O IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES TÁBUAS DE MORTALIDADE NAS ESTIMATIVAS DE PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS NO RGPS RESUMO
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- Ana Carolina Brás Fortunato
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1 O IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES TÁBUAS DE MORTALIDADE NAS ESTIMATIVAS DE PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS NO RGPS RESUMO A tábua de mortalidade é um istrumeto utilizado para medir probabilidades de vida e de morte de uma população. Cosiderado que o uso de uma tábua que ão reflita a eperiêcia da massa de segurados pode subestimar ou superestimar o resultado das cotas prevideciárias, o presete estudo tem como objetivo aalisar o impacto da utilização de diferetes tábuas de mortalidade as estimativas do pagameto de beefícios o Regime Geral de Previdêcia Social (RGPS). Nesse setido, a aálise tem como foco duas tábuas distitas: uma do IBGE, usada pelo Miistério da Previdêcia Social (MPS) para subsidiar o cálculo do fator prevideciário, e outra de Souza (2009), elaborada com base a mortalidade da população idosa aposetada pelo RGPS, a partir de registros admiistrativos da DATAPREV. Em um primeiro mometo, foi verificada a difereça da epectativa de vida etre as tábuas, para depois estimar o impacto ecoômico da sobrevida do cojuto de segurados etre 60 e 80 aos de idade. Os resultados mostram, com base apeas o úmero de beefícios cocedidos, que em 2002 a difereça da epectativa de vida etre as tábuas represetou um impacto egativo de 1,4 bilhão de reais para as cotas prevideciárias os aos seguites, cerca de 4,5% do déficit prevideciário apurado pelo RGPS esse mesmo ao. Palavras-chave: Tábua de Mortalidade. Estimativas de Pagameto. RGPS. 1 INTRODUÇÃO De acordo com Caetao (2006, p. 17), a duração de um beefício programado de aposetadoria por idade ou tempo de cotribuição é uma variável aleatória, pela impossibilidade de se calcular o mometo preciso em que se completarão as codições para um idivíduo se aposetar (critérios de elegibilidade). Com isso, a estimativa do tempo de duração de recebimeto de aposetadoria se dá por meio de tábuas de mortalidade. Para Keyfitz (1977, apud Castro, 1997, p. 18), a tábua de vida ou de mortalidade represeta o marco iicial da demografia e é a ferrameta básica para aálise de mudaça populacioal ou do comportameto da mortalidade, permitido aalisar processos que evolvam etradas ou saídas de uma determiada população, resumido-os com base em sequêcias de taas específicas por idade. Segudo Cha, Silva & Martis (2006, p. 48), ter cohecimeto da probabilidade de vida ou de morte está diretamete relacioado à gestão atuarial de um plao de beefício, visto que ifluecia diretamete o comportameto do fluo de recursos. Caetao (2006, p. 17) esclarece que ão há uma tábua especificamete elaborada para a massa de segurados do Regime Geral de Previdêcia Social (RGPS), sedo adotada, em cumprimeto ao disposto o Decreto 3.266/1999, a tábua completa de mortalidade elaborada pelo IBGE. Como icorpora iformações por seo e idade do total da população brasileira, discute-se se a tábua de mortalidade elaborada pelo IBGE de fato represeta o perfil da massa 1
2 de segurados do RGPS, cujo uiverso é composto de 60,2 milhões de cotribuites e 24,8 milhões de beeficiários 1. Em que pese o RGPS adotar o regime fiaceiro de repartição simples 2, cosiderado que a tábua de mortalidade é o istrumeto utilizado para calcular a epectativa de vida de uma população em fução da idade, e que seus parâmetros servem de referêcia para projetar a quatidade de beefícios a serem pagos, o uso de uma tábua que ão reflita a eperiêcia da massa de segurados pode subestimar ou superestimar o resultado das cotas prevideciárias. Diate do eposto, objetivado aalisar o impacto da escolha da tábua de mortalidade o equilíbrio fiaceiro e atuarial do RGPS, o presete estudo traz a seguite questão: em que medida o uso de determiada tábua de mortalidade impacta as cotas prevideciárias? Para tato, aalisou-se duas tábuas distitas: uma do IBGE, usada pelo Miistério da Previdêcia Social (MPS) para subsidiar o cálculo do fator prevideciário, e outra de Souza (2009), elaborada com base a mortalidade da população idosa aposetada pelo RGPS, a partir de registros