ENFERMAGEM EM BIOSSEGURANÇA
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- Giovanna Pacheco Domingos
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1 BIOSSEGURANÇA : 1-CONCEITO: É a ciência que estuda o manuseio de substâncias biológicas avaliando todas as condições que serão necessárias para a atividade de enfermagem. 1.2 Considerações gerais : Em 1996, foi publicado um manual sobre a orientação que devemos ter ao manusear sangue, líquidos e fluidos corporais, o sistema abordou as seguintes questões: Precauções padrões ou universais; Precauções baseadas na rota de transmissão; Precauções Empíricas; As precauções universais são medidas adotadas pelos profissionais da saúde envolvidos na assistência aos pacientes independente da doença diagnosticada. O profissional de saúde deve ter uma postura consciente da utilização destas precauções como forma de não se infectar ou servir de fonte de contaminação. A adoção destas medidas é importante para não adquirir doenças tais como a Hepatite B e C, AIDS, sífilis doença de Chagas, influenza, além de tuberculose e outras patologias respiratórias Saúde Ocupacional e medidas de segurança: A segurança do trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho Doença Ocupacionais : São disfunções orgânicas provindas do trabalho temos determinadas patologias que são características, tais como : Lombalgia ; Acidentes com materiais perfuro-cortantes; Contato com secreção e eliminação; Contato com produtos químicos; estresse irritação cansaço desânimo;
2 2-TIPOS DE PROTEÇÃO UNIVERSAL: 2.1-Lavagem das mãos : A lavagem das mãos é de extrema importância para a segurança do paciente e do próprio profissional, haja vista que, no hospital, a disseminação de microrganismos ocorre principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos Uso de luvas esterilizadas e de procedimento: O uso de luvas deve ser quando o profissional for realizar: manipulação de sangue e outros líquidos corporais ; manipulação de membranas e mucosas ; manipulação de sangue e outros fluídos corporais; manipulação de membrana, mucosa e pele não íntegra; procedimentos em equipamentos ou superfícies contaminadas com sangue e fluídos corporais; procedimentos de acessos vasculares Uso de avental : quando em contato direto com sangue e outros fluidos corporais. 2.4-Uso de máscaras, gorros, óculos : para proteção contra sangue e fluidos corporais. Usar quando houver risco de contaminação de mucosas face, olhos, boca, nariz por respingar sangue e fluidos corporais, principalmente em punções liquóricas e arteriais, suturas e cirurgias. 3- MEDIDAS DE PRECAUÇÃO UNIVERSAL-PROTOCOLO 3.1- Manuseio de material perfuro cortante : o profissional não deve reencapar, nem entortar e quebrar agulhas escalpes e lâminas contaminadas, isto é, exposta a sangue e fluídos corporais Precauções como rota de transmissão : Precauções de contato : Contato com um ou mais tipos de matéria orgânica. Em pacientes com suspeita ou identificados com as seguintes patologias: infecção ou colonização por agentes multirresistentes, herpes, furunculose, piodermites, pediculose, escabiose, conjuntivite, contato entérico com paciente com diarréias infecciosas.
3 Precauções em transmissão de vias áreas : São aquelas transmitidas pelo ar sob forma de partículas de pequeno tamanho ( menor que 5 micra). -Indicação : paciente com suspeita ou diagnosticadas por patologias respiratórias tais como : Tb,sarampo, varicela-partículas menores que 5 micras. -Precauções com gotículas ( partículas):são aquelas transmitidas pelo ar porém alcançam curtas distâncias ( partículas ou gotículas maiores de 5 micra). Pacientes com meningite, Pneumonia (por streptococcus pneumoniae), rubéola, caxumba, coqueluche, pois nestas patologias a transmissão por via área é mais curta. 4-IMUNODEPRIMIDOS -CUIDADOS ESPECIAIS: 4.1-imunodeprimidos: São pacientes que estão com depressão do sistema de defesa orgânica, dentre estes temos : Pacientes portadores do vírus H.I.V e Aidético; Paciente com Imunodeficiência Genética; Pacientes em uso de altas doses de corticóides; Pacientes fazendo tratamento quimioterápico e radioterápicos; Pacientes com leucopenia ( leucócitos abaixo de 1000/ml); e neutropenia (abaixo de 500/ml); Pacientes transplantados Protocolo de manejo destes pacientes: Separação destes pacientes que se inadvertidamente estiverem com pacientes com patologia infecciosa; Os pacientes em tratamento oncológico não ficaram misturados com pacientes de patologias infecciosa, ficarão em quarto individual ou com outra pessoa com o mesmo tratamento; Em transplantes a equipe de saúde deve entrar em consenso de utilizar quarto individual para estes pacientes, e as medidas de precaução devem ser obedecidas seguidas á risca; Pessoas com infecção não devem jamais cuidar destes pacientes, e nem entrarem no quarto destes; A limpeza do quarto deve ser feita todos os dias em todas as superfícies e aparelhos, deve ficar no quarto somente o necessário para não acumularem poeira e outros agentes infectantes; Obedecer a lavagem das mãos á risca, antes e depois de cada procedimento; A paramentação dos profissionais de saúde deve ser obedecida com máscaras, luvas e gorro além de outras precauções que se fizerem necessárias;
