CASO URSO BRANCO II (massacre de 2004)
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- Ian Peixoto de Sousa
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1 Guia de Cobertura para Jornalistas Relembrando o caso CASO URSO BRANCO II (massacre de 2004) O julgamento é por conta do assassinato de 12 presos da Casa de Detenção José Mário Alves, em abril de 2004, na capital de Rondônia. Durante uma rebelião, houve diversos crimes, que perduraram por mais quatro dias, produzindo cenas de barbárie que ganharam o mundo, com corpos sendo jogados da caixa d água da unidade. Em abril de 2009 o Judiciário recebeu a denúncia do Ministério Público, para então dar início ao processo de instrução criminal da acusação, com análise das provas, depoimento dos acusados, sobreviventes e testemunhas. Após esse exaustivo trabalho, o juiz Ênio Salvador Vaz, titular da 1ª Vara do Juri, agendou para a terceira semana de agosto o julgamento de 9 acusados pelas mortes. Todos os réus eram detentos do Urso Branco na época dos fatos. Já os que eram acusados pelos crimes de tentativa de homicídio (3 vítimas) foram impronunciados (processo arquivado), por falta de prova no processo. Juri popular O júri popular será realizado entre 19 e 23 de agosto (datas do início das sessões). Por causa do volume do processo e do número de réus e vítimas foi feita uma escala de julgamentos. Alguns dos réus cumprem pena por outros crimes em diversas unidades prisionais estaduais e em outros estados. Vão a júri popular acusados de crimes contra a vida, que são decididos por um conselho de sentença formado por sete pessoas escolhidas em meio a sociedade. Os jurados ouvem as testemunhas, a acusação, e a defesa. Eles podem fazer perguntas ou até pedir para rever as provas. Do início ao fim do processo, os membros do júri permanecem incomunicáveis e só estarão liberados após o veredicto do juiz e o fim do julgamento. Julgamento de 2010 Em maio de 2010, a Justiça de Rondônia julgou outros acusados por um massacre ocorrido em janeiro de Por conta da condução do processo e de medidas saneadoras nos presídios, por meio da Vara de Execuções Penais, em decisão inédita, as medidas cautelares contra o Brasil no caso Urso Branco, foram suspensas durante sessão extraordinária da Corte Interamericana de Direitos Humanos, realizada nesta quinta-feira, dia 25/8/11, em Bogotá, Colômbia. Em 2010, foram condenados 16 acusados e absolvidos três (dos réus detentos). No julgamento dos ex-diretores, após absolvição de todos e
2 anulação do júri pelo Tribunal de Justiça, houve nova absolvição, que arquivou o processo. Transmissão ao vivo pela internet O julgamento do caso da chacina de 27 presos na casa de detenção José Mário Alves, mais conhecida como Urso Branco, em Rondônia, ocorrido no mês de maio de 2010, na capital Porto Velho, teve transmissão ao vivo pela internet, com qualidade e ampla abrangência em veículos como TVs, sites, rádios e redes sociais. Ao longo de mais de dez dias de júri, todas as sessões foram transmitidas on line pelo site do Tribunal de Justiça de Rondônia, sinal que foi utilizado por vários veículos de internet, televisão e rádio, além das mídias sociais. A transmissão também foi feita em fevereiro de 2011, quando os diretores do presídio, na época da chacina, também foram a julgamento, e, em 23 de agosto de 2011, quando foram julgados os recursos em 2º grau de jurisdição, no plenário do TJRO. Posteriormente o trabalho foi reconhecido com o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, promovido pelo Fórum Brasileiro de Assessores que compõem o Judiciário Brasileiro, na categoria relacionamento com a mídia. A transmissão do Júri Urso Branco não foi o primeiro realizado pela Justiça de Rondônia. Em agosto de 2000, o julgamento do caso conhecido como "Massacre de Corumbiara", no qual 11 pessoas foram mortas durante conflito entre polícia e sem terra na fazenda Santa Elina também foi transmitido pela rede mundial de computadores. Nas transmissões feitas em 2010 e 2011 do caso Urso Branco, três câmeras profissionais (broadcast) captavam as imagens, que eram direcionadas para uma mesa de corte instalada ao lado do plenário do Júri. De lá, sem edição, iam ao ar, como numa transmissão televisiva convencional. Pela página na internet, um link levava à tela de transmissão em áudio e vídeo. Dois cuidados destacam-se: não se expunham os jurados nem os réus, que permaneciam na sala, mas eram poupados pelo posicionamento das câmeras de exposições desnecessárias. A MESMA ESTRUTURA SERÁ USADA NA TRANSMISSÃO EM 2013, NO JÚRI DA REBELIÃO DE Página especial A transparência com que é conduzido o processo está retratada na página especial na internet criada para a cobertura do júri Urso Branco. Além das notícias, atualizadas de acordo com o andamento das sessões, nesse sítio virtual é possível ter acesso às peças processuais, como a Denúncia, Defesa Prévia, Alegações Finais, Decisão de Pronúncia, Recursos apresentados e, no
