SÍNDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIROS

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1 SÍNDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIROS Helierson GOMES 1 Andrielly Gomes de JESUS 1 RESUMO Atualmente no mundo a palavra trabalho tem um peso grande na vida das pessoas, pois cada vez mais o mercado de trabalho exige profissionais qualificados e com total disposição para o desenvolvimento de suas atribuições, com isso aumenta a sobrecarga e o estresse dos indivíduos, pois o medo de perder o trabalho e conseqüentemente seu lugar na sociedade os tornam geradores de frustrações desencadeando depressões que podem se tornar crônicas, ocasionando assim algum tipo de distúrbio físico ou psíquico prejudicial à saúde dos mesmos. Este trabalho tem como objetivo expandir os conhecimentos sobre a saúde mental dos profissionais de enfermagem, enfatizando o desenvolvimento da Síndrome do esgotamento profissional ou Burnout nesses profissionais, bem como avaliar os fatores desencadeantes e propor soluções eficazes na prevenção desse tipo de distúrbio ocasionado pelo trabalho. O estudo é uma revisão de literatura feita através de pesquisas em livros e artigos, nos quais visamos conhecer e compreender o desenvolvimento da Síndrome nos diversos profissionais, e principalmente nos Enfermeiros por causa da grande incidência observada nessa categoria profissional. Palavras-chave: Síndrome de Burnout. Esgotamento profissional. Depressão. Estresse. 1 Graduação em Enfermagem UNIVERSO. helierson_enf@hotmail.com 41

2 INTRODUÇÃO fatores crônicos como a diminuição da autoestima, tédio, sobrecarga e frustração no trabalho, perda de interesse pelo trabalho e Os profissionais da saúde que como o próprio nome já diz desde o passar dos séculos eram personagens apenas incumbidos de realizar a assistência à saúde da população, eram sinônimos de bem estar e saúde. Inúmeras são as patologias que vêm ocorrendo com freqüência em profissionais da saúde mais uma em especial vem nos chamando à atenção devida sua forma silenciosa e o grande aumento de sua ocorrência em profissionais da saúde, trata-se do Burnout. Neste contexto, apresenta-se a síndrome de Burnout originalmente vinda do inglês, que significa exaustão, esvaziamento ou ainda esgotamento, é uma patologia observada entre os profissionais que trabalham na prestação de cuidados, ou seja, acomete na sua grande maioria médicos, enfermeiros e profissionais da educação (SELIGMANN-SILVA, 2003). A síndrome é silenciosa sendo seu desenvolvimento lento, podendo surgir repentinamente, iniciando-se a partir de uma pelo cliente. Vários estudos sobre a síndrome do esgotamento profissional ou Burnout têm sido publicados com o objetivo de analisar as causas que desencadearam a patologia em determinadas profissões, objetivando um melhor esclarecimento e formas de diagnóstico e tratamento a partir dos próprios profissionais acometidos. Há de se reconhecer que a profissão de enfermagem desde seu surgimento vem se caracterizando por ser uma profissão muito sofrida, pois lida diretamente com o sofrimento, com morbidades e com a morte de pacientes. Diante desse fato, percebe-se a necessidade da elaboração de uma pesquisa que ampliasse os conhecimentos sobre a saúde psíquica dos profissionais de enfermagem tendo como foco principal a síndrome do esgotamento profissional ou Burnout, tal síndrome que vem acometendo com grande freqüência profissionais da saúde e que ainda é pouco conhecida entre os mesmos. depressão que está diretamente ligada a 42