admiistrativos da Empresa de Tecologia e Iformações da Previdêcia Social (DATAPREV). Em um primeiro mometo, verificou-se a difereça da epectativa de vida etre as tábuas, para depois estimar o impacto ecoômico da sobrevida do cojuto de segurados etre 60 e 80 aos de idade. Quato à abordagem, a pesquisa é qualitativa e quatitativa. Em que pese os objetivos, possui características de eploratória, buscado eteder como o uso de diferetes tábuas de mortalidade pode impactar as cotas prevideciárias brasileiras. Para ateder a questão da pesquisa, o artigo apreseta, além dessa itrodução: (i) os aspectos coceituais e legais relativos à tábua de mortalidade; (ii) os procedimetos metodológicos; (iii) a aálise do impacto do uso de diferetes tábuas de mortalidade as cotas do RGPS; (iv) cosiderações fiais. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Tábua de Mortalidade: coceitos e fuções A tábua de mortalidade, também cohecida como tábua de vida ou tábua de sobrevivêcia, é um istrumeto que permite medir as probabilidades de sobrevivêcia e morte de uma população em fução da idade, em um determiado mometo ou período do tempo (Gomes & Okubo, 2005, p. 6). A tábua de mortalidade costitui a descrição estatística mais completa da mortalidade e a sua técica é utilizada, pricipalmete, por estatísticos, demógrafos e atuários. Detre as suas pricipais características estão (Ortega, 1987, p.2): Permite descrever o comportameto da mortalidade por idade; 1 Iformações divulgadas pelo Miistério da Previdêcia Social em setembro de O regime de repartição simples é caracterizado pelo equacioameto dos custos e do motate dos beefícios a serem pagos detro de um mesmo eercício, propodo o mesmo um pacto etre gerações, uma vez que os segurados ativos (geração atual) pagam os beefícios dos segurados iativos (geração passada). 2
3 Permite obter medidas de mortalidade, tais como probabilidades de morte ou de sobrevivêcia; Proporcioa uma medida resumo de mortalidade, a esperaça de vida ao ascer. Este idicador tem a vatagem de ão sofrer a ifluêcia da estrutura etária da população, permitido a sua utilização em comparações populacioais; Pode ser associada a um modelo teórico de população, chamado População Estacioária 3, cuja taa de crescimeto atural é igual a zero. Este modelo teórico permite realizar estudos pricipalmete sobre a estrutura e a diâmica da população e pode ser utilizado em projeções populacioais; Pode ser aplicada a aálise de diversas características sócio-ecoômicas e demográficas da população, tais como: previdêcia, mercado de trabalho, educação, upcialidade, migração, estudos sobre fecudidade, evolução de programas de saúde e etc. Quato ao período de referêcia, as tábuas de mortalidade são classificadas em dois tipos: tábuas de mometo e tábuas geracioais. O primeiro tipo é baseado a eperiêcia de mortalidade observada durate um curto período de tempo (um ao, uma década), ode se supõe que a mortalidade permaeceu costate. Nesse tipo de tábua, a mortalidade eplícita se refere à combiação de eperiêcias de mortalidade relativas às várias coortes 4 que compõem a população o mometo da observação e ão apeas à eperiêcia de mortalidade de uma coorte real (Ortega, 1987, p.5). Por outro lado, a tábua geracioal é baseada a eperiêcia de mortalidade de uma coorte real, ou seja, a eperiêcia de mortalidade das pessoas que compõem a coorte deverá ser observada desde o mometo do ascimeto até a morte de todos os compoetes. Nesse segudo tipo, as probabilidades de morte se referem às diferetes "gerações ou coortes", represetadas pelo ao de ascimeto (Ortega, 1987, p.5). Já com relação à idade, as tábuas de mortalidade podem ser completas, quado as fuções são apresetadas para cada idade idividual, ou abreviadas, quado as iformações são apresetadas segudo itervalos etários qüiqüeais ou deceais. E, fialmete, se somete a mortalidade geral estiver sedo aalisada, a tábua será cosiderada de decremeto simples, caso cotrário, será classificada como tábua de múltiplos decremetos (aálise da mortalidade por causas, por estado marital, por fatores socioecoômicos, etre outros) (Ortega, 1987, p.6). As fuções básicas de uma tábua de mortalidade são (Ortega, 1987, p.14; Carvalho, Sawyer & Rodrigues, 1998, p.18): l : sobrevivetes à idade eata. Em outras palavras, essa fução correspode ao úmero de pessoas que alcaçam com vida a idade eata de uma geração iicial de l 0 ascimetos, se sujeita as probabilidades de morte da tabela de sobrevivêcia o decorrer de sua vida 3 Uma população estacioária é um modelo teórico o qual as taas de mortalidade e atalidade são iguais e, por cosequêcia, a taa de crescimeto atural é igual a zero. Adicioalmete, a população total e a distribuição por idades ão mudam ao logo do tempo (Carvalho, 2004). 4 Coorte ou coorte real pode ser defiida como um grupo de pessoas que compartilham simultaeamete de um eveto origem (Gomes & Okubo, 2005). 3
