPE/2013) As questões a seguir contém duas afirmações. Assinale na folha de respostas: a) Se as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. b) Se as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. c) Se a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. d) Se a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. e) Se as duas afirmações são falsas. Considere: A Administração pública de tipo burocrático, teorizada por Veblen, apresenta como uma de suas principais características a ausência de formalismos no tocante ao desempenho das atividades de Estado e na estruturação de seus procedimentos PORQUE sucedendo ao modelo patrimonialista de administração o modelo burocrático propunha um controle público do Estado, sob o domínio do político e da racionalidade técnica. Comentário: a primeira afirmativa está errada, pois o modelo burocrático foi idealizado por Max Weber e uma de suas principais características é o formalismo (normas, comunicações, controles etc.). A segunda afirmativa é verdadeira e acrescenta, além da racionalidade técnica, o domínio político no controle do Estado. Assim, a primeira afirmação é falsa e a segunda verdadeira. Gabarito: alternativa D. 5. (FCC AJ/TRT/2013) O modelo burocrático de Max Weber é um modelo organizacional disseminado nas administrações durante o século XX em todo o Página 21 de 62

23 Aula 00 mundo. O modelo burocrático é atribuído a Max Weber porque o sociólogo alemão analisou e sintetizou suas principais características. NÃO corresponde a essas características o que está expresso em a) caráter racional e divisão do trabalho. b) hierarquia de autoridade. c) impessoalidade nas relações. d) relação de coesão ou de antagonismo. e) caráter formal das comunicações. Comentário: as alternativas A, B, C e E apresentam características do modelo burocrático de Weber. O antagonismo descreve algo incompatível ou que é contrário a alguma coisa. Perceba que essa não é uma característica da administração burocrática. Gabarito: alternativa D. 6. (FCC AJ/TRT/2013) A Administração pública gerencial, implantada a partir dos movimentos de modernização e reforma do Estado que ganharam ênfase nos anos 1990, possui como características: a) descentralização dos processos decisórios, formas flexíveis de gestão, remuneração por desempenho, competição administrativa e orientação para o cidadão-cliente. b) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles de fluxo de trabalho e foco no treinamento e capacitação dos servidores. c) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis inferiores e aumento dos intermediários, com ênfase no controle dos processos internos. d) verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, departamentalização e especialização dos setores para tomada de decisões estratégicas. e) horizontalização das estruturas organizacionais, centralização dos processos decisórios, introdução de mecanismos de controle de processos e foco no cidadãocliente. Comentário: todas as características da opção A fazem parte da administração pública gerencial. Vejamos o erro das demais alternativas: b) errada: no gerencialismo ocorre a desconcentração do poder decisório e os controles de fluxos de trabalho diminuem, dando espaço para o controle de resultados; Página 22 de 62

24 Aula 00 c) errada: o que seria inversão do conceito de hierarquia? A hierarquia permanece na administração gerencial. O que ocorre é o incentivo à diminuição dos níveis hierárquicos dos órgãos públicos; d) errado: ocorre a horizontalização (diminuição dos níveis hierárquicos); e) errado: o correto é a descentralização e a introdução de controles de resultados. Gabarito: alternativa A. 7. (FCC AM/MPE/2013) Uma característica exclusiva do modelo teórico de Administração Pública de tipo gerencial é mais bem apresentada em: a) a forte sobreposição entre a esfera pública e a esfera privada. b) os sistemas de gestão e controle centrados em resultados e não mais em procedimentos c) a codificação das atividades, estruturas e procedimentos em regras, visando à previsibilidade e à segurança jurídica nas decisões administrativas. d) os cargos públicos são providos por uma nobreza prebendária. e) uma cadeia de comando longa e clara, em que as decisões obedecem a uma lógica de hierarquia administrativa prescrita em regulamentos expressos, com reduzida autonomia do administrador. Comentário: o modelo gerencial substituiu os controles de procedimentos por controles de resultados. Assim, nosso gabarito é a alternativa B. a) errada: o modelo gerencial incentivou a maior participação da esfera privada na prestação de serviços públicos, a forte sobreposição não é característica desse modelo; c) errada: a codificação em regras é uma característica mais marcante do modelo burocrático. No modelo gerencial, ocorreu um movimento de desregulamentação, para eliminar regras excessivas e desnecessárias (as regras permanecem, porém em menor escala); d) errada: as prebendas e sinecuras nos cargos públicos ocorreram no modelo patrimonial; e e) errada: essa é uma característica da administração burocrática. Gabarito: alternativa B. 8. (FCC - AC/TCE-PR/2011) Ao relacionar os diversos modelos teóricos de Administração Pública é correto afirmar: Página 23 de 62

25 Aula 00 a) Os modelos, em seu desenvolvimento, culminam no gerencial, sem que suas formas antecessoras deixem de existir inteiramente. b) O modelo gerencial pressupõe o foco central no controle, formalização de processos e no empenho periférico em resultados. c) O modelo burocrático supera o patrimonial em uma época em que o enfoque neoliberal pressupõe o fortalecimento do Estado perante a coisa privada. d) As maiores diferenças entre o modelo gerencial e o burocrático na administração pública estão relacionadas ao profissionalismo e à impessoalidade. e) O modelo patrimonialista ressalta o poder da administração pública na gestão de seus órgãos, tendo por finalidade o bem comum. Comentário: os três modelos de administração ocorreram na seguinte ordem: patrimonialismo (até os anos 30); burocrático (anos 30 até 1995); gerencial (1995 em diante). As datas apresentadas são apenas para fins didáticos, pois os modelos foram evoluindo, assim não há como afirmar o ano exato de implantação (para fins de concurso guarde essas datas). Ademais, cada modelo predominou em sua época, sem conseguir extirpar totalmente os modelos anteriores. Para exemplificar, atualmente percebemos a presença de práticas patrimonialistas (nepotismo) e burocráticas (apego aos regulamentos) convivendo com o modelo gerencial. Gabarito: alternativa A. 9. (FCC - AJ/TRT 6/2012) O tipo de cultura organizacional que predomina na administração pública burocrática é a cultura a) do poder. b) da tarefa. c) dos papéis. d) da pessoa. e) do resultado. Comentário: a questão é baseada nos tipos de cultura organizacional de Harrison (1972). Para o autor existem quatro tipos de cultura organizacional: cultura do poder: o poder é o núcleo central da cultura, é mais comum em organizações pequenas; cultura da tarefa: ocorre a ênfase na execução do trabalho; cultura dos papéis: apresenta como características a lógica e a racionalidade, a exemplo do modelo burocrático; Página 24 de 62

26 Aula 00 cultura da pessoa: as pessoas e seus valores são o ponto central dessa cultura. Não há cultura de resultados na proposta de Harrison. Do exposto, percebese que a cultura organizacional predominante na administração pública burocrática é a dos papéis. Gabarito: alternativa C. 10. (FCC AFM/Prefeitura de SP/2012) Com relação à introdução do paradigma pós-burocrático na administração pública brasileira, considere: I. A partir de meados dos anos 1990 houve flexibilização e, posteriormente, ruptura do modelo burocrático, tendo em vista que as organizações públicas abandonaram a racionalidade formal como paradigma de ação. II. Apesar de todas as mudanças recentes, as organizações ditas pós-burocráticas ainda estão vinculadas à lógica racional-legal, base do modelo criado por Max Weber. III. A organização pós-burocrática teria como principais características a centralização e a estruturação em redes hierarquizadas articuladas por fluxos verticais de informação. IV. As organizações pós-burocráticas podem ser caracterizadas como orientadas para a solução de conflitos e problemas, e estão baseadas na participação, confiança e compromisso de todos em torno de resultados. V. O tipo organizacional pós-burocrático é construído em torno de processos tecnologicamente intensivos, fortemente preocupados pela formação de consensos baseados no personalismo. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II, III e IV. b) II e IV. c) III e V. d) I, II e III. e) III, IV e V. Comentário: I. errado: o que ocorreu foi a flexibilização de algumas regras do modelo burocrático e a racionalidade formal permanece na administração pública; II. correto: vamos ao Pdrae: Página 25 de 62