3 REVISÃO DE LITERATURA As conseqüências diretas a essas jornadas de trabalho noturno são: fadiga; No Brasil, as relações entre trabalho e saúde do trabalhador conformam um mosaico, coexistindo múltiplas situações de trabalho caracterizadas por diferentes estágios de incorporação tecnológica, diferentes formas de organização e gestão, relações e formas de contratos de trabalho, que se refletem sobre o viver, o adoecer e o morrer dos trabalhadores. Um fato que nos últimos anos vem nos chamando atenção é o aumento do número de profissionais da área da saúde relacionados à lista de trabalhadores com patologias ocupacionais ( BRASIL, 2001). Os profissionais da saúde em especial médicos, enfermeiros e técnico de desadaptação à atividade; baixo rendimento; baixa capacidade de conciliar o sono normal; maior índice de erros detectados; desequilíbrio nutricional; limite reduzido de responsabilidade; aumento ou aparecimento de patologia de natureza somática e estresse (MAURO et al., 2004). Os riscos ocupacionais têm origem nas atividades insalubres e perigosas, aquelas cuja natureza, condições ou métodos de trabalho, bem como os mecanismos de controle sobre os agentes biológicos, químicos, físicos e mecânicos do ambiente hospitalar podem provocar efeitos adversos à saúde dos profissionais. enfermagem estão mais suscetíveis a acidentes e a manifestação de patologias psíquicas relacionadas ao trabalho, pois SAÚDE MENTAL DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM realizam grandes jornadas contínuas e plantões noturnos que aumentam os riscos de acidentes, pois acarretam uma série de alterações no ritmo biológico do trabalhador (ciclo circadiano; temperatura corporal; nível de glicose no sangue; grau de fadiga; adaptação ao trabalho; rendimento; duração do sono; grau de retenção da informação) (MAURO et al., 2004). A grande procura por uma situação de vida satisfatória vem trazendo consigo uma pergunta que há décadas traz uma incógnita no que diz respeito à qualidade de vida, mas o que seria ter uma qualidade de vida? A Organização Mundial de saúde (OMS) definiu qualidade de vida como a percepção do indivíduo da sua posição de 43

4 vida no contexto do sistema cultural e de valores em que ele vive e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. Estudos realizados concluíram que a qualidade de vida deriva-se de três pressupostos básicos que são a felicidade, indicadores sociais e status de saúde. A partir da definição de saúde pela OMS como estado de bem estar completo físico, mental e social tornou-se notório a necessidade de um maior acompanhamento e aperfeiçoamento no que diz respeito à saúde mental da população (SELIGMANN-SILVA, 2003). Na sociedade atual o trabalho ocupa um importante papel na vida das pessoas, pois representa um fator condicionante no que diz respeito à integração social, aspecto econômico e cultural. É um importante mediador de qualidade de vida e opostamente a área vem demonstrando nos últimos anos, situações de descontentamento com o reconhecimento e valorização da profissão, jornadas múltiplas de trabalho para garantir melhor renda, trabalho noturno, problemas no trabalho de desentendimento com equipes multidisciplinar, questões da hegemonia do discurso médico em relação aos demais profissionais de saúde entre outros (MARTINS, 2003). Por se tratar de uma profissão predominantemente do sexo feminina só aumenta os riscos do profissional adquirir algum problema psíquico devido ao desgaste da profissão, pois a enfermeira tem que se dividir entre a mulher esposa, mãe, dona de casa e profissional provocando um desgaste bem mais acentuado do que entre os profissionais de enfermagem do sexo masculino. (MARTINS et al. 2003). um importante causador dos conflitos vivenciados devido à insatisfação pelo mesmo ESTRESSE ou devido à situação de desemprego (BRASIL, 2001). A profissão de enfermagem vem sofrendo muito com o desgaste mental proporcionado pela pressão sofrida pelos profissionais no intuito de garantir seu emprego devido a grande competitividade que O termo estresse é derivado da palavra latina stringere que significa restringir. Claude Bernard, em 1967, foi um dos primeiros fisiologistas a reconhecer as consequências potenciais do estresse no organismo (POTTER; PERRY, 1998). 44

