DAMIANA SANTANA DE FREITAS SÍNDROME DE BURNOUT NA ENFERMAGEM: O CUIDADO COM OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

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1 DAMIANA SANTANA DE FREITAS SÍNDROME DE BURNOUT NA ENFERMAGEM: O CUIDADO COM OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM São Paulo 2017

2 DAMIANA SANTANA DE FREITAS SÍNDROME DE BURNOUT NA ENFERMAGEM: O CUIDADO COM OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à centro universitário anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem. São Paulo 2017

3 DAMIANA SANTANA DE FREITAS SÍNDROME DE BURNOUT NA ENFERMAGEM: O CUIDADO COM OS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à centro universitário anhanguera, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem. BANCA EXAMINADORA Dr. Kleber de Magalhães Galvão Mestre Alcenir do Carmo Morais Monteiro de Barros Mestre Rosa Maria Moreira São Paulo, 09 de Dezembro de 2017

4 Dedico este trabalho, á todos professores, doutores e mestre (Alcenir, Kleber Galvão, Rosa, Luciana Déria, Leandro, Ana Cunha, Marli), que contribuirão para minha evolução e aos meus pais e meu marido que sempre me apoiaram e me ajudaram não deixando eu para durante a caminhada.

5 FREITAS, Damiana Santana. Síndrome de Burnout na Enfermagem: O cuidado com os profissionais de enfermagem. 29 Folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem Centro Universitário Anhanguera Vila Mariana, São Paulo, RESUMO Como a enfermagem pode diagnosticar a síndrome de Burnout?. Esta pesquisa apresentará, de forma clara precisa, como identificar e tratar a síndrome de Burnout na área profissional de Enfermagem. A metodologia desenvolvida será através de pesquisas literárias, artigos. Conclui que a síndrome de Burnout é pouco identificada na área de enfermagem, quando diagnosticada, já está em um nível avançado, tendo como consequência o afastamento deste profissional, esta síndrome muitas vezes é confundida com depressão, desanimo. Palavras-chave: Enfermagem; Burnout; Diagnóstico; Depressão; Tratamento.

6 FREITAS, Damiana Santana Nome. Burnout Syndrome in Nursing: Care with nursing professionals. 29 Folhas. Nursing Course Completion Work - Centro Universitário Anhanguera Vila Mariana, São Paulo, ABSTRACT How can nursing diagnose Burnout syndrome?. This research will present, in a clear and precise way, the identification and treatment of burnout syndrome in the nursing area. The methodology developed will be through literary research, articles. It concludes that the burnout syndrome is poorly identified in the nursing area, when diagnosed, is already at an advanced level, resulting in the removal of this professional, this syndrome is often confused with depression, discouragement. Key-words: Nursing; Burnout; Diagnosis; Depression; Treatment.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO BURNOUT A SINDROME DE BURNOUT DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM PREVENÇÃO E TRATAMENTO...23 CONSIDERAÇÕES FINAIS...27 REFERÊNCIAS...28

8 INTRODUÇÃO A síndrome de Burnout, é uma síndrome psicológica, causada pela exaustão. O profissional de enfermagem, durante seu trabalho, tem que trabalhar com seu estado mental, esforço físico, e muitas vezes o seu estado biopsicossocial esta alterado, por diversos motivos, causando estresse que se une com o cansaço, e auto cobrança profissional e também a pressão de vínculo empregatício. Esta síndrome é utilizada para definir tudo que causou desgastes, exaustão de energia, levando a consequência graves, afetando o profissional como um todo, tanto em sua vida profissional, quanto em sua vida pessoal, é uma doença silenciosa, e de difícil diagnostico. Esta pesquisa tem o intuito de esclarecer ao seu público alvo (enfermagem), o que é esta síndrome, como é adquirida, como evitar, e o cuidado de enfermagem a esses pacientes (profissionais da saúde), que estão sempre em exposição a essa fatalidade que muitas vezes quando diagnosticada, já está em seu estado avançado. Para que ocorra uma relação de plena satisfação com o trabalho é necessária uma base de afeto e social, que vai decorrendo durante sua vida profissional. Mas nem sempre o trabalho faz com que a base seja de afeto e crescimento profissional, as vezes ocorre problemas de insatisfação, desmotivação e exaustão. Caso ocorra uma fragilidade emocional, que possa provocar a falta dos suportes afetivo e social, desencadeia um grande sofrimento, na vida privada, que por sua vez, afeta o campo de trabalho. Quando o trabalhador chega nesta situação ele se sente sem direção, sem alternativa para dividir ou compartilhar seus sentimentos, causando uma tensão emocional, o que pode levar ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout. A pessoa que se encontra estressada, que associa o estresse ao ambiente de trabalho, faz com que as questões de realização pessoal, profissional, saúde física ou mental ao trabalhador, seja prejudicado, esse estresse é denominado Síndrome de Burnout. Esta síndrome é considerada a principal consequência de estresse profissional. O Burnout é uma expressão utilizada para designar aquilo que deixou de funcionar por exaustão de energia, constitui atualmente uns dos grandes problemas psicossociais, despertando interesse e preocupação por parte da comunidade