27 Aula 00 A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração pública, que continua um princípio fundamental. Esse trecho comprova que a administração gerencial não abandonou os princípios do modelo burocrático. Assim, o sistema racional-legal permanece no gerencialismo. III. errado: a organização pós-burocrática (gerencialismo) tem como características a descentralização, a horizontalização (diminuição de níveis hierárquicos) com as informações correndo de forma vertical ou horizontal. IV. correto: as organizações pós-burocráticas dão ênfase às demandas dos cidadãos (solução de problemas) como a prestação de serviços de qualidade. Esse modelo está fundamentado na confiança (ainda que limitada) nos servidores públicos e no incentivo à participação e ao compromisso de todos na gestão do patrimônio público. V. errado: temos dois erros. Primeiro que o tipo organizacional pósburocrático é construído em torno de resultados. Segundo que está baseado na impessoalidade e não no personalismo. Apenas os itens II e IV estão corretos. Gabarito: alternativa B. 11. (FCC AFM/Prefeitura de SP/2012) O diagnóstico sobre o qual se baseou o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado de 1995 indicava que a) o excesso de burocratização da administração pública federal deveria ser corrigida com a terceirização das atividades de planejamento e controle. b) a centralização fiscal do estado autoritário tinha gerado um excesso de arrecadação que poderia ser utilizado na modernização do aparelho do estado. c) as fases patrimonialistas e burocráticas da administração brasileira estavam superadas, cabendo, então, introduzir um modelo de administração gerencial. Página 26 de 62

28 Aula 00 d) a predominância do modelo patrimonialista de administração pública poderia ser uma vantagem a ser aproveitada para implantar uma administração do tipo gerencial. e) o caráter incompleto do modelo burocrático exigiria um aperfeiçoamento da profissionalização do estado através da universalização do concurso público para as funções gerenciais. Comentário: questão mal elaborada. Vamos marcar a menos errada : a) errada: as atividades de planejamento e controle não devem ser terceirizadas, essas permanecem sob domínio do Estado (sem destacar o controle social); b) errada: o país passava por um momento de crise fiscal, não existia excesso de arrecadação; ==0== c) correta: o item não ficou muito claro, mas o que ele quer dizer é que os modelos patrimonialista e burocrático já não atendiam mais aos anseios da sociedade e, portanto, deveria ser substituídos pelo modelo gerencial; d) errada: no momento da implantação do gerencialismo, predominava a administração pública burocrática. Além disso, os resquícios do patrimonialismo representam desvantagens na implantação da administração gerencial; e e) errada: o concurso público é a regra, mas temos (várias) exceções para os cargos de direção, chefia e assessoramento. Gabarito: alternativa C. 12. (FCC AM/MPE-AP/2012) Ao relacionar os modelos de análise histórica da gestão pública ao longo do tempo, é correto afirmar que: a) A etapa patrimonialista da gestão pública perdurou por cerca de cinco décadas, circunscrevendo-se ao final do período monárquico e início do republicano. b) O modelo burocrático é circunscrito ao início do século XX até os anos 60, dado o necessário controle da coisa pública e o baixo uso de tecnologias de informação. c) O modelo patrimonial tem sido imprescindível no início deste século, para a efetividade da administração pública frente às crises econômicas planetárias. d) O modelo gerencial foi uma etapa importante do desenvolvimento da administração pública brasileira, surgida no Estado Novo de Getúlio Vargas. e) O modelo gerencial é o modelo contemporâneo, que enfoca resultados e uma gestão pública pautada em competências, além do foco no cliente. Comentário: Página 27 de 62

29 Aula 00 a) errada: a administração patrimonialista no Brasil teve uma duração bem mais longa. Este modelo predominou no país desde o período colonial ( ) inclusive da chegada da família real ao final desse período ( ) ; entendeu-se por todo o período monárquico ( ); abrangendo ainda toda a Primeira República (República Velha ); sendo substituído somente com a chegada de Vargas ao poder (1930) e o Estado Novo (1937). b) errada: o modelo burocrático no Brasil se estendeu até 1995 com a publicação do Pdrae e a reforma gerencial; c) errada: o modelo gerencial que tem sido imprescindível desde o início deste século (apesar de vir desde o final do século passado); d) errada: o modelo burocrático que surgiu no Estado Novo de Vargas (1937); e) correto: o gerencialismo é o modelo contemporâneo (atual) e apresenta entre suas características a ênfase nos resultados das ações do governo, o foco no cliente (cidadão-usuário) e a gestão pautada em competências. Gabarito: alternativa E. 13. (FCC AJ/TRE-CE/2012) A busca por prestação de serviços de qualidade para o cidadão na gestão pública flexibilizada como estratégia para alcançar a satisfação do consumidor, em que o cidadão deixa de ser visto como mero financiador do sistema, por meio de pagamento de impostos, e passa a ser a razão de existir dos serviços públicos, caracterizou o estágio da administração pública conhecido por a) modelo racional-legal. b) gerencialismo puro. c) consumeirismo. d) patrimonialismo. e) empreendedorismo. Comentário: os três estágios da administração pública gerencial foram o gerencialismo puro, o consumerísmo (consumerism) e o public servi orientation (PSO). A questão trata desses estágios do gerencialismo, portanto podemos eliminar as opções A, D e E. O modelo racional-legal surge com a burocracia weberiana. O patrimonialismo imperou no Brasil até 1930 e era uma forma de administração em que ocorria a confusão entre o patrimônio público e o privado. O empreendedorismo (governamental) é um movimento que ganhou forças com a obra Reinventanto Página 28 de 62

30 Aula 00 o Governo de David Osborne e Ted Gaebler em que se propõe uma redefinição do papel do Estado. No gerencialismo puro a ênfase era na economia e na eficiência. O objetivo era diminuir os gastos do governo e aumentar a produtividade. Neste momento, as pessoas são vistas como contribuintes, financiadores da máquina pública. O consumerísmo veio em um momento posterior, caracterizando-se pela preocupação com a efetividade e a qualidade dos serviços públicos. As pessoas deixam de ser contribuintes (financiadores) e se tornam clientes ou consumidores dos serviços públicos que devem ter qualidade. Gabarito: alternativa C. 14. (FCC TJ/TRE-CE/2012) Na chamada Nova Gestão Pública há três principais vertentes, ou correntes conceituais importantes, as quais possuem vários traços em comum como, por exemplo, uma ênfase significativa nos resultados da ação governamental, ou seja, um deslocamento do foco nos processos para enfatizar os resultados. Uma delas tem sido denominada como um "neotaylorismo", isto é, uma proposta calcada na busca da produtividade e na implantação do modelo de gestão da empresa privada no setor público, outra busca a flexibilização da gestão pública, em que se observa a passagem da lógica do planejamento para a lógica da estratégia e nesta são levadas em conta as relações entre os atores envolvidos em cada política, de modo a montar cenários que permitam a flexibilidade necessária para eventuais alterações nos programas governamentais. A terceira utiliza-se de conceitos como accountability, transparência, participação política, equidade e justiça, em que é preciso que no processo de aprendizado social na esfera pública se consiga criar uma nova cultura cívica, que congregue políticos, funcionários e cidadãos. Esta última corrente é conhecida como a) Balanced Scorecard BSC. b) Activity Based Management ABM. c) Consumerísmo. d) Gerencialísmo Puro. e) Public Service Orientation PSO. Comentário: na questão acima, já explicamos os conceitos de consumerísmo e do gerencialismo puro. De acordo com Fernando Abrucio, Toda a reflexão realizada pelos teóricos do PSO leva aos temas republicanos e da democracia, utilizando-se de conceitos como Página 29 de 62

31 Aula 00 accountability, transparência, participação política, equidade e justiça, questões praticamente ausentes do debate do modelo gerencial. Nesse novo estágio, as pessoas são vistas como cidadãos, titulares da coisa pública, e a accountability (prestação de contas, transparência e responsabilização) e a equidade (distribuição justa dos serviços públicos) são valores cada vez mais presentes. Assim, concluímos que a opção correta é a letra E. Gabarito: alternativa E. 15. (FCC AFM/Prefeitura de SP/2007) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, elaborado pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), implementado nos anos 90, teve, entre seus principais objetivos e diretrizes, a) propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para que o Governo possa aumentar sua governança, fortalecendo as funções de coordenação e regulação. b) aumentar a eficiência da gestão pública, privilegiando e fortalecendo os sistemas de controle a priori da atividade administrativa. c) a profissionalização dos setores estratégicos da Administração e a ampliação da participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. d) a reforma do Estado, mediante a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no cidadão, prescindindo, assim, de sistemas de controles a priori e a posteriori. e) o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, com a modernização das estruturas organizacionais, ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de controle de processos. Comentário: entre os objetivos e diretrizes do Pdrae temos o de propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para o aumento da governança (capacidade de implementar políticas públicas), substituindo o modelo em que o Estado é o responsável direto pela prestação de serviços por um sistema de coordenação e regulação. A opção A está correta. Vejamos o erro das demais alternativas. B os controles são a posteriori; C ocorre a diminuição da participação direta do Estado; D os sistemas de controle permanecem, o que ocorre é a predominância dos controles a posteriori em detrimento dos controles a priori; E ocorre o fortalecimento dos controles por resultados. Gabarito: alternativa A. Página 30 de 62