5 Brunner & Suddarth (2005) define estresse como um estado produzido por uma alteração no ambiente que é percebida como desafiadora, ameaçadora ou lesiva para o balanço ou equilíbrio dinâmico da pessoa. de uma resposta do organismo ao estresse laboral crônico mais ambos possuem particularidades que os diferenciam, pois no Burnout, estão envolvidas atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho. É um processo O estresse é definido como um conceito relacional mediado cognitivamente e que reflete a relação entre a pessoa e o ambiente apreciado por ela como difícil ou que excede seus recursos, colocando em risco o seu bem estar. Podendo acrescentar, ainda, que o estresse só ocorre quando as demandas representam um desejo que o indivíduo é incapaz de alcançar (STACCIARINI; TRÓCCOLI, 2001 p. 289). gradual, de uma experiência subjetiva, envolve atitudes e sentimentos que acarretam problemas de ordem prática e emocional ao trabalhador e à organização. (MUROFUSE et al 2005). Profissionais de enfermagem estão sobre o risco continuo de tornar-se estressados, pois se deparam diariamente em seu ambiente de trabalho com situações consideradas estressoras o que diferencia um profissional do outro é a capacidade de O estresse em geral é de difícil definição, pois pode ser entendido de maneiras distintas, existindo três formas de definição: como estímulo, como resposta ou como interação ou transação entre ambiente interno e externo do Indivíduo (STACCIARINI; TRÓCCOLI, 2001). Ultimamente alguns autores vêm erradamente confundindo o estresse ao Burnout, ambos não devem ser confundidos e nem tão pouco tratados como sinônimos, está certo que defende-se que o Burnout trata-se adaptação a esses agentes estressores, a personalidade do individuo, seu estado de saúde, sua experiência em lidar com certas situações estressoras e seu mecanismo de enfrentamento essas características são essências para definir a vulnerabilidade de um profissional ao estresse (POTTER; PERRY, 1998). A relação estresse e enfermagem não vem de hoje, é uma situação histórica talvez esse seja o diferencial em relação a outras profissões, pois desde seu reconhecimento 45

6 como ciência que a enfermagem vem buscando seu espaço e reconhecimento, situação que não tem apoio das demais profissões talvez isso seja um dos principais motivos de a enfermagem ter sido classificada segundo Health Education Authority em pesquisa realizada como a quarta profissão mais estressante do setor público (STACCIARINI; TRÓCCOLI, 2001). Sem dúvida são inúmeras as situações tanto no ambiente de trabalho como De certo modo o estresse está presente na vida de todos nós, lógico que em graus e freqüência diferentes, então cabe a cada individuo independente da profissão procurar métodos de enfrentamento e tentar extrair de certas situações estressantes fatores positivos só assim será possível levarmos uma vida tranqüila e saudável, pois o estresse é uma questão de percepção do fato, e esta percepção é impar de cada indivíduo (POTTER; PERRY, 1998). fora do mesmo que atuam no processo do estresse do enfermeiro, ressaltando que as DEPRESSÃO mulheres estão mais suscetíveis devido à jornada múltipla que é ser mãe, dona de casa, esposa e profissional. Os profissionais de enfermagem até hoje vem sofrendo com a marginalização que era sofrida pela profissão assim como outros fatores que são destacados como os que mais afligem os profissionais de enfermagem que são: o número reduzido de enfermeiros na equipe de enfermagem, as dificuldades em delimitar os diferentes papéis entre enfermeiros, técnicos, auxiliares e atendentes de enfermagem e a falta de um reconhecimento nítido entre o público em geral, de quem é o enfermeiro (STACCIARINI; TRÓCCOLI, 2001). A depressão que vulgarmente julgada por algumas pessoas pouco esclarecidas como doença de desocupados vem provocando grande preocupação a muitos psiquiatras, pois a cada dia que passa sua incidência aumenta em todo o mundo, dados recentes estimam que 20 % da população mundial já tiveram depressão, estão em estado depressivo ou certamente virão adquiri-la até o fim de sua vida (SILVA, 2000). Silva (2000) define a depressão como a mais caracteristicamente humana das doenças, na qual ocorre uma mudança do estado de ânimo, este derivado de um 46