4 Cuidados relacionados a equipe de saúde :fazer uso de todas as precauções possíveis de acordo com o procedimento; Fornecer toda a alimentação em embalagem descartáveis; descontaminar superfícies com hipoclorito a 2%, quando contaminadas; Trocar a roupa de cama todos os dias; Manter a porta do recinto fechada; Utilizar substância anti-séptica na lavagem das mãos, na ausência de pia proceder a limpeza das mãos co álcool gel ou álcool a 70%, e tão logo que possível proceder a lavagem ads mãos. 5- ACIDENTES CO MATERIAL PERFURO-CORTANTE-PROTOCOLO: Lavar abundantemente o local com água corrente e anti-séptico que pode ser o PVPI e outros de rotina do hospital; Encaminhar-se ao setor da CCIH- comissão de controle da infecção hospitalar para ser o acidente registrado; Fazer os exames necessários de acordo com a patologia; Caso de contaminação por H.I.V, o uso de drogas retrovirais deve ser encaminhada para a avaliação médica, devido a possibilidade de orientação do médico quanto a esse procedimento; 5.1-Medidas de biossegurança :acidentes com : hepatite B: Recomenda-se que todo profissional de saúde seja vacinado com a Hepatite B, para evitar estes tipos de situações; caso o profissional seja vacinado deverá ser feito a sorologia, após a vacinação ( de um a seis meses da última dose ) para a confirmação de anticorpos protetores; HIV : devem fazer testes para detectação do vírus ; o médico avaliará a situação de fazer ou não drogas retrovirais ;( drogas que evitam a propagação da patologia temos: (AZT, Retrovir ), didanosina (ddl, Videx ), zalcitabina (ddc, Hivid ),lamivudina (3TC, Epivir ), saquinavir (Invirase ), ritonavir (Norvir ), delavirdina (Rescriptor ), e outras.
5 Hepatite C: O risco de ter essa patologia está associada a infecções percutânea ou mucosa e sangue contaminada; o acidente deve ser avisado a CCIH; não existe nem uma medida eficaz contra o vírus; o profissional deve proceder a sorologia. Diarréias Infecciosas : Observar a sintomatologia na pessoa possivelmente contaminada; Colher a coprocultura de todos os funcionários envolvidos no caso quando for a salmonella typi,shigella, etc. Caso seja positivo, o funcionário deve ser afastado por dois meses, realizar tratamento até a alta, num total de 03 coproculturas negativas, para voltar a suas atividades; 6-PREVENÇÃO DA INFECÇÃO CIRÚRGICA : 6.1- Considerações : No hospital concentram-se os hospedeiros mais susceptíveis os doentes - e os microrganismos mais resistentes. O volume e a diversidade de antibióticos utilizados provocam alterações importantes nos microrganismos, dando origem a cepas multirresistentes, normalmente inexistentes na comunidade. A contaminação de pacientes durante a realização de um procedimento ou por intermédio de artigos hospitalares pode provocar infecções graves e de difícil tratamento. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos - como diálise peritonial, hemodiálise, inserção de cateteres e drenos, uso de drogas imunossupressoras, são fatores que contribuem para a ocorrência de infecção. Ao dar entrada no hospital, o paciente já pode estar com uma infecção, ou pode vir a adquiri-la durante seu período de internação. Seguindo-se a classificação descrita na Portaria no 2.616/98: Infecção Comunitária : É aquela em que o paciente apresenta quando na admissão hospitalar ou desenvolve durante a internação quando não ligada a procedimentos hospitalares. Infecção Hospitalar : é aquela que o paciente desenvolve durante a realização de um procedimento ou por intermédio de artigos hospitalares pode provocar infecções graves e de difícil tratamento. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos - como diálise peritonial, hemodiálise, inserção de cateteres e drenos, uso de drogas imunossupressoras - são fatores que contribuem para a ocorrência de infecção,mesmo que o paciente tenha recebido alta se estiver associada é caracterizada como infecção hospitalar.
6 6.2- Prevenção da Infecção Cirúrgica : Toda infecção deve ser tratada antes da cirurgia; toda pessoa que entrar na S.O Sala operatória, deve estar com sua paramentação; Toda pessoa que entrar na sala deve ter feito a lavagem das mãos ; Cultivar qualquer secreção ada F.O-ferida operatória suspeita; Tocar a ferida somente com luva; Antiobioticoprofilaxia deve ser realizada em todos os pacientes operados; A equipe de cirurgia deve lavar as mãos até a altura dos cotovelos; Antes e depois do curativo deve ser lavadas as mãos; A estadia hospitalar em cirurgias eletivas deve ser curta; Uso de EPIs deve ser obedecido;(equipamentos de proteção individual) Pacientes desnutridos antes da cirurgia devem receber alimentação enteral ou parenteral; Tricotomia apenas no local cirúrgico, ou apenas se o o pelo estiver atrapalhando o local a ser operado; O paciente deve estar com roupas esterelizadas do centro cirúrgico para pacientes; Reduzir o n de pessoas em S.O; Para cirurgias ortopédicas utilizar duas luvas cirurgicas.
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