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1 2 Coleção LEIS ESPECIAIS para concursos Dicas para realização de provas com questões de concursos e jurisprudência do STF e STJ inseridas artigo por artigo Coordenação: LEONARDO GARCIA GUILHERME FREIRE DE MELO BARROS ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Lei 8.069/ ª edição revista, atualizada e ampliada 2019

2 LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Livro I Parte Geral Título I Das Disposições Preliminares Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. 1. Doutrina da proteção integral: é fundamental a compreensão do caráter principiológico adotado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. A Lei tem o objetivo de tutelar a criança e o adolescente de forma ampla, não se limitando apenas a tratar de medidas repressivas contra seus atos infracionais. Pelo contrário, o Estatuto dispõe sobre direitos infanto-juvenis, formas de auxiliar sua família, tipificação de crimes praticados contra crianças e adolescentes, infrações administrativas, tutela coletiva etc. Enfim, por proteção integral deve-se compreender um conjunto amplo de mecanismos jurídicos voltados à tutela da criança e do adolescente. O art. 1º está afinado com a vontade emanada da Constituição da República, cujo art. 227 determina que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Guarda ligação com a doutrina da proteção integral o princípio do melhor interesse da criança ou do adolescente. Esse postulado traduz a 25

3 Art. 2º ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Guilherme Freire de Melo Barros ideia de que, na análise do caso concreto, o aplicador do direito leia-se advogado, defensor público, promotor de justiça e juiz deve buscar a solução que proporcione o maior benefício possível para a criança ou adolescente, que dê maior concretude aos seus direitos fundamentais. No estudo da colocação da criança ou do adolescente em família substituta, o princípio do melhor interesse se faz presente de forma marcante. (Analista Judiciário STJ 2015 Cespe) Julgue o item: O ECA dispõe sobre a proteção social à criança e ao adolescente e, em casos específicos previstos em lei, a proteção integral. Gabarito: o item está errado. Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. 1. Conceito de criança e de adolescente: o Estatuto estabelece no art. 2º uma importante divisão conceitual, com implicações práticas relevantes. Considera-se criança a pessoa com 12 (doze) anos incompletos, ou seja, aquela que ainda não completou seus doze anos. Por sua vez, adolescente é aquele que conta 12 (doze) anos completos e 18 anos incompletos. Ao completar 18 anos, a pessoa deixa de ser considerada adolescente e alcança a maioridade civil (art. 5º do Código Civil). O critério adotado pelo legislador é puramente cronológico, sem adentrar em distinções biológicas ou psicológicas acerca do alcance da puberdade ou do amadurecimento da pessoa. A distinção entre criança e adolescente tem importância, por exemplo, no que tange às medidas aplicáveis à prática de ato infracional. À criança somente pode ser aplicada medida de proteção (art. 105), e não medida socioeducativa estas aplicáveis aos adolescentes. Idade Nomen Iuris De 0 a 12 anos incompletos De 12 completos e 18 anos incompletos A partir de 18 anos completos Criança Adolescente Maior plenamente capaz 26

4 LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 Art. 2º (Titular de Serviços de Notas e de Registros TJ-AM 2018 Ieses) Acerca da disciplina e das disposições da Lei n /90, considere as seguintes afirmações: I. Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e vinte e um anos de idade. Gabarito: o item está errado. 2. Subsistência do parágrafo único do art. 2º no ordenamento jurídico posição do STJ: dispõe o parágrafo único do art. 2º que o Estatuto é aplicável excepcionalmente às pessoas entre 18 e 21 anos de idade. Quando da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, estava em vigor o Código Civil de 1916, cuja disciplina acerca da capacidade civil determinava que a maioridade fosse alcançada aos 21 anos (art. 9º, CC/16). Com o advento do Código Civil de 2002, foi reduzida a maioridade para 18 anos (art. 5º, CC/2002), o que leva alguns a afirmar que o parágrafo único foi tacitamente revogado. Não é isso que nos parece, porém. Na verdade, o parágrafo único continua em vigor e é plenamente válido. Na apuração de ato infracional, por exemplo, ainda que o adolescente tenha alcançado a maioridade, o processo judicial se desenvolve no âmbito da Justiça da Infância e Juventude. Vale dizer, aquele que já completou 18 anos ainda está sujeito à imposição de medidas socioeducativas e de proteção. A aplicação do Estatuto somente cessa quando a pessoa completa 21 anos (art. 121, 5º). No âmbito cível, verifica-se que a adoção pode ser pleiteada no âmbito da Justiça da Infância e Juventude, mesmo que o adotando já tenha completado 18 anos, nos casos em que já se encontre sob a guarda ou a tutela dos adotantes (art. 40). Portanto, deve ficar claro que o Estatuto fixa os conceitos de criança e adolescente e tem por objetivo tutelá-los, mas é possível sua aplicação em situações na quais o adolescente já tenha atingido a maioridade civil. (Juiz de Direito TJ-MG 2018 Consulplan) I. Criança, para os efeitos do ECA, é a pessoa que possuiu até 12 (doze) anos de idade completos. Em situações excepcionais, expressas em lei, o Estatuto poderá ser aplicado às pessoas entre 18 (dezoito) anos e 21 (vinte e um) anos de idade. Gabarito: o item está certo. 27

