ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS CURSO: Ciências Biológicas 3º Ano 2º semestre
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- Yasmin Azambuja Imperial
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1 ZOOLOGIA DE VERTEBRADOS CURSO: Ciências Biológicas 3º Ano 2º semestre Mamíferos Diversidade (Ministrante: Prof. Dr. Wilson Uieda) Professores Responsáveis: Virgínia Sanches Uieda (Integral) e Wilson Uieda (Noturno) Departamento de Zoologia - IB/UNESP/Botucatu
2 PRINCIPAIS LINHAGENS DE MAMÍFEROS Tradicionalmente a Classe Mammalia é dividida em três subclasses: Allotheria multi-tuberculados, totalmente extintos Prototheria monotremados Theria - infraclasse Metatheria (marsupiais) - infraclasse Eutheria (placentários) Este agrupamento reflete as divisões básicas de planos corpóreos entre os mamíferos que sobreviveram até o Cenozóico, não levando em conta a grande diversidade de mamíferos da era Mesozóica.
3 PRINCIPAIS LINHAGENS DE MAMÍFEROS SUBCLASSE ALLOTHERIA Grupo de vida muito longa (Jurássico até final do Eoceno) Fósseis abundantes no Hemisfério Norte (recentemente encontrados na América do Sul e em Madagascar) Provavelmente ocuparam nicho similar ao dos roedores Onívoros terrestres e semi-arborícolas Sua extinção provavelmente se deveu à competição com os roedores, que apareceram no final do Paleoceno A posição filogenética deste grupo ainda é controversa, sendo uma área de debates que somente se esclarecerá quando forem descobertos mais fósseis
4 PRINCIPAIS LINHAGENS DE MAMÍFEROS Subclasse PROTOTHERIA vs. Subclasse THERIA Botam ovo Mamas sem mamilo Dão a luz a filhotes Mamas com mamilo Diferenças reprodutivas Diferenças reprodutivas Diferenças no crânio e esqueleto
5 PROTOTHERIA vs. THERIA Diferenças no crânio e esqueleto Exemplo: cintura escapular PROTOTHERIA Semelhante à condição reptiliana Melhora a locomoção de corrida THERIA A escápula se move como um segmento independente do membro, contribuindo para o comprimento do movimento
6 PROTOTHERIA vs. THERIA Diferenças no crânio e esqueleto Exemplo: cintura escapular THERIA Perderam os elementos ventrais Expandiram a escápula Desenvolveram uma tipóia escapular
7 PRINCIPAIS LINHAGENS DE MAMÍFEROS SUBCLASSE THERIA Infraclasse METATHERIA vs. Infraclasse EUTHERIA Nascem pouco desenvolvidos Diferenças reprodutivas Diferenças no crânio e na dentição Nascem em estado avançado
8 METATHERIA vs. EUTHERIA Diferenças no crânio e na dentição Metatheria Ângulo inflectado ao dentário Osso nasal alargado Bula auditiva ausente ou rudimentar Troca somente último pré-molar Eutheria Ângulo não-inflectado ao dentário Osso nasal retangular Bula auditiva presente Somente não troca os molares Fórmula dentária do gambá I5/4 C1/1 P3/3 M4/4 Fórmula dentária primitiva dos eutérios (número máximo) I3/3 C1/1 P4/4 M3/3
9 METATHERIA vs. EUTHERIA Metatheria Ossos epipúbicos projetados para a frente Diferenças no esqueleto pós-craniano Eutheria Perda dos ossos epipúbicos Ossos epipúbicos poderiam interferir na expansão do abdome durante a gravidez
10 Subclasse PROTOTHERIA Ordem Monotremata mono = um, trema = buraco Presença de cloaca abertura única Infraordem Ornithodelphia ornitho = pássaro, delphy = útero Único oviduto funcional Poucas espécies isoladas na Austrália e Nova Guiné Équidnas e ornitorrinco Depositam ovos que são incubados e eclodem fora da fêmea Com pelos, endotérmicos, produtores de leite Adultos sem dentes Bico córneo com receptores eletromagnéticos
11 Subclasse PROTOTHERIA Tachyglossidae (tachy = rápido, glossa = língua) Tachyglossus aculeatus (nariz curto da Austrália) Zaglossus bruijni (nariz longo da Nova Guiné) Ornithorhynchidae (rhyncus = bico) Ornithorhynchus anatinus (Austrália) Tachyglossidae - équidna focinho curto se alimenta de formigas e cupins focinho longo se alimenta de vermes terrestres
12 Subclasse PROTOTHERIA Tachyglossidae (tachy = rápido, glossa = língua) Tachyglossus aculeatus (nariz curto da Austrália) Zaglossus bruijni (nariz longo da Nova Guiné) Ornithorhynchidae (rhyncus = bico) Ornithorhynchus anatinus (Austrália) Ornithorhynchidae Ornitorrinco semi-aquático se alimenta de invertebrados aquáticos vive nos rios do leste australiano machos com um espinho venenoso nos membros pelvinos