4 l = l d + (1) d : úmero de óbitos ocorridos etre idades e +, para a geração iicial de l 0 ascimetos d = l q (2) q : a probabilidade de morte de um idivíduo de idade eata vir a morrer ates de completar + aos d q = (3) l p : probabilidade de um idivíduo de idade eata chegar com vida à idade eata + aos p = 1 q (4) L : tempo (aos) vividos etre as idades eatas e + ou úmero de pessoas-ao vividos pela coorte l 0 etre as idades eatas e + a : tempo vivido pelos idivíduos que morreram L = ( l d ) + a. d (5) T : úmero total de aos vividos pela geração de l 0 ascimetos etre as idades eatas e w ω a= T = L (6) a 0 e : esperaça de vida à idade. Em outras palavras, é o úmero de aos que, em média, vive uma pessoa desde a idade até o fial da vida 0 T e = l (7) 2.2 A Tábua de Mortalidade e o RGPS do Brasil A seguridade social deve ser etedida como um cojuto de políticas e ações articuladas, com o objetivo de amparar o idivíduo ou grupo familiar ate os evetos decorretes de morte, doeça, ivalidez, desemprego e icapacidade ecoômica em geral (Oliveira et al, 2004, p.411). Coforme cosagrada a Costituição Federal, a seguridade social o Brasil é costituída por três elemetos: seguro social, assistêcia social e saúde. Neste coteto, o seguro social, mais comumete cohecido como previdêcia social, é matido por meio de cotribuição e tem por objetivo garatir aos seus segurados os beefícios relativos à cobertura dos evetos de doeça, ivalidez, morte, idade avaçada e reclusão; à proteção à materidade, especialmete à gestate; à proteção do trabalhados em situação de desemprego ivolutário; ao salário-família para os depedetes dos segurados de baia reda; e à pesão por morte do segurado. 4
5 Faz parte desse sistema prevideciário o Regime Geral da Previdêcia Social (RGPS) operado pelo Istituto Nacioal de Seguridade Social (INSS); o Regime Próprio de Previdêcia Social (RPPS), do Setor Público, que cotempla a cobertura aos servidores da Uião, estados e muicípios; e o Regime de Previdêcia Privada, de caráter complemetar, volutário e orgaizado de forma autôoma em relação à previdêcia social pública (Silva & Shuwarzer, 2002, p.12; Piheiro, 2005, p.12). Para que a previdêcia social possa estimar a quatidade de beefícios a serem pagos, os custos da seguridade social e de prêmios de seguros, a mesma faz uso de tábuas de vida. Particularmete, com a istituição do fator prevideciário (Lei º 9.876, de 26 de ovembro de 1999) para a determiação do cálculo do valor das aposetadorias por tempo de cotribuição e por idade do RGPS, o referido sistema adotou as tábuas de mortalidade costruídas pelo IBGE (Decreto 3.266/1999). Isto porque a fórmula de cálculo do fator prevideciário leva em cota a idade do segurado, o tempo de cotribuição e a epectativa de sobrevida o mometo da aposetadoria, de tal forma que, quato maior a idade e o tempo de cotribuição a data da aposetadoria, maior a chace que o fator tore-se um multiplicador do valor do beefício (Deud, 2004, p.3). Por outro lado, quato meor a idade a data da aposetadoria, e por coseqüêcia, maior a epectativa de sobrevida, meor o fator prevideciário, que se tora, etão, um redutor do valor do beefício. Desta forma, icetiva-se o segurado a permaecer filiado ao RGPS por mais tempo, cotribuido para uma aposetadoria de valor mais vatajoso, e, ao mesmo tempo, teta-se equilibrar o fluo de receitas e despesas do RGPS (Deud, 2004, p.3). A tábua completa de mortalidade costruída pelo IBGE e adotada pelo RGPS para o cálculo do fator prevideciário é aualmete atualizada e correspode à mortalidade eperimetada pela população brasileira. Por este motivo, a mesma tábua é pouco utilizada pelo mercado prevideciário e securitário por apresetarem taas relativas ao cojuto da população, que são diferetes das