5 Art. 3º ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Guilherme Freire de Melo Barros Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem. (incluído pela Lei nº , de 2016) 1. Dignidade da pessoa humana no Estatuto da Criança e do Adolescente: através da proteção integral, o Estatuto procura prever e disciplinar uma gama de instrumentos jurídicos de tutela da criança e do adolescente. O art. 3º, ao mencionar sem prejuízo da proteção integral, busca demonstrar que a proteção do Ordenamento Jurídico pátrio a crianças e adolescentes não se esgota no Estatuto; qualquer diploma legislativo ou ato normativo que trata de criança e adolescente deve garantir-lhes oportunidades de pleno desenvolvimento. Esse artigo guarda ligação com o princípio da dignidade da pessoa, previsto no art. 1º, inciso III, da Constituição da República. O parágrafo único do artigo 3º foi introduzido pela Lei n /2016, mas não se pode dizer que o conteúdo realmente inova na ordem jurídica ou no sistema jurídico infanto-juvenil. O texto legal afirma que o Estatuto se aplica a todas as crianças e adolescentes sem discriminação de qualquer natureza, o que é uma decorrência lógica do caput do artigo 5º da Constituição da República, que pontifica o princípio da igualdade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 28

6 LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 Art. 4º c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. 1. Absoluta prioridade da tutela da criança e do adolescente: o caput do art. 4º é cópia da primeira parte do art. 227, da Constituição da República. Tanto lá, como aqui, são enumerados alguns dos direitos que cabem a crianças e adolescentes. A expressão-chave desse dispositivo é a absoluta prioridade. Trata-se de dever que recai sobre a família e o poder público de priorizar o atendimento aos direitos infanto-juvenis. No parágrafo único, destrincha-se o conteúdo da prioridade que deve ser dada a crianças e adolescentes. Em relação ao atendimento pelo Poder Público dessas prioridades mormente quanto à formulação e execução de políticas públicas ( c ) e destinação de recursos públicos ( d ), comumente se diz que a fiscalização deve ser exercida pelo Ministério Público (art. 129, II). No entanto, parece-nos que essa função compete também à Defensoria Pública, pois as políticas públicas são dirigidas principalmente ao atendimento da população de baixa renda. Atualmente a Defensoria Pública tem plena legitimidade para propositura de Ação Civil Pública para buscar a tutela coletiva dos necessitados (art. 5º, Lei 7.347/85), poderoso instrumento de correção de desvios na atuação do Poder Público. Além disso, o Poder Legislativo também exerce importante função fiscalizadora, na medida em que é responsável pela aprovação de orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias. Por fim, a sociedade civil ONG s, entidades filantrópicas, associações, imprensa etc. não deve deixar de cobrar dos governantes uma atuação efetiva na proteção da criança e do adolescente. (Oficial de Justiça TJ-SC 2018 FGV) O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece ser assegurada, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos da criança e do adolescente. Assim, Oficial da Infância e Juventude orientou os profissionais da saúde de um hospital particular sobre o dever que possuem de respeitar tal princípio, quando do atendimento de crianças e adolescentes na emergência. A orientação do Oficial da Infância e Juventude, nessa hipótese, está: A) correta, porque a prioridade compreende a primazia de receber proteção e socorro; B) incorreta, pois a prioridade compreende a primazia de receber proteção e socorro apenas na rede pública; 29

