Resistência Bacteriana

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Resistência Bacteriana"

Transcrição

1 Cleverson Antonio Poças ESBL Enterobacteriaceae produtoras de beta-lactamases de espectro estendido. ESBL Klebsiella pneumoniae Escherichia coli Enterobacter sp Especialização em Farmacologia Marília-SP Mecanismos de Resistência Resistência Natural ou intrínseca: Bactérias naturalmente resistentes aos antibacterianos. Um dos mecanismos é a inexistência de sistema metabólico ou organela, alvos da ação do antimicrobiano. Ex: MOs desprovidos de parede bacteriana (Mycoplasma pneumoniae), são naturalmente resistentes aos B-lactâmicos que inibem a síntese da parede bacteriana. Mecanismos de Resistência Resistência fisiológica: Produção de biofilme (matriz extracelular polimérica) ocorrendo apenas em bactérias fixadas em superfícies, dificultando a penetração de antimicrobianos e originando ambiente para trocas genéticas entre os mo. As bactérias podem produzir biofilmes na superfície de cateteres e outros instrumentos médicos, em placas dentárias e lentes de contato. Ex: Pseudomonas aeruginosa Mecanismos de Resistência Resistência adquirida: Desenvolvimento de novos mecanismos de defesa devido à exposição continuada a antimicrobianos. Mutação: mudança no material genético proporcionado resistência nas futuras gerações Transferência genética: indução da síntese de DNA extracromossômico, capaz de orientar síntese de enzimas ou outras substâncias que inativam ou antagonizam o antimicrobiano. Esse DNA pode estar na forma de plasmídeos ou tranpossomas Mecanismos de Resistência Mecanismos Bioquímicos de resistência bacteriana: Perda de permeabilidade de membrana; Alterações de receptores de membrana; Redução da captação; Exclusão ativa do antimicrobiano; Alterações do sítio de ligação ribossômico; Superprodução de enzimas-alvo; Derivação de síntese enzimática; Hidrólise ou modificação estrutural do antimicrobiano.

2 Acinetobacter baumannii BGN, aeróbico, imóvel; Fonte endógena: presente na pele, mucosas, TRS e TGI; Fonte exógena: respiradores, soluções, lençóis e mobílias; Biofilme: forte adesão em materiais plásticos; Responsáveis por Pneumonia, ITU e infecções de tecidos moles; Produz endotoxinas (choque séptico); Acinetobacter baumannii Fatores de risco: DPOC, imunossuprimidos, procedimentos cirurgicos, uso de TOT e terapia antimicrobiana de amplo espectro. Mecanismos de Resistência a Antimicrobianos Diminuição da concentração intracelular do antimicrobiano Alteração do sítio de ação Degradação da droga Mecanismos de Resistência a Antimicrobianos Diminuição da concentração intra-celular do antimicrobiano Diminuição da permeabilidade - perda de porinas Efluxo ativo - Eliminação da droga por bombas dependentes de energia Não respeita classe de antimicrobianos Normalmente associado a outros mecanismos Responsável pela menor sensibilidade intrínseca de algumas espécies (BGN-NF) Lewis et al. Bacterial Resistance to Antimicrobials, 2002 Lewis et al. Bacterial Resistance to Antimicrobials, 2002 PORINAS Poros (Omps) canais de entrada dos antibióticos Alterações na forma e tamanho resistência Ex. E. coli OmpF, OmpC e OmpE Escherichia coli BGN Anaeróbio facultativo; Flora intestinal (lúmen intestinal); Resistência aos B-lactâmicos e fluorquinolonas; Devido a localização próxima: altos índices de ITU; Peritonites e gastrenterites (Toxinas); Infecções de sítio cirúrgico e pneumonias; Surtos em unidades pediátricas: EPEC e EHEC; EAEC 55989?(Europa): Síndrome Hemolítica Urêmica (falência renal aguda e anemia)

3 Escherichia coli EPEC ("Enteropathogenic E.coli" ; E.coli Enteropatogênica): liberação de enterotoxinas causando diarréia osmótica, febre, náuseas e vômitos. Ocorre em crianças; EHEC("Enterohemorragic E.coli" ; E.coli Enterohemorragica): diarréia aquosa inicial, podendo progredir para colite hemorrágica; ETEC ("Enterotoxic E.coli" ; E.coli Enterotoxinogênica):Diarréia do viajante causada por comida mal cozida ou água contaminada com detritos fecais. Escherichia coli Fatores de virulência: endotoxinas, hemolisinas, adesinas, cápsula, biofilmes, pili e flagelos; Com presença de fímbrias e flagelos impede o arrastamento pela urina e diarréia; Escherichia coli Contaminação: translocação (endógena) e mãos, equipamentos, soluções, água e alimentos contaminados (exógena); Anos 80: principal agente de infecções hospitalares; Cuidados com alimentos e principalmente a lavagem das mãos. PAPEL DA PORINA OmpK35 NA RESISTÊNCIA ANTIMICORBIANA DE Klebsiellapneumoniae A Klebsiella pneumoniae produz dois tipos principais de porinas: ompk35 e ompk36; Cepas ESBL são resistentes a cefalosporinas de primeira e terceira gerações; Resultados preliminares indicam que a ompk 35 permite penetração eficiente de cefoxitina, cefotaxima e carbapenem; Perda da Ompk35 pode ser um fator que contribui na resistência antimicrobiana da k.pneumoniae produtora de ESBL. Klebsiella pneumoniae BGN imóvel; Anaeróbio facultativo; Capsulados; Resistência aos B-lactâmicos, Aminoglicosídeos e Quinolonas; Pneumonias, ITU, infecções sítio cirúrgico e infecções de cateter; Fatores de virulência: Biofilmes, adesinas, cápsula e endotoxinas Klebsiella pneumoniae Realização de trocas plasmidiais; Inibidas por inibidores de B-lactamase: Tazobactam, Sulbactam; Utilização de carbapenêmicos

4 Pseudomonas aeruginosa BGN, aeróbico, móvel; Colonizam pele, mucosas, TGI, TU e TR; Podem estar presentes em equipamentos, soluções endovenosas e diálise; Pseudomonas aeruginosa Responsável por graves infecções hospitalares: pneumonias e ITU; Resistência aos aminoglicosídeos: enzimas modificadoras; Resistência às fluorquinolonas: ativa bombas de efluxo e promove mutações nos sítios das topoisomerases; Resistência às cefalosporinas: produção de AMPc, ESBL e ativação de bombas de efluxo; Resistência aos carbapenêmicos: Pseudomonas aeruginosa Resistência aos carbapenêmicos: ativação de bombas de efluxo, carbapenases, perda de porinas; Fatores de risco: -Tempo de internamento; -Imunocomprometidos; -Uso prolongado de antimicrobianos de amplo espectro; -Ventilação mecânica; -Queimaduras; -Cateter venoso central. Resistência mediada por efluxo ativo Eliminação da droga por bombas dependentes de energia Baixo grau de resistência Normalmente associado a outros mecanismos Não respeita classe de antimicrobiano: resistência cruzada aleatória Resistência intrínseca Lewis & Lomovskaya. In Lewis et al. Bacterial Resistance to Antimicrobials, 2002, p. 61. BOMBAS DE EFLUXO São proteínas de transporte envolvidas na extrusão de substâncias tóxicas para fora das células; Praticamente todas as classes de antibióticos clinicamente relevantes; Encontradas em bactérias G- e G+; Podem estar associadas com resistências a múltiplas drogas; As bactérias com bombas de efluxo podem ter um mecanismo intrínseco que permite sobreviver a um meio hostil (por ex : presença de atb) BOMBAS DE EFLUXO Super-expressão da bomba de efluxo pode resultar de mutações dentro do gene repressor; Utilização de detergentes e desinfetantes, inclusive biocidas comumente usados; Aumentos adicionais das MICs dos atbs foram vistos após a super-expressão de mais de uma bomba de classes diferentes.