32 Aula (FCC AFM/Prefeitura de SP/2007) O modelo de Administração Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber, caracteriza-se a) pela criação de uma estrutura própria e estável, imune à alternância dos governantes, submetida a rígidos controles de resultado e de qualidade, sendo comumente criticada pelo excesso de formalismo e falta de flexibilidade. b) pela consolidação do patrimonialismo, fazendo com que o Aparelho do Estado atue como extensão do poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo clientelismo, nepotismo e ausência de controles efetivos. c) pelo fortalecimento do Aparelho do Estado, que passa a atuar de forma paralela e imune ao poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo inchaço dos quadros de servidores públicos e ausência de eficiência na correspondente atuação. d) pela ênfase na idéia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo, sendo comumente criticada pela rigidez do controle dos processos, de forma auto-referenciada e sem compromisso com os resultados para o cidadão. e) como reação à Administração Pública patrimonialista, buscando instituir mecanismos de controle da atuação dos governantes, com ênfase nos resultados, sendo comumente criticada pela ausência de controles eficazes dos processos. Comentário: a) errada: os controles eram de processos; b) errada: o modelo burocrático tinha a finalidade de substituir o patrimonialismo; c) errada: não há como um modelo atuar de forma paralela e imune ao poder de seus governantes; d) correta: a opção descreve as características do modelo de administração burocrática de Weber: ideia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo. Além disso, o modelo passou a ser criticada pela rigidez no controle de processos, ausência do compromisso com os resultados e por tornar-se autorreferenciada (preocupada com si mesma); e) errada: os controles eram por processos e a crítica era a ausência de controle por resultados. Gabarito: alternativa D. 17. (FCC AFM/Prefeitura de SP/2007) A partir da segunda metade do século XX, começa a verificar-se a erosão do modelo de Administração Púbica Burocrática, seja em função da expansão das funções econômicas e sociais do Estado, seja Página 31 de 62

33 Aula 00 em face do desenvolvimento tecnológico e do fenômeno da globalização. Surge, então, o modelo da Administração Pública Gerencial, cujas características são: a) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles de processos e ênfase no cidadão. b) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão. c) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis inferiores e aumento dos intermediários, dando a estes mais poder decisório, com ênfase no controle dos processos internos. d) acentuação da verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, onde se concentra o poder decisório, ênfase nos controles interno e externo da atuação dos escalões inferiores. e) descentralização dos processos decisórios, horizontalização das estruturas organizacionais, substituição dos mecanismos de controle de processos por mecanismos de controle de resultados, com foco no cidadão. Comentário: descentralização do poder decisório para os níveis mais baixos, redução de níveis hierárquicos, competição no interior das estruturas organizacionais (quando isso for possível) e ênfase nas demandas dos cidadãos são algumas das características da Administração Pública Gerencial. (opção B). a) errada: desconcentração do processo decisório e controle por resultados; c) errada: o que ocorreu foi a diminuição de níveis hierárquicos, maior poder decisório nos níveis mais baixos e controle por resultados; d) errada: ocorreu a diminuição dos níveis hierárquicos (além dos erros vistos na opção anterior); e) errada: na verdade, o que ocorreu foi a predominância de controle de resultados sobre os controles de processos. Porém, o item ficou bem confuso, mais uma para o rol das questões mal elaboradas. Gabarito: alternativa B. 18. (FCC AJ/TRT 23/2011) O modelo de administração gerencial no Brasil a) foi introduzido pelo Decreto-Lei nº 200/1967, visando profissionalizar a administração federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o Orçamento de Base Zero. Página 32 de 62

34 Aula 00 b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais. c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento da responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por resultados na administração federal. d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização das políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração federal. e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada exclusivamente para os processos. Comentário: o DL 200/67 foi apenas a primeira tentativa de implementar a administração gerencial. O Dasp foi o órgão encarregado da reforma burocrática. O movimento da reforma gerencial previu a privatização da prestação de serviços, jamais das políticas sociais. Além disso, nos tempos recentes, ocorre o incentivo aos controles externos informais como o controle social. A proposta do PND era de simplificação e privatização, não de extinguir a burocracia; a reforma gerencial veio com o Pdrae e não com o PND. Sobrou a opção C, o auge da reforma ocorreu com o Pdrae e as emendas constitucionais 18 e 19 de Os níveis gerenciais foram fortalecidos e ganharam mais responsabilidades. Esse modelo introduziu a gestão por resultados. Gabarito: alternativa C. 19. (FCC TJ/TRT 23/2011) Por administração gerencial entende-se um modelo de gestão que a) privilegia a descentralização, a autonomia dos níveis gerenciais na aplicação da lei aos casos concretos e a desburocratização de toda a estrutura administrativa. b) enfatiza a aplicação rigorosa das leis contra corrupção e centralização dos processos de controle formal para garantir a eficiência do governo. c) procura alcançar resultados financeiros crescentes com base na privatização e nomeação por critérios políticos de indicação dos níveis gerenciais. d) incentiva a profissionalização do corpo operacional da administração descentralizada e a elevação horizontal dos níveis médios de remuneração dos gerentes. Página 33 de 62

35 Aula 00 e) pressupõe a transferência das funções de planejamento e controle para os níveis operacionais, mas preserva o controle centralizado das funções finalísticas. Comentário: algumas palavras para guardar do modelo gerencial: descentralização, autonomia e desburocratização (quando a opção fala em desburocratização, não quer dizer eliminar a burocracia, mas flexibilizar e simplificar os procedimentos). A opção A está perfeita. Os erros das outras opções são: B ocorre a descentralização e a diminuição de formalismos; C os critérios de nomeação são baseados no mérito; D nem sei o que é elevação horizontal dos níveis médios de remuneração, a opção é total invenção da banca; E o planejamento deve ocorrer dentro da esfera de atribuição de cada nível de Governo e o controle deve ocorrer tanto pelos órgãos públicos como pela população (controle social). Gabarito: alternativa A. 20. (FCC AJ/TRE-RN/2011) O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi a) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e regulação do Aparelho de Estado federal para os governos estaduais. b) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da ação governamental. c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. d) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no cidadão, reforçando os sistemas de controles burocráticos. e) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os sistemas de controle de processos. Comentário: a) errada: o planejamento não foi reduzido, o que ocorreu foi a transferência das atividades de caráter local para os governos estaduais e municipais; b) correta: os controles, na administração gerencial, são preferencialmente a posteriori e por resultados; c) errada: a proposta foi diminuir a intervenção direta do Estado; d) errada: o modelo propôs a substituição do modelo burocrático pelo gerencial, reforçando os sistemas de controle de resultados; e Página 34 de 62

36 Aula 00 e) errada: novamente, ampliação dos sistemas de controle de resultados. Gabarito: alternativa B. 21. (FCC ATLE/AL-SP/2010) Com relação à administração pública burocrática considere. I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo. III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, administradores públicos, dirigem demandas. IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do funcionário; voltandose para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. V. A administração burocrática tem como principal qualidade a efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do Estado. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II, III e V. c) II, III e IV. d) II e V. e) III, IV e V. Comentário: os itens I e II estão corretos, pois a administração pública burocrática surgiu na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Este modelo tem como princípios orientadores a profissionalização (ideia de carreira), hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo. Vamos aos erros dos outros itens: III. errado esse pressuposto básico é da administração gerencial. O modelo burocrático está fundamentado na desconfiança; IV. errado mais um item mal elaborado. Segundo o Pdrae: Por outro lado, o controle - a garantia do poder do Estado - transforma-se na própria razão de ser do funcionário. Em conseqüência, o Estado voltase para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. A qualidade fundamental da administração pública burocrática é a Página 35 de 62