3 decorrer dos julgamentos, as sentenças prolatadas pelo juiz Ênio Salvador Vaz. Devido à importância internacional do caso, os textos que narram o desenrolar dos julgamentos são traduzidas de forma simultânea em três línguas, aumentando a abrangência das informações divulgadas para públicos de língua espanhola e inglesa, em especial, da Corte Interamericana de Direitos Humanos, sediada em São José da Costa Rica. - Quem será julgado agora? GRUPO I Dia 19 de agosto de 2013, as 8h30 1.José Raimundo de Jesus dos Santos, preso em Ariquemes/RO; 2.Marcio Viana da Silva, preso em Rolim de Moura/RO; 3.Raimundo Batista Valente, Preso na Colônia Penal, em Porto Velho/RO GRUPO II Dia 21 de agosto de 2013, as 8h30 1.Paulo Ricardo Pereira, réu que foi intimado e será julgado à revelia.; 2.Jorge Quirino Barbosa, preso no Urso Banco, em Porto Velho/RO; 3.Rubson da Silva Furtado, solto. GRUPO III Dia 23 de agosto de 2013, as 8h30 1.Genival Batista de Oliveira, preso em Campo Grande/MS; 2.Francisco Xavier Pinheiro, preso em Campo Grande/MS; 3.Jair Rocha de Matos Sousa, preso em Recife/PE. A importância da imprensa É por meio da imprensa que a sociedade toma conhecimento, de maneira rápida e massiva, dos acontecimentos relevantes do cotidiano. Na cobertura de um caso como esse, a participação da imprensa é a garantia ainda maior de que há transparência e acesso às informações de interesse público. O trabalho dos jornalistas será permitido, apoiado e subsidiado pela Assessoria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça de Rondônia. A exemplo dos júris realizados em 2010, foram impostas regras, restrições e ressalvas com o único objetivo de preservar a segurança de todos os envolvidos no julgamento, inclusive dos próprios profissionais da imprensa. Será permitido: Produção irrestrita de matérias jornalísticas sobre o caso. A gravação de passagens no interior do Fórum Criminal (exceto na sala de julgamento durante as sessões); A gravação de entrevistas com os promotores e defensores públicos, a depender da disponibilidade dos mesmo para tal. O acompanhamento da sessão de julgamento, desde que sem a utilização de máquinas fotográficas, gravadores e telefones celulares, sob pena de se determinada a retirada da pessoa, jornalista ou não, que fizer
4 uso desses equipamentos dentro da sala de julgamentos. Permanência na Sala de Imprensa, que ficará ao lado do Júri, com disponibilidade de computador, internet e água para os profissionais. NÃO será permitido: A permanência na Sala de Imprensa do Fórum sem a devida identificação funcional, que será feita mediante credenciamento junto à Assessoria de Imprensa do Poder Judiciário. Sob qualquer hipótese ou alegação, fotografar ou filmar o interior da sala de julgamento. Será suprida a necessidade de imagens, sejam fotografias ou audiovisuais, pela equipe da Assessoria de Imprensa. A utilização, por jornalista ou qualquer outra pessoa, de aparelho celular no interior da sala de julgamentos. É bom saber! O Juiz responsável pelo 1ª Vara do Tribunal do Juri de Porto Velho, Ênio Salvador Vaz não dará entrevistas sobre o processo, posição adotada para resguardá-lo à tarefa de presidir o julgamento, sem outras preocupações alheias aos autos e ao que acontece dentro da sala de julgamentos. O Tribunal de Justiça de Rondônia designou o Juiz Sérgio William Domingues Teixeira, auxiliar da Corregedoria-Geral, para falar, em nome do Poder Judiciário, sobre o caso. O que acontecerá de forma organizada pela Assessoria de Imprensa, mediante agendamento prévio e disponibilidade do magistrado. Toda divulgação de imagens do interior da sala de julgamentos (fotografias e audiovisual) serão feitas exclusivamente pela assessoria de imprensa do Poder Judiciário. Será responsabilizado com as providências legais cabíveis quem divulgar qualquer imagem do interior do juri, pois isso pode por em risco a integridade física dos jurados, do Juiz, dos promotores, defensores e réus. A colaboração de todos é essencial para que tudo transcorra com ordem e responsabilidade. Promotores de Justiça que atuarão no caso (acusação) -Ademir José de Sá -Júlio César Souza Tarrafa Defensoria Pública e advogados (advogado de defesa) -Advogados Jiuliano Viecilli Toledo e Janor Ferreira da Silva (réu Raimundo Batista Valente)- -Advogado Ydigoras Ribeiro de Albuquerque (réu Jair Rocha de Matos Souza) -Defensor Público Dayan Albuquerque (demais réus) Juiz Responsável pela 1ª Vara do Tribunal do Juri da comarca de Porto Velho
5 Ênio Salvador Vaz Início dos julgamentos: 19 de agosto de 2013, às 8h30. Endereço: Fórum Criminal de Porto Velho Rua Rogério Webber, no centro. Entrada pela praça Marechal Rondon ( praça do baú ). Na entrada haverá detector de metais. É NECESSÁRIO O CREDENCIAMENTO PRÉVIO! DADOS PARA CREDENCIAMENTO DA IMPRENSA NOME: VEÍCULO: TELEFONE PESSOAL: TELEFONE DA REDAÇÃO: FUNÇÃO: Coordenadoria de Comunicação Social do Poder Judiciário de Rondônia Rua José Camacho (esquina com Farquar), 585 bairro Olaria. 4ª andar. imprensa@tjro.jus.br, ccom@tjro.jus.br / 1017 / 1179 Simone Norberto coordenadora CCOM-TJRO / imprensa2@tjro.jus.br Adriel Diniz jornalista CCOM-TJRO / adrieldiniz1983@gmail.com Luiz Paulo assistente técnico CCOM-TJRO luizpaulo.adv@hotmail.com
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