5 BACTÉRIAS - BOMBAS DE EFLUXO BACTÉRIAS IMPORTANTES COM RESISTÊNCIA: BOMBAS DE EFLUXO E. coli Pseudomonas aeruginosa Streptococcus pneumoniae Salmonella typhimurium S. aureus Mecanismos de Resistência a Antimicrobianos Diminuição da concentração intracelular do antimicrobiano Alteração do sítio de ação Degradação da droga Lewis et al. Bacterial Resistance to Antimicrobials, 2002 Mecanismos de Resistência a Antimicrobianos Diminuição da concentração intra-celular do antimicrobiano Alteração do sítio de ação Alto grau de resistência - altos MICs Resistência cruzada a outras drogas da mesma classe Principalmente em G+ Degradação da droga Ação dos antibióticos As PBPs são proteínas existentes na parte externa da membrana citoplasmática que participam da terceira etapa da síntese da camada de peptídeoglicano com a capacidade de se fixar às penicilinas e às cefalosporinas. Os antibióticos betalactâmicos interferem na síntese do peptídeoglicano bloqueando a etapa final da síntese da camada- morte da bactéria Lewis et al. Bacterial Resistance to Antimicrobials, 2002 A resistência à meticilina - Mec A Mec A (PBP2a) gene é carreado pelo elemento genético SCCmec (cassete cromossomal de Staphylococcus) inserido na porção orfx cromossomo de S. aureus Staphylococcus aureus Resistência a oxacilina é decorrente de alterações nas PBPs - resistência cruzada a todos os betalactâmicos Podem ocorrer falsa-sensibilidade quando cepas de ORSA são testadas contra outros beta-lactâmicos, principalmente cefalosporinas Cepas de ORSA devem ser consideradas resistentes a todos os beta-lactâmicos, independente do resultado dos testes de sensibilidade Helio Sader - LEMC - UNIFESP

6 MRSA -Exemplo clássico e mais significativo do problema; -Sensíveis a concentrações muito baixas de Penicilina G; -Algumas cepas Betalactamase (penicilinase): inativação das penicilinas G; -Penicilinas penicilinase-resistentes (meticilina); pouco tempo sem resistência; -Novas B-lactamases: produzidas por estafilococos meticilina-resistentes; -Vancomicina (já apresentando resistência) MRSA CGP em cachos; Anaeróbios facultativos; Colonizam a mucosa nasal e pele; Responsáveis por várias infecções hospitalares: Pneumonia, Infecção de sítio cirúrgico, septicemias e endocardite; Fatores de virulência: produção de toxinas (epidermolítica, coagulase, lipase, protease, fosfolipase, estafiloquinase) e formação de biofilmes. MRSA Fatores de risco: Procedimentos invasivos Manipulação do paciente Tempo de internamento UTI Queimados Cirurgias Antimicrobianos de amplo espectro: Cefalosporinas, vancomicina, quinolonas. MRSA Em versatilidade de estratégias patogências, número de fatores de virulência, capacidade de sobreviver e multiplicar-se numa ampla variedade de ambientes, o S. aureus não é superado por nenhum outro patógeno humano Lancet Infections Diseases 2002 MRSA Recomendações de controle: Higienização das mãos Precauções de contato Controle dos antimicrobianos Processo de descolonização: clorexidine, mupirocina. Métodos de desinfecção de superfícies adequados Cultura de mo para vigilância VRE Vancomycin Resistent Enterococcus; Enterococcus faecalis; Preocupação: resistência ser transferida para o S. aureus; CG+ cadeias; Anaeróbios facultativos; Flora normal do trato gastrointestinal; Responsáveis por infecções urinárias, endocardite e feridas.

7 VRE VRE Fatores de risco: Utilização prolongada de cefalosporinas ou vancomicina; Pacientes imunocomprometidos (HIV, tranplantados, quimioterapia, etc.); Tempo de internamento; Paciente em UTI; Procedimentos invasivos; Paciente ou profissional colonizado. VRE Recomendações para o controle: Monitorar a resistência bacteriana; Controlar o uso de antimicrobianos; Precauções de contato; Correta lavagem das mãos manipuladores; Resistência a antimicrobianos que atuam na síntese protéica: Macrolídeos e Lincosaminas Alterações no RNA ribossômico impedem a ligação do antibiótico Alto grau de resistência Resistência cruzada a outras drogas Delisle & Tomalty, Microbes in Motion Desenvolvimento da resistência ás fluoroquinolonas. Desenvolvidas excelente potência contra bacilos gram Desenvolvimento da resistência potência limitada contra várias espécies. Desenvolvimento da resistência ás fluoroquinolonas. Exemplos: E.U.A ( UTIs ) resistência P.aeruginosa Estudos globais resistência em espécies de Enterobacteriaceae Outros estudos tendência para uma atividade diminuida das fluoroquinolonas em alguns bacilos gram A resistência ás fluoroquinolonas é marcadamente maior em cepas contendo ESBLs

8 Desenvolvimento da resistência ás fluoroquinolonas. Resistência ás fluoroquinolonas Determinantes de resistência mutações : A perda de atividade das cefalosporinas e das fluoroquinolonas nas cepas ESBL: Limitação terapêutica Gene gira = codifica a topoisomerase II (girase) Gene parc = codifica a topoisomerase IV Carbapenem ( única escolha de terapia ) O sitio de ação das quinolonas é nas topoisomerases Resistência às Quinolonas Mecanismo: Alteração do sítio de ação Topoisomerases menos sensíveis - altos MICs Resistência cruzada a outras quinolonas Disseminação: Seleção continua de mutantes Stepwise mutations : Mutações pontuais cumulativas que ocorrem com freqüência alta Detecção: Ocorre elevação gradual dos MICs Cepas resistentes ao ácido nalidíxico apresentam MICs mais elevados para ciprofloxacina e dessa maneira poderiam Gales et al., Diag Microb Inf Dis 36:61, 2000 Gales AC. Tese de Doutorado, UNIFESP 2001 Mecanismos de Resistência a Antimicrobianos Diminuição da concentração intracelular do antimicrobiano Alteração do sítio de ação Degradação da droga Lewis et al. Bacterial Resistance to Antimicrobials, 2 Mecanismos de Resistência a Antimicrobianos Diminuição da concentração intra-celular do antimicrobiano Alteração do sítio de ação Degradação da droga A bactéria produz enzimas que degradam o antimicrobiano. Níveis variados de resistência: depende da quantidade e potência da enzima produzida. Maior variação do perfil de sensibilidade a drogas de uma mesma classe: Sensibilidade a um β-lactâmico e resistência a outro. Penicilinas Resistência aos antibióticos B-lactâmicos; Produção de B-lactamases: hidrólise do anel B- lactâmico, levando a inativação da droga; Bactérias G+: as enzimas (B-lactamases, penicilinases) são lançadas ao meio ao redor da bactéria, inibindo o antibiótico antes que ele atinja o receptor; Bactérias G-: as enzimas ficam no espaço periplasmático destes germes, entre a membrana e a parede celular com maior facilidade de inativação dessa classe terapêutica; Lewis et al. Bacterial Resistance to Antimicrobials, 2002

