Guia eletrónico para a gestão de riscos psicossociais e de stresse

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1 Guia eletrónico para a gestão de riscos psicossociais e de stresse Os riscos psicossociais no local de trabalho podem ser geridos com sucesso. A informação neste guia eletrónico irá ajudá-lo/a a compreender melhor o stresse e os riscos psicossociais e sugere-lhe algumas medidas que poderá tomar para os resolver. Utilize o menu à esquerda para navegar na informação, ou pode começar aqui com: Sobre o Guia eletrónico Introdução ao stresse Sobre o Guia eletrónico Este guia eletrónico foi desenvolvido como fazendo parte da campanha da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA) sobre a Gestão do Stresse e dos Riscos Psicossociais no Trabalho. O seu conteúdo fornece às entidades empregadoras, especialmente às que empregam menos de 50 trabalhadores/as, uma fonte de informação sobre os seguintes tópicos: O que é e o que pode provocar o stresse Como controlar o stresse A situação legal Os efeitos na produtividade da organização e nos trabalhadores/as Além destas secções, o guia eletrónico fornece também um glossário de termos e uma página de recursos. Os recursos fornecidos incluem os documentos em pdf mencionados no conteúdo do guia eletrónico, links externos que necessitam de uma ligação à internet e informações sobre como partilhar o conteúdo com os outros. Se desejar obter mais informações sobre a campanha da EU-OSHA sobre a Gestão do Stresse e dos Riscos Psicossociais no Trabalho, o guia da campanha ou o folheto podem ser um bom começo.

2 Introdução ao Stresse e riscos psicossociais O stresse e os problemas de saúde mental são o problema de saúde mais grave no local de trabalho para cerca de um quinto dos trabalhadores e trabalhadoras na UE. Cerca de dois terços estão expostos a fatores de risco psicossocial que podem provocar estes problemas. O stresse pode afetar a produtividade da sua organização: Dias de trabalho perdidos Baixa moral Redução do desempenho laboral Pode também afetar individualmente o/a trabalhador/a: Desempenho laboral Bem-estar, saúde física e mental Relacionamentos Os riscos psicossociais no local de trabalho podem ser geridos com sucesso. A informação neste guia eletrónico irá ajudá-lo a compreender melhor o stresse e os riscos psicossociais e dá-lhe orientação quanto à melhor abordagem a adotar.

3 O que é o stresse? Stresse é não ser capaz de lidar com a situação As pessoas sentem stresse no trabalho quando se apercebem que existe um desequilíbrio entre as exigências que o seu trabalho lhes impõe e os recursos físicos e mentais que têm disponíveis para lidar com essas exigências. Tais recursos podem ser tão simples como ter o tempo suficiente para realizar todo o trabalho exigido ou possuir as capacidades emocionais e cognitivas necessárias para determinadas profissões. Embora a experiência do stresse seja psicológica, o stresse também afeta a saúde física das pessoas. Stresse não é o mesmo que pressão Algumas pessoas utilizam o termo stresse para se referirem às exigências e desafios que enfrentam, o que pode ser designado de pressão. O stresse é diferente de pressão, que é um elemento natural da vida. Essa pressão pode provir de muitas fontes diferentes (dentro e fora do trabalho). Pode assumir muitas formas, quer geradas pela própria pessoa (por ex., vontade de fazer um bom trabalho) quer por fontes externas (por ex., prazos impostos por terceiros). As pessoas trabalham melhor com alguma (mas não demasiada) pressão. O melhor nível de exigência no trabalho varia entre as diferentes pessoas, mas também varia consoante a natureza do que está a tentar fazer. Todos e todas precisamos de alguma pressão para trabalhar bem, mas algumas pessoas precisam de mais (ou menos) do que outras para dar o seu melhor na realização das tarefas. O stresse pode ocorrer quando as situações se tornam demasiado exigentes, mas também pode ocorrer quando não constituem um desafio suficiente para si.

