DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

Transcrição

1 DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1. TÍTULO DO PROGRAMA Balinha e Dentinho. 2. EPISÓDIO TRABALHADO Soltando Pipa. 3. SINOPSE DO EPISÓDIO ESPECÍFICO No episódio Soltando Pipa, Balinha e Dentinho vão brincar de soltar pipa, mas ela fica presa a uma árvore. Após algumas tentativas sem êxito, eles procuram o pai de Balinha que, utilizando uma escada, ajuda-os a retirar a pipa do alto de um galho. Depois do resgate da pipa, eles vão comer bolo para comemorar. 4. PALAVRAS-CHAVE Balinha, Dentinho, pipa, bolo. 5. ASPECTOS RELEVANTES DO VÍDEO O vídeo destaca a brincadeira com pipa, a necessidade de brincar na rua, de ter vento para que a pipa possa subir. Também, destaca a importância de chamar um adulto para ajudar em situações em que as crianças não conseguem resolver problemas. 6. TÍTULO DO PROJETO/ATIVIDADE Confecção de pipas.

2 7. EM QUAL FASE OU IDADE SERIA MELHOR APLICAR ESTE TRABALHO? Crianças com idade entre 5 e 6 anos. 8. PRINCIPAIS CONCEITOS QUE SERÃO TRABALHADOS Linguagem oral e imaginação. Medidas. Recorte e colagem. 9. O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER OU DESENVOLVER COM ESTA ATIVIDADE Desenvolver a atividade motora ampla e fina. Medir utilizando uma régua. Aprender a recortar e colar com cuidado e atenção. 10. MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE Aparelho de TV, aparelho de DVD, mídia com o episódio que será trabalhado ou acesso à internet. Folhas de papel de seda. Tesouras. Cola. Pedaços de taquara de bambu. Linha ou barbante. 11. DURAÇÃO DA ATIVIDADE O tempo total de duração da atividade será de 2h, dividido em três etapas. 1.ª etapa: 30min para assistir ao vídeo, conversar sobre o que viram e brincar de voar no tapete mágico.

3 2.ª etapa: 60min para confeccionar as pipas. 3.ª etapa: 30min para brincar de soltar pipa. 12. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 1.ª etapa Assistir ao filme e conversar sobre o que aconteceu na história. Uma possibilidade além da pipa que será confeccionada é brincar de tapete mágico com o grupo. O professor pode pedir que as crianças sentem sobre um tapete ou um pedaço grande de papelão e convida-as para uma viagem imaginária. Todas de olhos fechados imaginam um lugar aonde o tapete irá levá-las. O professor pode explorar várias possibilidades de viagens a diferentes lugares. 2.ª etapa Organizar as crianças em pequenos grupos para que trabalhem em conjunto na confecção das pipas. Não há necessidade de que cada criança confeccione uma pipa. O mais importante é que todas tenham a oportunidade de colaborar na confecção e possam brincar com as pipas durante algum tempo. O professor deve acompanhar cada grupo ajudando as crianças a usar a régua para medir o tamanho da pipa. Inserir o conceito de medida de uma maneira concreta é importante para a faixa etária entre 5 e 6 anos.

4 Confeccionando a pipa Dobre a folha de papel de seda como mostra o desenho, pode ser folha inteira ou metade. Corte a folha com uma tesoura ou linha na parte que você dobrou. Cole as duas partes nesse formato. figura. Meça, corte e cole uma vareta de bambu na vertical, como mostra a Meça, corte e cole uma vareta de bambu agora na horizontal, como mostra a figura. Deixe secar bem e envergue com linha a vareta que está na horizontal. Vire a pipa de lado. Faça o cabresto da pipa com linha. Use como medida uma das laterais. Vire novamente de lado. A pipa está pronta para voar. Se preferir, faça enfeites, mas sempre

