Filosofia da Arte. Unidade II O Universo das artes
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- Vítor Gabriel Bacelar Carvalho
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1 Filosofia da Arte Unidade II O Universo das artes
2 FILOSOFIA DA ARTE Campo da Filosofia que reflete e permite a compreensão do mundo pelo seu aspecto sensível. Possibilita compreender a apreensão da realidade pela sensibilidade, perceber que o conhecimento não é apenas resultado da atividade intelectual, mas também da imaginação, da intuição. A estética valoriza o conhecimento sensitivo.
3 O que é arte? A arte, antes de tudo e em primeiro lugar, embeleza a vida, portanto, fazer com que nós próprios nos tornemos suportáveis e, se possível, agradáveis aos outros. Expressão de uma boa ideia; Expressão de emoções e pensamentos. (Nietzsche)
4 Derivada do termo latino Ars, correspondente a techne em grego, que significa TÉCNICA. Domínio sobre uma técnica = HABILIDADE ou DESTREZA Arte da guerra, arte política, arte do amor, arte da retórica, etc.
5 Medida da visão espiritual do ser humano; Resultado da necessidade de comunicação entre os seres humanos; Importante instrumento para o desenvolvimento da consciência humana; Expressão que ultrapassa os limites do espaço e do tempo;
6 Até a Idade Média as artes eram classificadas em: Liberais (atividades intelectuais): dignas dos homens livres: lógica, gramática, retórica, aritmética, geometria, astronomia e música. Mecânicas ou servis (menos honroso): arquitetura, escultura, pintura, tecelagem, olaria, agricultura, etc. Aqui se evidencia a distinção entre corpo e alma distinção platônica entre o nível da percepção sensível e o nível do entendimento ou da razão.
7 Renascimento: começa-se a perceber a arte para além de um domínio ou uma técnica. É um fazer artístico mais que uma habilidade; É na forma como se faz e a finalidade com que é feita que uma obra se torna arte; A partir da ideia de belo é que se foi definindo o espaço específico, a natureza e o caráter da obra de arte. BELAS ARTES: pintura, escultura, arquitetura, teatro, dança e literatura.
8 Atualmente a arte adquiriu valor tão subjetivo que mesmo algo considerado feio pode ter valor artístico. Diferentes materiais e técnicas, misturados à liberdade de expressão tornam difíceis distinguir o que de fato é uma obra de arte.
9 Conjunto organizado de signos e materiais, posto em forma por um espirito criador, conjunto cuja beleza proporciona satisfação desinteressada. O que é uma obra de arte
10 É uma recriação simbólica da realidade; É um modo simbólico que o ser humano utiliza para dar significado ao mundo; É o modo pelo qual o artista reinventa a realidade, reordena o mundo através de movimentos, formas, cores e sons, revelando as diversas possibilidades de manifestação da realidade. É uma releitura do mundo, uma reinterpretação do real. A arte não tem o propósito de simplesmente imitar a realidade, mas procura dar sentido a ela.
11 Provoca questionamentos, reflexões, emoção, pensamento, ocupa nossos sentidos e nossa mente; É uma forma do ser humano dar asas à sua imaginação
12 Para compreender uma obra de arte é necessário uma sensibilidade treinada, disponibilidades e certo senso crítico.
13 De certa forma, a arte consiste num brincar com a realidade: Expressamos nossos anseios e fortalecemos nossos valores; É como se através dela adquirimos o poder de fazer com que com que a realidade fosse como desejamos.
14 O BELO E O FEIO: A QUESTÃO DO GOSTO CAPÍTULO VI
15 CADA SOCIEDADE E CADA ÉPOCA HISTÓRICA DETERMINAM SEUS PADRÕES DE BELEZA Antiguidade/Medieval Contemporânea
16 SERÁ A ESTÉTICA A EXPRESSÃO DA BELEZA MATERIAL?
17 MAS O QUE É ESTÉTICA? Ramo da Filosofia que estuda o belo e as leis gerais da crítica e do gosto, aplicados à avaliação e a apreciação dos produtos da inteligência humana sob o ponto de vista artístico. A palavra estética vem do grego aisthetikos e significa faculdade de sentir, perceber pelos sentidos.