9 Cefalosporinas Redução na permeabilidade da parede; Aumentar a dificuldade para atingir o sítio de ligação; Produção de B-lactamases. Grupo CESP Citrobacter sp, Enterobacter sp, Serratia sp e Providencia sp; BGN; Anaeróbio facultativo; Resistência induzível aos B-lactâmicos; Resistência aos Aminoglicosídeos, sulfas e quinolonas; B-lactamases do tipo AMPc induzíveis; Codificadas cromossomalmente Grupo CESP Inativa cefalosporinas de 1ª a 3ª geração; Inibidores de B-lactamase não tem ação; Opção terapêutica: cefepime e carbapenêmicos; AMPc induzíveis: Os B-lactâmicos vão atuar na parede da bactéria soltar fragmentos da parede desenvolve a produção de B-lactamase que é uma enzima que tem a função de colar esses fragmentos quanto maior a utilização de B-lactâmicos > produção de B- lactamases. Resistência bacteriana Hospitalar Custos hospitalares aumentados: Aumento no tempo de internamento do paciente; Aumento da assistência ao paciente internado; Aumento dos custos alternativos; Perda de produtividade; Infecções intratáveis Aumento dos gastos com internação; Utilização de antimicrobianos mais caros; Aumento do nº de exames. Resistência bacteriana Hospitalar Problemas graves: Paciente / Hospital / Indústria farmacêutica. *Paciente: aumento da morbidade e mortalidade *Hospital: mo resistentes aos antimicrobianos disponíveis *Indústria farmacêutica: Vida útil do antimicrobiano mais curta, resistência mais rápida que a produção, a evolução da resistência suplantou a capacidade da humanidade de criar novos antimicrobianos. Fonte: Esp. Infecção Hospitalar (PERUGINI, M.R.E. & PELISSON, M. 2003) MO Multirresistentes Medidas de prevenção As medidas de controle para a emergência da resistência incluem: Medidas tradicionais de controle de infecção hospitalar Precauções de contato Medidas para o controle de antimicrobianos reduzir o consumo de cefalosporinas ampliar o uso de penicilinas de espectro estendido limitar o uso de carbapenemicos para terapia direcionada

10 Nova Estratégia para Controle da Resistência MPC: Mutant Prevention Concentration Concentração que Previne Mutações Atualmente, a posologia do antimicrobiano é calculada para que a droga atinja simplesmente concentrações acima do MIC da bactéria MPC: A posologia dos antimicrobianos deveriam ser ajustadas para que este atinja concentrações no sítio infeccioso mais elevadas que o MIC não só das amostras sensíveis, mas também das amostras que desenvolveram uma mutação simples Blondeau et al., AAC 2001; Zhao & Drlica, CID 2001 PK/PD Cmáx: Concentração sérica máxima MIC: Concentração inibitória mínima AUC: Área sob a curva T: Tempo de duração da dosagem PAE: Efeito pós antibiótico PARÂMETROS FARMACODINÂMICOS Cmáx./MIC AUC/MIC T>MIC PK/PD AUC Exposição global de uma pessoa a uma droga durante o intervalo das doses. Total da droga 24hs/Clearence da creatinina Clearence O volume de sangue a partir do qual a droga pode ser completamente removida por unidade de tempo. Parâmetros PK/PD Cmáx./MIC: Aminoglicosídeos (efeito pós antibiótico) AUC/MIC: Fluorquinolonas/Glicopeptídeos T>MIC: B lactâmicos/macrolídeos/oxazolidonas

11 Referências Bibliográficas Muito Obrigado!!!! CAVALLINI, Miriam Elias; BISSON, Marcelo Polacow. Farmácia Hospitalar: um enfoque em sistemas de saúde. Barueri-SP: Manole, CRAIG, Charles R.; STITZEL, Robert E. Farmacologia Moderna com aplicações clínicas. 6ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, FUCHS, Flávio Danni; WANMACHER, Lenita; FERREIRA, Maria Beatriz. Farmacologia Clínica: fundamentos da terapêutica racional. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M. Farmacologia. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Material Especialização em Infecção Hospitalar-HURNP, Material Mestrado em Ciências da Saúde-UEM (Dra Maria Cristina Bronharo Tognin)

Biossegurança Resistência Bacteriana. Professor: Dr. Eduardo Arruda

Biossegurança Resistência Bacteriana. Professor: Dr. Eduardo Arruda Biossegurança Resistência Bacteriana Professor: Dr. Eduardo Arruda Introdução Penicilina (1940): Revolução; Ilusão de que as infecções foram vencida; Ser vivo em resposta à agressão: Resistir; Hoje: Estafilococos

Leia mais

Elevado custo financeiro: R$ 10 bilhões/ano Elevado custo humano: 45 mil óbitos/ano 12 milhões de internações hospitalares Dados aproximados,

Elevado custo financeiro: R$ 10 bilhões/ano Elevado custo humano: 45 mil óbitos/ano 12 milhões de internações hospitalares Dados aproximados, Elevado custo financeiro: R$ 10 bilhões/ano Elevado custo humano: 45 mil óbitos/ano 12 milhões de internações hospitalares Dados aproximados, referentes apenas a infecções hospitalares. Quando começa

Leia mais

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias Antimicrobianos: Resistência Bacteriana Prof. Marcio Dias Resistência Capacidade adquirida de resistir aos efeitos de um agente quimioterápico, normalmente que um organismo é sensível. Como eles adquiriram:

Leia mais

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias

Antimicrobianos: Resistência Bacteriana. Prof. Marcio Dias Antimicrobianos: Resistência Bacteriana Prof. Marcio Dias Resistência Capacidade adquirida de resistir aos efeitos de um agente quimioterápico, normalmente que um organismo é sensível. Como eles adquiriram:

Leia mais

Quimioterápicos Arsenobenzóis Sulfas

Quimioterápicos Arsenobenzóis Sulfas ANTIBIÓTICOS 1 INTRODUÇÃO: História: Penicillium notatum Antibiose S. aureus Ser Vivo x Ser Vivo Antibiótico Fungo x Bactéria Quimioterápicos Antibiótico Sir Alexander Fleming 1909 Arsenobenzóis 1935 -

Leia mais

USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS. Prof. Dra. Susana Moreno

USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS. Prof. Dra. Susana Moreno USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS Prof. Dra. Susana Moreno 1 Antibióticos Uma das mais importantes descobertas da medicina moderna Salva milhões de vidas ANTIBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS 3 Antibióticos Beta Lactâmicos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA. Antibioticos e resistência bacteriana a drogas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA. Antibioticos e resistência bacteriana a drogas UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA Antibioticos e resistência bacteriana a drogas Controle de população microbiana in vivo Controle do crescimento

Leia mais

Antibióticos. O impacto causado pelo mau uso no desenvolvimento de resistência bacteriana. Caio Roberto Salvino

Antibióticos. O impacto causado pelo mau uso no desenvolvimento de resistência bacteriana. Caio Roberto Salvino Antibióticos O impacto causado pelo mau uso no desenvolvimento de resistência bacteriana Caio Roberto Salvino Laboratório Saldanha Hospital Nossa Senhora dos Prazeres SBAC-SC Resistência Bacteriana Problema

Leia mais

Antibióticos. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

Antibióticos. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente Antibióticos Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente Introdução São produtos que eliminam os microorganismos vivos que causam danos aos pacientes. Os agentes antimicrobianos podem ser de origem

Leia mais

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS EM GERMES MULTIRRESISTENTES

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS EM GERMES MULTIRRESISTENTES USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS EM GERMES MULTIRRESISTENTES Francisco Eugênio Deusdará de Alexandria Infectologista e Mestre em Genética e Toxicologia Aplicada 14/04/2015 13:19 1 O QUE É USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS?

