DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

Transcrição

1 DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1. TÍTULO DO PROGRAMA As Letrinhas Mágicas. 2. EPISÓDIO(S) TRABALHADO(S) Ideias Lunáticas. 3. SINOPSE DO(S) EPISÓDIO(S) ESPECÍFICO(S) O episódio Ideias Lunáticas faz parte da série de animação As letrinhas mágicas, que visa introduzir o alfabeto para crianças pequenas explorando as aventuras das cinco vogais que em cada episódio conhecem uma consoante. Esse vídeo apresenta, de forma ilustrativa, noções básicas da língua escrita, iniciando pelas vogais e pela consoante V. Nesse episódio o Senhor Borracha tem uma ideia enquanto observa o céu por meio de um telescópio: mandar as letras para a Lua. Ele captura as vogais enquanto passeiam e as prende em um foguete que vai em direção à lua. No entanto, ele não percebe que seu pé ficou preso à corda do foguete levando-o junto com as vogais e seu ajudante. Na Lua, o Senhor Borracha joga as vogais em uma cratera, mas elas são salvas pela letra V. 4. PALAVRAS-CHAVE Letras, vogais, consoantes, língua escrita, alfabeto. 5. ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO O episódio Ideias Lunáticas é um recurso audiovisual que apresenta noções básicas das vogais e das consoantes às crianças pequenas. O vídeo pode ser um recurso de animação que estimula a aprendizagem das letras e a imaginação,

2 propiciando a ampliação da língua escrita e leitura. 6. TÍTULO DO PROJETO/ATIVIDADE As letras no corpo. 7. EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESTE TRABALHO? Episódio indicado para crianças de quatro a cinco anos. 8. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS Cooperação. Língua escrita. Capacidade expressiva do movimento. Consciência corporal. 9. O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE Desenvolver o trabalho coletivo. Valorizar a cooperação. Desenvolver a língua escrita. Desenvolver a imaginação. Desenvolver a consciência corporal. Desenvolver atitude a capacidade motora. Ampliar as possibilidades expressivas do movimento. 10. MATERIAL NECESSÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE Vídeo. TV. Papel (ofício, outros...).

3 Caneta hidrocor grossa ou fina. Cola. O próprio corpo. Palitos de fósforo ou picolé. 11. Duração da atividade Tempo estimado para toda a atividade: 2 dias. Etapa 1: 45 minutos. Etapa 2: 30 minutos. 12. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE Etapa 1 Assistir ao filme. Conversar sobre o que trata a história, estimulando as crianças a participarem oralmente. Em seguida, reunir as crianças em roda para propor uma atividade: As letras no corpo. O professor inicia perguntando ao grupo onde podemos encontrar as letras em nosso corpo. Depois de ouvir as crianças, avisa que irá sugerir uma forma possível de imitar as letras do alfabeto com o nosso corpo. Perguntar para o grupo se considera a situação possível e de que forma poder-se-ia posicionar o corpo de forma que se pareça com alguma letra. Devem-se usar como referências as letras em caixa alta e o conhecimento da grafia das letras já conhecidas pelas crianças (por exemplo, as letras de seu nome, do nome dos amigos, de familiares, etc.). O professor deve chamar a atenção para as diferentes formas gráficas das letras. Essa atividade poderá ser desenvolvida em sala ou em um espaço físico mais amplo possibilitando maior expressão corporal. O professor de educação física pode ser convidado a auxiliar no desenvolvimento desta atividade em conjunto com o professor do grupo. O professor sugere diferentes formas e posições com as mãos, com os dedos, com os braços e vai nomeando as letras em voz alta. Deve também

