Políticas Públicas I. Modelos de Análise de Políticas Públicas. Professora: Geralda Luiza de Miranda. Julho/2011
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- Luiz Felipe Sanches Candal
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1 Políticas Públicas I Modelos de Análise de Políticas Públicas Professora: Geralda Luiza de Miranda Julho/2011
2 Temas Modelos de análise: Institucional e sistêmico; Elitista e pluralista; Da teoria da escolha racional e da teoria dos jogos; Incremental e processual.
3 Modelo da teoria das elites Políticas públicas são decididas apenas pelos representantes eleitos (Legislativos e Executivos) (democracias), ou por elites sociais com acesso privilegiado ou posições garantidas no sistema político (oligarquias).
4 Contribuições As políticas públicas refletem, muitas vezes, apenas as preferências das elites e não as da sociedade. Quando mudam as preferências das elites, ou as próprias elites, mudam as políticas sociais.
5 Pressupostos Não existem grupos de interesse. O povo é desorganizado e desinteressado (massa). O povo não tem visão clara do que é melhor para a sociedade como um todo.
6 As elites são racionais, esclarecidas. Elas sabem o que é melhor para a sociedade no curto e no longo prazo. As políticas são também responsivas, pois um governo de elites também tem que buscar legitimidade social (RMV).
7 Modelo pluralista ou da teoria dos grupos A interação entre os diversos grupos de interesse é o fato central da política. Indivíduos com interesses comuns reúnemse em grupos, formais ou informais, para manifestar ou impor suas demandas aos governos.
8 Exemplos de grupos de interesse: sindicatos, as organizações nãogovernamentais, empresas,, partidos políticos, OSCIPS.
9 Contribuições Atenção à relação entre o grau de organização da sociedade civil e a dinâmica estatal. Quanto mais organizada a sociedade, mais capacitada para exercer influência sobre a formulação e implementação das políticas.
10 Pressupostos / Implicações Mudanças nas políticas são vistas como resultado de mudanças na capacidade de influência dos grupos. Capacidade é determinada pelo número de integrantes, riqueza, força organizacional, liderança, acesso aos tomadores de decisão e coesão interna.
11 Os agentes públicos constantemente respondem à pressão desses grupos. Não há withinputs. A estrutura institucional do Estado; sua capacidade financeira, administrativa, técnica não são investigados.
12 Elitismo e pluralismo (comparação): Relação entre atores sociais e políticos: igual no pluralismo; desigual no elitismo. Desenho das políticas: previsível no elitismo (preferências das elites); imprevisível no pluralismo (disputa) Ambos tratam dos atores centrais do processo decisório (formulação)
13 Modelo da teoria da escolha racional Políticas são intervenções racionais do Estado: possibilitam ganhos para a sociedade como um todo. No cálculo de custos e benefícios, os benefícios superam os prejuízos que podem advir de outra ou nenhuma intervenção.
14 Entre políticas alternativas, é escolhida a que produz mais benefícios em relação aos custos. O cálculo inclui recursos materiais e valores sociais, políticos e/ou econômicos.
15 Para que a escolha seja racional, os tomadores de decisão devem: Conhecer todas as preferências sociais e políticas e o peso relativo de cada uma, além de todas as alternativas de políticas públicas disponíveis e as consequências de cada uma delas;
16 Calcular a proporção de benefícios e custos para cada alternativa; Selecionar a alternativa mais eficiente: a que proporciona mais benefícios, tendo em vista os recursos utilizados.
17 Pressupostos: As preferências existem e podem ser conhecidas e ponderadas. Consenso entre os envolvidos na atribuição de valor a cada opção.
18 Todas as informações necessárias para a tomada de decisão estão disponíveis. Os tomadores de decisão são capazes de calcular os benefícios e custos de qualquer decisão e de prever todas suas consequências.
19 Algumas condições institucionais nos permitem superar alguns obstáculos ou, pelo menos, minimizá-los. Exemplos: Audiências públicas: reunião do maior número de informações possível na etapa de formulação de leis.