observadas etre a massa de participates desse mercado. No país, istitutos de previdêcia complemetar aberta e fechada, e de regimes próprios de previdêcia social, costumam publicar tábuas que refletem as suas eperiêcias ou utilizam tábuas já dispoíveis o mercado. Por eemplo, a atual legislação que rege os fudos de pesão brasileiros, mais especificamete, a Resolução MPAS/CGPC º 18, de 28/03/2006, determia, o item 2 do seu aeo, que a tábua de mortalidade a ser utilizada para projeção da logevidade dos participates assistidos do plao de beefícios será sempre aquela mais adequada a esse segmeto específico da população. Porém, ão se admite, eceto para a codição de iválidos, tábua de mortalidade que gere epectativas de vida completa iferiores àquelas resultates da aplicação da tábua americaa AT-83 (Souza, 2009, p.28). É importate ressaltar que, seja qual for o propósito do uso da tábua, caso ela ão cotemple as características demográficas da população em estudo, os plaos de previdêcia poderão efretar sérios problemas de gestão, como, por eemplo, subestimar ou superestimar o resultado das cotas prevideciárias (Gomes, 2008, p.61; Silva, 2010, p. 21). 5
6 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 Tipo e Método de Pesquisa Cosiderado que o objetivo do estudo é aalisar o impacto da utilização de diferetes tábuas de mortalidade as estimativas de pagameto de beefícios o RGPS, a pesquisa será do tipo eplicativa. Quato aos procedimetos técicos, foi aalisada a difereça da epectativa de vida etre a tábua do IBGE, relativa ao ao de 2002, usada pelo Miistério da Previdêcia Social (MPS) para subsidiar o cálculo do fator prevideciário, e a de Souza (2009), elaborada com base a mortalidade da população idosa aposetada pelo RGPS, a partir de registros admiistrativos da DATAPREV de 1998 a Em seguida, foi estimado o impacto ecoômico da sobrevida do cojuto de segurados etre 60 e 80 aos de idade, com base os beefícios cocedidos o ao de 2002, a partir da sobrevida calculada para cada idade simples e do valor médio do beefício cocedido 5. Mais especificamete, a estimativa do impacto ecoômico foi calculada cosideradose a difereça de epectativa de vida etre as tábuas de mortalidade para cada idade simples, multiplicado-se essa sobrevida pela quatidade de beefícios cocedidos e pelo valor médio dos beefícios cocedidos, como detalhado a Equação 8. I Em que: = 80 ( ERGPS ) i EIBGE i QBC i= 60 i VMBC I = Impacto ecoômico da difereça de epectativa de vida; ERGPS i = Epectativa de vida do idivíduo com idade i, da base do RGPS; EIBGE i = Epectativa de vida do idivíduo com idade i, coforme tábua do IBGE; QBC i = Quatidade de beefícios cocedidos para idivíduos de idade i; VMBC = Valor médio do beefício cocedido o ao. (8) Quato à abordagem, a pesquisa é qualitativa e quatitativa. Em que pese os objetivos, possui características de eploratória, buscado eteder como o uso de diferetes tábuas de mortalidade pode impactar as cotas prevideciárias brasileiras. Ressalta-se que a tábua de mortalidade também é utilizada o cálculo do fator prevideciário. Cotudo, este trabalho ão será abordado esse efeito, ficado como sugestão para pesquisas futuras. 3.2 Seleção e Composição da Amostra Para a aálise da sobrevida, calculou-se a difereça de epectativa de vida para cada idade simples etre as tábuas objeto de estudo. Partido da tábua elaborada por Souza (2009), relativa ao período de 1998 a 2002, foi selecioada a tábua de mortalidade elaborada pelo IBGE relativa ao ao de 2002, para que fosse possível a aálise comparativa etre as tábuas. 5 Beefício cocedido médio cosiderado as espécies. 6
7 Com relação às iformações sobre o cojuto de beeficiários, foi utilizada a base de dados históricos do Auário Estatístico da Previdêcia Social (AEPS) Ifologo, o período de jaeiro de 2002 a dezembro de 2011, cosiderado os dados mesais para o valor médio dos beefícios cocedidos, e dados auais relacioados à quatidade de beefícios cocedidos por idade simples, de 60 a 80 aos de idade. O uso de iformações de beefícios cocedidos etrada de ovos beefícios o sistema prevideciário se deve ao fato da idispoibilidade da iformação de beefícios pagos (motate de beefícios emitidos) por idade simples, o que prejudicaria a aálise por faia de idade, e, cosequetemete, o cálculo da sobrevida dos segurados de 60 a 80 aos de idade. A escolha da faia de 60 a 80 aos de idade se dá em razão de 60 aos ser a idade míima oficialmete cosiderada as previsões do Govero para etrada do segurado em beefício, e 80 aos a idade limite calculada pela tábua do IBGE. No caso do valor médio dos beefícios cocedidos, para que a metodologia fosse cosistete durate todo o período aalisado, os valores foram corrigidos pelo INPC Acumulado base dezembro de Esse ídice mede o custo de vida das famílias com redimetos etre 1 e 6 salários míimos, e é oficialmete utilizado pelo INSS para reajustar os beefícios prevideciários emitidos. 