18 O que é o belo? O conceito de beleza sofreu mudanças significativas ao longo do tempo. Tendo sua origem na Grécia Antiga, o conceito de beleza era produto de uma determinada filosofia de vida: qualidades humanas = Deuses gregos Idealização do homem
19 Os padrões de beleza da civilização grega foram herdados pelos romanos e cultivados pelos renascentistas.
20 Foi no Renascimento que se deu a união teórica do belo com a arte. A essa união se juntou também a ideia de natureza. Como pensava Leonardo da Vinci, a natureza é a fonte de toda beleza que será revelada pelo artista em suas produções. A partir desse momento, será arte sujeita à beleza natural, responsável por gerar a chamada beleza artística.
21 Alexander Gottlieb Baumgarten ( ) Filósofo alemão; Suas obras foram Meditações Filosóficas Sobre a Questões da Obra Poética (1735), ou conhecida como Aesthetica ( ). Criando o termo "estética", designou a ciência que trata do conhecimento sensorial que chega à apreensão do belo e se expressa nas imagens da arte, em contraposição à lógica como ciência do saber cognitivo.
22 O conhecimento do Belo, para o filósofo, é visto como a perfeição do conhecimento sensível; no entanto, esta perfeição, se comparada ao saber estritamente racional, é considerada uma apreensão da realidade menos clara que o saber de tipo lógico. Estética é a área da filosofia que estuda racionalmente o belo - aquilo que desperta a emoção estética por meio da contemplação - e o sentimento que ele suscita nos homens. A palavra estética vem do grego aesthesis, que significa conhecimento sensorial ou sensibilidade, e foi adotada pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten ( ) para nomear o estudo das obras de arte como criação da sensibilidade, tendo por finalidade o belo.
23 Os diversos sentidos para a palavra belo Para os gregos antigos: Estético Moral espiritual
24 O belo no sentido: Estético: qualidade de certos elementos em seu estado de pureza, formas abstratas, como a simetria e as proporções definidas, a qualidade, as relações de harmonia adequação aos sentidos. Moral: beleza é o patrimônio das almas equilibradas, que se mantém em harmonia consigo mesmas. Para Aristóteles, a medida do bem é a igual distância da virtude e do vício, ocupando o meio termo da moderação para Sócrates, a beleza consistia na exta utilidade de cada coisa ou ser. Aquilo que é útil não poderia ser considerado belo. Espiritual ou teórico: conhecimento teórico.
25 Fazer arte: expressar sentimentos criando novas alternativas através de novas linguagens; Arte e realidade
26 Platão e Aristóteles entendem a arte sob o ponto de vista da poética. Platão, levando em conta o caráter representativo da pintura e da escultura, afirma que essas manifestações artísticas estão abaixo da verdadeira beleza humana. Para ele somente a poesia e a música poderiam exercer influência sobre os nossos estados de ânimo, o que poderia afetar negativa ou positivamente o nosso comportamento moral.
27 Aristóteles, em sua obra Poética, desenvolveu ideias relativas às artes faladas e escritas, do canto e da dança, poesia e teatro
28 Arte e sociedade
29 Por meio de sua obra, o artista interage com a sociedade, dividindo com ela seus mais profundos desejos e emoções, através de palavras, sons, gestos, etc. portanto a arte é um meio de socialização dos sentimentos humanos.
30 A arte como fenômeno social A arte é um fenômeno social porque há um vínculo direto do artista com a sociedade em que ele está inserido. Desse modo é que a arte é entendida como fenômeno social. O artista reflete na obra de arte sua maneira de ver o mundo, seus desejos, emoções, alegrias, tristezas, angústias, esperanças e medos. A obra de arte é percebida socialmente: é elemento de comunicação entre o seu criador e os que tem a oportunidade de apreciá-la.
31 Imitação, criação, construção e imaginação O artista, partindo da teoria da imitação, considera a obra de arte como sendo uma reprodução do real sensível. A arte não imita a natureza, expressa suas emoções vividas no cotidiano.
32 O artista, por meio de sua criatividade, produz um objeto radicalmente novo
33 A arte é a expressão da imaginação criativa.
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