Dicas para Empreendedores Como Conseguir Investimentos Fabiano Marques
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- Artur de Barros Belo
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1 Dicas para Empreendedores Como Conseguir Investimentos Fabiano Marques Depois de vencer, aja como se não tivesse vencido. (Sun Tzu. A Arte da Guerra) Muitos empreendedores, quando conseguem vencer, sentem-se como verdadeiros heróis.de fato, para isso acontecer, na maioria das vezes, esses empreendedores passaram pelas fases de concepção da idéia e elaboração do plano de negócios. As estatísticas têm mostrado a importância desse processo, visto que o número de empresas que fecham suas portas ainda no início de suas vidas vem diminuindo bastante. De todas dificuldades encontradas pelos empreendedores, a que mais tem oferecido barreiras para o sucesso de novos negócios no país é a falta de crédito. A dificuldade para obter investimentos tem feito com que estes não saiam nem do papel. Porém, existem alguns programas de financiamento do governo brasileiro que apostam no empreendedor brasileiro. Dornelas (2005) apresenta alguns programas do governo brasileiro de financiamento e respectivos endereços onde mais informações podem ser obtidas: Programa RHAE, Programa PIPE da FAPESP, Programa PAPPE, Programa Softex, Programa PROSOFT, Programa de Microcrédito, Progex, Programas da Finep, Projeto Inovar Capital de Risco Brasil, Programa Sebraetec, Vale observar que programas exigem que um bom plano de negócios seja feito e apresentado para que possa ser analisado. Outras Fontes de Financiamento Quando estamos tratando de investimento, as empresas devem ser divididas em, pelo menos, dois estágios: empresas em estágio inicial e empresas em estágios avançados. Segundo Dornelas (2005), considera-se uma empresa em estágio inicial aquela que está sendo criada. Neste caso, geralmente a melhor opção para os empreendedores são os empréstimos e as economias pessoais da família, amigos e de anjos investidores (investidores pessoas físicas). 1
2 Capítulos 7, 8, 9 e 10 do livro DORNELAS, José C. Empreendedorismo Transformando Idéias em Negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, Economias pessoais da família e de amigos: É o mais comum. Vale mais a amizade e a confiança do que o plano de negócios; Pode-se dar em forma de empréstimo (dívida) ou eqüidade (participação no negócio); Pode-se, também, utilizar economias pessoais como: - FGTS; - Venda de imóvel; - Venda de automóvel (ou outros bens); - Cartão de crédito (casos de empréstimo em curto prazo). Angels (anjos investidores): São capitalistas de risco que buscam alternativas para obter melhores rendimentos; São responsáveis pelo dinheiro inicial para criação de vários negócios; Analisam muito bem o plano de negócios e o potencial da empresa; O dinheiro é concedido em troca de uma participação no negócio; Não se envolvem na gestão do negócio, mas gostam de opinar e de ser conselheiros; Gostam de negócios inovadores; Buscam retorno em, no máximo, 3 a 5 anos; Não se expõem, é necessário "procurá-los". 2 Os anjos são pessoas físicas que buscam maior rentabilidade para o seu dinheiro. Esse dinheiro é concedido em troca de participação acionária no negócio. Eles não são facilmente encontrados e, por esta razão, é necessário que o empreendedor tenha uma boa rede de contatos para poder encontrá-los. Fornecedores, Parceiros Estratégicos, Clientes e Funcionários: Negociações com fornecedores, parcelando as compras ou obtendo carência no pagamento; Parceiros estratégicos podem fazer o mesmo, sabendo que vão ser recompensados no futuro; Clientes que antecipam o pagamento de mercadorias, em troca de descontos ou outros benefícios; Funcionários que abrem mão de um salário maior em troca de participação nos resultados ou em troca de ações da empresa.