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 4.1 Tábuas de Mortalidade Epectativa de Vida Na Tabela 1, a seguir, apresetam-se as epectativas de vida por idade simples e seo coforme a tábua elaborada pelo IBGE em 2002 e a de Souza (2009). Registra-se que Souza (2009) calculou as epectativas de vida para a faia dos 60 aos 95 aos de idade, diferetemete da tábua do IBGE 2002, que cobre as idades de zero aos 80 aos ou mais, sedo esta última classificada como uma úica faia de idade. 7
8 Tabela 1 - Epectativa de Vida Souza versus IBGE em aos Souza (2009) IBGE 2002 Idade Homem Mulher Ambos os Seos Homem Mulher Ambos os Seos 60 20,30 26,77 22,58 18,98 21,94 20, ,65 25,97 21,87 18,33 21,19 19, ,98 25,18 21,14 17,69 20,45 19, ,31 24,40 20,42 17,07 19,72 18, ,66 23,62 19,71 16,45 19,00 17, ,03 22,85 19,01 15,84 18,30 17, ,39 22,09 18,32 15,25 17,60 16, ,76 21,34 17,64 14,67 16,92 15, ,41 20,60 16,97 14,10 16,25 15, ,54 19,86 16,31 13,55 15,59 14, ,94 19,14 15,66 13,02 14,96 14, ,36 18,42 15,03 12,51 14,33 13, ,79 17,71 14,41 12,01 13,73 12, ,24 17,02 13,80 11,54 13,14 12, ,72 16,34 13,21 11,08 12,57 11, ,20 15,68 12,63 10,65 12,02 11, ,71 15,03 12,07 10,23 11,49 10, ,25 14,40 11,53 9,83 10,98 10, ,81 13,78 11,01 9,45 10,49 10, ,38 13,19 10,51 9,09 10,02 9, ,98 12,62 10,04 8,75 9,57 9,21 Fote: Elaboração própria com base os dados de Souza (2009) e do IBGE. Coforme dados apresetados a Tabela 1, idepedete da tábua utilizada costata-se que a epectativa de vida das mulheres é maior do que a dos homes. Por esta razão, a avaliação do impacto ecoômico foi feita desagregada por seo. 4.2 Sobrevida Calculado-se a difereça da epectativa de vida etre as duas tábuas, verifica-se que a tábua elaborada por Souza (2009), com base o perfil da massa de segurados do RGPS, apreseta epectativas de vida mais elevadas que as apresetas pela tábua de mortalidade elaborada pelo IBGE em 2002 (Tabela 2), o que pode idicar que as tábuas refletem eperiêcias de grupos diferetes. No caso dos homes, a epectativa de vida calculada por Souza (2009) é em média 0,9 aos maior que a do IBGE, equato que o caso das mulheres a difereça média é de 4,1 aos. 8
9 Tabela 2 - Difereça de Epectativa de Vida etre a Tábua de Souza (2009) e a do IBGE 2002 em aos Idade Sobrevida Masculia Sobrevida Femiia Sobrevida Ambos os Seos 60 1,32 4,83 2, ,32 4,78 2, ,29 4,73 2, ,24 4,68 1, ,21 4,62 1, ,19 4,55 1, ,14 4,49 1, ,09 4,42 1, ,04 4,35 1, ,99 4,27 1, ,92 4,18 1, ,85 4,09 1, ,78 3,98 1, ,70 3,88 1, ,64 3,77 1, ,55 3,66 1, ,48 3,54 1, ,42 3,42 1, ,36 3,29 0, ,29 3,17 0, ,23 3,05 0,83 Média 0,86 4,08 1,54 Fote: Elaboração própria com base os dados do IBGE e de Souza (2009). O Gráfico 1 ilustra a difereça de epectativa de vida etre as tábuas, para cada idade e seo. Mais uma vez pode-se observar uma maior difereça de epectativa de vida para o seo femiio, sializado que a epectativa de vida das mulheres beeficiárias do RGPS é diferete da epectativa de vida das mulheres da população brasileira em geral. Gráfico 1 Difereça de Epectativa de Vida Souza (2009) versus IBGE Aos 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0, Homes Mulheres Fote: Elaboração própria com base os dados do IBGE e de Souza (2009). 9