Leia mais

Resistência bacteriana as drogas antimicrobianas

Resistência bacteriana as drogas antimicrobianas Resistência bacteriana as drogas antimicrobianas Prof. Adj. Ary Fernandes Junior Departamento de Microbiologia e Imunologia Instituto de Biociências UNESP Tel. 14 3880.0412 ary@ibb.unesp.br Sítios de ação

Leia mais

2º Curso de Antimicrobianos da AECIHERJ INTRODUÇÃO A ANTIBIÓTICOS DRA. DEBORA OTERO

2º Curso de Antimicrobianos da AECIHERJ INTRODUÇÃO A ANTIBIÓTICOS DRA. DEBORA OTERO 2º Curso de Antimicrobianos da AECIHERJ INTRODUÇÃO A ANTIBIÓTICOS DRA. DEBORA OTERO Antimicrobianos antimicrobiano (anti+microbiano) Que extermina micróbios ou impede sua proliferação antibiótico (anti+bio+t+ico)

Leia mais

Antimicrobianos. Prof. Leonardo Sokolnik de Oliveira

Antimicrobianos. Prof. Leonardo Sokolnik de Oliveira Antimicrobianos Prof. Leonardo Sokolnik de Oliveira t: @professor_leo i: @professorleonardo Histórico Alexander Flemming Descobridor da Penicilina, 1928 Penicillium chrysogenum Maioria dos antimicrobianos

Leia mais

ANTIBIÓTICOS EM ODONTOPEDIATRIA NÃO PROFILÁTICOS E PROFILÁTICOS

ANTIBIÓTICOS EM ODONTOPEDIATRIA NÃO PROFILÁTICOS E PROFILÁTICOS ANTIBIÓTICOS EM ODONTOPEDIATRIA NÃO PROFILÁTICOS E PROFILÁTICOS QUANDO RECEITAR ANTIBIÓTICOS? Fístulas não usar abscessos não drenáveis comprometimento sistêmico causado pela disseminação de infecção de

Leia mais

Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas

Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas Drogas antimicrobianas: mecanismo de ação Um aspecto do controle do crescimento dos microrganismos envolve a utilização de fármacos no tratamento de

Leia mais

Infecções por Gram Positivos multirresistentes em Pediatria

Infecções por Gram Positivos multirresistentes em Pediatria Infecções por Gram Positivos multirresistentes em Pediatria FABIANE SCALABRINI PINTO JUNHO DE 2017 Principais tópicos Importância dos Gram positivos nas infecções pediátricas Fatores relacionados à resistência

Leia mais

Definição de Germicida

Definição de Germicida Definição de Germicida 0 Substância química que mata formas vegetativas de microrganismos (não necessariamente os patogênicos) 0 A diferença entre um desinfetante e um germicida é que o desinfetante mata

Leia mais

AVALIAÇÃO DO ESPRETRO DE RESISTÊNCIA DA Escherichia coli EM CIDADE DO INTERIOR DA BAHIA

AVALIAÇÃO DO ESPRETRO DE RESISTÊNCIA DA Escherichia coli EM CIDADE DO INTERIOR DA BAHIA AVALIAÇÃO DO ESPRETRO DE RESISTÊNCIA DA Escherichia coli EM CIDADE DO INTERIOR DA BAHIA TAVARES, Walter. Docente do Curso de Medicina Unifeso. SANTOS, Maria Queiroz. Discente do curso de graduação em Medicina

Leia mais

Staphylococcus 15/10/2009. Staphylococcus aureus UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INTRODUÇÃO. Família Staphylococcaceae; 41 espécies e 25 subespécies.

Staphylococcus 15/10/2009. Staphylococcus aureus UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INTRODUÇÃO. Família Staphylococcaceae; 41 espécies e 25 subespécies. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Staphylococcus INTRODUÇÃO Família Staphylococcaceae; 41 espécies e 25 subespécies. Ambiente. Microbiota de mamíferos e aves: BACTERIOLOGIA FARMÁCIA E ODONTOLOGIA 2º SEMESTRE,

Leia mais

Curso de Antibióticos

Curso de Antibióticos Curso de Antibióticos 27 de Abril de 2017 a 1 de Junho de 2017 Formador: Professor Doutor João Carlos Sousa Licenciado em Farmácia (18/10/1965) pela Faculdade de Farmácia da Universidade Porto) Professor

Leia mais

15/10/2009 ANTIMICROBIANOS E RESISTÊNCIA. Disciplina: Microbiologia Geral Curso: Nutrição Prof. Renata Fernandes Rabello HISTÓRICO

15/10/2009 ANTIMICROBIANOS E RESISTÊNCIA. Disciplina: Microbiologia Geral Curso: Nutrição Prof. Renata Fernandes Rabello HISTÓRICO ANTIMICROBIANOS E RESISTÊNCIA HISTÓRICO 1 as descrições sobre uso de antimicrobianos (3.000 anos): chineses bolores em feridas infeccionadas; sumérios emplastros de vinho, cerveja, zimbro e Disciplina:

Leia mais

COMO TRATAR ESBL E Amp-C. Jamile Sardi Perozin

COMO TRATAR ESBL E Amp-C. Jamile Sardi Perozin COMO TRATAR ESBL E Amp-C Jamile Sardi Perozin CONFLITOS DE INTERESSE: NÃO HÁ. β-lactamases Enzimas que catalizam a hidrólise de b-lactâmicos; Existem mais de 260 enzimas diferentes descritas; Têm localização

Leia mais

Antibióticos beta-lactâmicos

Antibióticos beta-lactâmicos Antibióticos beta-lactâmicos Rodrigo C Santana Estes antibióticos se caracterizam pela presença, em sua estrutura química, do anel β-lactâmico, responsável pela sua ação antimicrobiana. A ligação do anel

Leia mais

Goreth Barberino PhD, MsC em Ciências - FIOCRUZ - Bahia Consultora do Serviço de Microbiologia - HSR

Goreth Barberino PhD, MsC em Ciências - FIOCRUZ - Bahia Consultora do Serviço de Microbiologia - HSR Goreth Barberino PhD, MsC em Ciências - FIOCRUZ - Bahia Consultora do Serviço de Microbiologia - HSR O que disse a teoria revolucionária? Resistência bacteriana A capacidade dos micro-organismos de evoluírem

Leia mais

DROGAS ANTIMICROBIANAS

DROGAS ANTIMICROBIANAS DROGAS ANTIMICROBIANAS HISTÓRICO 1495: Mercúrio (SÍFILIS) 1630 : Quinino (MALÁRIA) 1905 Paul Ehrlich composto 606 (Salvarsan) 1910: Salvarsan para tratamento da sífilis-paul Ehlrich 1928: Penicillina -

Leia mais

Controvérsias: FIM da vigilância para MRSA, VRE, ESBL

Controvérsias: FIM da vigilância para MRSA, VRE, ESBL Controvérsias: FIM da vigilância para MRSA, VRE, ESBL M A R T A F R A G O S O I N F E C T O L O G I S T A / E P I D E M I O L O G I S T A G E R E N T E N G S A / E Q H O S P I T A I S V I T A M É D I C

Leia mais

INFECÇÃO HOSPITALAR. InfecçãoHospitalar. Parte 2. Profª PolyAparecida

INFECÇÃO HOSPITALAR. InfecçãoHospitalar. Parte 2. Profª PolyAparecida INFECÇÃO HOSPITALAR InfecçãoHospitalar Parte 2 Profª PolyAparecida Precauções e isolamento O objetivo básico de um sistema de precauções é a prevenção da transmissão de um microorganismo de um paciente

Leia mais

RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS: TESTES DE SENSIBILIDADE

RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS: TESTES DE SENSIBILIDADE RESISTÊNCIA AOS ANTIBIÓTICOS: TESTES DE SENSIBILIDADE Em 1928, Alexander Fleming observou a inibição do crescimento de S. aureus ao redor das colônias de um fungo (Penicillium notatum) que havia contaminado

