A Experiência do Autocuidado Apoiado na APS da SMS Curitiba
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- Tânia Madeira Caires
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1 Modelo de Atenção às Condições Crônicas Seminário II Laboratório de Atenção às Condições Crônicas A Experiência do Autocuidado Apoiado na APS da SMS Curitiba
2 LIACC Educação Permanente Suporte à decisão clínica APS e ponto secundário de atenção supervisão (cardiologia, endocrinologia, psiquiatria) Tecnologias de mudança de comportamento Atendimento face a face e em grupo (CUCO) Autocuidado Apoiado
3 Apoio ao Autocuidado Objetivos Estabelecer e monitorar o plano de cuidado em conjunto Avaliar a capacidade do autocuidado Pactuar e monitorar as metas do autocuidado grau de confiança e interesse, passos Fazer o contrato Oferecer o autocuidado apoiado Educação em saúde condição, processo de mudança de comportamento Identificar as necessidades específicas e realizar encaminhamentos quando necessário.
4 Determinante proximal do processo saúde-doença : estilo de vida (genótipo poupador) 2.5 million years 50 years Borrowed from R Unger
5 Comportamentos Minhas razões, necessidades, capacidade e interesse Minhas razões, necessidades, capacidade e interesse Usuário X Profissional de saúde Há algo na natureza humana que resiste a ser coagido e forçado a agir. (Rollnick, Miller e Butler, 2009)
6 Atenção focada nas metas Foco prematuro Estilo de vida saudável HbA1c < 7% PA < 130/80 mmhg LDL < 100 mg/dl Autocuidado Tendência a querer consertar Confrontação Prescrição Educação em saúde Direção Ameaça Julgamentos
7 Plano de cuidado INDICADOR OBJETIVOS E METAS PERIODICIDADE E ORIENTAÇÕES Todas as avaliações de saúde ESTILO DE VIDA NUTRIÇÃO Alimentação saudável, prática regular de atividade física leve a moderada e abstinência de fumo Manter o peso saudável (IMC 18,5 a 24,9 kg/m 2 adultos ou 22 a 26,9 kg/m 2 idosos) Circunferência abdominal < 80 cm em mulheres e < 94 cm em homens Para fumantes - abordagem mínima para cessação do tabagismo em todas as avaliações de saúde e encaminhamento para abordagem e tratamento intensivo Todas as avaliações de saúde Perder 5 a 10% do peso se sobrepeso ou obesidade presente
8 Tempo que a pessoa fica com a equipe de saúde na Inglaterra 3 das 8760 horas no ano (0,034%) 0,5 dos 1440 minutos do dia
9 Diferentes visões "Mas eu já disse isso inúmeras vezes! " "Ou eles não entendem ou não querem mudar! " "Não adianta, isto é difícil mesmo! " "Não se pode ajudar quem não quer ajuda! " " É muito frustrante "
10 EXERCÍCIO PG 8 PG 16 PG 20 PG 21
11 Tomada de Decisão
12 Estágios de Motivação para a Mudança (Prochaska e Di-Clemente) CARACTERÍSTICA Isso não é um problema para mim agora, prefiro deixar tudo como está. Penso em mudar isso, mas não agora. Talvez nos próximos 6 meses. Estou determinado a mudar agora, no máximo dentro de 1 mês (30 dias) e estou planejando como fazê-lo. Comecei a mudar, coloquei o plano em ação mas há menos de 6 meses. Já assumi esta mudança há mais de 6 meses e já é natural para mim agir assim. Estava agindo diferente, escorreguei mas pretendo retomar o plano. Desisti, voltei a agir praticamente como antes e abandonei o plano. ESTÁGIO PRÉ-CONTEMPLAÇÃO CONTEMPLAÇÃO PREPARAÇÃO AÇÃO MANUTENÇÃO DESLIZE (LAPSO) RECAÍDA
13 Estágio de Motivação para a Mudança Contemplação (40%) Planejamento Ação Manutenção (20%) Pré-contemplação (40%) Não querer mudar não significa que a mudança não seja possível. (Rollnick, Miller e Butler, 2009)
14 Estratégias de acordo com o Estágio ESTÁGIO ESTRATÉGIAS DO PROFISSIONAL PRÉ- CONTEMPLAÇÃO Fornecer informações; levantar dúvidas e trazer questionamentos; aumentar e fortalecer a percepção acerca dos riscos e problemas decorrentes do comportamento atual; evidenciar a discrepância entre os objetivos pessoais e o comportamento; dar feedback CONTEMPLAÇÃO Explorar a divisão interna para que a pessoa saia do estado de paralisia; evocar as razões para mudar e os riscos de mudar ou não mudar o comportamento alvo; fornecer apoio; fortalecer a autoeficácia para a mudança.