10 4.3 Beefícios Cocedidos Quatidade Os beefícios cocedidos compreedem as pessoas que passaram da codição de cotribuites para recebedores de beefício prevideciário em um determiado ao. Além disso, o coceito de beefícios cocedidos abrage todas as espécies de beefícios prevideciários, como por eemplo, beefícios por ivalidez, além dos beefícios de aposetadoria. A Tabela 3 apreseta as quatidades de beefícios cocedidos ao a ao. No ao de 2002, foco deste trabalho, foi cocedido um total de 3,9 milhões de beefícios, abragedo todas as idades e espécies de beefícios. Tabela 3 - Quatidade de Beefícios Cocedidos - RGPS [em milhões de pessoas] Ao Homem Mulher Total ,5 2,4 3, ,4 2,1 3, ,8 2,2 4, ,8 2,1 4, ,9 2,3 4, ,9 2,3 4, ,1 2,4 4, ,0 2,5 4, ,1 2,6 4, ,1 2,6 4,8 Fote: Elaboração própria a partir de dados do RGPS. Coforme dados da Tabela 3, observa-se que as mulheres represetam a maior parte de beeficiários, correspodedo aualmete em média a 61,8% do total de beefícios cocedidos. Comparado-se os úmeros de 2002 e 2011, observa-se um crescimeto de 23,3% a cocessão de ovos beefícios. O Gráfico 2 ilustra essa evolução ao logo dos aos. Gráfico 2 Evolução a Cocessão de Beefícios Milhões de Pessoas 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0, Total Mulher Homem Fote: Elaboração própria a partir de dados do RGPS. 10
11 A Tabela 4 apreseta os dados de forma desagregada por faia de idade. Tabela 4 Quatidade em Mil de Pessoas e Participação dos Beefícios Cocedidos Por Faia de Idade RGPS Ao 0 a 59 aos 60 a 80 aos 81 aos ou mais Quatidade Participação Quatidade Participação Quatidade Participação Total ,6 80,9% 718,0 18,6% 18,9 0,5% 3.867, ,4 78,9% 731,4 20,6% 17,6 0,5% 3.545, ,1 74,3% 1.003,4 25,1% 22,0 0,6% 3.993, ,8 78,5% 827,9 20,9% 21,1 0,5% 3.955, ,3 80,0% 822,7 19,4% 23,8 0,6% 4.238, ,7 79,0% 848,7 20,3% 27,0 0,6% 4.173, ,8 79,0% 909,1 20,4% 29,9 0,7% 4.461, ,6 78,2% 941,4 21,0% 32,9 0,7% 4.473, ,2 79,8% 903,0 19,5% 33,9 0,7% 4.640, ,7 80,0% 915,5 19,2% 35,9 0,8% 4.767,0 Fote: Elaboração própria com base os dados do RGPS. Para a faia de idade dos 60 aos 80 aos, observa-se que sua participação a cocessão de ovos beefícios correspodeu a 18,6% em Além disso, observado-se os dados costata-se que a participação da faia aos apresetou crescimeto os aos seguites, atigido 25,1% dos beefícios cocedidos em 2004, e, após alguma oscilação, apresetou uma participação de 19,2% em A participação a cocessão de beefícios de pessoas com 81 aos ou mais aida relativamete pequea, ficado etre 0,5% a 0,8% do total, o período. Em relação à faia de idade escolhida para este estudo, dos 60 aos 80 aos de idade, a Tabela 5 apreseta as quatidades de beefícios cocedidos ao a ao, de forma desagregada por seo. Tabela 5 - Beefícios Cocedidos para Homes e Mulheres de 60 a 80 Aos de Idade RGPS Homem Mulher Ao Total Quatidade Participação Quatidade Participação ,0% ,0% ,8% ,2% ,8% ,2% ,9% ,1% ,9% ,1% ,2% ,8% ,7% ,3% ,8% ,2% ,1% ,9% ,9% ,1% Fote: Elaboração própria com base os dados do RGPS. 11
12 Coforme dados da Tabela 5, observa-se que há um equilíbrio etre ovos beefícios cocedidos, segudo seo. No período de 2002 a 2011, observa-se que a distribuição etre homes e mulheres é semelhate, com uma participação média de 49,5% para os homes e de 50,5% para as mulheres. Porém, para o ao de 2002, foco deste trabalho, os homes apresetaram uma maior participação, 51%, a cocessão de ovos beefícios. 4.4 Beefícios Cocedidos Valor Médio A tabela 6 apreseta o valor médio aual do beefício cocedido o período de 2002 a 2011, calculado a partir da quatidade aual de beefícios cocedidos e do valor aual destiado ao pagameto desses beefícios, corrigido a valores de dezembro de Tabela 6 - Valor Médio do Beefício Cocedido - RGPS [R$ de dez/2011] Ao Valor Médio Variação Aual , ,29 1,3% ,04-1,8% ,51 5,5% ,42 6,9% ,28 2,0% ,48 0,5% ,04 2,8% ,35 3,2% ,75 1,4% Fote: Elaboração própria com base os dados do RGPS e o ídice de preços INPC-Fipe. De acordo com os dados apresetados a Tabela 6, o valor médio aual do beefício cocedido apresetou crescimeto real de 23,9% o período de 2002 a O Gráfico 3 ilustra a evolução. Gráfico 3 Valor Médio do Beefício Cocedido 900,00 R$ de dez/ ,00 700,00 600,00 500, Fote: Elaboração própria com base os dados do RGPS e o ídice de preços INPC-Fipe. 4.5 Impacto Ecoômico da Sobrevida Fialmete, com base a difereça de epectativa de vida etre as tábuas, a quatidade de beefícios cocedidos e o valor médio desses beefícios, estimou-se o impacto ecoômico da sobrevida dos ovos beeficiários de 2002, coforme eplicitado a Equação 8. 12