7 sentimento generalizado de tristeza, cujo grau pode variar desde um desalento moderado até o mais intenso desespero a duração desses sintomas podem durar dias, meses ou até mesmo anos. É necessário, no entanto não confundir a depressão com estados passageiros de melancolia, pois é normal durante alguma fase da vida todos passarem por esse estado. A depressão na grande maioria de sua incidência é proveniente de alguma perda seja ela de um ente querido, perda do parceiro amoroso por óbito ou por divórcio, perda do emprego e do status social, crises financeiras, descobrir que é portador de uma doença grave entre outros (SILVA. J, A, C. 2000). Muitos são os fatores que podem desencadear um quadro depressivo, mais um que vem chamando a atenção são os relacionados ao trabalho. Diferentes modalidades de depressão podem ter sua patogenia, desencadeamento e evolução nitidamente associados às vivências do trabalho (MARTINS, 2003). A Síndrome de Burnout está diretamente ligada à depressão, alguns autores acreditam que seja uma forma crônica mais grave da doença na qual passa para um estado de esgotamento total, a diferença é que a depressão pode ocorrer nos mais variados âmbitos, já o Burnout é exclusivamente relacionado às circunstâncias do trabalho (MARTINS, 2003). Dentre os principais sintomas da depressão caracterizam-se o humor triste, BURNOUT diminuição do interesse e prazer em atividades que normalmente são prazerosas, diminuição ou aumento do apetite com perda ou ganho de peso (5% ou mais do peso corporal, no último mês), insônia ou hipersonia, agitação ou retardo psicomotor, ideação suicida recorrente sem um plano específico ou uma tentativa de suicídio ou um plano específico de suicídio (BRASIL; 2001). A Síndrome de Burnout surgiu por volta dos anos 70, nos Estados Unidos, em uma determinada organização, onde pesquisadores buscavam a resposta para um quadro de deterioração e desgaste entre os profissionais da instituição pesquisada (FRÁGUAS JR, R; FIGUEIRÓ, J. A. B, 2000). Segundo Ballone, et al.(2008), o termo Burnout é uma composição de burn= 47

8 queima e Out= exterior, sendo assim sugerindo um estado de estresse que consome o individuo fisicamente e emocionalmente, fazendo com que a pessoa afetada apresente um comportamento agressivo e irritadiço com tudo e todos a sua volta. A descoberta da Síndrome de Burnout se deu devido à evolução dos estudos sobre o estresse, sendo então o burnout desenvolvido em resposta a fatores crônicos ligados diretamente ao estresse emocional e a interação interpessoal no trabalho. A primeira descrição sistemática da síndrome de Burnout foi realizada pelo psiquiatra Herbert J. Freudenberg em 1974 (BORGES, et al., 2002). Benevides, 2001 definiu burnout da seguinte maneira: Define o esgotamento emocional como a diminuição dos recursos emocionais e sentimentos de inutilidade; a despersonalização, caracterizada por atitudes progressivamente negativas, de cinismo e falta de sensibilidade para com os clientes, e a auto-realização diminuída, com o sentimento de ter perdido a eficiência no trabalho e de não conseguir cumprir com suas responsabilidades. Alguns estudos relatam sobre a correlação do burnout com a depressão, que juntas estão relacionadas a fatores endógenos, como a baixa auto-estima, a conseqüente insatisfação no trabalho e a alienação e simultaneamente a incompetência dos profissionais acometidos. Mas há quem defenda a idéia de que a síndrome de burnout é diferente do estresse e da depressão, na qual caracterizam a síndrome como sendo uma grave conseqüência de ambas desencadeadas pelo trabalho (BALLONE; MOURA, 2008). Devido à descoberta do burnout em várias profissões, os pesquisadores começaram a avaliar a sua incidência nas diversas áreas de trabalho, bem como as suas causas e as populações mais vulneráveis a patologia. A epidemiologia da Síndrome de Burnout tem aspectos relevantes, onde se percebeu que o trabalhador é mais vulnerável a síndrome nos primeiros anos de carreira profissional (BALLONE, G. J; MOURA, E. C, 2008). A grande incidência do burnout especialmente na área da enfermagem, se deve principalmente ao tempo em que o profissional fica em contato direto com os pacientes, retendo e sanando todas as 48