7 Art. 5º ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Guilherme Freire de Melo Barros C) incorreta, já que a prioridade abrange a precedência de atendimento nos serviços de relevância pública; D) incorreta, pois inexiste prioridade, quando não há destinação privilegiada de recursos públicos; E) correta, uma vez que a garantia da prioridade abrange a necessidade de uma intervenção mínima. Gabarito: letra A. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. 1. Criança e adolescente como sujeitos de direito: o art. 5º se refere à parte final do art. 227 da Constituição da República. Tais comportamentos proibidos não se referem apenas aos pais, mas a quaisquer pessoas que tenham contato com a criança ou adolescente. A conduta negligente, por exemplo, pode ser exercida por um guardião, alguém que tenha uma criança ou adolescente sob seus cuidados em determinada situação. A discriminação pode ter por alvo motivos de cor, religião, origem etc. Enfim, mais uma vez, buscou-se enumerar de forma ampla qualquer conduta que possa violar os direitos da criança e do adolescente. O Estatuto prevê sanções de natureza civil, como a suspensão e a perda do poder familiar, penal e administrativa o Título VII, do Livro II dispõe sobre crimes e infrações administrativas relacionadas a crianças e adolescentes. À luz do antigo regramento, o Código de Menores, crianças e adolescentes eram vistos como objeto de proteção. A doutrina moderna dá outra conotação para a questão e passa a se referir à criança e ao adolescente como sujeito de direito. O objetivo é realmente deixar claro que eles têm direitos e que toda a sociedade pais, responsáveis e Poder Público deve observá-los. Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. 1. Interpretação teleológica: o artigo 6º traz disposição acerca da forma de interpretar o Estatuto da Criança e do Adolescente. A parte inicial do 30

8 LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 Art. 7º dispositivo possui redação semelhante ao do art. 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro ao Código Civil: Na aplicação da Lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige. Através da interpretação teleológica, o aplicador do direito deve buscar extrair da norma a finalidade a que ela se destina. No caso do Estatuto, a finalidade é a de proteger de forma ampla e o mais abrangente possível a criança e o adolescente. É sempre com base nesse objetivo de proteção que o intérprete deve examinar os dispositivos legais. 2. Competência legislativa: em relação à proteção à infância e juventude, a competência legislativa é concorrente e recai sobre a União, os estados e o Distrito Federal, conforme determina o art. 24, inciso XV, da Constituição da República. (DP-ES Defensor público 2016 FCC) São aspectos que, entre outros, o próprio Estatuto da Criança e do Adolescente ECA expressamente determina sejam observados na interpretação de seus dispositivos: A) As exigências do bem comum e os princípios gerais e especiais do direito da infância. B) Os deveres individuais e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. C) Os direitos sociais e coletivos e o contexto socioeconômico e cultural em que se encontrem a criança ou adolescente e seus pais ou responsável. D) Os fins sociais a que se destina a lei e a flexibilidade e informalidade dos procedimentos. E) O superior interesse da criança e do adolescente e os usos e costumes locais. Gabarito: letra B. Título II Dos Direitos Fundamentais Capítulo I Do Direito à Vida e à Saúde Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. 31

9 Art. 8º ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Guilherme Freire de Melo Barros 1. Políticas públicas: as políticas públicas competem precipuamente ao Poder Executivo. Governos federal, estadual e municipal devem agir de forma harmônica e coordenada para atender às necessidades da população, mormente à criança e ao adolescente, objeto de tutela do Estatuto. Conforme frisado anteriormente, em comentários ao Título anterior, a formatação e execução dos projetos de atendimento da criança e do adolescente competem ao Executivo que muitas vezes se vale do auxílio de entes paraestatais, membros do terceiro setor, mas a fiscalização compete ao Ministério Público, à Defensoria Pública, ao Poder Legislativo e à sociedade civil organizada. Para alcançar o objetivo final do Estatuto, que é tutelar de forma ampla nossas crianças e adolescentes, o esforço deve partir de todas as instituições sociais. Nesse contexto, o Estatuto dá destaque ao desenvolvimento sadio e harmonioso do recém-nascido (art. 7º). Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde. (Redação dada pela Lei nº , de 2016) 1º O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária. (Redação dada pela Lei nº , de 2016) 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher. (Redação dada pela Lei nº , de 2016) 3º Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação. (Redação dada pela Lei nº , de 2016) 4º Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal. (Incluído pela Lei nº , de 2009) 5º A assistência referida no 4º deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade. (Redação dada pela Lei nº , de 2016) 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós- -parto imediato. (Incluído pela Lei nº , de 2016) 32