37 Aula 00 efetividade no controle dos abusos; seu defeito, a ineficiência, a autoreferência, a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos vistos como clientes. Entendeu a banca que quem se volta para si é o Estado, daí o erro do item; e V. errado a preocupação com efetividade, qualidade, eficiência a alcance dos resultados é característica da administração gerencial. Gabarito: alternativa A. 22. (FCC AMP/MPE-SE/2009) NÃO se inclui entre as principais causas que levaram à Reforma do Aparelho do Estado, implementada no Brasil nos anos 90, a a) a incapacidade do governo de gerar poupança interna e com isso realizar os investimentos públicos demandados pela sociedade. b) crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo esgotamento da poupança pública. c) intenção de ampliar a intervenção direta do Estado no domínio econômico, dada a crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos. d) necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como consequência do cumprimento de obrigações com organismos internacionais. e) a crise do modelo burocrático de administração, permeado por práticas patrimonialistas e clientelistas. Comentário: vamos mais uma vez ao Pdrae: A crise do Estado define-se então (1) como uma crise fiscal, caracterizada pela crescente perda do crédito por parte do Estado e pela poupança pública que se torna negativa; (2) o esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado, a qual se reveste de várias formas: o Estado do bem-estar social nos países desenvolvidos, a estratégia de substituição de importações no terceiro mundo, e o estatismo nos países comunistas; e (3) a superação da forma de administrar o Estado, isto é, a superação da administração pública burocrática. (grifos nossos) O período pré-reforma foi um momento de crise fiscal no qual o Estado não conseguia fazer poupança e perda de crédito (opção A e B) e ainda precisava atender os compromissos firmados com o FMI (opção D). Por fim, o modelo burocrático, além de ineficiente, não conseguiu eliminar totalmente as práticas patrimonialistas (opção E). Ao invés de aumentar a intervenção, ocorreu o movimento contrário, diminuição da intervenção direta do Estado na economia, daí o erro da alternativa C. Gabarito: alternativa C. Página 36 de 62

38 Aula (FCC AMP/MPE-SE/2009) O modelo de Administração Pública Gerencial tem como principais características a) descentralização dos processos decisórios, horizontalização das estruturas organizacionais e supressão dos mecanismos de controle de processos. b) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão-cliente. c) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles formais de processos e ênfase no cidadão-cliente. d) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis superiores e aumento dos inferiores, que passam a ser dotados de total autonomia decisória. e) acentuação da verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, onde se concentra todo o poder decisório. Comentário: a) errada: os controle de processos permanecem, apenas ocorreu a predominância dos controles de resultados; b) correta: todas as características apresentadas são da administração gerencial; c) errada: o correto é a desconcentração do processo decisório e o aumento de controles de resultados; d) errado: não existe a inversão do conceito de hierarquia; e e) errado: ocorreu a diminuição dos níveis hierárquicos. Gabarito: alternativa B. 24. (FCC AMP/MPE-SE/2009) NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber, a) utilização de critérios eminentemente políticos para contratação e promoção de funcionários, em detrimento da avaliação por mérito. b) ênfase na ideia de carreira e profissionalização do corpo funcional público. c) estrutura hierárquica fortemente verticalizada, impessoalidade e formalismo. d) rigidez do controle dos processos, com predominância do controle da legalidade como critério de avaliação da ação administrativa (due process). e) rotinas e procedimentos segundo regras definidas a priori, em detrimento da avaliação por resultados. Página 37 de 62

39 Aula 00 Comentário: o modelo burocrático prevê a impessoalidade e mérito, assim não se pode falar em contratação por critérios políticos. Os demais itens estão perfeitos: ideia de carreira, profissionalização, formalismo, hierarquização (fortemente verticalizada), controles de processos, controle de legalidade (due process) e rotinas definidas previamente. Gabarito: alternativa A. 25. (FCC - AJ/TRE SP/2012) A administração pública pós-burocrática está apoiada, em parte, na administração pública burocrática, da qual conserva, embora flexibilizado, o princípio fundamental a) da admissão segundo critérios de mérito. b) da descentralização dos processos de decisão. c) do estímulo financeiro ao exercício da criatividade. d) da redução das estruturas hierárquicas. e) da delegação de autonomia aos servidores. Comentário: segundo o Pdrae: A administração pública gerencial constitui um avanço e até um certo ponto um rompimento com a administração pública burocrática. Isto não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como a admissão segundo rígidos critérios de mérito, a existência de um sistema estruturado e universal de remuneração, as carreiras, a avaliação constante de desempenho, o treinamento sistemático. A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados, e não na rigorosa profissionalização da administração pública, que continua um princípio fundamental. (grifos nosso) Assim, o gabarito é a letra A. Gabarito: alternativa A. 26. (FCC AFR/SEFAZ/2013) Considere a tabela que segue: Modelos da Gestão Pública Características dos Modelos I. Burocrático 1. Representa o tipo ideal da dominação racional-legal weberiana. II. Patrimonialista 2. Abre espaço para a atuação de novas figuras institucionais, como as Parcerias Público-Privadas e Organizações da Sociedade Civil. Página 38 de 62

40 Aula 00 III. Gerencial 3. Típico das monarquias absolutistas. Na primeira coluna estão relacionados os três tipos consagrados de modelos para a administração do Estado; a segunda coluna apresenta três características referentes aos modelos. A alternativa que apresenta a associação correta é: a) I-3, II-2, III-1. b) I-3, II-1, III-2. c) I-2, II-1, III-3. d) I-1, II-2, III-3. e) I-1, II-3, III-2. Comentário: simples: Administração Pública Patrimonialista: o o aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano; o seus auxiliares (servidores) possuem status de nobreza real; o os cargos são considerados prebendas ou sinecuras; o a res publica não é diferenciada da res principis; o a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração; e o é típico das monarquias absolutistas (modelos em que o rei exerce o poder absoluto, como, por exemplo, as três funções típicas de Estado) - (II- 3). Administração Pública Burocrática: o surge como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista; o os princípios orientadores do seu desenvolvimento são a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo; o poder racional-legal (Max Weber) - (I - 1); o controles administrativos são sempre a priori; e o utiliza controles rígidos de processos. Administração Pública Gerencial: o surge como resposta à expansão das funções econômicas e sociais do Estado e ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial; Página 39 de 62

41 Aula 00 o a eficiência da administração pública - a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário - torna-se então essencial; o controles administrativos são preferencialmente a posteriori; e o os controles são baseados em resultados; e o incentiva a participação do cidadão na gestão da coisa pública (III-2). O modelo gerencialista busca fomentar a participação da sociedade civil organizada na gestão da coisa pública através, por exemplo, das Parcerias Público-Privadas (Lei /2004) e das Organizações da Sociedade Civil (terceiro setor). Relacionando as colunas, vamos obter o seguinte resultado: I-1; II-3; e III-2. Gabarito: alternativa E. 27. (CESPE Técnico/TJ/2012) O modelo de administração pública no Brasil que se baseia nos princípios da formalidade, da impessoalidade e do profissionalismo, é conhecido como modelo a) democrático. b) patrimonialista. c) gerencial. d) burocrático. e) neoliberal Comentário: vamos começar pelos ensinamentos de Bresser-Pereira e Motta17 ao falarem do modelo de administração burocrática: São três as características básicas que traduzem o seu caráter racional: são sistemas sociais (1) formais, (2) impessoais, (3) dirigidos por administradores profissionais, que tendem a controla-las cada vez mais completamente. Perceba que temos um tripé fundamental do modelo burocrático: formalidade, impessoalidade e profissionalização. A democracia é um regime de governo em que o povo participa, direta ou indiretamente, das decisões. O patrimonialismo é marcado pela confusão entre patrimônio público e privado. O gerencialismo flexibiliza as regras da burocracia para estabelecer um Estado mais eficiente. O neoliberalismo representa duas correntes que ocorreram em momentos distintos. A primeira, 17 Bresser-Pereira e Motta, Página 40 de 62

42 Aula 00 nos anos 30, defendia novas ideias para o Estado regulador e assistencialista; a segunda, a partir dos anos 60, propondo a liberdade absoluta dos mercados. Gabarito: alternativa D. 28. (CESPE Técnico/TJ/2012) A respeito das reformas administrativas e da nova gestão pública, assinale a opção correta. a) A nova gestão pública reúne características positivas dos modelos patrimonial e gerencial de administração pública. b) A última reforma administrativa que se têm notícia no Brasil foi aquela baseada nos princípios burocráticos estabelecidos pelo presidente Vargas. c) A administração pública gerencial é multifuncional, define indicadores, mede e analisa resultados, foca no cidadão e procura flexibilizar as relações de trabalho. d) O modelo de administração pública burocrático é orientado para resultado, concentra-se no processo, controla procedimentos e possui alta especialização. e) A reforma administrativa resultante da independência do Brasil apresentou o patrimonialismo como modelo de administração pública, que, apesar de superado, ainda revela grande importância no governo do país. Comentário: a) errada: a nova gestão pública é uma evolução do modelo burocrático; b) errada: a última reforma administrativa do Brasil é a gerencial, iniciada em 1995 com o Pdrae; c) correta: a multifuncionalidade da reforma gerencial pode ser demonstrada pela definição de indicadores de desempenho, análise de resultados da gestão pública, orientação para o cidadão, além da flexibilização das relações de trabalho através da extinção do regime jurídico único (hoje suspensa); d) errada: o modelo burocrático não é orientado por resultados; e e) errada: o modelo patrimonialista vem de muito antes da independência, estando presente desde o período colonial. Gabarito: alternativa C. 29. (CESPE Técnico/TJ/2012) Assinale a opção que corresponde ao modelo de administração pública cujo clientelismo é característica predominante. a) neoliberal b) patrimonial c) ditatorial Página 41 de 62