13 Subclasse THERIA Infraclasse Marsupialia (Metatheria) 250 espécies restritas à região Australiana e ao Novo Mundo Infraclasse Eutheria cerca de espécies, distribuídas em 18 ordens Glândulas mamárias com mamilos Viviparidade com perda da casca do ovo Aberturas anal e urogenital separadas Diferenças no crânio Diferenças na dentição Diferenças na cintura escapular
14 Infraclasse MARSUPIALIA (METATHERIA) Didelphimorphia (gambás, cuicas, Região Neotropical) Paucituberculata (gambás-ratos, Região Neotropical) Microbiotheria (monitor del monte, Região Neotropical) Dasyuromorphia (camundongo-marsupial, tamanduá-marsupial, demônio-da-tasmânia, lobo-da-tasmânia, gatos, Região Australiana) Peramelemorphia ( bandicoots, bilbies, Região Australiana) Notoryctemorphia (toupeira-marsupial, Região Australiana) Diprotodontia (marsupiais-voadores, coala, vombates, cangurus, etc., Região Australiana) Didelphimorphia Onívoros arborícolas Paucituberculata Herbívoros terrestres Microbiotheria Florestas Chile e Argentina
15 Infraclasse MARSUPIALIA (METATHERIA) Didelphimorphia (gambás, Região Neotropical) Paucituberculata (gambás-ratos, Região Neotropical) Microbiotheria (monitor del monte, Região Neotropical) Dasyuromorphia (camundongo-marsupial, tamanduá-marsupial, demônio-da-tasmânia, lobo-da-tasmânia, gatos, Região Australiana) Peramelemorphia ( bandicoots, bilbies, Região Australiana) Notoryctemorphia (toupeira-marsupial, Região Australiana) Diprotodontia (marsupiais-voadores, coala, vombates, cangurus, etc., Região Australiana) Dasyuromorphia Carnívoros Notoryctemorphia Carnívoro Peramelemorphia Insetívoros, semelhantes a coelhos
16 Infraclasse MARSUPIALIA (METATHERIA) Didelphimorphia (gambás, Região Neotropical) Paucituberculata (gambás-ratos, Região Neotropical) Microbiotheria (monito del monte, Região Neotropical) Dasyuromorphia (camundongo-marsupial, tamanduá-marsupial, demônio-da-tasmânia, lobo-da-tasmânia, gatos, Região Australiana) Peramelemorphia ( bandicoots, bilbies, Região Australiana) Notoryctemorphia (toupeira-marsupial, Região Australiana) Diprotodontia (marsupiais-voadores, coala, vombates, cangurus, etc., Região Australiana) maior grupo Diprotodontia Herbívoros, Onívoros
17 Infraclasse EUTHERIA Grupo diversificado, com 18 ordens viventes, sendo difícil a determinação das relações entre os grupos.
18 Infraclasse EUTHERIA Informações morfológicas Informações moleculares Filogenias contrastantes das inter-relações entre as ordens de mamíferos eutérios
19 DIVERSIDADE DE EUTÉRIOS VIVENTES NO MUNDO
20 DIVERSIDADE DE EUTÉRIOS VIVENTES NO MUNDO
21 DIVERSIDADE DE EUTÉRIOS VIVENTES NO MUNDO
22 DIVERSIDADE DE EUTÉRIOS VIVENTES NO MUNDO Número de espécies por ordem DIVERSIDADE DE EUTHERIA 0% 7% 5% 2% Chiroptera 24% 1% 1% 44% Rodentia 6% 10% Xenarthra Rodentia Insectivora Primates Chiroptera Carnivora Artiodactyla Cetacea Perissodactyla Outras 7 ordens
23 DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS DO BRASIL Das 26 ordens de mamíferos do mundo, 11 são encontradas no Brasil : Mamíferos de pequeno porte (diferença com a fauna do continente africano) Vivem camuflados (dificilmente observados) Ativos principalmente no crepúsculo e à noite Poucos são gregários, constituindo grupos somente no período reprodutivo
24 DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS DO BRASIL Didelphimorphia cuíca, gambá Sirenia peixe-boi Xenarthra tatu, tamanduá, preguiça Trichechidae (peixe-boi)
25 DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS DO BRASIL Primates macacos Lagomorpha coelho Chiroptera - morcegos Leporidae
26 DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS DO BRASIL Carnivora felídeos, canídeos, lobo-marinho, mustelídeos, procionídeos Feliformia Felidae (gato-do-mato, jaguatirica, onça-parda, onça-pintada, gatomourisco) Caniformia Canidae (cachorro-do-mato, lobo-guará) Mustelidae (irara, lontra, furão, doninha) Mephitidae (zorilho) Procyonidae (coati, mão-pelada) Otariidae (lobo-marinho, leão-marinho)
27 DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS DO BRASIL Perissodactyla (Tapiridae anta) Artiodactyla (Tayassuidae caitetu, porco-do-mato, Cervidae cervídeos) Cetacea (Mysticeti baleias-de-barbatana, Odontoceti golfinhos, cachalote, boto) Rodentia (rato, capivara, paca, ouriço)
28 DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS DO BRASIL Fonte: Reis et al.(eds.), Mamíferos do Brasil, Londrina, 437p.