5 respeite a proporcionalidade de sua pipa, tudo o que você colocar de um lado deve ser posto do outro. 3.ª etapa Essa etapa deverá ser feita no dia seguinte, pois as pipas precisam estar secas para que as crianças possam brincar de empiná-las. O professor deve aproveitar para trabalhar com o grupo os cuidados necessários para brincar com pipas, como ficar longe de postes com fiação elétrica e de lugares com movimentação de pessoas ou carros. Sugere-se que três ou quatro pipas sejam suficientes para que as crianças brinquem e o professor tenha a oportunidade de trabalhar com cada grupo. 13. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE A avaliação será realizada no decorrer da atividade com base nas respostas e participação das crianças, bem como na sua criatividade em expressar-se e ser entendido sem a linguagem oral. O professor deve estar atento às elaborações matemáticas que as crianças fazem percebendo se elas compreendem conceitos relacionados a centímetros, metade, etc. O registro é importante para que o professor possa consultar seus apontamentos quando for fazer o parecer descritivo de cada criança. 14. DISCUSSÕES TEÓRICAS Conforme Luria (2001), as crianças em idade pré-escolar são capazes de fazer, em situações concretas cotidianas, operações simples, como divisão adição e subtração, mesmo ainda não tendo desenvolvido totalmente habilidades e conceitos abstratos. Em seus estudos, a autora aponta que a

6 criança se utiliza de vários subterfúgios para conseguir resolver seus problemas relacionados a cálculos. Para execução de um cálculo, ela agrupa, ordena, junta objetos, manipula de várias formas, repete as ações sucessivamente até conseguir o que deseja. Por isso, oferecer atividades em que ela tenha que executar, experimentar e pensar sobre medidas, tamanhos, etc. irá facilitar o desenvolvimento do raciocínio lógico. Ao propor a situação da confecção de uma pipa precisamos conversar sobre os elementos que compõem a sua confecção: varetas de vários tamanhos, para ser colocadas em locais com medidas corretas; papel recortado no tamanho certo, auxiliando o voo da pipa; rabiola, uma linha com várias tirinhas de plástico amarradas nela, formando um rabo para a pipa com tamanho que equilibre a pipa no ar e com tirantes centralizados. Além disso, o momento de preparação da pipa exige que a criança desenvolva sua motricidade fina ao exercitar sua habilidade com recorte, colagem, com o ato de dar nó, amarrar, etc. O professor deve mostrar como se faz e criar oportunidades para que a criança o faça. Nesses momentos, às vezes se faz necessários organizar a turma para que trabalhem individualmente, assim o professor poderá dar atenção individualizada às crianças. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, p. 213, coloca que o contato das crianças com várias experiências vão construindo as noções matemáticas. Contudo a continuidade das aprendizagens matemáticas não dispensa a intencionalidade e o planejamento por parte do professor. 15. SUGESTÕES DE LEITURA ARCE, A.; DUARTE, N. Brincadeira de papéis sociais na Educação Infantil: as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã, 2006.

7 FACCI, M.G.D. Os estágios do desenvolvimento psicológico segundo a psicologia sócio-histórica. In: ARCE, A.; DUARTE, N. Brincadeira de papéis sociais na Educação Infantil: as contribuições de Vigotski, Leontiev e Elkonin. São Paulo: Xamã, p LURIA, A. R. A Psicologia experimental e o desenvolvimento infantil. In: VIGOTSKI, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 2001 MARTINS, M. L. Especificidades do desenvolvimento afetivo-cognitivo de crianças de 4 a 6 anos. In: ARCE, A.; MARTINS L. M. (Orgs). Quem tem medo de ensinar na Educação Infantil? Em defesa do ato de ensinar. São Paulo: Alínea, p REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Formação Pessoal e Social. v. 2 Brasília: MEC/SEF, BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Conhecimento de mundo. v. 3. Brasília: MEC/SEF, CONSULTORIA Sônia Maria Jordão de Castro