9 8 cientifica e das empresas, devido á severidade as suas consequências, quer ao nível individual, quer ao nível organizacional (BRITTO, C; FIGUEIREDO, C 2008). Esta síndrome afeta geralmente, os profissionais que trabalham diretamente com pessoas, sendo predominante nos profissionais de saúde, e muitas vezes ela não é tratada como Síndrome de Burnout, e sim como estresse ou depressão, afetando o desenvolvimento de tratamento, assim a causa principal não é tratada, dificultando a melhora ou cura do profissional (paciente). Os estudos demonstram que a síndrome afeta os enfermeiros, em diferentes partes do mundo e em diversos contextos de trabalho, levando-os a desenvolver sentimento de frustração, frieza e indiferença em relação ás necessidades e ao sofrimento (SPOONER-LANE, DIAZ-MUNOZ, 2013). Se os enfermeiros conhecerem as características, consequências e estratégias de prevenção do Burnout, poderia ter uma maior satisfação laboral e prestar cuidados com melhor qualidade aos pacientes. Assim não destacamos, somente a saúde física, mas também a saúde mental, em função do trabalho ser complexo, desgastante, desenvolvido em um ambiente onde se lidam com diferentes situações que implicam na manutenção da vida e na sensação de impotência diante de determinadas circunstancias. O trabalho em ambientes hospitalares, contribui, para acidentes de trabalho, como também para desencadear frequentes situações de estresse e de fadiga física e mental, levando na síndrome de Burnout. Devido os motivos relatados, leva-se em consideração, a necessidade de realizar uma análise dos fatores de estresse no ambiente hospitalar, no profissional de enfermagem, e a sua relação com síndrome de Burnout. Tendo como objetivo geral, analisar a síndrome de Burnout, os seus principais fatores geradores e as consequências no comportamento em virtude de sua incidência nos profissionais de enfermagem e os objetos específicos são: conhecer os fatores desencadeantes, os sintomas e detectar quais as fontes geradoras da síndrome de Burnout assim como analisar quais são os principais fatores causadores da síndrome de Burnout nos profissionais de enfermagem dentro da área hospitalar. Assim como podemos diagnosticar a síndrome de Burnout? Realizou-se revisão bibliográfica utilizando-se a base de dados MedLine, Scielo, Mental Health, e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Utilizaram-se os uni termos: Burnout, síndrome, enfermagem, exaustão, desgaste, tratamento.

10 9 A busca foi feita para o período compreendido entre 2002 e 2017, cruzando-se o unitermo: Burnout com os outros citados e selecionando-se artigos publicados na língua portuguesa. Após a seleção dos artigos, fez-se busca ativa entre as citações bibliográficas para identificar artigos de relevância que não tivessem aparecido no primeiro levantamento. Selecionaram-se artigos empíricos, epidemiológicos, conceituais e de revisão que relacionassem o Burnout, seus aspectos conceituais e comorbidades aos trabalhadores da área da suade. Alguns estudos em educadores foram considerados quando relacionados ao Burnout e ás doenças psiquiátricas. Foram excluídos artigos que abordaram outras categorias profissionais com exceção ás que preencheram os critérios citados.

11 10 1. BURNOUT Independente da profissão, o estresse faz parte do dia, aumentando cada vez mais com o mercado competitivo. A síndrome de Burnout é uma das consequências de um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições de trabalho desgastantes (BRITTO, C; FIGUEIREDO, C 2008). O Burnout é uma expressão utilizada para designar aquilo que deixou de funcionar por exaustão de energia, constitui atualmente um dos grandes problemas psicossociais, despertando interesse e preocupação por parte da comunidade cientifica e das empresas, devido a severidade das suas consequências, quer ao nível organizacional (BRITTO, C; FIGUEIREDO, C 2008). Em geral, a síndrome atinge profissionais que lidam direto e intensamente com pessoas e influenciam em sua vida pessoal. É o caso de pessoas das áreas de educação, assistência social, saúde, recursos humanos, bombeiros, policiais, advogados e jornalistas (BRITTO, C; FIGUEIREDO, C 2008). No decorrer dos levantamentos dos estudos bibliográficos foi possível classificar que a síndrome de Burnout, é uma síndrome psicológicas, causada pela exaustão, o profissional de enfermagem, durante seu trabalho, tem que trabalhar com seu estado mental, esforço físico, e muitas vezes o seu estado biopsicossocial está alterando, por vários motivos, causando estresse que se une com cansaço, e auto cobrança profissional, e do trabalho (MOREIRA, 2009). Existe vários sintomas, que, em fase inicial, até se confundem com a depressão. Por isso, é importante um diagnóstico detalhado. O esgotamento físico e emocional é refletido através de comportamentos diferentes, como agressividade, isolamento, mudança de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, falha da memória, ansiedade, tristeza, pessimismo, baixa autoestima e ausência no trabalho. Além disso, há relatos de sentimentos negativos, desconfiança a ate paranoia (BRITTO, C; FIGUEIREDO, C 2008). Sinais e sintomas que geralmente apresenta fisicamente são: dores de cabeça enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma e distúrbios gastrointestinais, respiratórios e cardiovasculares. Em mulheres, é comum alterações no ciclo menstrual, devido suas oscilações de níveis de hormônios (MENEGHINI, F.; PAZ, A. A.; LAUTERT, L. 2011).