9 necessidades do mesmo, o que causa elevada exaustão emocional em 25,13% dos enfermeiros, em comparação com os demais profissionais este índice é considerado preocupante (BENEVIDES-PEREIRA, 2001). Como a Síndrome de Burnout depende de condições crônicas de estresse e depressão para se instalar, então é a parti daí que começa o quadro clínico da patologia, o descobridor da síndrome Freudenberger aponta para uma fase inicial onde quase nunca é notada, sendo está marcada pelo tédio, irritabilidade e mau humor, na qual a pessoa afetada tem a tendência a negar as primeiras manifestações de desgaste (SELIGMANN-SILVA, E; 2003). O tratamento da síndrome envolve métodos tradicionais no tratamento de distúrbios mentais decorrentes do envolvimento excessivo atípico com trabalho. A psicoterapia é um procedimento que pode proporcionar mudanças profundas na personalidade do individuo, esta indicada mesmo quando é prescrita medicações para controle dos distúrbios mentais, pois o paciente com burnout precisa de tempo e espaço para repensar e analisar seus conflitos internos, necessitando assim de suporte por ex. psicólogos, psicoterapeuta ou psiquiatra (BRASIL, 2001). O tratamento farmacológico consiste na prescrição de antidepressivos e ansiolíticos para o controle dos sintomas, a indicação de fármacos depende da gravidade e da fase em que se encontra a síndrome, pois o burnout tem quatro fases excepcionais e o tratamento varia de acordo com cada uma dessas fases.(freitas, et al, 2006). A intervenção psicossocial constitui a possibilidade ou não de afastamento do doente do seu ambiente de trabalho, quando há afastamento deve-se especificar o tempo que mesmo ficará longe das suas funções ou se não retornará as mesmas, cabendo somente ao médico a produção dos laudos, atestados etc, na qual certifica o estado de saúde do trabalhador, o médico deve se atentar para a possibilidade de retorno do paciente ao trabalho e o risco de demissão após esse retorno (BRASIL, 2001). A prevenção envolve mudanças na rotina e na estrutura da organização, mudanças estas que engloba o bem estar coletivo, diminuição da exposição aos fatores estressores no ambiente de trabalho, tornando-o mais agradável, menor intensidade emocional de profissional adequando como 49

10 de trabalho, rodízio de atividade e até mesmo de setores, (BRASIL, 2001). Segundo Silva e Carlotto et al (2008) inúmeros fatores podem entrar na lista de causas que podem levar ao surgimento da SÍNDROME DE BURNOUT EM ENFERMEIROS Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem podemos citar como os principais: Enfermeiros que atuam Freudenberger por volta de 1974 citou pela primeira vez o termo Burnout, este desconhecido na época, se tratava de um estado de estafa, um cansaço físico e mental que acometia algumas classes de trabalhadores. Hoje em dia quando falamos de Síndrome de Burnout estamos tratando de um esgotamento emocional que leva à diminuição dos recursos emocionais, sentimentos de inutilidade, despersonalização caracterizada por atitudes progressivamente negativas. Por vezes, o profissional chega a apresentar até mesmo o ímpeto de abandonar o emprego (FREITAS, et al, 2006). Algumas profissões e situações de trabalho têm merecido atenção especial como fonte das tensões que originam a síndrome. Professores, médicos, assistentes sociais e enfermeiros vêm sendo as grandes vítimas dessa síndrome que de forma silenciosa vem provocando muitos estragos na vida desses trabalhares (SELIGMANN-SILVA. 2003). simultaneamente na parte assistencial e na docência; Longas jornadas de trabalho; Baixa remuneração; Contato direto com dor, sofrimento e morte; Dificuldades no relacionamento interpessoal; Jornada múltipla de trabalho; Insatisfação com a atividade laboral desenvolvida; Seguidos plantões noturnos; Alta competitividade exigida pelas instituições entre outros. Alguns setores de atuação segundo pesquisas são considerados mais propícios ao surgimento do Burnout como: Oncologia, Unidade de Terapia Intensiva, Pronto Socorro e docência, mais deixando claro que não é o fato de o profissional atuar nessas áreas que necessariamente ele desenvolverá o Burnout e que os que trabalham em outros setores estão descartados dos riscos de apresentarem a síndrome (POTTER; et al. 2005). A apresentação dos sintomas varia de acordo com a gravidade do caso, tempo de 50

