Luísa Cabral 17 de Junho de 2008

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1 SECRETARIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA DIRECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL E REABILITAÇÃO DIRECÇÃO de SERVIÇOS de EDUCAÇÃO e APOIO PSICOPEDAGÓGICO SERVIÇO TÉCNICO de APOIO PSICOPEDAGÓGICO CENTRO de APOIO PSICOPEDAGÓGICO do FUNCHAL

2 Alguns Direitos O DIREITO de as pessoas com autismo terem um diagnóstico e uma avaliação clínica precisos, acessíveis e livres de preconceitos. O DIREITO de as pessoas com autismo receberem uma educação acessível e apropriada. O DIREITO de as pessoas com autismo terem igual acesso a todos os equipamentos, serviços e actividades da comunidade e poderem utilizá-los. Carta dos Direitos das Pessoas com Autismo, 1992

3 À semelhança da sociedade, os sistemas educativos devem ser inclusivos. Na medida em que as Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) requerem respostas individualizadas abrangentes e diversificadas, considera-se que estas devem ocorrer nas escolas regulares, com adaptações apropriadas para garantir um melhor acesso, participação sustentada e benefícios para as pessoas com PEA (Educação de Pessoas com PEA, Recomendações de Autism-Europe1, 1998)

4 O QUE É O AUTISMO? Ao dizermos que um indivíduo tem autismo ou uma perturbação no espectro do autismo (PEA), estamos simultaneamente a afirmar que ele tem um conjunto de disfunções características nas áreas da interacção social, da comunicação (verbal e não verbal), bem como alterações no comportamento visíveis a todos os que contactam com esse indivíduo (ex: resistência à mudança; maneirismos motores; respostas atípicas às experiências sensoriais).

5 Quais as causas do autismo? As evoluções na pesquisa científica têm vindo a apontar para o facto de poderem existir diversas causas, algumas presentes, outras não, em determinada pessoa: Parece existir uma pré disposição genética que pode dar origem ao aparecimento de autismo. Alguns factores pré e peri natais podem igualmente jogar um papel determinante. Pode ter de haver uma conjunção entre o potencial genético e o meio ambiente (ex: infecções virais; exposição a determinados componentes do ambiente; desequilíbrios metabólicos). Uma causa conhecida reúne o consenso: o autismo é causado por anomalias nas estruturas e funções cerebrais.

6 DSM IV - TR (2001) Critérios para a definição de Perturbação Autística Redução na interacção social (pelo menos 2) Redução nos comportamentos não verbais (contacto do olhar, expressão facial, postura corporal) Insucesso na relação com os pares adequada ao nível de desenvolvimento Falta de procura espontânea de partilha de interesses, divertimentos ou actividades com outras pessoas Falta de reciprocidade social ou emocional

7 DSM IV - TR (2001) Critérios para a definição de Perturbação Autística Redução qualitativa na comunicação (pelo menos 1) Atraso ou ausência no desenvolvimento da linguagem falada Uso estereotipado ou repetitivo da linguagem Quando falam, redução na capacidade de iniciar ou sustentar uma conversa com os outros Falta de jogo simbólico variado e espontâneo ou jogo social imitativo adequado ao nível do desenvolvimento

8 DSM IV - TR (2001) Critérios para a definição de Perturbação Autística Padrões repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses, actividades (pelo menos 1) Preocupação cingida a um ou mais padrões de interesse estereotipados ou restritos não normais Adesão a rotinas ou rituais específicos não funcionais Maneirismos motores estereotipados e repetitivos Preocupação persistente com partes de objectos

9 INTERVENÇÃO A intervenção deve ser iniciada precocemente A intervenção deve ser intensiva e individualizada A intervenção deve ser realizada por uma equipa interdisciplinar Conteúdos Curriculares (capacidade para prestar atenção a elementos do ambiente; para imitar os outros; para usar e compreender a linguagem; para usar apropriadamente os brinquedos; para interagir socialmente com os outros) Ambientes de ensino altamente estruturados e de estratégias de generalização Previsibilidade e Rotina Abordagem funcional dos Problemas de Comportamento Envolvimento Familiar (Dawson & Osterling, 1997)

10 FACTORES QUE INTERAGEM DE MODO FAVORÁVEL protegendo e diminuindo o risco: QI elevado Desenvolvimento de linguagem e fala Temperamento afável Intervenções de desenvolvimento bem sucedidas Bom ambiente social de suporte

11 FACTORES QUE INTERAGEM DE MODO DESFAVORÁVEL aumentando o risco: QI baixo Ausência de linguagem ou fala Alterações neurológicas Doenças psiquiátricas concomitantes Falta de programas educativos precoces e adequados Ambiente social incapaz de lidar com a criança autista

12 Actividade Modalidades de Comunicação Processos Cognitivos Contexto Intervenção

13 TEACCH Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children (Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Perturbações da Comunicação)

14 Princípios e conceitos orientadores: Melhoria das capacidades adaptativas da criança Colaboração pais/profissionais Avaliação individualizada para a intervenção Reforço das capacidades Teoria cognitiva e comportamental Técnico Generalista Ensino estruturado

