Bases psicopedagógicas para a matriz conceitual do ENEM. Robert Lassance MSc, Prof. UCB, Pesquisador Inep

Transcrição

1 Bases psicopedagógicas para a matriz conceitual do ENEM Robert Lassance MSc, Prof. UCB, Pesquisador Inep

2 Aprendizagem Para Objetivos: transmite conhecimento, seqüência, hierarquia, homogêneo, ensino para a assimilação; após a transmissão, relaciona com problemas reais, aplicações ou somente exercita a regra ensinada; foco no conhecimento e na habilidade comportamental como fins, de forma fragmentada, sem conexão com necessidades, expectativas ou o contexto e reproduz tratamento pedagógico tradicional, seja com crianças ou adultos, infantiliza, gera dependência, resistências e reações negativas. Para Competências: foco no mapa de situações complexas ou nas competências exigidas pela realidade; diferentes recursos como meios (conteúdos, atitudes, atividades...); situações problema, ambiente de aprendizagem, o participante constroe, produz, experimenta, erra e parte da visão e do pensamento dos envolvidos, amplia e mobiliza busca de recursos e opera a aprendizagem por questionamentos.

3 Quadro Conceitual Definição de Competências: (...) esquemas mentais, operações mentais cognitivas, sócio-afetivas ou psicomotoras, que mobilizadas e associadas a saberes teóricos ou experienciais geram habilidades, ou seja, um saber fazer.

4 Quadro Conceitual Habilidades: saber fazer e decorre das competências, através das ações e operações, as habilidades aperfeiçoam-se e articulam-se, possibilitando nova reorganização das competências. Avaliação de competência: o controle, a medição, a avaliação é exercida por meio dos resultados obtidos em situações reais e não por conhecimentos e atributos culturais de socialização profissional. Operação Mental: cognitiva expressa por comportamento deliberado e adequado em uma situação complexa.

5 Quadro Conceitual COMPETÊNCIA PARA Enfrentar, resolver, encaminhar Criar, desenvolver, favorecer saúde Comunicar, Ensinar ou criar ambientes de aprendizagem Problemas organizacionais Questões sociais, econômicas, administrativas Etc.

6 Característica da prova do ENEM Informações presentes, raciocínio e não memorização. Contextualização, aplicação a uma situação real, a um problema. Interdisciplinaridade. Exige habilidades anteriores aplicadas a situações-problema em nível médio

7 TEORIAS EXPLICATIVAS DA INTELIGÊNCIA E DA APRENDIZAGEM (3 PRINCIPAIS) Psicométrica Desenvolvimentista/Construtivista/Sócio- Histórica) Processamento da Informação/Neurocognição/Neuropsicológi ca

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9 Inteligência INTELIGÊNCIA CRISTALIZADA (conhecimento) extensão e profundidade das informações adquiridas usadas na resolução de problemas conhecidos ou ao "estoque" conhecimentos, isto é, esquemas organizados de informações sobre áreas específicas do conhecimento INTELIGÊNCIA FLUIDA (raciocínio) processamento cognitivo, capacidade de processar (idéias complexas, conceitos abstratos, implicações lógicas) ou operações resolver problemas novos, com ou sem conhecimentos prévios, através de estratégias, organização de informação e reorganização de esquemas

10 Aspectos Positivos Processos seletivos no Brasil privilegiam inteligência cristalizada PISA e o Scholastic Assessment Test (SAT I, EUA) enfatizam raciocínio ENEM - entre a avaliação do raciocínio e do conhecimento (Brito, 2000) Sinalização clara para o sistema educacional em nível médio

11 Aspectos Negativos Necessidade de estudos - validade de construto do ENEM, análise fatorial dos itens e de estudos que correlacionassem o ENEM com outros instrumentos marcadores dos fatores definidos por Carroll (1993). (Brito & cols., 2000) Concepção estrutural da inteligência 4 áreas de conhecimento 120 habilidades por área Operacional prova itens fechados obtendo escore total que não é o forma adequada de avaliar inteligência fluida. Sobrevalorização de conceitos teóricos - criação das subescalas, baseadas exclusivamente na análise teórica dos itens e não a partir de uma integração de métodos empíricos e teóricos, empregados na construção de instrumentos de avaliação que geralmente utilizam a análise fatorial dos itens para investigar a melhor maneira de combiná-los para produzir escores distintos (componentes ortogonais).