13 Os cálculos mostram que os ovos beefícios cocedidos em 2002 represetam um impacto a ordem de R$ 1,4 bilhão os aos seguites, em valores de dezembro de Isto é, utilizado-se uma tábua de mortalidade que melhor reflete a epectativa de vida dos segurados do RGPS, estimou-se que os aos adicioais de vida dos beeficiários levariam a pagametos etras, que seriam diluídos os aos seguites (Tabela 7). Tabela 7 - Impacto Ecoômico da Sobrevida 2002 (difereças de epectativa de vida etre a tábua de mortalidade oficial, IBGE 2002, e a tábua de Souza (2009) Seo R$ Milhões de dez/2011 % Homem 296,71 21,6% Mulher 1.075,51 78,4% Total 1.372,23 100,0% Fote: Elaboração própria com base os dados do RGPS, o INPC-Fipe e em Souza(2009). Coforme dados da Tabela 7, verifica-se que apesar da quatidade de ovos beefícios cocedidos estarem divididos aproimadamete de forma igual etre homes e mulheres (Tabela 5), eiste a epectativa que o impacto ecoômico do seo femiio ultrapasse o impacto ecoômico do seo masculio, pelo fato de que para as mulheres a difereça de epectativa de vidas etre as tábuas ser maior. O Gráfico 4 apreseta a distribuição do impacto ecoômico da sobrevida por seo. Gráfico 4 Distribuição do Impacto Ecoômico da Sobrevida 21,6% 78,4% Homem Mulher Fote: Elaboração própria com base os dados do RGPS, o INPC-Fipe e em Souza(2009). Observa-se que a distribuição do impacto ecoômico da sobrevida por seo, as mulheres foram resposáveis por 78,4% desse impacto em 2002, equato que os homes foram resposáveis por apeas 21,6%. Diate do eposto, os resultados mostram que em 2002 a difereça da epectativa de vida etre as tábuas represetou um impacto egativo de 1,4 bilhão de reais para as cotas prevideciárias os aos seguites, cerca de 4,5% do déficit prevideciário apurado pelo RGPS o mesmo ao, que foi a ordem de R$ 30,5 bilhões. Ressalta-se que a difereça de sobrevida apurada etre as tábuas refere-se apeas aos beefícios cocedidos em Na dispoibilidade de tábuas de mortalidade específicas para o cojuto de segurados do RGPS, seria possível estimar o custo da sobrevida para os aos seguites. Além disso, a estimativa foi realizada com base os ovos beefícios cocedidos. Caso fosse cosiderado o estoque de beefícios pagos (beefícios emitidos), espera-se é que a estimativa de impacto seja muito maior. 13
14 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presete estudo teve como objetivo aalisar o impacto da utilização de diferetes tábuas de mortalidade as estimativas do pagameto de beefícios o Regime Geral de Previdêcia Social (RGPS), a partir de duas tábuas distitas: uma do IBGE, usada pelo Miistério da Previdêcia Social (MPS) para subsidiar o cálculo do fator prevideciário, e outra de Souza (2009), elaborada com base a mortalidade da população idosa aposetada pelo RGPS, a partir de registros admiistrativos da DATAPREV. Iicialmete, verificou-se que, idepedetemete da tábua utilizada, a epectativa de vida das mulheres é maior do que a dos homes, e que a difereça de epectativa de vida etre as tábuas aalisadas sializa que a epectativa de vida das mulheres beeficiárias do RGPS é diferete da epectativa de vida das mulheres da população brasileira em geral. Com base a difereça da esperaça de vida apresetada as duas tábuas aalisadas (sobrevida), os cálculos mostram que os ovos beefícios cocedidos em 2002 idicaram impacto futuro a ordem de R$ 1,4 bilhão, em valores de dezembro de 2011, represetado cerca de 4,5% do déficit prevideciário apurado pelo RGPS o mesmo ao, que foi a ordem de R$ 30,5 bilhões. Esse impacto pode ser eplicado pelo fato dos segurados do RGPS terem uma epectativa de vida superior ao estimado pela tábua de mortalidade oficial, que cosidera o cojuto da população brasileira. Na distribuição do impacto ecoômico da sobrevida por seo, as mulheres foram resposáveis por 78,4% desse impacto sobre os beefícios cocedidos em 2002, equato que os homes foram resposáveis por apeas 21,6%, pelo fato de que para as mulheres a difereça de epectativa de vidas etre as tábuas ser maior. Ressalta-se que a difereça de sobrevida apurada etre as tábuas refere-se apeas aos beefícios cocedidos em Na dispoibilidade de tábuas de mortalidade específicas para o cojuto de segurados do RGPS, seria possível estimar o custo da sobrevida para os aos seguites. Além disso, a estimativa foi realizada com base os ovos beefícios cocedidos. Caso fosse cosiderado o estoque de beefícios pagos (beefícios emitidos), espera-se que a estimativa de impacto seja muito maior. Outra questão que pode torar maior o impacto da sobrevida para os aos seguites é o aumeto real observado o valor médio dos beefícios cocedidos, que apresetou crescimeto real de 23,9% o período de 2002 a Como sugestão para futuras pesquisas, cosidera-se ecessário o cálculo e utilização de tábuas de mortalidade mais atuais e que reflitam, de fato, a eperiêcia da massa de segurados do RGPS. Pode-se também melhorar a estimativa do impacto da sobrevida cosiderado-se uma faia de idade mais ampla, por eemplo, de zero aos 80 aos de idade. Outro camiho seria avaliar o impacto das diferetes tábuas de mortalidade o cálculo do fator prevideciário. 14