4 chamar a atenção para as partes do corpo que façam lembrar algumas letras (os olhos lembram que letra? E assim por diante). Após explorar essa atividade, deverá ser proposto às crianças que montem as letras do alfabeto, que foram sendo evidenciadas, utilizando colagem de palitos de fósforos usados, palitos de picolé (ou outro material disponível na escola). Disponibilizar também canetas hidrocor e/ou lápis para que as crianças que desejarem possam escrever/desenhar as letras aprendidas. Essa atividade poderá ser desenvolvida em dupla, intensificando a cooperação entre as crianças e a socialização de conhecimentos entre elas. Neste momento, o professor pode escolher as duplas de crianças que irão trabalhar juntas com o objetivo de promover a interação e estreitar vínculos entre aquelas que quase não interagem entre si. Etapa 2 No dia seguinte, o professor propõe ao grupo que apresentem para os colegas os trabalhos que cada dupla fez no dia anterior. As crianças apresentam suas atividades, mostrando as letras que construíram na colagem com palitos. O professor pode chamar atenção para os seguintes aspectos: quais as letras que conseguiram fazer com o material disponibilizado? Quais aquelas que não conseguiram fazer? Como fizeram para resolver as dificuldades encontradas para montar determinada letra, por exemplo, como construir a letra U com os palitos? As crianças buscaram outro tipo de recurso na sala? O professor poderá ainda fazer algumas brincadeiras com as letras apresentadas, por exemplo, cada um dirá uma palavra que comece com determinada letra sem que as palavras se repitam.

5 13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE A avaliação deve considerar a faixa etária das crianças e o desenvolvimento individual de cada criança. É importante também que o professor avalie se as estratégias planejadas e os encaminhamentos feitos por ele foram adequados. Por meio desta atividade o professor poderá avaliar se a criança: apresenta concentração ao assistir ao filme; compreende a história; interage de forma cooperativa na atividade e nas relações com seus colegas; compreende a atividade proposta; é criativo ao reproduzir/imitar as formas das letras do alfabeto; apresenta conhecimento das letras; reconhece algumas letras do nosso alfabeto; diferencia as vogais e consoantes; demonstra autonomia para desenvolver a atividade proposta. 14. DISCUSSÕES TEÓRICAS Conforme MARTINS (2007), a promoção do desenvolvimento da linguagem é uma das mais importantes tarefas da educação de crianças pequenas. A criança ao assimilar signos verbais (palavras) elabora, sobretudo, as significações socialmente construídas que estes signos representam. Desta forma, a apropriação da linguagem é um marco importante no processo de exploração e construção do conhecimento sobre si e sobre o mundo. A criança se depara desde seus primeiros meses de vida com a linguagem como meio de existência, transmissão e assimilação da experiência histórico social dos homens; como meio de comunicação e, ainda, como ferramenta do pensamento. MARTINS (2007) enfatiza que não se deve esquecer essas funções ao se propor atividades pedagógicas que visem o desenvolvimento da linguagem. STEMMER (2007) nos auxilia a compreender a polêmica questão da alfabetização na educação infantil ao promover o debate sobre o processo de escolarização da criança pequena, buscando respostas teóricas-práticas para questões frequentes como: alfabetiza-se ou não na educação infantil? Como trabalhar com a língua escrita na educação infantil? Como lidar com as expectativas das próprias crianças e dos pais

6 em relação à escrita? Ainda neste artigo, STEMMER (2007) considera importante o professor de educação infantil ter conhecimento sobre a pré-história da língua escrita para, assim, compreender, mais amplamente, o processo de apropriação desta linguagem pela criança. 15. SUGESTÕES DE LEITURAS MARTINS, L. M. Especificidades do desenvolvimento afetivo-cognitivo de crianças de 4 a 6 anos. IN: ARCE, A.; MARTINS, L. M. (orgs.) Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, STEMMER, M. R. G. S. A educação infantil e a alfabetização. IN: ARCE, A. MARTINS, L. M. (orgs.) Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. 3v. Brasília: MEC/SEF, Volume 2: Formação Pessoal e Social. BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. 3v. Brasília: MEC/SEF, Volume 3: Conhecimento de mundo. MARTINS, L. M. Especificidades do desenvolvimento afetivo-cognitivo de crianças de 4 a 6 anos. IN: ARCE, A.; MARTINS, L. M. (orgs.) Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, 2007.

7 STEMMER, M. R. G. S. A educação infantil e a alfabetização. IN: ARCE, A. MARTINS, L. M. (orgs.) Quem tem medo de ensinar na educação infantil? Em defesa do ato de ensinar. Campinas, SP: Alínea, CONSULTOR Graziela Maria Beretta López