VI Congresso Internacional de Corrida- 2015

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1 VI Congresso Internacional de Corrida Treino de resistência e níveis de performance Gonçalo Vilhena de Mendonça 2015

2 Estrutura geral 1. Treino de resistência cardiorrespiratória (CR) na corrida Conceito de resistência CR Noção de fadiga Perfil aeróbio individual Domínios de intensidade no treino de resistência CR Modalidades de treino de resistência CR. 2. Processo de senescência e efeitos do treino Rendimento em provas de resistência CR VO 2máx Economia Cinética O Limiar do lactato Fatores neuromusculares.

3 Treino de resistência CR na corrida

4 Definição de resistência cardiorrespiratória Capacidade de o organismo resistir à fadiga numa atividade motora prolongada Fadiga? Diminuição transitória e reversível da capacidade de trabalho individual. Logo: Desenvolver a resistência CR implica adiar a fadiga em esforços que envolvam atividade motora prolongada 4

5 Fadiga A fadiga, como condicionante ao rendimento, pode ter uma origem factorial ou multifactorial: Sistema Nervoso Central (SNC) Sistema Nervoso Periférico (SNP) Junção Neuromuscular Fibra Muscular Independentemente: Surge sempre como uma consequência do organismo tentar manter a [ATP] intracelular a níveis fisiológicos para assegurar uma dada intensidade de trabalho. 5

6 Variáveis de perfil aeróbio: VO 2máx e acumulação La - Carga Interna Carga Externa

7 Variáveis de perfil aeróbio: economia Perfil de VO 2 + económico

8 Variáveis de perfil aeróbio: cinética O 2 Cinética O 2 on Cinética O 2 off

9 Concluindo A VELOCIDADE máxima de corrida é um excelente indicador de rendimento porque: 1. Aumenta em função de melhorias no VO 2máx. 2. Aumenta em função de melhorias no limiar do lactato. 3. Aumenta em função de melhorias na economia. 4. Aumenta em função de melhorias na cinética O 2. Desta forma A VELOCIDADE máxima de corrida expressa o perfil aeróbio individual No entanto Não discrimina as diferentes componentes que concorrem para o rendimento físico (VO 2máx, [La - ], economia, cinética O 2 ).

10 Domínios de intensidade no treino CR LT EEML % V O 2 max ) Submáximas (potência < VO 2máx ) VO 2máx a) Moderadas b) Pesadas c) Severas 2) Máximas (potência ~ VO 2máx ) 3) Supramáximas (potência mecânica > VO 2máx )

11 Domínios de intensidades submáximas Severa Pesada Moderada 3 min 6 min Am.J. Physiol. (2007) 293 :R812-R820

12 Reserva de velocidade anaeróbia Intensidades máximas e supramáximas Treino Láctico VO 2máx (RST e SIT) Treino VO 2máx (SHIT) Treino VO 2máx (LHIT) Reserva de velocidade aeróbia Sports Med. (2013) 43 :

13 Modalidades de treino de resistência CR por domínios de intensidade L Treino contínuo M P S Treino intervalado E

14 Senescência e resistência CR

15 Degeneração do rendimento CR Na corrida, o rendimento CR é tipicamente quantificado com base na melhor marca individual aos 10 Km. 3 x mais acentuado nas mulheres O rendimento CR é relativamente bem mantido até ~ 60 ai. J. Appl. Physiol. 95: (2003)

16 Redução da velocidade média na corrida de fundo: J. Aging Phys. Act. 10: (2002)

17 Tempo médio de capacidade competitiva: S. Afr. J. Sports. Med. 7: (2000)

18 Efeitos fisiológicos da senescência

19 Decréscimo do VO 2máx Em média, o decréscimo do VO 2máx é de ~ 5 a 8%/década dos 35 até aos 60 ai. A partir dos 70 ai, o decréscimo do VO 2máx é de 20%/década. J. Appl. Physiol. 95: (2003)

20 Volume de treino anual ao longo da vida: J. Aging Phys. Act. 10: (2002)

21 Papel do volume de treino O decréscimo absoluto do VO 2máx com a idade está substancialmente esbatido nos atletas que não reduzem o seu volume de treino ao longo do tempo. J. Appl. Physiol. 92: (2002)

22 Base etiológica: decréscimo do VO 2máx = Decréscimo da frequência cardíaca máxima em ~ 3%/década O decréscimo do fluxo sanguíneo aos músculos ~ 85% da queda no VO 2máx com a idade Disfunção diastólica Stiffness arterial Menor vasodilatação

23 Economia de esforço Perda de 15-20% economia na marcha Preservação da economia de corrida J. Strentgh Cond. Res. 25: (2011) J. Appl. Physiol. 78: (1995)

24 Cinética de O 2 Em pessoas destreinadas, a cinética de O 2 torna-se progressivamente mais lenta com a idade Appl. Physiol. Nutr. Metab. 32: (2007) Em pessoas treinadas, a cinética de O 2 não degenera ao longo da idade Med. Sci. Sports Exerc. 47: (2015)

25 Limiar do lactato ~ 3.5 x superior Redução limiar do lactato (absoluto) Efeitos do treino crónico sobre o limiar do lactato J. Appl. Physiol. 78: (1995) Gerontology. 54: (2008)

26 Ciclo muscular de alongamento/encurtamento Pré-ativação Impulsão ~ 30% elástica Alongamento Contração Impulsão 100% elástica Science.275: (1997) Nature. 246: (1973)

27 Degeneração da componente elástica Elemento elástico em série Elemento elástico em paralelo A titina degenera com a idade O colagénio degenera com a idade

28 Degeneração da componente neural Fadiga Normal EMG Max Isométrico Contacto 100 ms Contacto J. Biomech. 33: (2000)

29 Consequências Boston Bill Rodgers Vencedor Maratona Boston 3 x consecutivas ( ) Record pessoal Maratona 2:09:27 (1979) Ano 1999 com 51 ai: km: 52:15 2. Maratona DNF (km 30). 3. Falência periférica.

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