43 Aula 00 d) democrático e) gerencial Comentário: o neoliberalismo é um período histórico, conforme comentamos acima. O regime ditatorial é marcado pelo domínio de determinados grupos independentemente da escolha do povo, a exemplo do primeiro Governo Vargas (Estado Novo) e de todo o período do Governo Militar ( ). Esses dois casos foram marcados pelo modelo burocrático. A democracia é um regime de governo. O modelo gerencial é marcado pela busca da eficiência. O clientelismo, definido como uma relação de lealdade entre sujeitos em situações desiguais na qual ocorre a concessão de benefícios (como empregos) em troca de apoio político (principalmente o voto), é típico da administração patrimonial. Gabarito: alternativa B. 30. (CESPE Professor/Sociologia/SEDUC/CE/2013) De acordo com a teoria de Weber, assinale a opção correta no que se refere ao tipos puros de dominação legítima. a) A dominação tradicional baseia-se nas qualidades pessoais do líder. b) A dominação patrimonialista é aquela na qual o poder de mando e as oportunidades econômicas são apropriados pelo quadro administrativo. c) A forma pura da dominação burocrática ocorre quando os funcionários são eleitos. d) A dominação carismática é uma forma racional de exercício da dominação. e) A dominação burocrática racional baseia-se na competência e no conhecimento profissional dos funcionários. Comentário: as opções a, b, c e d estão erradas, vejamos: a) a dominação carismática é que se baseia na qualidade do líder; b) a dominação patrimonialista nada mais é do que a dominação tradicional. Nessa situação, o quadro administrativo, quando existente, é totalmente controlado pelo rei, ou seja, o poder de mando permanece com o governante; c) a dominação burocrática, ou racional-legal, prevê o profissionalismo e a ocupação de cargos pelo mérito; d) a dominação carismática está baseada na qualidade de líder e não na legalidade, impessoalidade e racionalidade. Assim, nosso gabarito é opção E, pois a dominação burocrática racional baseia-se na competência e no conhecimento profissional dos funcionários. Gabarito: alternativa E. Página 42 de 62

44 Aula 00 (CESPE Administrador/UNIPAMPA/2013) Considerando as principais abordagens da administração e a evolução da administração pública no Brasil, julgue os itens a seguir. 31. No modelo de administração pública patrimonialista, os servidores públicos possuem status de nobreza real, e os cargos funcionam como recompensas, o que contribui para a prática de nepotismo. Comentário: as pessoas que ocupavam os cargos públicos, normalmente, eram amigas do rei e gozavam de status de nobreza real. Os cargos eram denominados prebendas ou sinecuras, uma vez que inexistia profissionalização ou até salário para o seu desempenho. Tratava-se de uma verdadeira troca de favores e recompensas. Gabarito: correto. 32. A administração pública gerencial foi implantada no Brasil, na metade do século XX, em substituição ao modelo burocrático, incompatível com o avanço do capitalismo. Comentário: podemos guardar as seguintes datas: patrimonialismo desde a colônia até 1930; administração pública burocrática iniciou em 1930 (ou 1936 Dasp); administração pública gerencial surge em 1995 com o Pdrae. O modelo que se mostrou incompatível com o capitalismo patrimonialismo, que foi substituído pela burocracia weberiana. foi o Gabarito: errado. (CESPE - AJ/CNJ/2013) Acerca dos aspectos estruturais e organizacionais da administração pública, julgue o item a seguir. 33. Um dos exemplos de motivadores das transformações dos modelos organizacionais e de gestão pública foi a crise da eficiência do Estado brasileiro, nas décadas de 70, 80 e 90 do século XX. Comentário: segundo Bresser-Pereira18: No Brasil, a percepção da natureza da crise e, em seguida, da necessidade imperiosa de reformar o Estado ocorreu de forma acidentada e contraditória, em meio ao desenrolar da própria crise. Entre 1979 e 1994 o Brasil viveu um período de estagnação da renda per capita e de alta inflação sem precedentes. Em 1994, finalmente, estabilizaram-se os preços através do Plano Real, criando-se as condições para a retomada do crescimento. A 18 Bresser-Pereira, Página 43 de 62

45 Aula 00 causa fundamental da crise econômica foi a crise do Estado uma crise que ainda não está plenamente superada, apesar de todas as reformas já realizadas. Crise que se desencadeou em 1979, com o segundo choque do petróleo. Os anos 70, 80 e 90 foram marcados por intensas crises, tendo como causa fundamental a ineficiência do Estado. Gabarito: correto. (CESPE AJ/TRT 10/2013) Tendo em vista que a administração pública é uma matéria essencial para a efetivação das políticas públicas e para a gestão governamental, julgue o item a seguir. 34. A moderna gestão pública trata essencialmente da eficiência e da eficácia do sistema de administração governamental. Comentário: a moderna gestão pública vai além da eficiência e da eficácia, trata da efetividade da ação governamental. Basicamente, a eficiência é a relação entre insumos (recursos) consumidos e produtos gerados. A eficácia é o alcance de metas e objetivos. A efetividade representa os impactos ou resultados na população alvo. Esta última avalia o quanto os programas de governo mudaram a qualidade de vida da população. Gabarito: errado. 35. A perspectiva da nova gestão pública ressalta que o interesse público é uma representação da agregação de interesses individuais. Comentário: questão bem teórica. A nova gestão pública tem como objetivo atender ao interesse público, que nada mais é do que a agregação de interesses individuais. Gabarito: correto. 36. O modelo de administração burocrática adotado no Brasil separou serviços de controle e passou a definir, medir e analisar resultados. Comentário: o modelo burocrático faz o controle por processos. Por outro lado, a administração gerencial define, mede e analisa resultados. Gabarito: errado. (CESPE Técnico/MPU/2013) Julgue o item a seguir, relativo a administração. 37. Segundo a concepção burocrática de administração pública, o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção no serviço público é por meio do controle rígido dos processos e procedimentos. Página 44 de 62

46 Aula 00 Comentário: para a concepção burocrática o combate ao nepotismo e a corrupção só pode ocorrer através de rigorosos instrumentos de controle de processos e procedimentos, realizados a priori. Gabarito: correto. (CESPE ATA/MIN/2013) Considerando o desenvolvimento da administração pública do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático, julgue os itens subsequentes. 38. Contrapondo-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional, o paradigma gerencial fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão exige formas flexíveis de gestão. Comentário: vimos um texto do Pdrae que responde ao item, vamos repeti-lo: O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente, do controle por resultados, e da competição administrada. (grifos nossos) Gabarito: correto. 39. Quanto à profissionalização, o modelo racional-legal se opõe ao nepotismo que caracterizava o modelo patrimonialista. Comentário: a burocracia, fundamentada no modelo racional-legal, veio para superar a corrupção e o nepotismo do modelo patrimonialista. A partir de agora, vocês estão proibidos de errar uma questão dessa! Gabarito: correto. 40. A proposta de reforma gerencial contempla a correção das distorções e ineficiências associadas à existência de unidades descentralizadas com muita autonomia. Comentário: a ideia da reforma gerencial era corrigir algumas distorções do modelo burocrático, como a obsessão pelo cumprimento de normas. Além disso, o modelo propôs o aumento da autonomia de unidades descentralizadas, permitindo que as decisões fossem tomadas de forma mais rápida e mais próxima do local onde teriam impacto. Gabarito: correto. Página 45 de 62

47 Aula Na perspectiva da reforma gerencial, o Estado amplia seu papel de prestador direto de serviços, abstendo-se, porém, do papel de regulador de serviços sociais como educação e saúde. Comentário: o que ocorreu foi o contrário, o Estado diminuiu o papel de prestador direto de serviços, desempenhando cada vez mais o papel de regulador. Gabarito: errado. (CESPE AUFC/AGO/TCU/2013) Acerca da administração pública do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático, julgue os itens seguintes. 42. A administração pública burocrática foi adotada em substituição à administração patrimonialista, segundo a qual não havia separação entre a res publica e a res privada. Comentário: o modelo patrimonialista, marcado pela confusão entre o patrimônio público (res publica) e o privado (res privada) foi substituído pela administração burocrática. Gabarito: correto. (CESPE Técnico Judiciário/TRE-RJ/2012) Julgue os itens seguintes, a respeito da administração pública e das convergências entre a gestão pública e a gestão privada. 43. O modelo racional-legal tem como característica limitar o número de regras e normas de modo a deixar a organização desenvolver suas atividades de forma mais racional e otimizada. Comentário: o modelo racional-legal fundamenta-se no formalismo, com ampla utilização de regras e normas, esse é o erro da questão. Percebam, no entanto, que Weber entendia que essa era a forma ideal de organização, permitindo uma ação mais racional e otimizada. Na prática, isso não ocorreu, em decorrência das disfunções da burocracia, que fizeram do modelo um sinônimo de lentidão e ineficiência. Gabarito: errado. (CESPE Analista Judiciário/Ciências Sociais/CNJ/2013) Acerca dos métodos para a construção do conhecimento sociológico e de seus principais autores, julgue os itens a seguir. 44. A burocracia, para Weber, caracteriza-se, fundamentalmente, por: racionalidade, impessoalidade nas relações, divisão do trabalho, ordem hierárquica com linhas Página 46 de 62

