Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial- 2º ano Módulo nº5- Semiologia Psíquica Portefólio de Psicopatologia Ana Carrilho- 11ºB
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- Nicolas Chaves
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1 Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial- 2º ano Módulo nº5- Semiologia Psíquica Portefólio de Psicopatologia Ana Carrilho- 11ºB
2 Com este trabalho, pretendo mostrar os limites entre a sexualidade "normal" e "não normal" e discutir eticamente a liberdade de certas práticas sexuais. Apresentando exemplos.
3 Parafilia é um padrão de comportamento sexual no qual a fonte predominante do prazer não se encontra na cópula, mas em outra atividade. Em determinadas situações o comportamento sexual parafílico pode ser considerado perversão ou anormalidade. Existem muitas práticas que podem ser consideradas como uma parafilia ou não, sendo assim é impossível elaborar um catálogo das parafilias, mas podemos citaras mais comuns: o sadismo, o masoquismo, o exibicionismo, o voyerismo, o fetichismo,a urofilia, etc. Pode variar entre culturas.
4 Na minha opinião, cada um sabe de si mas não deixa de ser imbecil. Cada pessoa sabe como ter prazer, cada pessoa conhece o seu corpo o suficiente antes do BDMS (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo) Não estou de acordo nem estou a favor, cada pessoa saberá os riscos que corre (denominador (a), submisso (a) ) No documentário Gostos diferentes chocoume um pouco a parte do reconhecimento de pessoas que frequentam estes bares (por exemplo Bizarre em Lisboa ) que tem filhos, companheiro e que mesmo que não apoie a decisão, continuam a praticar. As pessoas sentem-se bem com a dor, é importante realçar que o consentimento desta prática é mútuo.
5 O BDSM tem o intuito de trazer prazer sexual através da troca erótica de poder, que pode ou não envolver dor, submissão, tortura psicológica e outros meios. Por padrão, a prática é provocada pelo(a) Dominador(a) e sentida pelo(a) Submisso(a). Muitas das práticas BDSM são consideradas, num contexto de neutralidade ou não sexual, não agradáveis, indesejadas, ou desvantajosas. Por exemplo, a dor, a prisão, a submissão são, geralmente, infligidas nas pessoas contra sua vontade, provocando essas sensações desagradáveis. Contudo, no contexto BSDM, estas práticas são levadas a cabo com o consentimento mútuo entre os participantes, levando-os a desfrutarem mutuamente.
6 Atividades de BDSM não envolvem necessariamente a penetração mas, de forma geral, o BDSM é uma atividade erótica e as sessões geralmente são permeadas de sexo. O limite pessoal de cada um não deve ser ultrapassado, assim, para o fim de parar a sessão/prática, é utilizada a SAFEWORD (palavra de segurança)que é préestabelecida entre as partes (dominador e submissa)
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8 Quando se levam as coisas ao extremo, no entanto, tais comportamentos sexuais são parafilias, perturbações psicossexuais que dificultam seriamente a capacidade para a atividade sexual afetiva recíproca.
9 Uma relação de dominação e submissão é caracterizada pelo elemento controle. O dominante controla as ações e pensamentos do submisso, que se submete pelo prazer de fazer as vontades do dominante, pelo prazer que sente com o fato de o dominante ter prazer, é um prazer empático, um prazer de dar prazer. Existem várias práticas relacionadas à dominação e submissão. Por exemplo, o controle da conduta do(a) submisso(a) através de relatórios diários, o dogplay, em que o(a) submisso(a) se comporta como um cão, o foodplay brincadeiras com comida, em que se pode, por exemplo, usar o(a) submisso(a) como um prato, colocando-se comida em cima dele(a), a dominação psicológica, em que o dominante molda ou tenta moldar a psicologia do(a) submisso(a), os seus gestos, atitudes e até pensamentos conforme os seus gostos e preferências.
10 Embora essas práticas estejam geralmente ligadas à dominação e submissão, isso não é verdade absoluta, pois o que determinará se uma prática é de dominação e submissão é a intenção dos praticantes com aquilo. Se há intenção de dominação e controle, então estamos diante de uma prática num contexto D/s. Entretanto, uma prática aparentemente ou geralmente D/s, pode estar num contexto mais preponderante de B/D ou de SM. Por exemplo, uma prática de dogplay pode estar relacionada aparentemente a D/s, mas na verdade tratar-se de SM, pois a intenção dos praticantes é explorar o sofrimento, um querendo sentir-se humilhado e o outro humilhar, sofrimento alheio;
11 A imaginação parafílica de um individuo pode ser posta em ação com um parceiro sem o seu consentimento, de modo a provocar sofrimento (sadismo); As ofensas sexuais contra crianças são elas: exibicionismo, pedofilia e voyeurismo. O masoquismo. Trampling. Fantasias e\ou fetiches.
12 Sadismo é o prazer que se sente em ver o outro sofrer ou gosto em fazer o outro sofrer; é o prazer em ver o outro sentir dor física ou psicológica. Masoquismo é o prazer em sentir dor ou o gosto em senti-la, é prazer pela dor ou a dor pela dor, seja física ou psíquica. Essas condutas podem ser sexuais ou não, embora geralmente o sejam. Mais a frente darei exemplos.
13 Exemplo de práticas sádicas clássicas: spanking (bater na pessoa com a mão, chicotes, palmatórias, galhos, colheres, metais, etc.), uso de agulhas (prática hard, consiste em penetrar agulhas na pele da masoquista, para fazê-la sofrer), privação de comida ou água por um tempo, para que a masoquista passe fome e sede, cutting (cortes ou marcas na pele com lâminas frias), branding (cortes ou marcas na pele com lâminas quentes, em brasa), suturas ( costura de partes da pele, como boca, órgãos genitais e outros, impedindo certos movimentos ou fechando certas aberturas), amarrações em posições que ocasionem dor, etc. ou qualquer outra prática que vise o sofrimento físico ou mental, embora existam práticas que geralmente são associadas a um grupo do BDSM, o que importa realmente é a intenção dos agentes.