3 Segundo Dornelas (2005), esse tipo de alternativa é muito utilizada pelos empreendedores para manter seu capital de giro e seu fluxo de caixa positivo, podendo ajudar substancialmente a empresa. As incubadoras de empresas são outra boa opção para essas empresas: As incubadoras de empresas são entidades sem fins lucrativos destinadas a amparar o estágio inicial de empresas nascentes que se enquadram em determinadas áreas de negócios. Uma incubadora de empresas pode ser definida como um ambiente flexível e encorajador no qual são oferecidas facilidades para o surgimento e o crescimento de novos empreendimentos (ANPROTEC, 1998). As incubadoras, muitas vezes, oferecem a estrutura necessária para o nascimento do negócio. Nessa estrutura, incluem-se salas, laboratórios, bibliotecas, salas de reuniões, assessoria contábil e jurídica, auxílio na divulgação da empresa etc. Essas, muitas vezes, são necessidades primordiais para que o negócio seja alavancado, dando às incubadoras uma importância muito grande no processo empreendedor atual do país. Existem, hoje, muitas incubadoras espalhadas pelo país. Muitas delas estão focadas em áreas de interesse, de acordo com a região onde estão instaladas, como a Fundação Parqtec (Parque de Alta Tecnologia de São Carlos), a primeira incubadora de empresas do Brasil, fundada em Nesse caso, a incubadora está voltada para empresas com negócios inovadores que exploram tecnologias de ponta, principalmente porque está situada em um dos maiores pólos tecnológicos do país. Nesse regime, a empresa, geralmente, fica durante um período instalada nas dependências da incubadora, onde se beneficia de toda a estrutura fornecida, até que atinja um grau de maturação em que seja possível caminhar com as próprias pernas. Em alguns casos, estabelece-se um prazo máximo para que uma empresa fique incubada, mas isso não é regra. Empresas em um estágio mais avançado de desenvolvimento são mais atrativas aos capitalistas de risco, pois passaram pela difícil fase inicial e necessitam de mais capital para um rápido crescimento, com boas expectativas de valorização e retorno do investimento. Dificilmente, uma empresa iniciante recebe capital de risco. Podemos caracterizar o perfil dos capitalistas de risco como: Geralmente, são grandes bancos de investimento; Buscam empresas que proporcionem, em um prazo de 3 a 5 anos, retorno financeiro bem acima da média das aplicações; São negócios com alto risco, mas com bom potencial de retorno; Foco principal: empresas de base tecnológica e com caráter inovador. 3
4 Para convencer um capitalista de risco a investir na sua empresa, é preciso ter, acima de tudo, uma excelente equipe de gestão, um bom plano de negócios, um mercado-alvo expressivo e em crescimento e uma idéia realmente inovadora. são: Segundo Dornelas (2005), os principais estágios de investimento de risco em empresas 1. Fase pré-inicial ou da idéia: Quantidade inicial de capital, proveniente do próprio empreendedor, amigos, angel etc., é investida para validar a idéia e finalizar o desenvolvimento do produto, desenvolver o protótipo etc. Muitas empresas incubadas encontram-se nessa fase; 2. Fase inicial (start-up): Empresa já constituída, com produto sendo melhorado e com aceitação sendo analisada. O dinheiro, geralmente, vem de angels (raramente de capitalistas de risco). A empresa, muitas vezes, tem menos de um ano de vida; 3. Expansão: Empresa precisa de capital para financiar seu rápido crescimento. Em geral, vem de capitalistas de risco, que fazem cobranças por resultados. Empresa com 2 a 3 anos; 4. Consolidação: Marca a saída de angels e capitalistas de risco. Busca uma expansão ainda maior. Começa a gerar os resultados esperados pelos investidores iniciais, que realizam seus lucros e saem do negócio. Começa um novo ciclo com a possibilidade de abrir o capital em bolsa de valores (IPO oferta pública inicial de ações). Freqüentemente, os capitalistas de risco não participam na gestão dos empreendimentos, porém adoram estar presentes no processo de tomada de decisões da empresa. Isso é feito por meio da participação dos capitalistas no conselho de administração do negócio. 4 Com essas informações, procuramos auxiliar os candidatos a empreendedores a traçar o caminho de seus negócios, mostrando, principalmente, os caminhos a serem seguidos. Além disso, deve-se ter deixado clara a importância da criatividade e da motivação durante o processo empreendedor e, acima de tudo, a necessidade de um planejamento bem feito, por meio de um plano de negócios, para o sucesso do seu negócio.
5 Básica: ANPROTEC: Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas, Disponível em: DORNELAS, José C. Empreendedorismo Transformando Idéias em Negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Campus, FILION, Luis J. ; DOLABELA, Fernando. Boa Idéia! E Agora? São Paulo: Cultura, Editores Associados, Complementar: DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. São Paulo: Cultura, Editores Associados, FILION, Louis J. Oportunidades de negócios. São Paulo: Cultura Editores Associados,
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