48 Aula 00 de autoridade e responsabilidade bem delimitadas e mecanização ou rotinização. Comentário: essa questão trata da burocracia como teoria da administração e não como modelo de administração pública, mas os princípios são os mesmos. Poderíamos falar ainda no formalismo e profissionalismo. Destacando que a divisão do trabalho, mecanização e rotinização também estão presentes na burocracia weberiana. Gabarito: correto. Concluímos por hoje. Em nosso próximo encontro, vamos estudar as reformas administrativas e a gestão pública empreendedora. Espero por vocês! Bons estudos. HERBERT ALMEIDA. herbert@estrategiaconcursos.com.br 2. QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 1. (UPENET Administrador de Empresas/Suape/2010) Max Weber ( ) foi um dos principais cientistas que estudaram as organizações. Segundo Weber, as organizações formais ou burocráticas apresentam três características principais, que as distinguem dos grupos informais ou primários: formalidade, impessoalidade e profissionalismo. Assinale a alternativa que corresponde aos conceitos da primeira coluna de acordo com a segunda. (1) Formalidade (2) Impessoalidade (3) Profissionalismo ( ) As pessoas são ocupantes de cargos ou posições formais. Alguns dos cargos são de figuras de autoridade. A obediência é devida aos cargos, não, aos ocupantes. Todas as pessoas seguem a lei. ( ) As burocracias são formadas por funcionários. Os funcionários são remunerados, obtendo os meios para sua subsistência. As burocracias funcionam como sistemas de subsistência para os funcionários. ( ) As burocracias são essencialmente sistemas de normas. A figura da autoridade é definida pela lei, que tem como objetivo a racionalidade das decisões Página 47 de 62

49 Aula 00 baseadas em critérios impessoais. A alternativa que apresenta a sequência CORRETA é a) 2, 3, 1. b) 3, 2, 1. c) 1, 2, 3. d) 1, 3, 2. e) 2, 1, (UPENET Técnico de Nível Superior/Prefeitura Municipal de Olinda/2011) Indique, abaixo, a alternativa que contém as palavras que preenchem, CORRETAMENTE, as lacunas do texto: O modelo Gerencial de administração pública visa modernizar o aparelho do Estado, buscando dirigir as suas ações de gestão para a. Há uma mudança de atenção das atividades para atividades da administração pública. a) eficiência - fins - meio. b) eficácia - meio - fins. c) eficiência, eficácia e efetividade - meio - fins. d) efetividade - meio - fins. e) efetividade - fins - meio. 3. (UPENET Técnico de Nível Superior/Prefeitura Municipal de Olinda/2011) NÃO se pode apontar como uma das características da Administração pública gerencial: a) Centralização de funções. b) Descentralização das decisões. c) Orientação para o cidadão. d) Controle por resultados. e) Incentivo à criatividade. 4. (FCC Técnico/MPE/2013) As questões a seguir contém duas afirmações. Assinale na folha de respostas: a) Se as duas afirmações são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. b) Se as duas afirmações são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. c) Se a primeira afirmação é verdadeira e a segunda é falsa. d) Se a primeira afirmação é falsa e a segunda é verdadeira. Página 48 de 62

50 Aula 00 e) Se as duas afirmações são falsas. Considere: A Administração pública de tipo burocrático, teorizada por Veblen, apresenta como uma de suas principais características a ausência de formalismos no tocante ao desempenho das atividades de Estado e na estruturação de seus procedimentos PORQUE sucedendo ao modelo patrimonialista de administração o modelo burocrático propunha um controle público do Estado, sob o domínio do político e da racionalidade técnica. 5. (FCC AJ/TRT/2013) O modelo burocrático de Max Weber é um modelo organizacional disseminado nas administrações durante o século XX em todo o mundo. O modelo burocrático é atribuído a Max Weber porque o sociólogo alemão analisou e sintetizou suas principais características. NÃO corresponde a essas características o que está expresso em a) caráter racional e divisão do trabalho. b) hierarquia de autoridade. c) impessoalidade nas relações. d) relação de coesão ou de antagonismo. e) caráter formal das comunicações. 6. (FCC AJ/TRT/2013) A Administração pública gerencial, implantada a partir dos movimentos de modernização e reforma do Estado que ganharam ênfase nos anos 1990, possui como características: a) descentralização dos processos decisórios, formas flexíveis de gestão, remuneração por desempenho, competição administrativa e orientação para o cidadão-cliente. b) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles de fluxo de trabalho e foco no treinamento e capacitação dos servidores. c) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis inferiores e aumento dos intermediários, com ênfase no controle dos processos internos. d) verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, departamentalização e especialização dos setores para tomada de decisões estratégicas. e) horizontalização das estruturas organizacionais, centralização dos processos decisórios, introdução de mecanismos de controle de processos e foco no cidadãocliente. Página 49 de 62

51 Aula (FCC AM/MPE/2013) Uma característica exclusiva do modelo teórico de Administração Pública de tipo gerencial é mais bem apresentada em: a) a forte sobreposição entre a esfera pública e a esfera privada. b) os sistemas de gestão e controle centrados em resultados e não mais em procedimentos c) a codificação das atividades, estruturas e procedimentos em regras, visando à previsibilidade e à segurança jurídica nas decisões administrativas. d) os cargos públicos são providos por uma nobreza prebendária. e) uma cadeia de comando longa e clara, em que as decisões obedecem a uma lógica de hierarquia administrativa prescrita em regulamentos expressos, com reduzida autonomia do administrador. 8. (FCC - AC/TCE-PR/2011) Ao relacionar os diversos modelos teóricos de Administração Pública é correto afirmar: a) Os modelos, em seu desenvolvimento, culminam no gerencial, sem que suas formas antecessoras deixem de existir inteiramente. b) O modelo gerencial pressupõe o foco central no controle, formalização de processos e no empenho periférico em resultados. c) O modelo burocrático supera o patrimonial em uma época em que o enfoque neoliberal pressupõe o fortalecimento do Estado perante a coisa privada. d) As maiores diferenças entre o modelo gerencial e o burocrático na administração pública estão relacionadas ao profissionalismo e à impessoalidade. e) O modelo patrimonialista ressalta o poder da administração pública na gestão de seus órgãos, tendo por finalidade o bem comum. 9. (FCC - AJ/TRT 6/2012) O tipo de cultura organizacional que predomina na administração pública burocrática é a cultura a) do poder. b) da tarefa. c) dos papéis. d) da pessoa. e) do resultado. 10. (FCC AFM/Prefeitura de SP/2012) Com relação à introdução do paradigma pós-burocrático na administração pública brasileira, considere: Página 50 de 62

52 Aula 00 I. A partir de meados dos anos 1990 houve flexibilização e, posteriormente, ruptura do modelo burocrático, tendo em vista que as organizações públicas abandonaram a racionalidade formal como paradigma de ação. II. Apesar de todas as mudanças recentes, as organizações ditas pós-burocráticas ainda estão vinculadas à lógica racional-legal, base do modelo criado por Max Weber. III. A organização pós-burocrática teria como principais características a centralização e a estruturação em redes hierarquizadas articuladas por fluxos verticais de informação. IV. As organizações pós-burocráticas podem ser caracterizadas como orientadas para a solução de conflitos e problemas, e estão baseadas na participação, confiança e compromisso de todos em torno de resultados. V. O tipo organizacional pós-burocrático é construído em torno de processos tecnologicamente intensivos, fortemente preocupados pela formação de consensos baseados no personalismo. Está correto o que se afirma APENAS em a) I, II, III e IV. b) II e IV. c) III e V. d) I, II e III. e) III, IV e V. 11. (FCC AFM/Prefeitura de SP/2012) O diagnóstico sobre o qual se baseou o Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado de 1995 indicava que a) o excesso de burocratização da administração pública federal deveria ser corrigida com a terceirização das atividades de planejamento e controle. b) a centralização fiscal do estado autoritário tinha gerado um excesso de arrecadação que poderia ser utilizado na modernização do aparelho do estado. c) as fases patrimonialistas e burocráticas da administração brasileira estavam superadas, cabendo, então, introduzir um modelo de administração gerencial. d) a predominância do modelo patrimonialista de administração pública poderia ser uma vantagem a ser aproveitada para implantar uma administração do tipo gerencial. e) o caráter incompleto do modelo burocrático exigiria um aperfeiçoamento da profissionalização do estado através da universalização do concurso público para as funções gerenciais. Página 51 de 62