15 DÉFICES INTERVENÇÃO COM O MODELO TEACCH Cognitivos Atenção Sequencialização Memória Generalização Ensino individualizado 1:1 Estruturação física Clarificação do objectivo da tarefa Sequência de actividades Facilita a generalização Áreas fortes e interesses Sensoriais Inconsistência Hiper/Hipo-sensibilidade Ensino individualizado 1:1 Suporte visual Redução de estímulos distractores

16 Alterações da Comunicação Compreensão/Expr. Pragmática DÉFICES INTERVENÇÃO COM O MODELO TEACCH Informação visual Estimula a generalização Sistema de comunicação próprio Trabalha conceitos em contextos naturais Sociais Empatia Reciprocidade Promove a ligação com a comunidade Adequa os requisitos sociais a cada criança Estimula actividades da vida diária

17 DÉFICES Comportamentais Aderência a rituais não funcionais INTERVENÇÃO COM O MODELO TEACCH Estruturação física Informação visual Rotinas e regras explicitas Redução de estímulos distractores

18 As quatro componentes principais do ensino estruturado 1. Estruturação Física 2. Informação Visual 3. Plano de Trabalho 4. Pistas Facilitadoras do Desempenho

19 Áreas de Trabalho 1. Reunião Zona para a exploração de objectos, imagens, sons e gestos Desenvolver competências ao nível das noções espaciotemporais, autonomia, compreensão verbal Desenvolver a comunicação Desenvolver a interacção social

20 Áreas de Trabalho 2. Aprender Privilegia o desenvolvimento de novas aprendizagens e a sua consolidação Desenvolve a atenção e concentração Facilita a interacção e a focalização do olhar

21 Áreas de Trabalho 3. Trabalhar Área de trabalho individual e autónomo O gabinete de trabalho permite: Redução de estímulos distractores Focalizar a atenção nos aspectos importantes da tarefa

22 Áreas de Trabalho 4. Trabalho de grupo Zona para a promoção da interacção social Estimula a partilha e o trabalho com os pares Fomenta a diversificação de actividades

23 Áreas de Trabalho 5. Brincar Local para brincar e, principalmente, para aprender a brincar Relaxamento, lazer Momentos de Espera Local de estereotipia

24 Áreas de Trabalho 6. Computador Espaço para o trabalho com o computador Facilita a atenção e a concentração Consolidar aprendizagens Minimizar dificuldades na escrita

25 Áreas de Trabalho 7. Área de transição Local onde se encontram os horários individuais O aluno dirige-se a esta zona sempre que termine as tarefas de cada área.

26 2. Informação Visual Informação visual da própria sala: Áreas de trabalho identificadas Perceber em que espaço vão ser realizadas as tarefas Informação visual do próprio aluno

27 2. Informação Visual Horários visuais claros auxiliam os alunos com autismo: Mostram as actividades a realizar e em que sequência Minimizam os problemas de memória e atenção Reduzem problemas relacionados com a noção de tempo e organização Compensam as dificuldades ao nível da linguagem receptiva Motivam o aluno a realizar as actividades Previnem a desorganização interior e as crises de angústia Possibilitam a independência e autonomia

28 3. Plano de Trabalho Fornece informações tão importantes como: Que tarefas realizar Quantidade de tarefas a elaborar Noção de sequência temporal Composto por imagens, palavras, objectos reais

29 É importante não esquecer que quanto mais estruturado e organizado for o ambiente de um aluno com autismo, maior a previsibilidade quanto maior a previsibilidade, menor a ansiedade, maior a motivação, maior o sucesso

30 Pistas para a Intervenção Informação Visual (Horários) Chegada Jogo Livre Lanche Actividades ao ar livre Momento de grande grupo Actividade estruturada Higiene Almoço Sesta Areas ou Centros de aprendizagem

31 Pistas para a Intervenção Atenção Mútua / Envolvimento Mútuo Seguir e entrar na actividade da criança Persistir Tratar o que a criança faz como intencional Colocar-se à frente da criança Entrar nas actividades perseverativas Não tatar o não ou o evitamento como uma rejeição Expandir, expandir, expandir - continuar, fazer-se desentendido, fazer coisas erradas, cumprir as ordens, interferir, Nunca interromper ou mudar de assunto enquanto houver interacção. Insistir numa resposta

32 Pistas para a Intervenção Simbolização Responder a desejos reais através do fazde-conta Substituir objectos por outros dar; significado simbólico a objectos e gestos Desenvolver as ideias da criança Falar com os bonecos

33 Pistas para a Intervenção Linguagem Minimizar questões directas Esperar a vez Criar situações de comunicação Usar gestos e expressões faciais Modelar Reduzir a extensão das afirmações Manter o contacto ocular Reforçar

34 Pistas para a Intervenção Linguagem Ecolália 8/9 meses até 3 anos Crianças com autismo maior desenvolvimento da memória auditiva Funcional/Disfuncional

35 Pistas para a Intervenção Linguagem Pausa para que a criança possa processar a informação Informação visual para ilustrar o significado das questões ou ordens Responder a expressões ecolálicas literalmente para modelar a resposta correcta

36 Pistas para a Intervenção Alterações de Comportamento Actividades ou contextos nos quais o K ocorre? O que acontece depois do K? O que a criança parece querer comunicar com o seu K desajustado? O K tem alguma relação com a alimentação, padrão de sono, crises epilépticas, períodos de doença ou de dor? O K parece ser influenciado por factores ambientais? O K parece ser influenciado por acontecimentos noutros contextos?

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