12 11 Conforme levantado em estudo para que ocorra uma relação de plena satisfação com o trabalho, é necessário de uma base de afeto e social, que vai decorrendo durante sua vida profissional. Mas nem sempre o trabalho faz com que a base de afeto e crescimento profissional, as vezes ocorre problemas de insatisfação, desmotivação, exaustão (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011) O tratamento para a síndrome além da terapia e medicamentos, como antidepressivos, se faz necessária uma mudança no estilo da vida. É necessário a realização de atividades físicas regulares e os exercícios de relaxamento devem entrar para rotina, pois ajudam a controlar os sintomas (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). É importante que o médico observe se é o ambiente profissional a causa do estresse ou se são as atitudes da própria pessoa que geram a crise. A qualidade de vida é uma das armas para prevenir a síndrome de Burnout. E isso inclui cuidar da saúde, dormir e alimentar-se bem, praticar exercícios e manter uma vida social bem ativa (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Se os enfermeiros conhecessem as características, consequências e estratégias de prevenção do Burnout, poderiam ter uma maior satisfação laboral e prestar cuidados de melhor qualidade aos pacientes (FREUNDERBERGER 2006). Assim não destacamos, somente a saúde física, mas também a saúde mental, em função do trabalho ser complexo, desgastante, desenvolvido em um ambiente onde se lidam com diferentes situações que implicam na manutenção da vida e na sensação de impotência diante de determinadas circunstancias. O trabalho em ambientes hospitalar, contribuir, para acidentes de trabalho, como também para desencadear frequentes situações de estresse e de fadiga e mental, levando o profissional ao esgotamento, desenvolvendo a síndrome de Burnout.

13 A SINDROME DE BURNOUT A Síndrome de Burnout, foi desenvolvida por volta da década de setenta, nos Estados Unidos por (FREUNDERBERGER 2006). Ele observou que a maioria dos voluntários que trabalhavam, juntamente com ele, apresentavam um processo relevante que com o passar do tempo aumentava o nível de desgaste e de humor e desmotivação. Este processo durava em torno de um ano, e apresentava sintomas físicos e psíquicos, que se resumia em um estado de exaustão. A psicóloga social CHRISTINA MASLACH (1981, 1984, 1986) apresentou a forma como as pessoas enfrentavam a estimulação emocional em seu trabalho. Concluiu que os profissionais da saúde, misturam a compaixão com o distanciamento emocional, evitando o envolvimento com a enfermidade ou patologia que o paciente apresenta e utilizando, forma de bloqueio para se proteger, como por exemplo a desumanização, se protegendo de si mesmo, frente a situações estressoras, respondendo aos pacientes de forma despersonalizada. O desenvolvimento do conceito de Síndrome de Burnout apresenta duas fases em sua evolução histórica: uma fase pioneira, onde o foco esteve na descrição clínica da "Síndrome de Burnout", e uma fase empírica em que se sistematizaram as distintas investigações para assentar a descrição conceitual do fenômeno por Maslach e Jackson (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Na década de setenta se desenvolveu o conceito de Síndrome de Burnout a partir da suposição de que existe una tendência individual na sociedade moderna a incrementar a pressão e estresse ocupacional, sobretudo nos serviços sociais. (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Os profissionais ligados ao atendimento de pessoas doentes, necessidade ou carência material deveriam resolver mais problemas e, portanto, se produziria neles um conflito entre a mística profissional, a satisfação ocupacional e a responsabilidade frente ao cliente (CHERNISS, 2005). Na década de oitenta, as investigações sobre Síndrome de Burnout se deram nos Estados Unidos e, posteriormente, o conceito começou a ser investigado no Canadá, Inglaterra, França, Alemanha, Israel, Itália, Espanha, Suécia e Polônia. Em cada país, se adotou e se aplicou o instrumento criado nos Estados Unidos, especialmente o Maslach Burnout Inventory, de Maslach e (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). De acordo com MASLACH (2001), grande parte dos aportes utilizados

14 14 para o estudo do construto são investigações transversais e há escassos estudos longitudinais. As investigações efetuadas nos últimos 25 anos teriam predominado a hipótese que as pessoas idealistas têm um risco maior para o Burnout. Uma segunda hipótese estudada é que a Síndrome de Burnout resulta da exposição a estressores crônicos. Foi nesta época de setenta que começaram a ser construídos modelos teóricos e instrumentos capazes de registrar e compreender este sentimento crônico de desânimo, de apatia, de despersonalização (FREUNDERBERGER 2006). A primeira constatação surge através de um problema, uma síndrome que afeta principalmente os trabalhadores encarregados de cuidar. Burnout, foi o nome escolhido em português, algo como perder o fogo perder a energia. É uma síndrome através da qual o trabalhador perde o sentido da sua relação com o trabalho, de forma que as coisas já não o importam mais e qualquer esforço lhe parece ser inútil Maslach e Jackson (1981). A síndrome Burnout é definida por Maslach e Jackson (1981) como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto e excessivo com outros seres humanos, particularmente quando estes estão preocupados ou com problemas. Esta síndrome afeta, principalmente, profissionais da área de serviços quando em contato direto com seus usuários. Como clientela de risco são apontados os profissionais de educação e saúde, policiais e agentes penitenciários, entre outros. Nesta situação o trabalhador se envolve afetivamente com os seus clientes, se desgasta e, no extremo, desiste, não suporta mais, entra em Burnout. A síndrome é entendida como um conceito multidimensional que envolve três componentes: 1) Exaustão Emocional situação em que os trabalhadores sentem que não podem dar mais de si mesmos a nível afetivo. Percebem esgotada a energia e os recursos emocionais próprios, devido ao contato diário com os problemas. 2) Despersonalização desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas e de cinismo às pessoas destinatárias do trabalho (usuários / clientes) endurecimento afetivo, coisificação da relação. 3) Falta de envolvimento pessoal no trabalho tendência de uma evolução negativa no trabalho, afetando a habilidade para realização do trabalho e o atendimento, ou contato com as pessoas usuárias do trabalho, bem como com a organização.

