ECO Economia Brasileira
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- Sara Gonçalves Galvão
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1 Federal University of Roraima, Brazil From the SelectedWorks of Elói Martins Senhoras Winter January 1, 2012 ECO Economia Brasileira Eloi Martins Senhoras Available at:
2 Economia Brasileira works.bepress.com/eloi
3 Programa do Curso
4 Programa do Curso
5 Programa do Curso
6 Programa do Curso
7 Programa do Curso
8 Programa do Curso 7
9 Programa do Curso 8
10 Programa do Curso
11 Programa do Curso 10
12 Programa do Curso 11
13 12
14 ECONOMIA AGROEXPORTADORA
15 Agroexportação É a forma de inserção da economia brasileira na economia mundial desde a época colonial, passando pelo período imperial A República Velha é o momento de auge e ruptura desta forma de inserção Cada período foi marcado por um produto que dava dinâmica ao Balanço de Pagamentos e a economia: ciclo do açúcar, do ouro, do café etc.
16 Vulnerabilidade das economias agroexportadoras Alto peso do setor externo na economia A exportação é variável quase que exclusiva na determinação da renda nacional e de seu dinamismo Exportações: dependência de variáveis fora de controle das autoridades nacionais: demanda externa, oferta de países concorrentes, comercialização internacionalizada M. C. Tavares: Modelo de desenvolvimento voltado para fora
17 Países Agroexportadores Exportação: variável chave na determinação da renda Pauta de exportação base estreita, poucos produtos primários importações base para suprir consumo interno grande diferença entre base produtiva e de consumo Países Centrais Exportação importante, mas Investimento interno também Pauta de exportação não diferente de pauta de consumo importações atende parte do consumo proximidade entre base produtiva e de consumo
18 Pauta de Exportação Brasileira Borracha 15% Outros 7% Couros e Peles 2% Algodâo 3% Fumo 2% Açúcar 6% Café 65% Fonte: Silva (1957)
19 Pauta de Importações - Brasil /1903 Manufaturas de Algodão 12% Bebidas 7% Fonte: Silva (1957) Outros 42% Prod. Químicos e farmaceuticos 3% Arroz 3% Farinha de Trigo 6% Máquinas e Ferramentas 5% Charque 5% Trigo em grãos 5% Manufaturas de Ferro e Aço 6% Carvão de Pedra 6%
20 As oscilações de preços na economia cafeeira Preços do café nos Estados Unidos ( ) (USS por saca) 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0, FO NTE: Delfim Netto, A (1966)
21 As oscilações de preços na economia cafeeira As oscilações se devem: às condições da demanda (mercado mundial), ou seja aos ciclos da economia mundial. às condições da oferta por exemplo geadas, pragas. à defasagem entre o plantio e a colheita do café.
22 Deterioração dos termos de troca Termos de troca: relação entre os preços das exportações e das importações de uma economia Segundo alguns autores existe a tendência dos preços dos produtos agrícolas caírem frente as manufaturas, existe assim uma tendência de deterioração dos termos de trocas Se realmente houver tal tendência haverá uma perspectiva de crescimento relativamente inferior das economias agroexportadoras frente às outras
23 Deterioração dos termos de troca A deterioração dos termos de troca pode explicada dentre outros fatores por: elasticidade renda da demanda de produtos primários menor que 1 e elasticidade renda da demanda de produtos manufaturados maior que 1. mercado com características oligopolísticas para produtos manufaturados e mercado concorrencial para os produtos primários. O tema é objeto de controvérsia entre os economistas
24 300 Evolução dos termos de troca brasileiros = Fonte: dados básicos IBGE e IPEAdata
25 Os ciclos e os impactos sobre a economia Fases de ascensão (queda) do preço internacional do café Impactos positivos (negativos) sobre o restante da economia Cresce (diminui) a lucratividade na atividade cafeeira Boa parte dos lucros (não) são reinvestidos no próprio setor Aumenta (diminui) o volume de emprego
26 A ação do governo e as crise da economia agroexportadora Possibilidades de ação do governo nos momentos de queda dos preços: A. Desvalorização cambial. B. Política de valorização do café. Estes mecanismos eram eficientes no curto prazo para proteger a cafeicultura mas tinham efeitos negativos a longo prazo
27 A desvalorização cambial em uma economia agroexportadora A vantagem é que a desvalorização cambial mantinha em moeda nacional a rentabilidade da cafeicultura e o nível de emprego Mas gerava dois tipos de problemas: a desvalorização cambial escondia os sinais dados pelo mercado (tendência de superprodução de café). a desvalorização cambial encarecia todos os produtos importados desta economia (socialização das perdas).
28 A política de valorização do café A política de valorização do café consistia em reter parte da oferta na forma de estoques. Esta política se assemelha a práticas atuais de regulação dos mercados agrícolas por meio de: Política de preços mínimos o governo estabelece preços mínimos na safra, a partir dos quais ele adquire e estoca produtos. Estoques reguladores - estocar na safra para desovar os estoques na entresafra, evitando aumentos excessivos de preços na entresafra
29 Preços Preço normal Preço de liberação de estoques Preço mínimo Tempo
30 Os problemas com a estocagem de café A expectativa é que houvesse nos anos seguintes uma reversão da oferta de café, mas esta reversão se mostrava cada vez mais difícil à medida em que a estocagem ia ocorrendo. A política acentuava a tendência à superprodução e outros países também eram indiretamente incentivados a plantar café.
31 A superprodução e a crise da economia cafeeira em 1930 Com a manutenção da rentabilidade da economia cafeeira, os recursos convergem para esta atividade levando à superprodução. Em 1930, dois elementos se conjugaram: A produção nacional era enorme A economia mundial entrou numa das maiores crises de sua história. Consequências: Preços despencaram. o governo passou a queimar parte dos estoques.
32 Indústria e economia agroexportadora A fragilização do modelo agroexportador traz à tona a necessidade da industrialização. A industrialização brasileira teve início no final do século XIX mas foi a partir da década de 30 que passou a ser meta de política econômica. Antes de 1930 as indústrias existentes surgiram nas franjas da economia cafeeira, de acordo com as necessidades de atender a um mercado consumidor incipiente
33 As Origens da Indústria Brasileira Duas correntes procuram explicar a origem da indústria no período agroexportador: teoria dos choques adversos a indústria surgiu como uma resposta às dificuldades de importar produtos industriais em determinados períodos (I GM e Depressão de 30). industrialização induzida por exportações a indústria crescia nos momentos de expansão da economia cafeeira (expansão da renda e do mercado consumidor).
34 Fases de expansão do setor exportador Aumento de divisas Investimento industrial pela importação de máquinas. Crises do setor exportador Dificuldade de importação de bens de consumo incentiva a produção nacional. Ocupação da capacidade instalada e aumento da produção
35 As Origens da Indústria Brasileira A origem do capital industrial é um vazamento do capital cafeeiro e ela surge para atender as necessidades da economia cafeeira. De acordo com o censo industrial de 1920, os produtos têxteis, alimentícios e bebidas, respondiam por mais de 60% do valor da produção industrial no país.
36 Estrutura da produção industrial - Brasil 1919 madeira e móveis 7% bebidas 6% fumo 5% outros bens de consumo 7% mineral não metálico 6% produtos de metal 4% equipamentos de transporte 2% Bens de Produção 16,6 % outros - bens de produção 4% Bens de Consumo 83,4% produtos alimentícios 21% têxteis 29% roupas e calçados 9% Fonte: dados em Baer (1995)
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