Desafios da Educação no Brasil, Colaboração e Financiamento. Claudia Costin Diretora do CEIPE-FGV
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1 Desafios da Educação no Brasil, Colaboração e Financiamento Claudia Costin Diretora do CEIPE-FGV
2 NOVOS OBJETIVOS GLOBAIS PARA 2030 ODS 4 PARA A EDUCAÇÃO Assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
3 ALGUMAS METAS ESPECÍFICAS Até 2030, assegurar que todas as meninas e meninos completem Educação Primária e Secundária livre, de qualidade e equitativa, que conduza a resultados de aprendizagem relevantes e efetivos.
4 ALGUMAS METAS ESPECÍFICAS Até 2030, assegurar que todas as meninas e meninos tenham acesso a Programas de Primeira Infância de qualidade, incluindo Educação pré-escolar, para que estejam prontos para o Ensino Primário.
5 Share in total employment (%) Share in total employment (%) Composição do Emprego ( ) 60 OECD countries 60 Developing countries Non-routine cognitive or inter-personal Non-routine cognitive or inter-personal Routine cognitive or manual Routine cognitive or manual Non-routine manual Non-routine manual Source: WDR 2016 team, based on ILO KILM data. Skills classification follows Autor (2014).
6 Desafios que o futuro traz para o Brasil Crescimento da desigualdade social. Automação e robotização, extinção de postos de trabalho. Bônus demográfico se extingue em estimados 13 anos. Produtividade do trabalho estagnada. Cidadania frágil e populismos.
7 Mas há problemas do mundo presente ainda não resolvidos Crianças e jovens estão na escola, mas não aprendem. Jovens que abandonaram a escola sem aptidões necessárias para a cidadania plena, empregabilidade ou empreendedorismo. Professores formados num curso focado nos pilares da Educação, não na preparação para a profissão.
8 Como enfrentar estes desafios e implementar o ODS-4? Conscientizar a sociedade sobre a gravidade e urgência dos problemas. Avançar na construção da Base Nacional Comum Curricular e em sua tradução em currículos subnacionais. Tornar a formação de professores mais vinculada com a prática professional e mudar o perfil dos mestres. Avaliar a aprendizagem dos alunos e usar os dados para aperfeiçoar a educação oferecida. Criar uma cultura de altas expectativas em relação a todos. Aprimorar o modelo de governança da Educação. Envolver os pais na Educação dos filhos.
9 Evolução da colaboração no Brasil Descentralização de serviços públicos na década de 90 demorou a ser acompanhada de mecanismos de coordenação. Exceção: Saúde. Na Educação, o FUNDEF e depois o FUNDEB, teve importante papel no financiamento (valor mínimo e equalização) para cumprir a meta de assegurar todas as crianças na escola, mas não incluiu mecanismos claros de coordenação.. O SAEB complementado pela Prova Brasil funcionou como mecanismo indutor de qualidade e substituiu, de forma equivocada, currículos. Sobreposição de competências entre unidades da Federação não levou a maior cooperação.
10 Evolução da colaboração no Brasil Conceito vago nas normas brasileiras, papel de coordenação atribuído à União, importante dada a fragilidade do corpo técnico de muitas secretarias e de insuficiência de recursos. Lei do Piso do Magistério e PAR foram mecanismos mais claros para dar uniformidade à política educacional e de colaboração vertical com repasse de recursos. O PDDE também significou um avanço, mas trouxe dificuldades de articulação com estados e municípios. Outros programas federais associados a transferência de recursos (como Proinfância) trouxeram, inicialmente, rigidez de formato.
11 Evolução da colaboração no Brasil e o financiamento 60% dos recursos investidos na educação básica pública um montante de R$ 141,4 bilhões são distribuídos por meio do FUNDEB Fundeb é uma política redistributiva reconhecida internacionalmente que permitiu grande redução da desigualdade de investimento na Educação Básica entre os entes federados Contribuiu também para o salto da última década em cobertura da Educação Infantil. Temos que aperfeiçoar o FUNDEB e torná-lo ainda mais equitativo e sem prazo para terminar.
12 Educação de qualidade é cara, mas não se atingem o ODS-4 e suas metas, sem investir, entre outras coisas, em: Bons currículos e materiais curriculares para apoiar o trabalho do professor; Aumento da carga horária dos alunos; Atratividade da carreira, com melhoria dos salários dos professores e com cumprimento do 1/3 de atividade extra-classe em trabalho colaborativo na escola; Profissionalização do professor com investimentos em formação continuada e contratos de 40 horas; Infraestrutura adequada das escolas e boa gestão dos recursos; Sistemas de reforço escolar competentes; Avaliações formativas e somativas com devolutivas para os professores; Um Programa de Primeira Infância integrado, envolvendo educação, saúde e assistência social.
13 Mas nenhum ente federado precisa fazer isso sozinho! Regime de colaboração bem construído, com elaboração de currículos municipais e materiais curriculares de apoio liderada pelos estados. Organização de programas estaduais para resolver desafios comuns de aprendizagem e de logística educacional. Integração entre municípios menores na forma de consórcios, para gestão educacional e formação de professores. Coordenação nacional do esforço de transformação educacional do País pelo MEC, em diálogo com as redes e repasse de recursos para programas nacionais.
14 Obrigada!
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