11 exposição ao agente causador da síndrome (MASLACH E JACKON. 1999). Com base nos dados citados acima se torna inevitável enfatizar uma maior preocupação no que diz respeito a pesquisas e estudos sobre formas de cuidar da saúde dos profissionais que passam grande parte de sua vida envolvidos com a saúde dos outros e procurar estabelecer uma forma de educar e conscientizar esses profissionais enfermeiros a realizarem uma cuidado maior com a saúde da pessoa mais importante, ele próprio. enfermagem que não façam de suas vidas um campo de batalha, não permitindo que o estresse tome conta de suas vidas, procurando não se desgastar emocionalmente, afim de não entrarem em Burnout. É imprescindível que seja desenvolvida a elaboração de novos estudos sobre a Síndrome no sentido de aprimorar e divulgar formas de evitar que os profissionais de enfermagem e das demais áreas tornemse vulneráveis a essa síndrome. Portanto é fundamental que os CONSIDERAÇÕES FINAIS enfermeiros obtenham o conhecimento científico, a fim de desenvolver uma A síndrome de burnout pode ser considerada hoje como uma realidade que esta presente numa grande parcela na vida das pessoas, com isso tem-se que atualmente para alguns profissionais o trabalho perdeu o papel de gerador de tranqüilidade e administração de enfermagem de qualidade que traga bem estar a todos da equipe. E junto com os integrantes da equipe aprender a identificar precocemente os possíveis casos de Burnout tanto em clientes como nos colegas de trabalho. propiciador de bem estar, seja na vida pessoal como financeira, e vem se tornando um REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS grande causador de transtornos físicos e mentais. 1. BALLONE, G. J; MOURA, E. C; Estresse e Diante disso, torna-se de extrema necessidade enfatizar a importância de conciliar as atividades profissionais com o síndrome de burnout; publicado em 2008; Disponível em < > revisado em 14/03/09 às 10:40 h. lazer, recomendamos aos profissionais de 51

12 2. BENEVIDES-PEREIRA, A. M. T. As atividades de enfermagem em hospital um fator de vulnerabilidade ao burnout, In: BURNOUT: Quando o trabalho ameaça o bem estar do trabalhador, ed. Casa do psicólogo, 2001, pág BORGES, L. O; et al; 2002; Psicologia: Reflexão & Crítica- Scielo Brasil. Disponível em < >; Revisado em 20/04/ BRASIL. Doenças Relacionadas ao Trabalho. Brasília. Ministério da Saúde do Brasil BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005, p V COSTA, J.C da; LIMA, R.A.G de. Luto da Equipe: Revelações dos Profissionais de Enfermagem Sobre o Cuidado à Criança/Adolescente no Processo de Morte e Morrer. Revista Latino-Americana de Enfermagem. Scielo. Vol. 13 no. 2 Ribeirão Preto. Abril FRÁGUAS JR, R; FIGUEIRÓ, J. A. B. Depressões em Medicina Interna e em Outras Condições Médicas: Depressões 9. FREITAS, A. R; et al; 2006; Disponível em < > revisado em 20/04/ MARTINS, L.A.N. Saúde Mental do Profissionais de Saúde. Revista Brasileira de Medicina do Trabalho. Artmed Editora. Vol. 01, n o 01. Setembro Pág MASLACH, C. & LEITER, M. P. Trabalho: Fonte de prazer ou desgaste? Guia para vencer o estresse na empresa (M. S. Martins, Trad.). Campinas: Papirus MAURO, M. Y. C; MUZI, C. D et al. Riscos Ocupacionais em Saúde. Em pauta: Revista de Enfermagem UERJ. V 12, N 0 3. Rio de Janeiro MURUFUSE, N.T; ABRANCHES, S.S. Reflexões Sobre Estresse e Burnout e a Relação com a Enfermagem. Revista Latino- Americana de Enfermagem. Scielo. Vol.13 no. 2. Ribeirão Preto. Abril OLIVEIRA, S.L. Tratado de Metodologia Científica, 2 a ed. São Paulo, Editora Pioneira Thomson Learning POTTER, P,A; PERRY, A.G; Estresse e Adaptação. In: Grande Tratado de Enfermagem Prática- Clínica e Prática Hospitalar. 3 a ed. São Paulo, Editora Santos Pág Secundárias. São Paulo. Atheneu

13 16. SELIGMANN-SILVA. Psicopatologia e Saúde Mental no Trabalho. In: MENDES, R. Patologia do trabalho. 1 a Ed, Rio de Janeiro, Atheneu SILVA, J. A.C e. Depressão. In: SILVA, M. A. D, da. Quem Ama Não Adoece. 34 a Ed. São Paulo. Editora Best Seller SILVA, T.D da; CARLOTTO, M.S. Enfermagem de um Hospital Geral. Revista da SBPH. Pepsic. V. 11 Rio de Janeiro Junho STACCIARINI, J.M; TRÓCCOLI, B. T. O Estresse na Atividade Ocupacional do Enfermeiro. Em pauta: Revista Latino Americana de Enfermagem. USP. 9(2) pág março Síndrome de Burnout em Trabalhos da 53

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