15 15 Com o decorrer da pesquisa, foi constatado que existem três perspectivas diferentes a partir das quais a Síndrome de Burnout tem sido estudada: a) A perspectiva psicossocial: que explicar as condições ambientais nas quais se origina a Síndrome de Burnout, os fatores que ajudam a atenuá-la (especialmente o apoio social) e os sintomas específicos que caracterizariam a síndrome, fundamentalmente de tipo emocional, nas distintas profissões. Além disso, neste enfoque se desenvolveu o instrumento de medidas mais amplamente utilizado para avaliar a síndrome, se mede as três dimensões apresentadas em literatura: esgotamento emocional, despersonalização e reduzido ganho pessoal. Porém o instrumento não permite medir os processos individuais destacados, já que o indivíduo só se dá conta quando está esgotado excessivamente e apresenta problemas com seu rendimento ocupacional. b) A perspectiva organizacional: que se concentra em que as causas da Síndrome de Burnout se originam em três níveis distintos, o individual, o organizacional e o social (CHERNISS, 1980). O desenvolvimento da Síndrome de Burnout gera nos profissionais, respostas ao trabalho, que não têm que aparecer sempre, nem juntas, como a perda do sentido do trabalho, idealismo e otimismo, ou a ausência de simpatia e tolerância frente aos clientes e a incapacidade para apreciar o trabalho como desenvolvimento pessoal. c) A perspectiva histórica: é fruto dos estudos realizados por SARANSON (1982) sobre as consequências das rápidas mudanças sociais nos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial no trabalho e das condições de trabalho. O diagnóstico da síndrome de Burnout, é um processo que começa com um excessivo e prolongado nível de tensão que produz a fadiga no trabalho, sentimento de estar exausto, irritabilidade. A Síndrome de Burnout tem sido caracterizada como uma progressiva perda do idealismo e da energia e o propósito de ajudar aos usuários dos serviços. Os sintomas apresentados em pesquisas são: impaciência e grande irritabilidade, sensação de onipotência, paranoia, cansaço emocional e desorientação CABALLERO e MILLÁN (2009) propõem que a Síndrome de Burnout apresenta sintomas fisiológicos que são: falta de apetite, cansaço, insônia, dor cervical, úlceras;

16 16 Psicológica apresentando irritabilidade ocasional ou instantânea, gritos, ansiedade, depressão, frustração, respostas rígidas e inflexíveis; de conduta: expressões de hostilidade ou irritabilidade, incapacidade para poder concentrar-se no trabalho, aumento das relações conflitivas com os demais colegas, chegar tarde ao trabalho ou sair mais cedo, estar com frequência fora da área de trabalho e fazer longas pausas de descanso no trabalho. Além desses sintomas, apresentem também aumento do absenteísmo, apatia face à organização, isolamento, empobrecimento da qualidade do trabalho, atitude cínica e fadiga emocional, aumento do consumo de café, álcool, barbitúricos e, cigarros. Um diagnóstico objetivo e também subjetivo da Síndrome de Burnout com critérios para determinar seu grau. O principal sintoma seria a fadiga ou esgotamento emocional, acompanhada de um sentimento de incompetência profissional e insatisfação no emprego, além de problemas de concentração, irritabilidade e negativismo. O principal indicador seria o estado emocional por um período de vários meses, observado por distintas pessoas como colegas, supervisores e outros (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). GUTIÉRREZ (2000) distingue cinco elementos comuns nas pessoas que sofrem a Síndrome de Burnout: a) um predomínio de sintomas como cansaço mental ou emocional, fadiga e depressão; b) a evidência pode ser vista em um sintoma mental ou de conduta mais do que em sintomas físicos; c) os sintomas estão relacionados com o trabalho; d) os sintomas se manifestam em pessoas "normais" que não sofriam anteriormente de nenhuma alteração psicopatológica; e) se pode observar uma redução da efetividade e do rendimento no trabalho. Os efeitos da síndrome de Burnout no indivíduo apresenta como uma síndrome complexa que acarreta consequências muito variáveis, já que estas estão presentes a nível psicológico, físico e de conduta. Entre os sintomas mais comuns relatados pela literatura, em nível individual estariam os problemas psicossomáticos, a diminuição do rendimento e as atitudes negativas frente à vida em geral (GARCÉS DE LOS FAYOS, 2000).

17 17 A atividade laboral hospitalar é caracterizada por excessiva carga de trabalho, contato com situações limitantes, alto nível de tensão e de riscos para si e para outros. Inclui problemas de relacionamento interpessoal aos que prestam assistência direta aos clientes e preocupações com demandas institucionais (MENEGHINI; PAZ; LAUTERT, 2011). Síndrome de Burnout na área de enfermagem fazem parte de uma profissão caracterizada por ter, em sua essência, o cuidado e por grande parte de trabalho ser o contato direto com pacientes e familiares. A sobrecarga de trabalho frequentemente justificada por falta de pessoal e estimulada pelo pagamento de horas-extras; falta de autonomia e autoridade na tomada de decisões, entre outras, geram um estado de estresse crônico, identificando-se como uma da profissão de maior incidência de Burnout (MOREIRA, 2009). Na visão de Martins (2003), os enfermeiros desempenham uma multiplicidade de tarefas e atividades polivalentes que não acompanhada de uma autonomia e diferenciação de funções bem definidas, o que leva à ambiguidade e conflitos de papéis. Segundo a autora, são constantemente dominados por uma sensação de ambivalência, por não realizar em aquilo que lhes compete, devido à grande quantidade de tarefas que cotidianamente devem executar em tempo útil, provocando sentimentos de irritação e de frustração nos enfermeiros. Sendo assim, as necessidades pessoais do trabalhador de enfermagem e sua ansiedade em relação às circunstâncias com as quais se defronta, geralmente prejudicam o tipo de atendimento que ele gostaria de oferecer, podendo ocorrer sofrimento profissional, como é o caso da Síndrome de Burnout. Marziale e Silva (2003) considera que as condições de trabalho vividas pelos profissionais de enfermagem em instituições hospitalares têm propiciado agravos à saúde, comumente provenientes do ambiente de trabalho, da forma da organização e das atividades insalubres que realizam. Segundo as autoras, as condições de trabalho, referentes à carga horária semanal superior a 40 horas semanais, a trabalhar em finais de semana, no horário noturno, ao cuidado com enfermos, à manipulação de produtos químicos entre outros e a fatores ergonômicos e psicossociais, submetem esse profissional a riscos de doenças, acidentes de trabalho e absenteísmo.