53 Aula (FCC AM/MPE-AP/2012) Ao relacionar os modelos de análise histórica da gestão pública ao longo do tempo, é correto afirmar que: a) A etapa patrimonialista da gestão pública perdurou por cerca de cinco décadas, circunscrevendo-se ao final do período monárquico e início do republicano. b) O modelo burocrático é circunscrito ao início do século XX até os anos 60, dado o necessário controle da coisa pública e o baixo uso de tecnologias de informação. c) O modelo patrimonial tem sido imprescindível no início deste século, para a efetividade da administração pública frente às crises econômicas planetárias. d) O modelo gerencial foi uma etapa importante do desenvolvimento da administração pública brasileira, surgida no Estado Novo de Getúlio Vargas. e) O modelo gerencial é o modelo contemporâneo, que enfoca resultados e uma gestão pública pautada em competências, além do foco no cliente. 13. (FCC AJ/TRE-CE/2012) A busca por prestação de serviços de qualidade para o cidadão na gestão pública flexibilizada como estratégia para alcançar a satisfação do consumidor, em que o cidadão deixa de ser visto como mero financiador do sistema, por meio de pagamento de impostos, e passa a ser a razão de existir dos serviços públicos, caracterizou o estágio da administração pública conhecido por a) modelo racional-legal. b) gerencialismo puro. c) consumeirismo. d) patrimonialismo. e) empreendedorismo. 14. (FCC TJ/TRE-CE/2012) Na chamada Nova Gestão Pública há três principais vertentes, ou correntes conceituais importantes, as quais possuem vários traços em comum como, por exemplo, uma ênfase significativa nos resultados da ação governamental, ou seja, um deslocamento do foco nos processos para enfatizar os resultados. Uma delas tem sido denominada como um "neotaylorismo", isto é, uma proposta calcada na busca da produtividade e na implantação do modelo de gestão da empresa privada no setor público, outra busca a flexibilização da gestão pública, em que se observa a passagem da lógica do planejamento para a lógica da estratégia e nesta são levadas em conta as relações entre os atores envolvidos em cada política, de modo a montar cenários que permitam a flexibilidade necessária para eventuais alterações nos programas governamentais. A terceira utiliza-se de conceitos como accountability, transparência, participação política, equidade e justiça, em que é preciso que no Página 52 de 62

54 Aula 00 processo de aprendizado social na esfera pública se consiga criar uma nova cultura cívica, que congregue políticos, funcionários e cidadãos. Esta última corrente é conhecida como a) Balanced Scorecard BSC. b) Activity Based Management ABM. c) Consumerísmo. d) Gerencialísmo Puro. e) Public Service Orientation PSO. 15. (FCC AFM/Prefeitura de SP/2007) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, elaborado pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), implementado nos anos 90, teve, entre seus principais objetivos e diretrizes, a) propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para que o Governo possa aumentar sua governança, fortalecendo as funções de coordenação e regulação. b) aumentar a eficiência da gestão pública, privilegiando e fortalecendo os sistemas de controle a priori da atividade administrativa. c) a profissionalização dos setores estratégicos da Administração e a ampliação da participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. d) a reforma do Estado, mediante a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no cidadão, prescindindo, assim, de sistemas de controles a priori e a posteriori. e) o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, com a modernização das estruturas organizacionais, ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de controle de processos. 16. (FCC AFM/Prefeitura de SP/2007) O modelo de Administração Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber, caracteriza-se a) pela criação de uma estrutura própria e estável, imune à alternância dos governantes, submetida a rígidos controles de resultado e de qualidade, sendo comumente criticada pelo excesso de formalismo e falta de flexibilidade. b) pela consolidação do patrimonialismo, fazendo com que o Aparelho do Estado atue como extensão do poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo clientelismo, nepotismo e ausência de controles efetivos. Página 53 de 62

55 Aula 00 c) pelo fortalecimento do Aparelho do Estado, que passa a atuar de forma paralela e imune ao poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo inchaço dos quadros de servidores públicos e ausência de eficiência na correspondente atuação. d) pela ênfase na idéia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo, sendo comumente criticada pela rigidez do controle dos processos, de forma auto-referenciada e sem compromisso com os resultados para o cidadão. e) como reação à Administração Pública patrimonialista, buscando instituir mecanismos de controle da atuação dos governantes, com ênfase nos resultados, sendo comumente criticada pela ausência de controles eficazes dos processos. 17. (FCC AFM/Prefeitura de SP/2007) A partir da segunda metade do século XX, começa a verificar-se a erosão do modelo de Administração Púbica Burocrática, seja em função da expansão das funções econômicas e sociais do Estado, seja em face do desenvolvimento tecnológico e do fenômeno da globalização. Surge, então, o modelo da Administração Pública Gerencial, cujas características são: a) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles de processos e ênfase no cidadão. b) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão. c) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis inferiores e aumento dos intermediários, dando a estes mais poder decisório, com ênfase no controle dos processos internos. d) acentuação da verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, onde se concentra o poder decisório, ênfase nos controles interno e externo da atuação dos escalões inferiores. e) descentralização dos processos decisórios, horizontalização das estruturas organizacionais, substituição dos mecanismos de controle de processos por mecanismos de controle de resultados, com foco no cidadão. 18. (FCC AJ/TRT 23/2011) O modelo de administração gerencial no Brasil a) foi introduzido pelo Decreto-Lei nº 200/1967, visando profissionalizar a administração federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o Orçamento de Base Zero. b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais. Página 54 de 62

56 Aula 00 c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento da responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por resultados na administração federal. d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização das políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração federal. e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada exclusivamente para os processos. 19. (FCC TJ/TRT 23/2011) Por administração gerencial entende-se um modelo de gestão que a) privilegia a descentralização, a autonomia dos níveis gerenciais na aplicação da lei aos casos concretos e a desburocratização de toda a estrutura administrativa. b) enfatiza a aplicação rigorosa das leis contra corrupção e centralização dos processos de controle formal para garantir a eficiência do governo. c) procura alcançar resultados financeiros crescentes com base na privatização e nomeação por critérios políticos de indicação dos níveis gerenciais. d) incentiva a profissionalização do corpo operacional da administração descentralizada e a elevação horizontal dos níveis médios de remuneração dos gerentes. e) pressupõe a transferência das funções de planejamento e controle para os níveis operacionais, mas preserva o controle centralizado das funções finalísticas. 20. (FCC AJ/TRE-RN/2011) O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi a) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e regulação do Aparelho de Estado federal para os governos estaduais. b) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da ação governamental. c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. d) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no cidadão, reforçando os sistemas de controles burocráticos. Página 55 de 62

57 Aula 00 e) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os sistemas de controle de processos. 21. (FCC ATLE/AL-SP/2010) Com relação à administração pública burocrática considere. I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo. III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, administradores públicos, dirigem demandas. IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do funcionário; voltandose para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. V. A administração burocrática tem como principal qualidade a efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do Estado. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I, II, III e V. c) II, III e IV. d) II e V. e) III, IV e V. 22. (FCC AMP/MPE-SE/2009) NÃO se inclui entre as principais causas que levaram à Reforma do Aparelho do Estado, implementada no Brasil nos anos 90, a a) a incapacidade do governo de gerar poupança interna e com isso realizar os investimentos públicos demandados pela sociedade. b) crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo esgotamento da poupança pública. c) intenção de ampliar a intervenção direta do Estado no domínio econômico, dada a crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos. d) necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como consequência do cumprimento de obrigações com organismos internacionais. Página 56 de 62