14 A complementação ou a interação entre essas duas vertentes opostas é o sadomasoquismo. Caso uma pessoa tenha só uma tendência, daí será só sádica ou só masoquista, mas existem pessoas que são sádicas por vezes, mas também são masoquistas em outras: são denominadas sadomasoquistas.
15 Fetiche que consiste no ato de um indivíduo ser pisado por uma ou mais pessoas, normalmente do sexo oposto, sendo mais comum uma mulher pisando num homem. O submisso desta parafilia sentese excitado ao ser pisado por outra pessoa, descalça ou não, em várias partes do seu corpo, como peito, barriga e até mesmo cabeça e órgãos genitais. É muito comum o uso de saltoalto para a realização deste fetiche.
16 Exibicionismo é um desvio sexual manifestado pelo desejo incontrolável de obter satisfação sexual no fato puro e simples de exibir os órgãos genitais a outros. Pode tornar-se na principal atividade da vida do individuo (agressor).
17 A pedofilia é a perversão sexual, na qual a atração sexual de um indivíduo adulto ou adolescente está dirigida primariamente para crianças pré-púberes(ou seja, antes da idade em que a criança entra na puberdade) ou no início da puberdade. Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, e mesmo que não possa saber da conotação ética, religiosa e moral da atividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo problemas emocionais depois da violência sexual, exatamente por não ter habilidade diante desse tipo de estimulação. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas.
18 As consequências podem ser emocionais e psicológicas, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador. O abuso às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido. As mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está a acontecer, principalmente se a criança se mostrar curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o abusador estiver perto.
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20 Voyeurismo Voyeurismo é uma prática que consiste num indivíduo conseguir obter prazer sexual através da observação de pessoas. Essas pessoas podem estar envolvidas em atos sexuais, nuas, em roupa interior, ou com qualquer vestuário que seja apelativo para o indivíduo em questão, o/a voyeur. O individuo pode usar binóculos ou até mesmo câmaras para mais tarde se masturbar.
21 No fetichismo, o meio preferido ou único de atingir satisfação sexual é manipulando e/ou observando objetos, não animados, intimamente associados ao corpo humano (por exemplo roupa interior) ou peças de vestuário feitas de borracha, cabedal ou seda, para mencionar apenas os mais comuns. A atividade sexual pode dirigir-se ao fetiche (masturbação enquanto beija, esfrega, cheira o objeto do fetiche) ou o fetiche pode ser incorporado na relação sexual, pedindo por ex. ao parceiro que use sapatos de salto alto ou botas de cabedal. Há também a satisfação sexual buscada nas interpretações sexuais, onde a parceira comporta-se como secretária, adolescente, e o homem como um policial, um bombeiro, um mecânico de oficina, etc.
22 Aparentado com esta parafilia temos o parcialismo, caracterizado por impulsos sexuais e fantasias sexualmente excitantes dirigidas exclusivamente a partes do corpo humano como: pés, mãos, nádegas, veias ou peito, excluindo todas as outras.
23 A coleira é um símbolo de submissão muito popular entre os praticantes de BDSM. Bandeira Leather Pride, um símbolo da subcultura BDSM e Fetichista. <- Emblema triskelion do BDSM (Foi usado em diversas culturas).
24 Embora as pessoas possuam liberdade de escolha, o princípio básico da saúde e a defesa da integridade física e moral das pessoas com quem nos relacionamos (e isso inclui a esfera da sexualidade), deve prevalecer sobre a liberdade dos indivíduos. Por lado lado, será que o Estado deve intervir ao nível do Direito e limitar a liberdade dos indivíduos, proibindo ou criminalizando determinadas práticas sexuais? Mais uma vez, sempre que estas constituam um atendado contra a dignidade física e moral, e violem deliberadamente os princípios e valores do outro, penso que deverão ser censuradas, e os seus autores, alvo de punição. Há ainda a seguinte questão: as práticas referidas na reportagem indiciam uma sexualidade algo restrita e pobre, pois todo o envolvimento afetivo está ausente.
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26 Poderás encontrar esta reportagem em:
27 "Gostos Diferentes" - SIC (Novembro de 2006) O primeiro estudo sobre a comunidade sadomasoquista portuguesa acaba de ser realizado e revela que esta sub-cultura está a crescer e a organizar-se. Grande Reportagem SIC A Internet continua a ser o meio de comunicação privilegiado desta comunidade, mas no último ano surgiram dois bares abertos ao público em geral, onde são feitas demonstrações semanais de práticas sadomasoquistas. A SIC é a primeira televisão a ter acesso a estes locais e às explicações dos adeptos sobre esta forma peculiar de se relacionarem. Testemunhos inéditos que deixam claro que as práticas que associam dor e prazer são, afinal, apenas uma pequena parte do universo desconhecido do sadomasoquismo. Testemunhos que desmontam muitas das ideias feitas que temos sobre esta sub-cultura, baseada em relações de dominação e submissão física e sobretudo psicológica.
28 Reportagem SIC Título: "Gostos Diferentes" Jornalista: Raquel Marinho Imagem: Pedro Gois Montagem: Marco Carrasqueira Grafismo: Carlos Carneiro Produção: Isabel Mendonça Coordenação: Daniel Cruzeiro Direção: Alcides Vieira
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