Leia mais

Prevenção e controlo de infeção e de resistências a antimicrobianos

Prevenção e controlo de infeção e de resistências a antimicrobianos Prevenção e controlo de infeção e de resistências a antimicrobianos José Artur Paiva jarturpaiva@gmail.com Elaine Pina elainepina@dgs.pt Maria Goreti Silva mgsilva@dgs.pt Programa de Prevenção e Controlo

Leia mais

Bactérias não-fermentadoras

Bactérias não-fermentadoras Universidade Estadual do Oeste do Paraná Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas Especialização em Microbiologia Aplicada II Bactérias não-fermentadoras Profª. Graziela Braun Bactérias não-fermentadoras

Leia mais

Infecções por Bacterias Multiresistentes a Antimicrobianos: Medidas de Controle

Infecções por Bacterias Multiresistentes a Antimicrobianos: Medidas de Controle Infecções por Bacterias Multiresistentes a Antimicrobianos: Medidas de Controle Tigeciclina e Polimixina B, Glicopeptídeos S. aureus Acinetobacter spp. Enterobacter spp. Carbapenêmicos K. pneumoniae Carbapenêmicos

Leia mais

3/23/17. https://www.ted.com/talks/maryn_mckenna_what_do_we_do_whe n_antibiotics_don_t_work_any_more?language=en

3/23/17. https://www.ted.com/talks/maryn_mckenna_what_do_we_do_whe n_antibiotics_don_t_work_any_more?language=en https://www.ted.com/talks/maryn_mckenna_what_do_we_do_whe n_antibiotics_don_t_work_any_more?language=en 1 Escherichia, Klebsiella, Proteus Thomas Hänscheid Definições e terminologia Enterobacteriaceae

Leia mais

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS Fco Eugênio D. de Alexandria Prof. Mestrando em Genética e Toxicologia Aplicada Infectologista As lições retiradas do tempo de guerra devem ser transferidas aos médicos civis.

Leia mais

Histórias de Sucesso no Controle da Infecção Hospitalar. Utilização da informática no controle da pneumonia hospitalar

Histórias de Sucesso no Controle da Infecção Hospitalar. Utilização da informática no controle da pneumonia hospitalar Utilização da informática no controle da pneumonia hospitalar Médico Assistente da Disciplina de Moléstias Infecciosas e Tropicais HC-FMRP-USP Médico da CCIH do Hospital Estadual de Ribeirão (HER) e HSP

Leia mais

02/07/2010. Importância. Pesquisas. Agente Antimicrobiano. Biofilmes. Agentes Quimioterápicos (Antimicróbicos) Antibióticos. Saúde.

02/07/2010. Importância. Pesquisas. Agente Antimicrobiano. Biofilmes. Agentes Quimioterápicos (Antimicróbicos) Antibióticos. Saúde. Importância Saúde Economia Pesquisas Novos compostos Resustência Biofilmes Importância na terapêutica antimicrobiana Agente Antimicrobiano Composto químico que mata ou inibe o crescimento de microrganismos,

Leia mais

PROTOCOLO DE TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO PARA INFECÇÕES COMUNITÁRIAS, HOSPITALARES E SEPSE

PROTOCOLO DE TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO PARA INFECÇÕES COMUNITÁRIAS, HOSPITALARES E SEPSE PROTOCOLO DE TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO PARA INFECÇÕES COMUNITÁRIAS, HOSPITALARES E SEPSE Sumário Introdução...6 Informações Importantes...6 Infecções Comunitárias...8 Infecções Relacionadas

Leia mais

As opções para tratar Grampositivos:

As opções para tratar Grampositivos: As opções para tratar Grampositivos: vantagens e desvantagens Dra. Thaís Guimarães Hospital do Servidor Público Estadual Instituto Central HC-FMUSP Antimicrobianos - Gram positivos Glicopeptídeos: Vancomicina

Leia mais

Enterobactérias: Mecanismos de Resistência e Aspectos para a Terapia

Enterobactérias: Mecanismos de Resistência e Aspectos para a Terapia Enterobactérias: Mecanismos de Resistência e Aspectos para a Terapia Alberto Chebabo CCIH - Hospital Universitário Clementino Fraga Filho/UFRJ Laboratório Lâmina/Diagnósticos da América Rio de Janeiro

Leia mais

Principais Mecanismos de Resistência aos Antimicrobianos em Staphylococcus aureus Agnes Marie Sá Figueiredo, PhD

Principais Mecanismos de Resistência aos Antimicrobianos em Staphylococcus aureus Agnes Marie Sá Figueiredo, PhD Principais Mecanismos de Resistência aos Antimicrobianos em Staphylococcus aureus Agnes Marie Sá Figueiredo, PhD Laboratório de Biologia Molecular de Bactérias Universidade Federal do Rio de Janeiro agnes@micro.ufrj.br

Leia mais

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS USO IRRACIONAL DE ANTIBIÓTICOS infecções virais ( sarampo, catapora e 90% das infecções do trato respiratório superior ) tratamento de estados febris de origem desconhecida,

Leia mais

Gênero Staphylococcus Gênero Streptococcus. PDF created with pdffactory Pro trial version

Gênero Staphylococcus Gênero Streptococcus. PDF created with pdffactory Pro trial version Gênero Staphylococcus Gênero Streptococcus TAXONOMIA BACTERIANA FAMÍLIA Gênero Gênero Gênero espécie espécie espécie cepa cepa TAXONOMIA BACTERIANA MICROCOCCACEAE Staphylococcus Micrococcus Stomatococcus

Leia mais

Glicopeptídeos Cinara Silva Feliciano Introdução Mecanismo de ação

Glicopeptídeos Cinara Silva Feliciano Introdução Mecanismo de ação Glicopeptídeos Cinara Silva Feliciano Introdução Os antibióticos glicopeptídeos são constituídos por grandes estruturas cíclicas complexas, contendo em sua molécula aminoácidos e açúcares. Em consequência

Leia mais

Química Farmacêutica II Noturno 2016 Profa. Dra. Ivone Carvalho Exercícios: Agentes Antibacterianos

Química Farmacêutica II Noturno 2016 Profa. Dra. Ivone Carvalho Exercícios: Agentes Antibacterianos Química Farmacêutica II oturno 2016 1) Abaixo estão representadas as estruturas de uma penicilina e uma cefalosporina de origem natural, mostrando grupos que são importantes para sua atividade antibacteriana.

Leia mais

Antibioticoterapia na Cirurgia Abdominal

Antibioticoterapia na Cirurgia Abdominal Antibioticoterapia na Cirurgia Abdominal Gilberto Turcato Jr Disc. Infectologia EPM / UNIFESP Consequências da Falha da Terapia Antimicrobiana Inicial em Infecções Intra-Abdominais 2,9 dias adicionais

Leia mais

Infecções causadas por microrganismos multi-resistentes: medidas de prevenção e controle.