15 REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto. º 3.266, de 29 de ovembro de DOU de 30/11/99. Atribui competêcia e fia a periodicidade para a publicação da tábua completa de mortalidade de que trata o 8º do art. 29 da Lei º 8.213, de 24 de julho de 1991, com a redação dada pela Lei º 9.876, de 26 de ovembro de BRASIL. Lei º 9.876, de 26 de ovembro de DOU de 29/11/99. Dispõe sobre a cotribuição prevideciária do cotribuite idividual, o cálculo do beefício, altera dispositivos das Leis.º e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, e dá outras providêcias. BRASIL. Miistério da Previdêcia Social MPS. Resolução CGPC, de 28 de março de DOU 05/04/2006. Estabelece parâmetros técico-atuariais para estruturação de plao de beefícios de etidades fechadas de previdêcia complemetar, e dá outras providêcias. CAETANO, Marcelo Abi-Ramia. Subsídios Cruzados a Previdêcia Social. Brasília: IPEA, teto para discussão 1211, agosto de CARVALHO, José Alberto Mago de. Crescimeto populacioal e estrutura demográfica o Brasil. Belo Horizote/MG: UFMG/Cedeplar, p. (Teto para discussão.º 227). CARVALHO, José Alberto Mago de; SAWYER, Diaa Oya; RODRIGUES, Roberto do Nascimeto. Itrodução a algus coceitos básicos e medidas em demografia. 2.ª Ed. Belo Horizote/MG: ABEP, CASTRO, Márcia Caldas de. Etradas e Saídas o Sistema Prevideciário Brasileiro: uma aplicação de tábuas de mortalidade. Dissertação apresetada ao Cetro de Desevolvimeto e Plaejameto Regioal (CEDEPLAR) da Faculdade de Ciêcias Ecoômicas da Uiversidade Federal de Mias Gerais. Belo Horizote, 1997, 286 fls. CHAN, Betty Lilia, SILVA, Fabiaa Lopes da, MARTINS, Gilberto de Adrade. Fudametos da Previdêcia Complemetar: da atuária à cotabilidade. São Paulo: Atlas, DEUD, Cláudia Augusta Ferreira. Alteração a metodologia de cálculo da Tábua de Epectativa de Sobrevida para 2002 e seus refleos o Regime Geral de Previdêcia Social. Cosultora Legislativa da Área XXI. Previdêcia e Direito Prevideciário. Brasília/DF: Câmara Legislativa, Estudo, julho/2004. GOMES, Marília Mirada Forte. Da atividade à ivalidez permaete: um estudo utilizado dados do Regime Geral da Previdêcia Social (RGPS) do Brasil o período f. Dissertação (Mestrado em Demografia) Cetro de Desevolvimeto e Plaejameto Regioal, Uiversidade Federal de Mias Gerais, Belo Horizote, GOMES, Marília Mirada Forte; OKUBO, Maria Harumi. Teorias e aplicações das tábuas de vida para a previdêcia complemetar f. Moografia (Graduação em 15
16 Estatística) Departameto de Estatística, Uiversidade de Brasília, Brasília, KEYFITZ, Natha. Applied Mathematical Demography. New York: Joh Wiley & Sos, 1977, 388p. OLIVEIRA, Fracisco Eduardo Barreto de et al. O idoso e a previdêcia social. I: CAMARANO, Aa Amélia (Org.). Os ovos idosos brasileiros: muito além dos 60? Rio de Jaeiro: IPEA, p ORTEGA, Atoio. Tablas de mortalidad. Sa José, Costa Rica: Cetro Latio Americao de Demografia, p. PINHEIRO, Ricardo Pea. Riscos demográficos e atuariais os plaos de beefício defiido e de cotribuição defiida o fudo de pesão f. Tese (Doutorado em Demografia) Cetro de Desevolvimeto e Plaejameto Regioal, Uiversidade Federal de Mias Gerais, Belo Horizote, SILVA, Eid Rocha da; SCHUWARZER, Helmut. Proteção social, aposetadorias, pesões e gêero o Brasil. Brasília: IPEA, p. (Teto para discussão, 934). SILVA, Luciao Goçalves de Castro. A Tábua de Mortalidade do RPPS do Estado de São Paulo. I: Aais do XVII Ecotro Nacioal de Estudos Populacioais ABEP. Caambu/MG: ABEP, SOUZA, Mariaa Cristia Macieira. Um Estudo sobre a Mortalidade dos Aposetados Idosos do Regime Geral de Previdêcia Social do Brasil o período de 1998 a f. Dissertação (Mestrado em Demografia) Cetro de Desevolvimeto e Plaejameto Regioal, Uiversidade Federal de Mias Gerais, Belo Horizote,
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