Prática Clínica dos Terapeutas da Fala nas Perturbações Fonológicas

Transcrição

1 Universide de Aveiro Secção Autónoma de Ciências Saúde Prática Clínica dos Terapeutas Fala nas Perturbações Fonológicas Carla Patrícia Martins de Oliveira Orientadora: Professora Doutora Marisa Lousa Coorientador: Professor Doutor Luís Jesus Dissertação apresenta à Universide de Aveiro para obtenção do grau de Mestre em Ciências Fala e Audição Aveiro, 24 de julho de 213 Aborgens de Intervenção Fonológica Articulatória Discriminação Auditiva (Berry & Eisenson, 1956) Terapia dos Pares Mínimos (Weiner, 1981) Terapia de Oposições Máximas (Gierut, 199) Terapia Articulatória (Riper & Erickson, 1984) Sincronização/Coordenação Sucção-Deglutição-Respiração (Oetter, Richter, & Frick, 1993) Treino Oro-Motor Não-Verbal (Lancaster & Pope, 1989) Programa Nuffield ( Nuffield Dyspraxia Programe ) (Nuffield Hearing and Speech Centre 24) Vocabulário Funmental ( Core vocabulary ) (Dodd & Iacono, 1989) Aborgem Linguística Global ( Whole-language approach ) (Hoffman, Norris, & Monjure, 199) Bombardeamento Auditivo (Hodson & Paden, 1991) Metaphon (Howell & Deane, 1991) Consciência Fonológica (Gillon, 2) Articulação com Pistas Gestuais ( Cued Articulation ) (Passey, 199) Aborgem dos Ciclos (Hodson & Paden, 1991) Aborgem centra na família (ex. PACT) 1

2 Objetivo Objetivo do estudo Conhecer as aborgens de intervenção que os TF s portugueses aplicam em crianças com Perturbação Fonológica Questionário Tradução de um questionário de Joffe e Pring (28) realiza por dois tradutores externos; Unificação s duas versões traduzis; Processo de retroversão realizado por um terceiro colaborador externo, onde se verificaram algumas diferenças; Pedido de colaboração de um dos autores do trabalho original, que resultou no acréscimo de algumas questões; Tradução s novas questões por parte aluna e verificação por parte dos docentes orientadores; Realização do pré-teste. 2

3 Amostra O questionário foi disponibilizado na plataforma ACSA; Foi enviado um para uma lista de contactos de TF s e universides, para divulgar o questionário; Ca participante teve que fazer um registo prévio, de forma a prevenir respostas múltiplas; Os dos foram desassociados do registo inicial, de forma a garantir a confidencialide dos mesmos; Os dos foram registados automaticamente num documento Excel e a análise foi realiza com os programas Excel e SPSS. 158 Tf s 88 respostas Prevalência s perturbações 85, ,5 39,8 29,5 9,1 Perturbação Articulatória 6,8 31,8 43,2 18,2 Atraso/Perturbação Fonológica 12,5 1,1 Dispraxia Menos de 1% Entre 1 e 39% Entre 4 e 7% Mais de 7% Tipo de perturbação dos sons fala Joffe & Pring (28) Broomfield & Dodd (24) 3

4 Percentagem de utilizadores (%) % 92% 75% 58% Joffe & Pring (28) Pascoe et al. (21) 1 Aborgens de intervenção Sempre/Frequentemente Algumas vezes Raramente/Nunca Desconhecido % Percentagem de utilizadores (%) Joffe & Pring (28) Pascoe et al. (21) 5% 58% 52% 63% 69% 63% 1 Aborgens de intervenção Sempre/Frequentemente Algumas vezes Raramente/Nunca Desconhecido 4

5 Percentagem de utilizadores (%) Joffe & Pring (28) Aborgens de intervenção Sempre/Frequentemente Algumas vezes Raramente/Nunca Desconhecido Envolvimento dos pais e professores 6,2 23,9 29,5 55,7 15,9 Kamhi (26) Gee (1992) Skahan, et al. (27) Smit (24) 1 6,8 4,5 1,1 Sempre Frequentemente Algumas Raramente Nunca vezes Frequência de envolvimento Envolvimento dos pais Envolvimento dos professores 5

6 Frequência e duração intervenção Menos de uma vez por semana 62,5 Uma vez por semana 34,1 1,1 Duas vezes por Três a quatro vezes semana por semana Frequência s sessões Baker e McLeod (211) Lancaster, et al. (21) Kamhi (26) Todos os dias Menos de 4 semanas 4,5 Entre 4 e 6 semanas 8, 35,2 Entre 6 e 12 Entre 3 e 6 meses semanas Duração intervenção 51,1 Mais de 6 meses Relação entre variáveis Experiência Experiência Experiência Grau de confiança na intervenção em Perturbações Articulatórias Grau de confiança na intervenção em Atraso/Perturbação Fonológica Grau de confiança na intervenção em Dispraxia α = 5 P= 28 Sc= -,235 P= Sc=-,393 P=1 Sc=-,343 As restantes analises revelaram que as variáveis não apresentam uma associação significativa na amostra considera. Joffe & Pring (28) 6

7 A perturbação articulatória e o atraso/perturbação fonológica são as mais comuns na prática clínica. Há um número muito reduzido de pacientes identificados com dispraxia. As aborgens utilizas com maior frequência são a Terapia Consciência Fonológica, a Discriminação Auditiva e Terapia dos Pares Mínimos. Há um número considerável de terapeutas fala a utilizar aborgens de base articulatória. A intervenção é usualmente realiza apenas uma vez por semana e prolonga-se por um período superior a seis meses. Os terapeutas fala tendem a envolver os pais e os professores. Os terapeutas menos experientes parecem apresentar um maior grau de confiança na intervenção com as diferentes perturbações dos sons fala. Limitações - Amostra reduzi. - Questionário extenso. - Existência de poucos estudos diretamente relacionados, principalmente a nível de referências nacionais. Trabalho futuro - Explorar questões de distinção entre os diagnósticos terapêuticos. - Aprofunr questões diretamente relacionas com as motivações que levam à escolha de ca uma s aborgens para intervenção. 7