LEI COMPLEMENTAR Nº 1.049, DE 19 DE JUNHO DE 2008 (Lei Paulista de Inovação)
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- Ana Laura Gameiro Bernardes
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1 LEI COMPLEMENTAR Nº 1.049, DE 19 DE JUNHO DE 2008 (Lei Paulista de Inovação) Dante Martinelli Coordenador de Ciência, Tecnologia e Inovação da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo
2 A Lei Complementar n.º 1.049/08 foi formulada no âmbito da Secretaria de Desenvolvimento e tem como objetivo a maior aproximação entre o setor produtivo e a ciência e pesquisa, intensificando a integração entre os centros de conhecimento e as empresas paulistas. Trata-se de um novo marco legal capaz de articular de maneira eficiente os agentes e órgãos voltados a gerar inovação tecnológica, por um lado, e, por outro, os agentes econômicos, permitindo-lhes interagir para aplicar o conhecimento à produção. Após a edição foi criada uma comissão que cuidou da elaboração do Decreto de Regulamentação da Lei, que redundou no Decreto n.º , de 18 de agosto de 2009.
3 A Lei Paulista de Inovação abrange os seguintes Capítulos: Capítulo I Das disposições preliminares - Proposta da Lei; Capítulo II Do Sistema Paulista de Inovação Tecnológica e sua composição; Capítulo III Do Estímulo à participação das Instituições Científicas e Tecnológicas do Estado de São Paulo no processo de inovação; Capítulo IV Do estímulo à participação do pesquisador público no processo de inovação tecnológica; Capítulo V Do estímulo à participação do inventor independente no processo de inovação tecnológica;
4 Capítulo VI Do estímulo à participação de empresas no processo de inovação tecnológica; Capítulo VII Da participação do Estado em empresas de inovação tecnológica; Capítulo VIII Da participação do Estado em fundos de investimento; Capítulo IX Dos Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica; Capítulo X Das disposições finais.
5 Sistema Paulista de Inovação Tecnológica Composição Entidades que se enquadrem como Instituição Científica e Tecnológica do Estado de São Paulo ICTESP; Entidades que se enquadrem como Agência de Fomento e Competitividade; Agências de Fomento; Sistema Paulista de Parques Tecnológicos; Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica; Instituições Científicas e Tecnológicas instituídas pela União, sediadas no Estado de São Paulo.
6 Estímulo à Participação das ICTESPs no Processo de Inovação Tecnológica As ICTESPs poderão desenvolver projetos de inovação tecnológica em conjunto com instituições públicas e privadas dos diversos segmentos do setor produtivo e da sociedade civil voltados à inovação tecnológica e ao desenvolvimento científico e tecnológico; As ICTESPs poderão celebrar contratos de transferência de tecnologia e de licenciamento para outorga de direito de uso ou de exploração de criação protegida que tenham desenvolvido, mediante manifestação prévia do Núcleo de Inovação Tecnológica NIT; As ICTESPs deverão contar com um NIT próprio, caracterizado como órgão técnico incumbido de gerir a política de inovação da instituição.
7 Estimulo à Participação do Pesquisador Público no Processo de Inovação Tecnológica É assegurada, a título de incentivo, ao pesquisador público ou aluno devidamente inscrito em programa de pós-graduação de ICTESP, que seja criador, participação mínima de 5% e máxima de 50% sobre os ganhos econômicos auferidos, resultantes de exploração de criação protegida da qual tenha sido o inventor, obtentor ou autor, aplicando-se, no que couber, o disposto no parágrafo único do artigo 93 da Lei Federal n.º 9.279, de 14 de maio de 1996.
8 Estímulo à Participação de Empresas no Processo de Inovação Tecnológica Os órgãos e entidades da administração pública estadual, em matéria de interesse público, poderão contratar empresas ou consórcios de empresas, assim como entidades nacionais de direito privado sem fins lucrativos voltadas para atividades de pesquisa, que apresentem reconhecida capacitação tecnológica no setor, para a realização de atividades de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, para a solução de problema técnico específico ou obtenção de produto ou processo inovador, observadas as formalidades legais.
9 Participação do Estado em Empresas de Inovação e em Fundos de Investimento A participação do Estado será minoritária em relação ao total do investimento e seguirá critérios estabelecidos conjuntamente pelas Secretarias de Desenvolvimento e da Fazenda.