18 18 2. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM A Sistematização da Assistência de Enfermagem SAE, é composta por Histórico de enfermagem, Exame Físico, Diagnóstico de Enfermagem, Prescrição da Assistência de Enfermagem, Evolução da Assistência de Enfermagem, todas essas informações são de inteira necessidade, constar no prontuário do paciente (MENEGHINI, F.; PAZ, A. A.; LAUTERT, L. 2011). Os diagnósticos de enfermagem ser definido pelo serviço de enfermagem e devem ser identificados pelo enfermeiro após a análise dos dados colhidos no histórico e exame físico, identificado os problemas de enfermagem, as necessidades básicas afetadas e grau de dependência, realizando julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo, da família e comunidade, aos problemas, processos de vida vigentes ou potenciais (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). A literatura descreve que o instrumento mais utilizado para a avaliação da síndrome de Burnout tem sido o Maslach Burnout Inventory (MBI), que considera como dimensões da síndrome: baixa realização pessoal no trabalho, alto esgotamento e alta despersonalização ou cinismo. Entretanto mesmo que este instrumento tenha obtido valores adequados de fidedignidade e validade, também se detecta com frequência insuficiências psicométricas, sobretudo quando o instrumento original é adaptado para outros idiomas excluindo o inglês (BOTTI, N.C, BARBOSA, F.R. 2008). O enfermeiro atua em várias áreas, como por exemplo: administrativa; assistencial; educacional e é necessário que em seu ambiente de trabalho saiba identificar sinais e sintomas da Síndrome de Burnout tendo como ferramenta a consulta de enfermagem, em todo âmbito de atuação (BETEGHELLI, 2005). Estudos mostram que a inserção de trabalhadores nos processos de produção e com a vasta mudanças tecnológicas, que possibilitaram as empresas o aumento da produtividade bem como dos lucros, trouxe consigo, quase sempre, exposição dos trabalhadores a uma diversidade de sobrecargas tanto na esfera física quanto emocional as quais vem acarretando impactos negativos à sua saúde (BOTTI, N.C, BARBOSA, F.R. 2008). O estresse é o grande vilão no trabalho, pois o trabalho pode representar fonte de satisfação ou insatisfação pessoal. Isso ocorre quando o ambiente de trabalho é percebido como uma ameaça ao indivíduo, repercutindo no plano pessoal e

19 19 profissional, com demandas maiores do que a sua capacidade de enfrentamento resultando no estresse crônico do dia-a-dia na área de trabalho, principalmente quando existe excessiva pressão, conflitos, poucas recompensas emocionais e reconhecimento (MENEGHINI, F.; PAZ, A. A.; LAUTERT, L. 2011). No geral estudos mostram que, toda e qualquer atividade pode vir a desencadear um processo de Burnout, entretanto, algumas profissões têm sido apontadas como mais predisponentes por características peculiares das mesmas as ocupações consideradas de mais risco são aquelas atividades que estão dirigidas a pessoas e que envolvam contato muito próximo, preferentemente de cunho emocional (BOTTI, N.C, BARBOSA, F.R. 2008). O Burnout foi reconhecido como um risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com saúde, educação e serviços humanos. Em síntese, quanto maior é a incongruência entre os valores, expectativas e objetivos do trabalhador e o seu trabalho, maior é a probabilidade de ocorrer Burnout (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Conforme apresentado em estudos e pesquisas os índices de Burnout podem variar de um contexto laboral, organização do trabalho e até mesmo de país. A percepção dos trabalhadores sobre seu trabalho é fundamental no surgimento da Síndrome de Burnout, principalmente quando a atividade é vista como estressante ou como envolvendo pessoas que atrapalham o ambiente (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Conforme pesquisas realizadas pela International Stress management Associstion (ISMA) foram constado que 18% dos problemas de saúde em profissionais na europa estão associados a ansiedade e depressão, nos Estados Unidos e no Canadá 11% dos problemas estão associados ao estresse e no Brasil 70%. Durante estudos a OMS, considerou que o Burnout como uma das principais doenças dos europeus e americanos, ao lado do diabetes e das doenças cardiovasculares (OMS ). Estudos mostraram que nos Estados Unidos, o estresse, e problemas relacionados, como o Burnout, provocam um custo de mais de $150 bilhões anualmente para as organizações, com isso as implicações financeiras específicas do Burnout merecem ser estudadas diante da insatisfação, absenteísmo, rotatividade e aposentadoria precoce causados pela síndrome (BOTTI, N.C, BARBOSA, F.R. 2008).