10 LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 Art. 8º 7º A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei nº , de 2016) 8º A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído pela Lei nº , de 2016) 9º A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer às consultas pós-parto. (Incluído pela Lei nº , de 2016) 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da criança. (Incluído pela Lei nº , de 2016) 1. Direitos da gestante: o artigo 8º faz referência ao direito de a gestante receber tratamento adequado durante o período de gestação. A Lei n /2016 modificou e ampliou o conteúdo do artigo 8º para dar tratamento mais minucioso à matéria. Ao disciplinar o direito da gestante, o Estatuto protege também a criança que virá à luz. A importância de se proteger a gestante é clara: uma gestação adequada previne doenças e permite o desenvolvimento sadio do feto, de maneira que o recém-nascido terá condições de vida melhores. Daí a menção do artigo a atendimento pré, peri e pós-natal e ao apoio alimentar à gestante. O atendimento pré-natal deve ser realizado por profissionais da atenção primária ( 1º). A atenção primária é aquela realizada de forma precoce para potencializar o atendimento e evitar o surgimento de doenças. No trimestre final de gestação, a gestante deve ser encaminhada para o estabelecimento onde será realizado o parto, de modo que se crie proximidade, vínculo com a equipe profissional e, dentro do possível, a sensação de que aquele local não é inteiramente estranho à gestante, que meses depois dará à luz seu filho naquele estabelecimento ( 2º). Durante os atendimentos pré-natais, o trabalho de parto e o pós-parto, a gestante/parturiente tem direito a ser acompanhada por alguém de sua preferência ( 6º), seja marido, companheiro, familiar, amigo etc. 33

11 Art. 8º ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Guilherme Freire de Melo Barros O parágrafo 4º prevê o dever de prestar assistência psicológica durante a gestação e após o parto, com os olhos voltados à prevenção do estado puerperal. O 8º do artigo 8º tenta combater algo que se disseminou fortemente nos países ocidentais, que é incremento das cesarianas em detrimento do parto natural. Nos termos desse dispositivo, a cesárea e outras intervenções cirúrgicas são cabíveis apenas por motivos médicos. (Procurador Municipal Sorocaba-SP 2018 Vunesp) D) No âmbito do Sistema Único de Saúde, a cesariana terá preferência ao parto natural. Gabarito: o item está errado. (Juiz de Direito TJ-RS 2018 Vunesp) No que diz respeito aos dispositivos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente relativos ao período de gestação até o final da amamentação, assinale a alternativa correta. E) A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. Gabarito: o item está certo. 2. Preocupação com a entrega da criança à adoção: é comum verificarmos casos de mães que, já durante o período de gestação, estão dispostas a entregar seus filhos à adoção. A diretriz principiológica do Estatuto é a da preservação da família natural. Dentro desse contexto, o parágrafo 5º do artigo 8º estabeleceu a necessidade do acompanhamento psicológico à mãe que externa seu desejo de entregar seu filho à adoção. O objetivo deve ser o de informar a gestante/mãe sobre a importância do vínculo familiar, da preservação da família, da alegria e da responsabilidade proporcionadas pela maternidade. É possível o encaminhamento da gestante/mãe para atendimento especializado na rede pública de saúde ou via assistente social. Se ainda assim a gestante/mãe não quiser criar seu filho, faz-se o encaminhamento para adoção. A Lei n /2017 introduziu o artigo 19-A para disciplinar o procedimento a ser adotado pelo Juizado da Infância e da Juventude nesses casos. Esse atendimento psicológico deve ser prestado também a gestantes e mães que se encontrem privadas de sua liberdade, seja por medida socioeducativa ou por pena privativa. 34

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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