29 DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS DO BRASIL Fonte: Reis et al.(eds.), Mamíferos do Brasil, Londrina, 437p.
30 DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS DO BRASIL EXERCÍCIO DE GRUPO Os alunos vão trabalhar na sala de aula algumas características das principais ordens de mamíferos do Brasil, através de consulta bibliográfica, discussão de grupo e apresentação dos resultados em powerpoint. Consulta: Reis et al.(eds.), Mamíferos do Brasil, Londrina, 437p. Grupos: 7 grupos de alunos Atividade: cada grupo receberá material bibliográfico referente a uma das ordens a ser trabalhada, devendo pesquisar no material informações sobre o grupo abordado.
31 Ordens trabalhadas: EXERCÍCIO DE GRUPO 1. Didelphimorphia 2. Xenarthra 3. Primates 4. Carnivora 5. Artiodactyla + Perissodactyla 6. Cetacea 7. Rodentia As demais ordens (Sirenia e Lagomorpha) serão apresentadas em um resumo que será disponibilizado no site após a aula do exercício de grupo. No resumo também serão compilados os dados das ordens trabalhadas em aula. A Ordem Chiroptera será enfocada em (aula teórica e prática de laboratório). outra aula da disciplina
32 EXERCÍCIO DE GRUPO Pesquisar as informações, montar os slides, apresentar em aula: 1. Nome da Ordem: 2. Descrição geral: 3. Distribuição geográfica : 4. Característica marcante: 5. Hábitos gerais: 6. Diversidade: montar tabela com os dados abaixo (modificar quando for o caso, por exemplo, de só ter as espécies, da dieta ou hábito de vida ser somente uma para o grupo todo, etc.) Famílias (ou subfamílias) Nº gêneros Nº espécies Nome popular Hábito de vida Dieta 7. Escolher UMA espécie e DESCREVER seus hábitos. Nome dos integrantes do grupo:
33 EXERCÍCIO DE GRUPO - EXEMPLO 1. Nome da Ordem: Lagomorpha 2. Descrição geral: incisivos longos, de crescimento contínuo, como os de roedores, porém também dotados de um par adicional de incisivos, nascendo detrás do primeiro par. 3. Distribuição geográfica : em todo o Brasil 4. Característica marcante: distinguem-se dos outros mamíferos pela ranhura em forma de Y no lábio superior, semelhante a uma almofada. 5. Hábitos gerais: a alta velocidade e agilidade são os principais mecanismos de defesa destes herbívoros. 6. Diversidade: a Família Leporidae é a única presente na América do Sul, representada somente pela espécie Sylvilagus brasiliensis, popularmente conhecida como coelho ou tapeti. A lebre Lepus europeus, originária da Europa e Ásia, foi introduzida na América do Sul, onde apresentou notável capacidade de adaptação. 7. Escolher UMA espécie e DESCREVER seus hábitos. Nome dos integrantes do grupo:
34 EXERCÍCIO DE GRUPO - EXEMPLO 1. Nome da Ordem: Sirenia 2. Descrição geral: das duas famílias existentes, uma (Trichechidae) ocorre no Brasil, representada por dois gêneros. 3. Distribuição geográfica : alguns estados do Norte e Nordeste; Trichechus manatus é o maior peixe-boi da Região Neotropical; T inunguis é endêmico da Bacia Amazônica. 4. Característica marcante: sem pelagem densa, pele grossa, ossos densos (reduz flutuabilidade), sem orelha externa, narinas com válvula, membros anteriores adaptados à natação, membros posteriores ausentes. 5. Hábitos gerais: este é um grupo de mamíferos totalmente adaptados à vida aquática. 6. Diversidade: Gêneros Nome popular Dieta Trichechus manatus Peixe-boi marinho Algas e gramas marinhas nos manguezais Trichechus inunguis Peixe-boi de água doce Plantas aquáticas 7. Escolher UMA espécie e DESCREVER seus hábitos.
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