20 20 O Canadá, apresenta uma das taxas mais altas de licenças médicas na enfermagem em relação as demais classes profissionais, o que se devia, principalmente, ao Burnout, ao estresse induzido pelo trabalho e às lesões musculoesqueléticas. (MENEGHINI, F.; PAZ, A. A.; LAUTERT, L. 2011). Já no Brasil, ainda existe poucos estudos nos bancos de dados em relação ao Burnout. Em um estudo realizado no Rio Grande do Norte, com 205 profissionais de três hospitais universitários constatou que 93% dos profissionais estudados apresentavam Burnout de níveis moderado e elevado (MENEGHINI, F.; PAZ, A. A.; LAUTERT, L. 2011). Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento do Burnout, porém são levadas em consideração quatro dimensões: a organização, o indivíduo, o trabalho e a sociedade. Índices superiores associados com a síndrome de Burnout quanto a organização são: Burocracia, falta de autonomia; Mudanças organizacionais frequentes; Falta de confiança; Respeito e consideração entre membros de equipe; Comunicação ineficiente; Ambiente físico e seus riscos; Os fatores individuais são padrão de personalidade; Lócus de controle externo; Super. Envolvimento; Indivíduos pessimistas; Indivíduos perfeccionistas; Indivíduos controladores; Indivíduos passivos; Indivíduos com grande expectativa e idealismo em relação a profissão; Gênero; Nível educacional; Estado civil. Já os fatores laborais são a sobrecarga, baixo nível de controle das atividade ou acontecimentos no próprio trabalho, sentimento de injustiça e de iniquidade,

21 21 trabalho por turno ou noturno, tipo de ocupação, precário suporte organizacional e relacionamento conflituoso entre os colegas, relação muito próxima ao trabalhador com as pessoas a que deve atender, conflitos e papel (SOUZA, W.C., SILVA, A.M.M.2010). Os estudos apresentam que, é possível encontrar uma lista bastante extensa de sintomas associados ao Burnout, estes sintomas podem ser subdivididos em físicos, psíquicos, comportamentais e defensivos (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Físicos: fadiga constante e progressiva, distúrbios do sono, dores musculares e osteomusculares, cefaleias, enxaquecas, perturbações gastrointestinais, imunodeficiência, transtornos cardiovasculares, distúrbios respiratórios, disfunções sexuais e alterações menstruais em mulheres; Psíquicos: falta de atenção, alterações de memória, lentificação do pensamento, sentimento de alienação e solidão, impaciência, sentimento de insuficiência, baixa autoestima, labilidade emocional, dificuldade de auto aceitação, astenia, desânimo, disforia, depressão, desconfiança e paranoia; Comportamentais: negligência ou excesso de escrúpulos, irritabilidade, incremento da agressividade, incapacidade para relaxar, dificuldade na aceitação de mudanças, perda de iniciativa, aumento do consumo de substâncias (bebidas alcoólicas, café, fumo, tranquilizantes, substâncias ilícitas, entre outras), comportamento de alto-risco e suicídio. Defensivos: tendência ao isolamento, sentimento de onipotência, perda do interesse pelo trabalho ou até para o lazer, absenteísmo, ironia, cinismo. É válido salientar que as manifestações sintomáticas dependerão das características da pessoa (fatores genéticos, por exemplo), do ambiente de trabalho e da etapa em que a pessoa se encontre no processo de desenvolvimento da síndrome (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Por isso, nem todos que desenvolverem a síndrome de Burnout apresentarão todos os sintomas e esses podem se expressar de forma diferente e em momentos distintos na mesma pessoa (JODAS, D.; HADDAD, M.C. 2010). A sintomatologia da Síndrome de Burnout não traz consequências nocivas apenas para o indivíduo acometido por ela. Tais consequências podem atingir o indivíduo de diversas maneiras, interferindo nos níveis pessoal, organizacional e social (GARCÉS DE LOS FAYOS, 2000).

22 22 Os indivíduos que desenvolvem a Síndrome de Burnout estão sujeitos a abandonar o emprego, devido a uma diminuição na qualidade de serviço oferecida, pois esses indivíduos investem menos tempo e energia no trabalho, fazendo somente o que é absolutamente necessário, além de faltarem com mais frequência. Nesse sentido, o indivíduo sente-se desmotivado havendo uma predisposição a acidentes pela falta de atenção. (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Do ponto de vista organizacional, a Síndrome de Burnout está altamente correlacionada com a baixa satisfação pessoal no trabalho, baixa produtividade, diminuição na qualidade do trabalho, absenteísmo e rotatividade. Os transtornos devido a esses problemas, os custos com a contratação e treinamento de novos empregados, oneram a folha de pagamento denigrem a imagem da empresa. (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Na Vida Social, destaca-se o isolamento social. O indivíduo afasta-se do grupo, podendo afetar o âmbito doméstico com o distanciamento dos familiares, incluindo filhos e cônjuge. Nesse sentido, atrelado a esse processo de avaliação, é de extrema necessidade a construção de estratégias preventivas que promovam o aumento da qualidade de vida e maior equilíbrio no ambiente de trabalho (JODAS, D.; HADDAD, M.C. 2010).