Infecções causadas por microrganismos multi-resistentes: medidas de prevenção e controle. INFORME TÉCNICO XXXVII Outubro 2010 Infecções causadas por microrganismos multi-resistentes: medidas de prevenção e controle. Definição de microorganismos multi-resistentes: São microrganismos resistentes

Leia mais

O Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos Equipa do Programa:

O Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos Equipa do Programa: José Artur Paiva Elaine Pina Maria Goreti Silva Paulo Nogueira O Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos Equipa do Programa: Portugal tem elevadas taxas

Leia mais

Cefalosporinas Introdução

Cefalosporinas Introdução Cefalosporinas Cinara Silva Feliciano Introdução As cefalosporinas constituem uma classe de antibióticos pertencente ao grupo dos beta-lactâmicos. Assemelham-se quimicamente às penicilinas, apresentando

Leia mais

Antimicrobianos e bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas

Antimicrobianos e bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA Antimicrobianos e bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas Daniele Maria Knupp Souza Sotte Abril

Leia mais

ANTIBIOGRAMA. Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes

ANTIBIOGRAMA.  Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes ANTIBIOGRAMA www.profbio.com.br Profa Alessandra Barone Prof. Archangelo Fernandes Antibiograma Prova de sensibilidade aos antibióticos Utilizado para microrganismos cuja sensibilidade às drogas normalmente

Leia mais

RESISTÊNCIA nas BACTÉRIAS GRAM NEGATIVO M. HELENA RAMOS CHP

RESISTÊNCIA nas BACTÉRIAS GRAM NEGATIVO M. HELENA RAMOS CHP nas BACTÉRIAS GRAM NEGATIVO M. HELENA RAMOS CHP - 29 S AOS ANTIMICROBIA Transferência de doentes dentro e entre hospitais Prescrição e uso inadequados Medidas de controlo de infecção Viagens de pessoas

Leia mais

Monitor: Fernando Pessuti Prof. Luiz Antonio Ranzeiro Bragança

Monitor: Fernando Pessuti Prof. Luiz Antonio Ranzeiro Bragança Monitor: Fernando Pessuti Prof. Luiz Antonio Ranzeiro Bragança Carbapenêmicos Nova classe de betalactâmicos Tienamicina: 1976. Instável quimicamente Imipenem: 1979 Meropenem: 1987 Ertapenem Carbapenêmicos

Leia mais

PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE MATERIAL GENÉTICO

PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE MATERIAL GENÉTICO PROCESSOS DE TRANSFERÊNCIA HORIZONTAL DE MATERIAL GENÉTICO Transferência horizontal de material genético Bactérias são haplóides Adquirem material genético de outras bactérias por: Transformação Transdução

Leia mais

DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS

DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS Doenças Causadas por Bactérias, Fungos e Vírus 1 DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS INFECÇÕES SUPERFICIAIS ESTAFILOCÓCICAS Doenças Causadas por Bactérias, Fungos e Vírus 2 INFECÇÕES SUPERFICIAIS ESTAFILOCÓCICAS:

Leia mais

Os Antibióticos - Profilaxia e Terapêutica das IACS

Os Antibióticos - Profilaxia e Terapêutica das IACS Os Antibióticos - Profilaxia e Terapêutica das IACS EDUARDO RABADÃO Serviço de Doenças Infecciosas CHUC-EPE (Dir: Prof. Doutor J. G. Saraiva da Cunha) Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS) Doença

Leia mais

Terapia Antimicrobiana para Infecções por K. pneumoniae produtora de carbapenemase Proposta da Disciplina de Infectologia UNIFESP

Terapia Antimicrobiana para Infecções por K. pneumoniae produtora de carbapenemase Proposta da Disciplina de Infectologia UNIFESP Terapia Antimicrobiana para Infecções por K. pneumoniae produtora de carbapenemase Proposta da Opções Terapêuticas Polimixina Peptídeo cíclico Mecanismo de ação: interação eletrostática (cátion/antimicrobiano

Leia mais

Infecções por microrganismos multirresistentes Hospital / Comunidade José Artur Paiva

Infecções por microrganismos multirresistentes Hospital / Comunidade José Artur Paiva Infecções por microrganismos multirresistentes Hospital / Comunidade José Artur Paiva Director UAG Urgência e Cuidados Intensivos Grupo de Infecção e Sepsis Hospital S. João Professor Associado Faculdade

Leia mais

O problema das resistências aos antimicrobianos em Portugal: causas e soluções

O problema das resistências aos antimicrobianos em Portugal: causas e soluções PPCIRA O problema das resistências aos antimicrobianos em Portugal: causas e soluções José Artur Paiva MD, PhD Diretor Programa Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistências aos Antimicrobianos Coordenador

Leia mais

Afinal, quem tem medo da KPC?

Afinal, quem tem medo da KPC? HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP Bactérias multiresistentes: testando nossa resistência Afinal, quem tem medo da KPC? 16º Jornada de Controle de Infecção Hospitalar

Leia mais

PLANO ESTADUAL DE ELIMINAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES (BMR) USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS

PLANO ESTADUAL DE ELIMINAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES (BMR) USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS 2016 PLANO ESTADUAL DE ELIMINAÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES (BMR) USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS Uso racional de antimicrobianos Luis Gustavo Oliveira Cardoso, Milton Lapchik, Thaís Guimarães, Valquíria

Leia mais

PERFIL DE SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE Pseudomonas aeruginosa E Escherichia coli ISOLADAS DE PACIENTES EM UTI PEDIÁTRICA

PERFIL DE SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE Pseudomonas aeruginosa E Escherichia coli ISOLADAS DE PACIENTES EM UTI PEDIÁTRICA PERFIL DE SENSIBILIDADE E RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE Pseudomonas aeruginosa E Escherichia coli ISOLADAS DE PACIENTES EM UTI PEDIÁTRICA Roselle Crystal Varelo Dantas (1); Patrícia da Silva Oliveira (1);

Leia mais

Quando Suspender as Precauções?

Quando Suspender as Precauções? Quando Suspender as Precauções? Nuno Canhoto Serviço de Patologia Clínica do SESARAM. E.P.E. Sector de Microbiologia 1 Transmissão dos Microrganismos Vias de transmissão Reservatório/ Fonte Dinâmica da

Leia mais

O CONTROLE DE BACTERIAS MULTIRESISTENTES ATRAVÉS DO PROTOCOLO DE CULTURA DE VIGILÂNCIA

O CONTROLE DE BACTERIAS MULTIRESISTENTES ATRAVÉS DO PROTOCOLO DE CULTURA DE VIGILÂNCIA ACADEMIA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA CURSO DE ESPECILIZAÇÃO EM MICROBIOLOGIA, MICOLOGIA E VIROLOGIA CLÍNICA FERNANDA LIDVINA GAEDICKE O CONTROLE DE BACTERIAS MULTIRESISTENTES ATRAVÉS DO PROTOCOLO DE CULTURA

Leia mais

Microbiota Normal do Corpo Humano

Microbiota Normal do Corpo Humano Microbiota Normal do Corpo Humano Microbiota Microbiota Microflora Flora indígena São termos usados para denominar os microrganismos que habitam o corpo humano e interagem de forma benéfica. Flora normal

Leia mais

Bastonetes Gram Negativos Multi-Resistentes. SCIH Hospital Pró-Cardíaco Marisa Santos, Kátia Marie Senna, Giovanna Ferraiuoli.

