Um modelo matemático da comunicação. Sociologia da Comunicação FLUL, Docente: Rita Marquilhas

Transcrição

1 Um modelo matemático da comunicação Sociologia da Comunicação FLUL, Docente: Rita Marquilhas

2 Biliografia Fiske, John Introduction to Communication Studies. 2nd ed. Londres & Nova Iorque: Routledge. (Tradução portuguesa: Porto: ASA, 2002, 7.ª edição) Endereço no google books: unication+studies&source=gbs_toc_r&cad=3#v=onepage&q=john%20fiske%2bintroduction%20to%20 communication%20studies&f=false Shannon, Claude, e Warren Weaver The mathematical theory of communication. Urbana: University of Illinois Press.

3 A comunicação enquanto processo de transmissão de mensagens (Fiske 2002, 14) Escola processual: corrente dentro da teoria da comunicação que se preocupa com o modo de codificação e descodificação por parte de emissores e recetores de mensagens usando canais e meios de comunicação. Preocupa-se com exatidão, eficácia e falhas na transmissão, com o sucesso ou o fracasso da comunicação.

4 Modelo de Shannon e Weaver (1949) Fonte: Fiske 1990, 7

5 Conceitos a explorar em torno do modelo de Shannon e Weaver (Fiske 2002, cap. 1) Fonte: decisor de qual a mensagem a transmitir de entre as mensagens possíveis Transmissor: transformador da mensagem em sinal (exs: bocal do telefone, sistema nervoso e aparelho fonador do ser humano) Sinal: forma física da mensagem (exs: corrente elétrica, ondas sonoras) Canal: meio físico adequado à propagação do sinal (exs: fio de telefone, ar) Recetor: transformador do sinal em mensagem (exs: auscultador do telefone, aparelho auditivo e sistema nervoso do ser humano) Destino: interpretante do significado da mensagem Ruído: acrescento indesejado ao sinal (ex: distorção do som) Problemas no estudo da comunicação: técnicos (precisão na transmissão dos símbolos) semânticos (precisão na transmissão dos significados) de eficácia (conduta do destinatário compatível com o significado)

6 Conceitos que emergiram da resolução de problemas de ruído (Fiske 2002, cap. 1) Informação: medida de previsibilidade do sinal, i.e., número de escolhas à disposição da fonte. Bit bi(nary digi)t : unidade da informação = escolha entre Sim (0) e Não (1); uma mensagem que implique 5 escolhas entre Sim e Não por parte da fonte tem 5 bits. Redundância: parte previsível, ou convencional, da mensagem facilita a descodificação na presença de ruído. Entropia: parte imprevisível da mensagem.

7 Conceito de Meio (Fiske 2002, cap. 1) - Meio (não introduzido por Shannon e Weaver): conjunto de recursos técnicos ou físicos que permitem converter a mensagem em sinal. Exs: Voz, Escrita, Rádio Difusão. Meios apresentativos: usam linguagens naturais, não existindo fora da presença do comunicador (exs: voz, rosto, corpo) Meios representativos: produzem um texto que regista os meios apresentativos mas pode existir independentemente do comunicador (exs: escrita, pintura) Meios mecânicos: meios representativos que usam canais criados pela engenharia, estando portanto sujeitos a maiores limitações tecnológicas.

8 Relação entre cinco meios de comunicação de massas segundo Katz, Gurevitch e Hass (1973) Fonte: Fiske 1990, 19

9 Cinco mass media O esquema anterior resume o resultado de um inquérito de larga escala sobre os meios preferidos pelo público dos meios de comunicação de massas. Descobriu-se uma relação circular entre aqueles meios: quando um dos meios não estava disponível, quem o tinha preferido optava pelos dois imediatamente à esquerda e imediatamente à direita.

10 Códigos (Fiske 2002, cap. 1) Definição de código: sistema de significados partilhado pelos membros de uma cultura. As características do meio e do canal determinam os tipos de código a utilizar. Composição do código: osignos oregras de para os escolher e combinar.

11 Tipos de código (Fiske 2002, cap. 1) Códigos primários: signos e regras da linguagem verbal. Códigos secundários: permitem que uma mensagem já codificada seja transmitida por um outro canal (ex: escrita, morse).