23 23 3. PREVENÇÃO E TRATAMENTO É necessário que medidas preventivas e de promoção à saúde sejam implementadas, a fim de reduzir a incidência e minimizar os efeitos da síndrome de Burnout. A adoção de estratégias individuais e organizacionais são fundamentais para combater a síndrome e/ou minimizar seus efeitos sobre os trabalhadores (FRANÇA, T.L.B., OLIVEIRA, A.C.B.L., LIMA, L.F.2015). Nessa perspectiva, no que se refere às intervenções a nível individual, várias estratégias cognitivo comportamentais parecem úteis para melhorar as habilidades de enfrentamento e redução de Burnout. Tais estratégias envolvem programas de prevenção do Burnout que ajudam os indivíduos não só lidar com o estresse, mas para desenvolver qualidades mais positivas, tais como um senso de significado, gratidão e satisfação no trabalho, sendo áreas especialmente importantes para futuras pesquisas (FRANÇA, T.L.B., OLIVEIRA, A.C.B.L., LIMA, L.F.2015). O acompanhamento com psicológico é de suma importância para quem possui a Síndrome de Burnout, é nesse período que o paciente a encontrar estratégias para combater o estresse. É neste momento o paciente aprende a desabafar, onde ocorre também experiências que ajudam a melhorar o autoconhecimento e a ganhar mais segurança no seu trabalho (MOREIRA, 2009). Com o decorrer do tratamento é encontrado estratégias juntamente paciente e profissional onde o ajuda á: Além disso, ao longo do tratamento psicológico o paciente encontrar algumas estratégias como: Reorganizar o seu trabalho; Aumentar o convívio com amigos; Fazer atividades relaxantes; Fazer exercício físico (JODAS, D.; HADDAD, M.C. 2010). Complementarmente às ações individuais, a organização também necessita ser flexível para facilitar as circunstâncias em que se desenvolvem as atividades do trabalho. Dessa forma, o trabalho deve se organizar de maneira a promover o bemestar, recursos humanos e materiais suficientes, autonomia de participação e decisão, planejamento estratégico, lotação do funcionário em local que melhor se adapte ao seu perfil, resolução de conflitos de forma justa e incentivos ao trabalhador (FRANÇA, T.L.B., OLIVEIRA, A.C.B.L., LIMA, L.F.2015). É possível que a Síndrome de Burnout seja evitada, porém a cultura da organização tem que favorecer a execução de atividades preventivas, a partir da

24 24 atuação em equipes multidisciplinares, resgatando as características afetivas de cada profissional que cuida do próximo (JODAS, D.; HADDAD, M.C. 2010). As organizações tem como dever acompanhar os conflitos que surjam nas equipes de trabalho e com isso promover espaços de discussão com o objetivo de buscar soluções para essas desavenças, como também para amenizar os efeitos do estresse organizacional (FRANÇA, T.L.B., OLIVEIRA, A.C.B.L., LIMA, L.F.2015). Assim, os gestores das instituições devem se atentar especialmente ao favorecimento de condições de trabalho adequadas, que fomentem a saúde e o bem estar dos seus empregados, equilibrando a sobrecarga de trabalho para que se torne mais administrável, redistribuindo tarefas para quebrar a monotonia e favorecendo a resolução de conflitos interpessoais (JODAS, D.; HADDAD, M.C. 2010). A elaboração de grupos voltados para a prevenção da síndrome é um ponto importante para a sua prevenção. Assim é possível que os trabalhadores de diversos cargos podem se reunir para troca de informações, orientações, experiências, sentimentos como frustração, insatisfação, angustia e estresse cotidiano e sobre as mais diversas questões relacionadas ao trabalho. Tendo como perspectiva, imprescindível atuar nesses aspectos organizacionais, possibilitando um ambiente de trabalho agradável, democrático, onde os funcionários possam influir na tomada de decisões (SILVA, T.; CARLOTTO, M.S.2017). Um estudo realizado com professores por uma psicopedagoga, apresentou como resultado um grupo reflexivo onde se permitem os educadores conversar e apresentar e enfrentar seus problemas, resultando na compreensão do mesmo e como resultado encontrando a solução (MOREIRA, 2009). Esta estratégia é uma das melhores alternativa para evitar doenças mentais como a Síndrome de Burnout. Adotar uma estratégias que contribui para a melhora no ambiente de trabalho, tornando-o menos estressante não afeta somente os profissionais, mas também os que estão a sua volta, instituições e sociedade (BATISTA, J.B.V.2017). Uma das últimas alternativas para tratar o Síndrome de Burnout, o psiquiatra pode indicar o uso de medicamentos antidepressivos, no objetivo de ajudar a ultrapassar a sensação de inferioridade e de incapacidade e a ganhar confiança, que são os principais sintomas manifestados pelos portadores da Síndrome de Burnout (BETEGHELLI, 2005)

25 25 Uma das soluções dessa síndrome é focar suas ações em programas preventivos que normalmente enfatizam três níveis: Programas centrados na resposta do indivíduo, os quais criam no indivíduo condições de ter respostas para as situações negativas ou estressantes (MASLACH, C; LEITER, M. P.2011). Programas centrados no contexto ocupacional, que buscam a melhoria das condições no ambiente de trabalho e Programas centrados na interação do contexto ocupacional e o indivíduo, faça com que os profissionais que já adquiriram a síndrome melhorem, os que que não tem a síndrome se previnem (BATISTA, J.B.V.2017). Esses programas busca ligar o indivíduo e seu contexto ocupacional, com o intuito de modificar as condições laborais e também as forma de enfrentamento do indivíduo diante das situações conflitantes em sua área ocupacional, porém, antes de iniciar esses programas preventivos, é necessário adotar a perspectiva cognitivo comportamental que estabelece alguns passos para a busca da prevenção: Exposição didática sobre o estresse e o Burnout (conhecimento do problema); Descobrir o agente causador do problema (reconhecimento do problema e perfil pessoal); Aprendizagens de estratégias de enfrentamento em relação ao problema e a busca da solução do problema para modifica-lo ou adaptá-lo ao indivíduo (enfrentamento orientado ao problema); As áreas profissionais que apresentam uma sobrecarga de movimento e tensão ocupacional, como por exemplo: Pronto Socorro, UTI é necessário haver um monitoramento periódico da saúde mental e física desses trabalhadores. Sempre estimulando a prática de exercícios físicos, alimentação balanceada nos horários corretos, um bom sono, momentos de lazer e prazer para o indivíduo, saber administrar o tempo e saber dizer não (FRANÇA, T.L.B., OLIVEIRA, A.C.B.L., LIMA, L.F.2015). Além desses meios apresentados existe outros meios de reduzir tensões, melhorando e evitando, assim, danos à saúde do trabalhador. A prevenção da Síndrome de Burnout também é favorecida pelo apoio familiar. A família do trabalhador é um fator bastante interessante na prevenção de Burnout (BETEGHELLI, 2005). Os trabalhadores que têm filhos e são casados ou tem companheiro estável apresentam menor propensão a ter Burnout. Isso demonstra que o carinho que a