20 Conferências e fóruns: discussão entre um grande número de atores com diferentes pontos de vista e diferentes recursos melhoram o processo de informação, negociação e pactuação das políticas. Conselhos: maior controle e fiscalização da gestão - mais fiscalização e responsabilização.
21 Contribuição Estabelece os parâmetros (ou condições) ideais em que as políticas devem ser decididas e implementadas
22 Implicações A política vigente é a melhor solução possível para os problemas sociais. Ela sempre produz resultados positivos. Não há desperdício de recursos.
23 Modelo da teoria dos jogos Supõe que há dois ou mais participantes (aqui denominados de jogadores ) envolvidos nas políticas. Todos têm escolhas e todos influenciam o resultado (a política). A política resulta das estratégias de todos os jogadores.
24 Os jogadores possuem interesses conflitantes e recursos diferentes ou desiguais. Se o conflito de interesse coincide com diferenças na posse de recursos de poder, abre-se a possibilidade de manipulação, de não-negociação, de não-decisão
25 Contribuições Mostra as diferenças de preferências, recursos e estratégias entre os atores envolvidos. Explica o desenho e a implementação das políticas a partir dessas diferenças.
26 Implicação Desconsidera as variáveis institucional, organizacional e ideológica.
27 Modelos da escolha racional e da teoria dos jogos (comparação) O da teoria dos jogos: revela o caráter estratégico da dinâmica política em torno de recursos escassos; aponta o fato de que poder é sempre relacional: o poder de A depende do poder de B.
28 Escolha racional: serve de guia de como as decisões devem ser tomadas Ambos permitem a análise da dinâmica do processo decisório. Ambos são muito abstratos.
29 Modelo incremental As políticas existentes não são revistas todos os anos ou mesmo a cada governo. Políticas passadas são base das políticas futuras.
30 Contribuição Mostra o processo real de decisão e gestão das políticas públicas. A solução dos problemas é feita de forma gradual, incremental (a aproximação sucessiva a um ideal que sempre muda).
31 Pressupostos Os tomadores de decisão geralmente aceitam a legitimidade de programas estabelecidos e concordam em mantê-los. A mudança nas políticas públicas é difícil. Não há rupturas significativas de um governo para o outro.
32 Modelo processual A política pública é um processo constituído por uma série de etapas. As etapas são sequenciais, separadas e independentes. Cada etapa possui atores, recursos e desafios próprios.
33 Cinco etapas (Dye): identificação dos problemas; formulação das propostas de solução; legitimação da proposta (política) selecionada; Implementação; avaliação.
34 1- Identificação de problemas: As demandas pela ação do governo são expressas pelos cidadãos. Os agentes públicos (representantes, burocracias) percebem, organizam, selecionam, agregam as diversas demandas.
35 Nesta etapa, há uma série de conflitos no momento de definir o que é um problema que requer intervenção pública e grande dificuldade na investigação de suas causas.
36 2- Formulação de propostas de políticas Após se chegar ao consenso de que as demandas apontam para um problema que requer intervenção pública, elaboramse as propostas para sua solução. Forma-se então uma agenda para discussão pública dessas propostas.
37 Paralelamente, os recursos administrativos e orçamentários necessários para a implementação das políticas são buscados.
38 3 Legitimação A proposta mais factível e em torno da qual há maior consenso é selecionada. Os recursos para sua implementação são previstos. O apoio político para sua aprovação é reunido (negociado).
39 A proposta de solução (a política) é deliberada e aprovada no Poder Legislativo. Transformada em lei, a política está pronta para ser implementada. Está legitimada politicamente.
40 4 Implementação As burocracias são organizadas, os impostos arrecadados, os pagamentos realizados e as ações são executadas tal como previstas na lei.
41 5 Avaliação As políticas implementadas são avaliadas A avaliação é traduzida em sugestões de mudanças, de ajustes ou de fim da ação, tendo em vista os problemas identificados na implementação e nos resultados.
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