Bastonetes Gram Negativos Multi-Resistentes. SCIH Hospital Pró-Cardíaco Marisa Santos, Kátia Marie Senna, Giovanna Ferraiuoli. Bastonetes Gram Negativos Multi-Resistentes SCIH Hospital Pró-Cardíaco Marisa Santos, Kátia Marie Senna, Giovanna Ferraiuoli. Origem dos dados: Hospital privado terciário com 88 leitos ativos 55% dos leitos

Leia mais

Quadro Clínico O idoso, ao oposto do paciente jovem, não apresenta o quadro clássico (febre, tosse e dispnéia), aparecendo em apenas 30,7%. Alteração status mental 44,6%. A ausculta não é específica e

Leia mais

Unidade II MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA. Profa. Dra. Eleonora Picoli

Unidade II MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA. Profa. Dra. Eleonora Picoli Unidade II MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA Profa. Dra. Eleonora Picoli Metabolismo bacteriano Conjunto de reações responsáveis pela manutenção das funções bacterianas básicas. Tipos de metabolismo

Leia mais

Histórico. Pasteur (1877) bactéria x bactéria

Histórico. Pasteur (1877) bactéria x bactéria ANTIBIÓTICOS Histórico Pasteur (1877) bactéria x bactéria Histórico Fleming (1928) Penicilina - Cogumelo Penicillium (1943) - Início da era dos antibióticos DEFINIÇÃO DE BACTÉRIA Bactérias são organismos

Leia mais

Vancomicina Teicoplanina. Clindamicina. Quinupristina Dalfopristina. Metronidazole. Linezolido. Tigeciclina. Daptomicina

Vancomicina Teicoplanina. Clindamicina. Quinupristina Dalfopristina. Metronidazole. Linezolido. Tigeciclina. Daptomicina GLICOPEPTÍDEOS Vancomicina Teicoplanina ESTREPTOGRAMINAS Quinupristina Dalfopristina LINCOSAMIDAS Clindamicina Lincomicina NITROIMIDAZOLES Metronidazole OXAZOLIDINONAS Linezolido GLICILCICLINAS Tigeciclina

Leia mais

SUPERBACTÉRIAS: UM PROBLEMA EMERGENTE

SUPERBACTÉRIAS: UM PROBLEMA EMERGENTE SUPERBACTÉRIAS: UM PROBLEMA EMERGENTE Yasmim de Souza; Kely Raiany Araujo da Costa; Prof Ms.Silvana Barbosa Santiago. yaasmimsouza@gmail.com; kellyraianny@outlook.com; silvanasantiago@unifan.edu.br Instituto

Leia mais

Relatório da VE-INCS PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INFEÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA RELATÓRIO DADOS DE 2013

Relatório da VE-INCS PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INFEÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA RELATÓRIO DADOS DE 2013 PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INFEÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA RELATÓRIO DADOS DE 2013 (Elaboração de: José Artur Paiva, Elaine Pina, Paulo André Fernandes e Maria Goreti Silva). 1 ÍNDICE

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Klebsilella. Enzima KPC. Superbactéria KCP.

PALAVRAS-CHAVE: Klebsilella. Enzima KPC. Superbactéria KCP. SUPERBACTÉRIAS KPC Bemvindo Soares de Sousa Júnior 1 Hisabella Moura de Moraes Mattje 1 Ana Claudia Alves de Oliveira Santos 2 Silvana Barbosa Santiago 2 Aroldo Vieira Moraes Filho 2 RESUMO: A klebsilella

Leia mais

Projeto Recém-Ingresso

Projeto Recém-Ingresso Projeto Recém-Ingresso Farmacologia: Uso de Antibióticos Bárbara Bastos de Oliveira bolsista do PET Medicina UFC Março/2008 Gram-Positivas Gram-Negativas Mecanismos de resistência 1) Produção de beta-lactamase:

Leia mais

A Microbiologia no controlo das IACS. Valquíria Alves Coimbra 2014

A Microbiologia no controlo das IACS. Valquíria Alves Coimbra 2014 A Microbiologia no controlo das IACS Valquíria Alves Coimbra 2014 Microbiologia: Componente essencial em qualquer Programa de Controlo de Infecção PPCIRA 2013 Clinical Microbiology and Infection Prevention

Leia mais

Questionário - Proficiência Clínica

Questionário - Proficiência Clínica Tema Elaboradora Introdução Questão 1 Questão 2 DESAFIOS DO TESTE DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS Antônia Maria de Oliveira Machado. Médica, Patologista Clínica, Microbiologia, Doutora em Medicina.

Leia mais

Informativo da Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar

Informativo da Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar Setembro 2016 Edição Extraordinária Informativo da Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar Divulgação dos dados referentes a Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS) no Estado

Leia mais

PERFIL DE SENSIBILIDADE APRESENTADO POR BACTÉRIAS ISOLADAS DE CULTURAS DE SECREÇÃO TRAQUEAL

PERFIL DE SENSIBILIDADE APRESENTADO POR BACTÉRIAS ISOLADAS DE CULTURAS DE SECREÇÃO TRAQUEAL V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 27 PERFIL DE SENSIBILIDADE APRESENTADO POR BACTÉRIAS ISOLADAS DE CULTURAS DE SECREÇÃO TRAQUEAL Luzia Néri Machado 1, Cristane

Leia mais

10 ANOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFEÇÃO NOSOCOMIAL DA CORRENTE SANGUÍNEA ADRIANA RIBEIRO LUIS MIRANDA MARTA SILVA

10 ANOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFEÇÃO NOSOCOMIAL DA CORRENTE SANGUÍNEA ADRIANA RIBEIRO LUIS MIRANDA MARTA SILVA 10 ANOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFEÇÃO NOSOCOMIAL DA CORRENTE SANGUÍNEA ADRIANA RIBEIRO LUIS MIRANDA MARTA SILVA INCS-10 ANOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Programa INCS História Resultados Futuro

Leia mais

Resistência Microbiana: o que há de novo? Jussara Kasuko Palmeiro Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná

Resistência Microbiana: o que há de novo? Jussara Kasuko Palmeiro Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná Resistência Microbiana: o que há de novo? Jussara Kasuko Palmeiro jussarakp@ig.com.br Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná Mecanismos de resistência Porina Beta-lactâmico Beta-lactamases

Leia mais

Nitrofurantoína Prof. Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Denis Rangel Monitor de Farmacologia Niterói, RJ 2º semestre de 2016

Nitrofurantoína Prof. Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Denis Rangel Monitor de Farmacologia Niterói, RJ 2º semestre de 2016 Nitrofurantoína Prof. Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Denis Rangel Monitor de Farmacologia Niterói, RJ 2º semestre de 2016 Introdução e Estrutura Química -Droga sintética derivada do Nitrofurano; -Uso clínico

Leia mais

ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA. Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA. Parte 4. Profª. Tatiane da Silva Campos ENFERMAGEM BIOSSEGURANÇA Parte 4 Profª. Tatiane da Silva Campos Higiêne das mãos A lavagem das mãos com técnica adequada, objetiva remover mecanicamente a sujidade e a maioria da flora transitória da pele.

Leia mais

Doripenem, o novo agente na pneumonia nosocomial PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS BACILOS GRAM NEGATIVO MAIS PREVALENTES

Doripenem, o novo agente na pneumonia nosocomial PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS BACILOS GRAM NEGATIVO MAIS PREVALENTES Doripenem, o novo agente na pneumonia nosocomial PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS BACILOS GRAM NEGATIVO MAIS PREVALENTES José Diogo COMISSÃO DE CONTROLO DE Laboratório de Microbiologia (LM) INFECÇÃO - HGO,

Leia mais

23/04/2013. Infecções Respiratórias agudas: Antibioticoterapia combinada é necessária? Mara Figueiredo Comissão de Infecção Respiratória e Micose-SBPT

23/04/2013. Infecções Respiratórias agudas: Antibioticoterapia combinada é necessária? Mara Figueiredo Comissão de Infecção Respiratória e Micose-SBPT Infecções Respiratórias agudas: Antibioticoterapia combinada é necessária? Mara Figueiredo Comissão de Infecção Respiratória e Micose-SBPT Infecções respiratórias agudas PAC Pneumonia Associada a cuidados

Leia mais

Mecanismos de resistência bacteriana aos antibióticos

Mecanismos de resistência bacteriana aos antibióticos Mecanismos de resistência bacteriana aos antibióticos Leonardo Neves de Andrade & Ana Lúcia da Costa Darini Introdução: Dentre as possíveis causas de falha no tratamento das infecções, a resistência bacteriana