26 26 família oferece alivia as tensões e conflitos que os trabalhadores se submetem em decorrência do trabalho (BATISTA, J.B.V.2017).

27 27 CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento do presente estudo possibilitou a avaliação da síndrome de Burnout, especialmente no que diz respeito à interpretação dos pontos de corte para estabelecer os níveis alto, moderado e baixo das dimensões, assim como o modo de interpretação do instrumento para definição do diagnóstico. A síndrome de Burnout é um transtorno adaptativo crônico que acomete trabalhadores e caracteriza-se por três expressões de sofrimento psíquico: cansaço emocional, despersonalização e baixa realização pessoal, tendo como perfil padrão os trabalhadores da área da saúde, policiais, professores e etc. A solução é focar suas ações em programas preventivos, nas empresas enfatizando programas centrados na resposta do indivíduo, onde seja poupado das situações negativas, e aprenda situações negativas, estressantes ou de conflitos. Sendo assim o trabalhador, se livrara das dificuldades de lidar com situações que o possa leva-lo em condições de estresse resultando em Doença de Burnout. A pesquisa apresentou também que os trabalhadores que possuem filhos e são casados apresentam menor risco de desenvolver Burnout, devido suporte e alivio das tensões sofridas pelo trabalho. Conforme apresentado no decorrer da pesquisa em último caso para o tratamento pelo psiquiátrica, é prescrito medicamentos que possam amenizar, a ansiedade, melhorando os sintomas de Burnout.

28 28 5. REFERÊNCIAS BATISTA, J.B.V. Síndrome de Burnout: Compreensão de profissionais de enfermagem que atuam no contexto hospitalar. Recife v. 1 p Disponível em: < acesso 22 outubro Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humanização SUS: documento base para gestores e trabalhadores do SUS. 4º ed. Brasília (DF): Editora do Ministério da Saúde; v.23 p ; BOTTI, N.C, BARBOSA, F.R. Estudo sobre a síndrome de Burnout nos profissionais das unidades de suporte avançado Revista de Enfermagem. v. 45 p. 9-13, 2008 BRITTO, C; FIGUEIREDO, C; Fatores preponderantes na ocorrência e manifestação da Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem v. 201 p , 2008; CABALLERO, L.; MILLAN, J A síndrome de Burnout v. 40 p , 2009; CHENISS, C. Staff Burnout: job stress in the human services. Beverly Hills- British Journal of Social Work v. 125 p ; FRANÇA, T.L.B., OLIVEIRA, A.C.B.L., LIMA, L.F., A Síndrome de Burnout: Suas Características, Diagnósticos, Fatores de Risco e Prevenção aos Profissionais de Enfermagem, Revista de Enfermagem São Paulo, v 164 p FREUDENBERG, H. J. Staff burn-out. Journal of Social Issues, v.30 p ; GARCÉS DE LOS FAYOS, E. Tesis sobre el Burnout. Tesis para optar al grado de Doctor en Psicología, v 1 p ; GUTIÉRREZ, J. Estrese em os trabalhadores de saúde. British American Jornal v. 30, p , 2009; JODAS, D.; HADDAD, M.C; Síndrome de Burnout em trabalhadores de enfermagem de um pronto socorro de hospital universitário. v. 2 p , 2010; MASLACH, C; LEITER, M. P. Trabalho: Fonte de prazer ou desgaste? Guia para vencer o estresse na empresa v 5 p , 2011; MENEGHINI, F.; PAZ, A. A.; LAUTERT, L. Fatores ocupacionais associados aos componentes da síndrome de Burnout em trabalhadores de enfermagem. v. 20, p , MOREIRA, D. S., MAGNAGO, R. F., SAKAE, T. M., MAGAJEWSKI, F. R. L. Prevalência da Síndrome de Burnout em trabalhadores de Enfermagem de um

29 29 hospital de grande porte da Região Sul do Brasil. Revista Saúde Pública, v. 25, p ; MULLER, D.V.K. A Síndrome de Burnout no trabalho de assistência à saúde. Porto Alegre 2004, p 236; Organização Mundial da Saúde (OMS). Relatório sobre a saúde no mundo 2001: Saúde mental: nova concepção, nova esperança. Disponível em: < ros/i pdf>. acesso em: 26. Setembro 2017 SILVA, T.; CARLOTTO, M.S. Síndrome de Burnout em trabalhadores da enfermagem de um hospital geral. Revista Brasileira Psicologia Hospitalar São Paulo v.2 p. 52; Disponível em: < > acesso em 20. Agosto. 2017; SOUZA, W.C., SILVA, A.M.M. A influência de fatores de personalidade e de organização do trabalho no Burnout em profissionais de saúde. V.19 P SPOONER-LANE, R. The influence of work stress and work support on burnout in public hospital nurses. v. 10 p

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