10 RESULTADOS ESPERADOS DA LEI PAULISTA DE INOVAÇÃO Promoção de incentivos diretos, como a autorização para utilização da infra-estrutura de pesquisa existente; Comercialização de patentes, remuneração para inventores; Apoio financeiro e participação do Estado em SPEs (Sociedades de Propósito Específico), inclusive pela integração com os Parques Tecnológicos e Incubadoras; Permissão à FAPESP para atuar de forma mais ativa visando a implementar a inovação, aportando recursos para instituições e empresas.
11 Dificuldades Encontradas na Aplicação da Lei Paulista de Inovação Dificuldades quanto à assinatura de convênios e contratos, por parte das ICTESPs, por entraves jurídicos e pelo fato de a grande maioria dos Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo não ter personalidade jurídica nem autonomia para firmar esses convênios/contratos; Dúvidas sobre o artigo 272 da Constituição Paulista, que diz que o patrimônio científico dos Institutos de Pesquisa Públicos é inalienável e intransferível. Dificuldades em remunerar o pesquisador inventor.
12 Ações em Andamento para Solucionar os Problemas Criação dos NITs, mediante um Decreto Único, em todos os Institutos de Pesquisa da administração direta dando maior autonomia aos seus diretores; permitindo compartilhamento de laboratórios e equipamentos com a iniciativa privada; celebração de contratos e convênios; gestão administrativa e financeira; Criação de um Fundo nos Institutos de Pesquisa que permita ao pesquisador participar dos ganhos advindos de licenciamentos; Descentralização dos Institutos de Pesquisas da administração direta, transformando-os em Fundação ou Autarquia, entidades que possuem personalidade jurídica própria e autonomia administrativa e financeira.
13 Sistema Paulista de Parques Tecnológicos - SPTec O SPTec é uma das ações estruturantes do Governo do Estado de São Paulo inserida na missão da Secretaria de Desenvolvimento Papel da Secretaria de Desenvolvimento no SPTec Induzir, apoiar, incentivar, promover, fomentar, atrair recursos e articular o poder público para auxiliar os parques e as empresas instaladas. Promover a integração dos parques, com a iniciativa privada e os centros de conhecimento.
14 Sistema Paulista de Parques Tecnológicos - SPTec 17 projetos com credenciamento provisório Barretos Botucatu Campinas (Unicamp) Mackenzie - Tamboré Piracicaba Santos Santo André Ilha Solteira São Carlos (ParqTec) São Carlos (EcoTecnológico) São José do Rio Preto São José dos Campos São Paulo (Jaguaré) São Paulo (Zona Leste) Sorocaba CPqD Ribeirão Preto
15 Sistema Paulista de Parques Tecnológicos - SPTec 13 projetos em discussão Campinas (Prefeitura / Ciatec) Araçatuba Americana Rio Claro Consórcio do Grande ABC Santa Bárbara D Oeste Guarulhos Jundiaí Limeira Atibaia Bauru CTI Renato Archer (Campinas) Lins Total: 30 iniciativas em andamento
16 SPTec Sistema Paulista de Parques Tecnológicos Ramos de atividades e vocações dos parques tecnológicos do SPTec Novos materiais Sistemas embarcados Sistemas inerciais Geoprocessamento Energia Biomédica Tecnologia da Informação e Comunicação Software de valor Agregado Instrumentação Eletrônica e Equipamentos Química Fina. Saúde Química Agro-negócios. Simulação e Modelagem Métodos Quantitativos Especializados Metrologia Metalografia Mecatrônica Automação Agroindústria Materiais Óptica Mecânica Fina Fármacos. Setores Têxtil Eletro-Metal-Mecânica Inteligência de Mercado Mídia e Gerontologia Bioprocessos Serviços Ambientais Produtos Florestais Produtos Naturais da Fauna e Flora Tecnologias Sociais Logística Energia Porto-Indústria Meio Ambiente e Pesca Aagrotecnologia Pastos e Manejo Rastreabilidade e suas Tecnologias Raças de Corte e de Leite Qualidade em Produtos Cárneos e do Leite Controle de Resíduos de Medicamentosos Biotecnologia da Reprodução. Geotecnologia e Geoprocessamento. Bioenergia e Biotecnologia Plásticos P&D em acessibilidade, usabilidade e comunicabilidade para pessoas com deficiências. Inovação e Gestão Têxtil e Moda Nanotecnologia
17 REFERÊNCIAS Decreto n , de 2 de abril de 2009, que regulamenta o SPTec e define as entidades de apoio e empresas de base tecnológica que poderão se beneficiar dos incentivos estaduais Decreto n , de 16 de dezembro de 2008, que concede incentivos às empresas que se instalarem em parques do SPTec. Decreto n , de 6 de fevereiro de 2006, que instituiu o SPTec
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