58 Aula 00 e) a crise do modelo burocrático de administração, permeado por práticas patrimonialistas e clientelistas. 23. (FCC AMP/MPE-SE/2009) O modelo de Administração Pública Gerencial tem como principais características a) descentralização dos processos decisórios, horizontalização das estruturas organizacionais e supressão dos mecanismos de controle de processos. b) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão-cliente. c) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles formais de processos e ênfase no cidadão-cliente. d) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis superiores e aumento dos inferiores, que passam a ser dotados de total autonomia decisória. e) acentuação da verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, onde se concentra todo o poder decisório. 24. (FCC AMP/MPE-SE/2009) NÃO constitui característica do modelo de Administração Pública Burocrática, que tem entre seus principais expoentes Max Weber, a) utilização de critérios eminentemente políticos para contratação e promoção de funcionários, em detrimento da avaliação por mérito. b) ênfase na ideia de carreira e profissionalização do corpo funcional público. c) estrutura hierárquica fortemente verticalizada, impessoalidade e formalismo. d) rigidez do controle dos processos, com predominância do controle da legalidade como critério de avaliação da ação administrativa (due process). e) rotinas e procedimentos segundo regras definidas a priori, em detrimento da avaliação por resultados. 25. (FCC - AJ/TRE SP/2012) A administração pública pós-burocrática está apoiada, em parte, na administração pública burocrática, da qual conserva, embora flexibilizado, o princípio fundamental a) da admissão segundo critérios de mérito. b) da descentralização dos processos de decisão. c) do estímulo financeiro ao exercício da criatividade. d) da redução das estruturas hierárquicas. e) da delegação de autonomia aos servidores. Página 57 de 62

59 Aula (FCC AFR/SEFAZ/2013) Considere a tabela que segue: Modelos da Gestão Pública Características dos Modelos I. Burocrático 1. Representa o tipo ideal da dominação racional-legal weberiana. II. Patrimonialista 2. Abre espaço para a atuação de novas figuras institucionais, como as Parcerias Público-Privadas e Organizações da Sociedade Civil. III. Gerencial 3. Típico das monarquias absolutistas. Na primeira coluna estão relacionados os três tipos consagrados de modelos para a administração do Estado; a segunda coluna apresenta três características referentes aos modelos. A alternativa que apresenta a associação correta é: a) I-3, II-2, III-1. b) I-3, II-1, III-2. c) I-2, II-1, III-3. d) I-1, II-2, III-3. e) I-1, II-3, III (CESPE Técnico/TJ/2012) O modelo de administração pública no Brasil que se baseia nos princípios da formalidade, da impessoalidade e do profissionalismo, é conhecido como modelo a) democrático. b) patrimonialista. c) gerencial. d) burocrático. e) neoliberal 28. (CESPE Técnico/TJ/2012) A respeito das reformas administrativas e da nova gestão pública, assinale a opção correta. a) A nova gestão pública reúne características positivas dos modelos patrimonial e gerencial de administração pública. b) A última reforma administrativa que se têm notícia no Brasil foi aquela baseada nos princípios burocráticos estabelecidos pelo presidente Vargas. c) A administração pública gerencial é multifuncional, define indicadores, mede e analisa resultados, foca no cidadão e procura flexibilizar as relações de trabalho. Página 58 de 62

60 Aula 00 d) O modelo de administração pública burocrático é orientado para resultado, concentra-se no processo, controla procedimentos e possui alta especialização. e) A reforma administrativa resultante da independência do Brasil apresentou o patrimonialismo como modelo de administração pública, que, apesar de superado, ainda revela grande importância no governo do país. 29. (CESPE Técnico/TJ/2012) Assinale a opção que corresponde ao modelo de administração pública cujo clientelismo é característica predominante. a) neoliberal b) patrimonial c) ditatorial d) democrático e) gerencial 30. (CESPE Professor/Sociologia/SEDUC/CE/2013) De acordo com a teoria de Weber, assinale a opção correta no que se refere ao tipos puros de dominação legítima. a) A dominação tradicional baseia-se nas qualidades pessoais do líder. b) A dominação patrimonialista é aquela na qual o poder de mando e as oportunidades econômicas são apropriados pelo quadro administrativo. c) A forma pura da dominação burocrática ocorre quando os funcionários são eleitos. d) A dominação carismática é uma forma racional de exercício da dominação. e) A dominação burocrática racional baseia-se na competência e no conhecimento profissional dos funcionários. (CESPE Administrador/UNIPAMPA/2013) Considerando as principais abordagens da administração e a evolução da administração pública no Brasil, julgue os itens a seguir. 31. No modelo de administração pública patrimonialista, os servidores públicos possuem status de nobreza real, e os cargos funcionam como recompensas, o que contribui para a prática de nepotismo. 32. A administração pública gerencial foi implantada no Brasil, na metade do século XX, em substituição ao modelo burocrático, incompatível com o avanço do capitalismo. (CESPE - AJ/CNJ/2013) Acerca dos aspectos estruturais e organizacionais da administração pública, julgue o item a seguir. Página 59 de 62

61 Aula Um dos exemplos de motivadores das transformações dos modelos organizacionais e de gestão pública foi a crise da eficiência do Estado brasileiro, nas décadas de 70, 80 e 90 do século XX. (CESPE AJ/TRT 10/2013) Tendo em vista que a administração pública é uma matéria essencial para a efetivação das políticas públicas e para a gestão governamental, julgue o item a seguir. 34. A moderna gestão pública trata essencialmente da eficiência e da eficácia do sistema de administração governamental. 35. A perspectiva da nova gestão pública ressalta que o interesse público é uma representação da agregação de interesses individuais. 36. O modelo de administração burocrática adotado no Brasil separou serviços de controle e passou a definir, medir e analisar resultados. (CESPE Técnico/MPU/2013) Julgue o item a seguir, relativo a administração. 37. Segundo a concepção burocrática de administração pública, o modo mais seguro de evitar o nepotismo e a corrupção no serviço público é por meio do controle rígido dos processos e procedimentos. (CESPE ATA/MIN/2013) Considerando o desenvolvimento da administração pública do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático, julgue os itens subsequentes. 38. Contrapondo-se à ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional, o paradigma gerencial fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão exige formas flexíveis de gestão. 39. Quanto à profissionalização, o modelo racional-legal se opõe ao nepotismo que caracterizava o modelo patrimonialista. 40. A proposta de reforma gerencial contempla a correção das distorções e ineficiências associadas à existência de unidades descentralizadas com muita autonomia. 41. Na perspectiva da reforma gerencial, o Estado amplia seu papel de prestador direto de serviços, abstendo-se, porém, do papel de regulador de serviços sociais como educação e saúde. (CESPE AUFC/AGO/TCU/2013) Acerca da administração pública do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático, julgue os itens seguintes. 42. A administração pública burocrática foi adotada em substituição à administração patrimonialista, segundo a qual não havia separação entre a res publica e a res privada. Página 60 de 62

62 Aula 00 (CESPE Técnico Judiciário/TRE-RJ/2012) Julgue os itens seguintes, a respeito da administração pública e das convergências entre a gestão pública e a gestão privada. 43. O modelo racional-legal tem como característica limitar o número de regras e normas de modo a deixar a organização desenvolver suas atividades de forma mais racional e otimizada. (CESPE Analista Judiciário/Ciências Sociais/CNJ/2013) Acerca dos métodos para a construção do conhecimento sociológico e de seus principais autores, julgue os itens a seguir. 44. A burocracia, para Weber, caracteriza-se, fundamentalmente, por: racionalidade, impessoalidade nas relações, divisão do trabalho, ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidade bem delimitadas e mecanização ou rotinização A 2. C 3. A 4. D 5. D 4. GABARITO 6. A 7. B 8. A 9. C 10. B 11. C 12. E 13. C 14. E 15. A 16. D 17. B 18. C 19. A 20. B 21. A 22. C 23. B 24. A 25. A 26. E 27. D 28. C 29. B 30. E 31. C 32. E 33. C 34. E 35. C 36. E 37. C 38. C 39. C 40. C 41. E 42. C 43. E 44. C REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília: Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado, BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Do Estado patrimonial ao gerencial. São Paulo: Cia das Letras, BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; SPINK, Peter Kevin. Reforma do Estado e administração pública gerencial. Rio de Janeiro: Editora FGV, MARTINS, Humberto Falcão. Burocracia e a revolução gerencial a persistência da dicotomia entre política e administração. Brasília: Revista do Serviço Público, 1997 (Ano 48, nº 1, p ). MATIAS-PEREIRA, José. Reforma do Estado, Transparência e Democracia no Brasil. Málaga: Revista académica de economía, MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Fundamentos de Administração. São Paulo: Atlas, MAXIMINIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à Administração. Atlas, MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administação: da Escola Científica à Competitividade em Economia Globalizada. São Paulo: Atlas, Página 61 de 62

63 Aula 00 NASCIMENTO, Edson R. Gestão Pública. Saraiva: S. Paulo, PALUDO, Augustinho. Administração Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, Página 62 de 62

64

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