15 Interesse e Necessidade O que é importante? (o que me motiva) COMPORTAMENTOS NECESSÁRIOS Marque um X ou escreva os comportamentos que você precisa assumir neste momento Melhorar a alimentação Aumentar a prática de atividade física semanal Lidar melhor com o estresse Parar de fumar X INTERESSE Tomar medicamentos conforme orientação da equipe de saúde Evitar o consumo de álcool e outras drogas Outros:
16 Abordagem Motivacional CARÁTER: - COLABORATIVO - EVOCATIVO - RESPEITO À AUTONOMIA DA PESSOA OBJETIVOS - Trabalhar a ambivalência - Trabalhar a responsabilização - Fortalecer o compromisso com a mudança - Prevenir recaídas ESTRATÉGIAS Fazer perguntas abertas Escutar reflexivamente Encorajar Resumir Eliciar afirmações automotivacionais
17 Balança de Decisão Vantagens Desvantagens Mudar
18 Estratégias de acordo com o estágio ESTÁGIO PREPARAÇÃO AÇÃO ESTRATÉGIAS DO PROFISSIONAL Auxiliar na elaboração e detalhamento de um plano de ação - questionar quando, como e onde pretende realizálo, como irá se organizar, qual a data de início, quais são as metas e os prazos, quais os obstáculos, quem ou o que ajudará. Acompanhar a realização dos passos para a mudança, avaliar em conjunto o foco na mudança, os resultados atuais, a necessidade de adequação, a persistência. MANUTENÇÃO Ajudar na identificação dos benefícios do comportamento assumido e na valorização do que está funcionando; reconhecer as situações de risco e as estratégias de enfrentamento; prevenir deslizes e recaídas.
19 Pactuação e Plano de Ação PACTUAÇÃO Tarefa 1 - (o que você fará, quanto, quando, quantas vezes) Confiança (0 a 10) Monitoramento diário Data Realizado Observações SIM ± NÃO SIM ± NÃO SIM ± NÃO SIM ± NÃO
20 Compromisso assinatura do contrato METAS PACTUAÇÃO COMPORTAMENTO
21 Apoio ao Autocuidado - monitoramento Roteiro de entrevista Apresentar-se e perguntar como está. Questionar qual era a meta. Como foi? Tem algo que gostaria de falar? O que conseguiu realizar? Ótimo, então persista. O que não conseguiu realizar? Quais dificuldades enfrentou? Tentou resolver e como? O que funcionou e não funcionou? O que poderia tentar agora? Interesse/confiança. Experimente durante este período.
22 Planilha de monitoramento de apoio ao autocuidado UBS Área Microárea Nome Fone Objetivo Grau de interesse Grau de confiança Pactuação Atividade física Alimentação Manejo do estresse Medicação Data Cessação do tabagismo Profissional responsável
23 Técnica de Resolução de Problemas Fonte: Sternberg, 1996/2000
24 Prevenção de Recaídas - proatividade Analise o que aconteceu detalhadamente LIDANDO COM DESLIZES E RECAÍDAS Descreva experiências anteriores onde você foi bem sucedido (o que estava funcionando) Descreva várias alternativas de como lidar com esta situação da próxima vez o que dizer, o que fazer, como se distrair Escreva lembretes para esta situação - PRECISO EVITAR (SITUAÇÕES PERIGOSAS) - RELAXE! - MOTIVOS PARA COMEMORAR - O QUE FUNCIONOU - AO INVÉS DE VOU - - -
25 Estratégias de acordo com o estágio ESTÁGIO ESTRATÉGIAS DO PROFISSIONAL DESLIZES E RECAÍDAS Auxiliar a pessoa a renovar os processos de contemplação, determinação e ação, sem tornar-se culpada, imobilizada ou desmoralizada. Avaliar de forma objetiva o fato e evocar o aprendizado para prevenir e/ou lidar com futuras situações.
26 Atividades em grupo Reeducação alimentar Abordagem intensiva para cessação do tabagismo Manejo do estresse Atividade física orientada Fisioterapia coletiva Seguimento farmacoterapêutico NÚCLEO COMUM Abordagem motivacional Avaliação do interesse Pactuação baseada no grau de confiança Monitoramento do plano de ação Resolução de problemas Registro do processo e comunicação ao apoiador
27 Grupo Operativo Postura do profissional de saúde que coordena o grupo: Ser co-pensador - pensar junto com o grupo e não pelo grupo Sair do centro não dar respostas prontas, devolver perguntas e questionamentos para o grupo, evitando reforçar a dependência em relação à coordenação. Não impor ideias ou coagir o grupo. Estar aberto para o inesperado que surge da produção do grupo, pois muitas vezes esta não atende à expectativa do coordenador. Intervir apenas quando houver dificuldade na comunicação, paralisações e impasses no grupo. O excesso de intervenções pode atrapalhar o caminhar do grupo. Observar e perceber os momentos e movimentos do grupo relacionados à tarefa subjetiva.
28 Estratégia de implantação nas UBS de intervenção Minhas razões, necessidades, capacidade e interesse Minhas razões, necessidades, capacidade e interesse Grupo condutor X Equipe da APS
29 Técnica dos 5 A S AVALIE ACONSELHE Conhecimento, ideias(estilo de vida e condição de saúde), grau de interesse e confiança para assumir novos comportamentos. Com abordagem motivacional e educação autodirigida. ACORDE ASSISTA ACOMPANHE Pactuação de metas específicas, mensuráveis e de curto prazo. Planos de ação, habilidades como resolução de problemas, automonitoramento e prevenção de recaídas; avalie deslizes e recaídas; forneça material de apoio. Acompanhe e monitore periodicamente o processo, principalmente nas fases iniciais. Fonte: adaptado de RUSSEL, GLASGOW e DORIANE, 2006.
30 Apoio ao autocuidado
31 IRONICAMENTE, ÀS VEZES, O RECONHECIMENTO DO DIREITO E DA Willian Miller LIBERDADE DO OUTRO DE NÃO MUDAR É O QUE TORNA A MUDANÇA POSSÍVEL. Stephen Rollnick
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