Leia mais

Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar Hospital Universitário Clementino Fraga Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro

Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar Hospital Universitário Clementino Fraga Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar Hospital Universitário Clementino Fraga Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro Critérios utilizados no HUCFF/UFRJ MICRORGANISMOS SENSIBILIDADE Acinetobacter

Leia mais

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFEÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFEÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFEÇÕES PNCI, Departamento da Qualidade na Saúde PNCI Autores Elaine Pina Maria Goreti Silva Colaboração de: Nuno Janeiro José Artur Paiva Luis Lito Etelvina Ferreira PNCI,

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO E SUSCEPTIBILIDADE BACTERIANA DE UMA UNIDADE HOSPITALAR PÚBLICA

IDENTIFICAÇÃO E SUSCEPTIBILIDADE BACTERIANA DE UMA UNIDADE HOSPITALAR PÚBLICA IDENTIFICAÇÃO E SUSCEPTIBILIDADE BACTERIANA DE UMA UNIDADE HOSPITALAR PÚBLICA Donato Mileno Barreira Filho, Jamilly Lorrany dos Santos Lima, Francisco José Mendes Vasconcelos 3, Carla Patricia de Almeida

Leia mais

Antibiograma em controlo de infecção e resistências antimicrobianas. Valquíria Alves 2015

Antibiograma em controlo de infecção e resistências antimicrobianas. Valquíria Alves 2015 Antibiograma em controlo de infecção e resistências antimicrobianas Valquíria Alves 2015 Teste de susceptibilidade aos antimicrobianos As metodologias de que dispomos na rotina são todas dependentes da

Leia mais

Dr. Marcos Antonio Cyrillo Dezembro/2018

Dr. Marcos Antonio Cyrillo Dezembro/2018 Dr. Marcos Antonio Cyrillo Dezembro/2018 NOSSA GALAXIA 120.000 ANOS LUZ DE DIÂMETRO 400 BILHÕES DE ESTRELAS 12 BILHÕES DE ANOS DE HISTÓRIA TERRA 7 BILHÕES DE ANOS Antibiótico: uma perspectiva evolucionista

Leia mais

Identificação de Bacilos Gram-negativos

Identificação de Bacilos Gram-negativos Identificação de Bacilos Gram-negativos QUESTÕES PARA AS PROVAS; CONTEÚDO DAS AULAS; HORÁRIO DE ATENDIMENTO ON-LINE; blog do professor: http://chicoteixeira.wordpress.com Bacilos Gram-Negativos Não-Fermentadores

Leia mais

Resistência bacteriana as drogas antimicrobianas

Resistência bacteriana as drogas antimicrobianas Resistência bacteriana as drogas antimicrobianas Variação permanente resultante de Mutação tempo 1. População de uma bactéria em processo de multiplicação minutos, horas, dias, meses 5. Os mutantes continuam

Leia mais

2 Classificação. 1 Anmicrobianos. 2 Classificação. Mecanismos de Ação dos Anbacterianos e Mecanismos de Resistência. Microbiologia I Profa Crisna

2 Classificação. 1 Anmicrobianos. 2 Classificação. Mecanismos de Ação dos Anbacterianos e Mecanismos de Resistência. Microbiologia I Profa Crisna Mecanismos de Ação dos Anbacterianos e Mecanismos de Resistência Microbiologia I Profa Crisna 2 Classificação Quanto a origem: NATURAIS Penicillium Penicilinas Streptomyces Estreptomicinas Cephalosporium

Leia mais

Antimicrobianos mecanismo de ação. Prof. Marcio Dias

Antimicrobianos mecanismo de ação. Prof. Marcio Dias Antimicrobianos mecanismo de ação Prof. Marcio Dias Origem dos antibióticos... Era uma vez uma bactéria... Natureza química dos antibióticos Cerca de 10.000 antibióticos foram isolados e descritos e

Leia mais

PROPORÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES DE UM HOSPITAL PÚBLICO SUL-BRASILEIRO

PROPORÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES DE UM HOSPITAL PÚBLICO SUL-BRASILEIRO ARTIGO ORIGINAL/ORIGINAL ARTICLE PROPORÇÃO DE BACTÉRIAS MULTIRRESISTENTES DE UM HOSPITAL PÚBLICO SUL-BRASILEIRO MULTI-DRUG RESISTANT ORGANISMS RATIO OF A PUBLIC HOSPITAL IN SOUTHERN BRAZIL DOI: 10.5380/rmu.v1i1.40679

Leia mais

INFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERES VASCULARES

INFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERES VASCULARES INFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERES VASCULARES Cateteres vasculares são fundamentais para terapia intravenosa e monitorização hemodinâmica. EUA: 150 milhões de cateteres vasculares/ano Os cateteres provocam

Leia mais

rof. Livre-Docente Disciplina de Infectologia residente da CCIH do Hospital São

rof. Livre-Docente Disciplina de Infectologia residente da CCIH do Hospital São duardo Alexandrino Servolo de Medeiros rof. Livre-Docente Disciplina de Infectologia residente da CCIH do Hospital São Paulo UNIFESP PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO INFRAESTRUTURA TREINAMENTO

Leia mais

Morfologia e estruturas bacterianas. Prof. Dr. Marcio Vinicius Bertacine Dias Laboratório de Biologia Estrutural Aplicada sala 166 ICB-II

Morfologia e estruturas bacterianas. Prof. Dr. Marcio Vinicius Bertacine Dias Laboratório de Biologia Estrutural Aplicada sala 166 ICB-II Morfologia e estruturas bacterianas Prof. Dr. Marcio Vinicius Bertacine Dias Laboratório de Biologia Estrutural Aplicada sala 166 ICB-II -O que são as bactérias? -Por que devemos estudar as bactérias?

Leia mais

Uso Racional de Antibióticos

Uso Racional de Antibióticos Uso Racional de Antibióticos ticos O que háh de novo Denise Marangoni UFRJ Uso Racional de Antibiótico tico Indicação Finalidade Condições do paciente Fatores da infecção Fatores do antibiótico tico O

Leia mais

ALVOS DE ACÇÃO MECANISMOS BACTERIANOS DE RESISTÊNCIA. Célia Nogueira Coimbra, 18 de Fevereiro 2016

ALVOS DE ACÇÃO MECANISMOS BACTERIANOS DE RESISTÊNCIA. Célia Nogueira Coimbra, 18 de Fevereiro 2016 ALVOS DE ACÇÃO MECANISMOS BACTERIANOS DE RESISTÊNCIA Célia Nogueira Coimbra, 18 de Fevereiro 2016 Nature 477, 457 461 (22 September 2011) Intrínseca Adquirida Mutações Aquisição de DNA exógeno (Conjugação,

Leia mais

GCPPCIRA SESARAM, EPE

GCPPCIRA SESARAM, EPE Antibióticos: use-os com cuidado! Insert logo of national institution Insert logo of national institution Antibióticos: Use-os com cuidado! Dia Europeu e Semana Mundial dos Antibióticos 2017 Apresentação-tipo

Leia mais

ESTUDO DA EFICIÊNCIA DE ANTIBIOTICOS CONTRA BACTÉRIAS PATOGÊNICAS

ESTUDO DA EFICIÊNCIA DE ANTIBIOTICOS CONTRA BACTÉRIAS PATOGÊNICAS ESTUDO DA EFICIÊNCIA DE ANTIBIOTICOS CONTRA BACTÉRIAS PATOGÊNICAS Alessandra Maria Stefani NOGUEIRA Franceline Gravielle Bento PEREIRA Lisliana Garcia BELCHIOR Leizer Cordeiro da Silva FREITAS Discentes

Leia mais