Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Testes inespecíficos:
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- Luiz César Azambuja
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1 Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Os vírus do papiloma humano são classificados na família Papillomaviridae, gênero Papilomavírus. São vírus envelopados, de simetria icosaédrica, com 72 capsômeros e um genoma de DNA de fita dupla circular, constituindo-se de aproximadamente a pares de bases. A diferença entre os tipos de HPV encontrados em tumores benignos e malignos permite classificá-los como HPVs de baixo e alto risco oncogênico. Eles causam verrugas e câncer tanto em humanos como em animais. As verrugas são geralmente benignas, mas podem converte-se a carcinomas malignos. Isso ocorre em pacientes com epidermodisplasia verruciforme, também conhecida como displasia Lutz-Lewandowsky e é muito rara (a doença que faz surgir verrugas na pele, às vezes fazendo a pessoa parecer com raízes de árvore). É uma mutação autossômica recessiva que leva a anormal replicação do vírus papiloma descontrolada. Isto resulta no crescimento de máculas e pápulas descamativas em muitas partes do corpo, mas especialmente nas mãos e nos pés. Epidermodisplasia verruciforme, que está associada a um alto risco de carcinoma de pele, é tipicamente associada a tipos de HPV 5 e 8 (mas outros tipos também podem estar envolvidos). Estes infectam a maioria das pessoas (até 80% da população) e geralmente são assintomáticos. Os papilomavirus humano também são encontrados associados com carcinomas: do pênis, do útero, do colo do útero e anal e é muito provavel que sejam a sua causa, além disso, as verrugas genitais podem converte para carcinomas. Tem-se observado que carcinomas de células escamosas do esôfago, laringe e pulmão hitologicamente parecem muito com o carcinoma cervical e que tambe m podem envolver os papilomavírus. Existem mais de 200 tipos de papilomavírus humano (HPV), mas, claramente, nem todos são associados com câncer, no entanto, os HPVs podem causar 16% dos cânceres femininos em todo o mundo e 10% de todos os cânceres. Os cânceres vulvar, do pênis e do colo do útero podem ser associados aos HPVs tipos 16 e 18 (entre outros), mas os HPVs genitais mais comuns são os tipos 6 e 11. Os tipos 16 e 18 causam transformação nos queratinócitos humanos (são células diferenciadas do tecido epitelial [pele] e invaginações da epiderme para a derme [como os cabelos e unhas] de animais terrestres responsáveis pela síntese da queratina). Diagnóstico laboratorial: O diagnóstico da infecção por papilomavírus é clínco, baseado na visualização das verrugas a olhos nu. No entanto, o emprego de testes que evidenciam alterações citopatológicas e histopatológicas é de grande importância, não só na triagem, como também no acompanhamento de pacientes com infecção comprovada pelo HPV. Testes inespecíficos: Colposcopia Citopatologia Histopatologia
2 Testes específicos: Microscopia eletrônica Imunocitoquímica Testes de detecção do ácido nucleico (biologia molecular) Patogenia e patologia: A transmissão ocorre por contato. As partículas virais são liberadas pela superfície das lesões de HPV. É provável que microlesões permitam a infecção da camada basal proliferativa das células para outros locais ou diferentes hospedeiros. Os papilomavírus causam infecções cutâneas e mucosas, levando ao aparecimento de diferentes tipos de verrugas (de pele, plantares, chatas, condilomas genitais e papilomas de laringe), observe as imagens. As infecções genitais por HPV são doenças sexualmente transmissíveis (DST). O câncer cervical é a segunda causa de câncer em mulheres em todo o mundo, sendo a principal causa de mortes por câncer em países em desenvolvimento. Figura 1: Verrugas de pele por HPV.
3 Figura 2: Verrugas plantares por HPV. Figura 3: Condilomas genitais por HPV.
4 Figura 4: Papiloma de laringe causado por HPV. FAMÍLIA Herpesviridae - Epstein-Barr e Herpesvírus Humano tipo 8 (HHV-8) Os herpevírus são vírus grandes (125 a 200nm de diâmetro) com um genoma DNA de fita dupla, com capsídio icosaédrico envolvido por envoltório externo glicoproteico (envelope viral). Tipicamente causam infecções agudas seguidas de um período de latência e posterior recidiva em cada hospedeiro, incluindo humanos. No entanto, há evidências de que alguns membros desta família de vírus estejam envolvidos em vários tipos de tumor. Epstein-Barr (Herpesvírus Humano tipo 4) O herpesvírus Epstein-Barr (EBV) provoca mononucleose infecciosa aguda quando infecta linfócitos B de seres humanos. O EBV é o vírus herpes que é mais fortemente associado ao câncer. Ele infecta principalmente linfócitos e células epiteliais. O EBV está associado ao linfoma de Burkitt, um tipo de tumor, onde é mais comum na África equatorial, e está associado com a malária, ao câncer de nasofaringe, particularmente na China, Sudeste da Ásia e Alaska que em outras populações, a linfomas pós-transplante e ao linfoma de Hodgkin (doenças de Hodgkin). Em geral, estes tumores contêm DNA do EBV (tanto na forma integrada quanto na epissômica) e antígenos virais. O EBV também associado com desordens linfoproliferativas (Síndrome de Duncan) em pacientes com imunodeficiência congênita ou adquirida. Esses pacientes possuem imunidade celular (células T) deficientes e são incapazes de controlar a proliferação de células B infectadas pelo EBV. Diagnostico laboratorial
5 O diagnóstico clínico diferencial da infecção é difícil. Os testes sorológicos para a detecção de anticorpos contra a EBV são principal ferramenta para confirmação do diagnóstico. O diagnóstico das desordens linfoproliferativas requer exame histológicos do tecido de biopsia e hidridização in situ. Para a detecção do vírus podem ser feitas imuno-histoquimicas, imunocitoquímica, e microscopia eletrônica. Herpesvírus Humano tipo 8 (HHV-8) Sarcoma de Kaposi O HHV-8 infecta linfócitos e células epiteliais/endoteliais e é o agente causador do Sarcoma de Kaposi. Também tem sido associado a doenças hematológicas malignas, incluindo o linfoma de efusão primária, a Doença Multicêntrica de Castleman ( MCD) e a diversas doenças linfoproliferativas atípicas. Diagnóstico laboratorial O DNA do HHV-8 pode ser detectado por PCR; a hibridização in situ é utilizada para localizar células específicas que estão infectadas com o HHV-8; a imuno-histoquímica tem sido empregada para a detecção do HHV-8 em tecidos fixados com formalina e embebidos em parafina, utilizando anticorpos monoclonais para diferentes antígenos virais; entre outros. FAMÍLIA Hepadnaviridae - Vírus da Hepatite B Além de provocar hepatite, o Vírus da Hepatite B (HBV) constitui um fator de risco para o desenvolvimento de câncer hepático em seres humanos. Este vírus foi estudado na aula sobre hepatites virais, retorne à aula e releia sobre o HBV.
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