4 Mais informações sobre o stresse - Significados diferentes para pessoas diferentes Significados diferentes para pessoas diferentes O stresse é um dos termos que toda a gente utiliza, mas muitas vezes tem significados diferentes. Iremos explicar aqui a que nos referimos quando falamos de stresse e mostraremos como este se ajusta a outras formas que as pessoas utilizam para falar dele. Algumas pessoas falam sobre estar expostas ao stresse, como se o stresse fosse uma forma de exigência ou carga - como a carga numa viga de aço. Outras falam de sofrer de stresse como se fosse uma doença ou uma resposta a essas exigências - que poderiam designar provocadores de stresse. Nenhuma delas está errada, são apenas diferentes. Preparar para a ação Quando enfrenta exigências físicas, o seu corpo responde. Se tiver de correr para apanhar o autocarro, a sua pulsação e a pressão arterial aumentam. Começará a respirar mais depressa e profundamente. Se estiver um dia quente, a sua pele poderá ficar vermelha à medida que o seu corpo procura perder o calor extra que está a produzir. Menos óbvia será a libertação de mensageiros químicos (hormonas) no seu sangue. Esta resposta é mais provável quando tiver que fugir de um animal perigoso do que correr para apanhar um autocarro. Se for confrontado/a com exigências mentais, como ter de cumprir prazos apertados no trabalho, pode experimentar alterações semelhantes.

5 Mais informações sobre o stresse - Ativação e exigência Ativação Esta resposta, que os/as fisiologistas designam por ativação, é potencialmente prejudicial porque estas hormonas libertam as reservas do organismo (para lutar ou fugir) mas, quando o desafio é mental, não consome estas reservas, porque não existe uma atividade física. Algumas pessoas referem-se a isto como stresse ou uma reação ao stresse. Mais uma vez, isto não está errado, é apenas diferente. Mas reconhece-se que esta é apenas uma resposta natural às exigências colocadas ao corpo. A ativação ocorre como uma resposta a quaisquer exigências, quer consiga lidar ou não com elas. Isto não é o mesmo que stresse tal como apresentado neste guia eletrónico: stresse ocorre quando essas exigências são excessivas e as considera difíceis ou não é capaz de lidar com elas. Velocidade x complexidade = Exigência A título de orientação, a velocidade à qual tem de realizar uma tarefa de trabalho, associada à complexidade dessa tarefa, fornece-lhe a exigência global. Quando o trabalho que realiza é simples e não apresenta desafios, então consegue efetuá-lo muito depressa, quase sem pensar. Tais tarefas são muitas vezes realizadas melhor quando efetuadas a grande velocidade. Uma tarefa mais complicada requer maior concentração e esforço e é, muitas vezes, realizada melhor quando não tem outras tarefas a distraí-lo. Com muito pouca exigência, ou com demasiada exigência, a realização da tarefa piora. Chamamos a esta exigência pressão e não stresse. Podemos assim afirmar que todos e todas nós precisamos de alguma pressão no trabalho - e que algumas pessoas preferem ou precisam de um nível elevado de pressão no trabalho para dar o seu melhor. Por exemplo, algumas pessoas sentem que trabalham melhor quando têm um prazo apertado, enquanto outras preferem realizar o seu trabalho com antecedência.

6 Mais informações sobre o stresse - Lidar com o stresse Stresse é quando tem dificuldade em lidar com a situação Quer a ativação quer a pressão são designadas por stresse por algumas pessoas, mas nenhuma delas é aquilo sobre o que falamos neste guia eletrónico quando mencionamos o stresse relacionado com o trabalho. O stresse não é ativação - embora as situações que levam à ativação possam resultar em stresse. O stresse não é pressão - embora o nível de pressão ou a exigência colocada numa pessoa no local de trabalho possam levar ao stresse. Em vez disso, temos stresse no trabalho quando sentimos que existe um desequilíbrio entre as exigências ou as pressões colocadas em nós e os recursos que temos disponíveis para lidar com essas exigências. O stresse relacionado com o trabalho não é uma doença Embora as pessoas digam que sofrem de stresse, o que elas realmente querem dizer é que sofrem dos efeitos do stresse. Conforme descrito neste guia eletrónico, estes efeitos podem afetar o modo como nos sentimos, pensamos ou nos comportamos. Algumas pessoas podem sentir-se deprimidas ou ansiosas por não serem capazes de lidar com a situação. Outras podem achar difícil concentrar-se ou pensar bem. Algumas podem sentirse sempre cansadas. Apesar disto, são incapazes de relaxar ou dormir convenientemente - fazendo-as sentir ainda mais cansadas. Outras isolar-se-ão ou ficarão menos faladoras. Mais informações sobre o stresse - O stresse pode pôr-nos doentes O stresse pode pôr-nos doentes Embora o stresse não seja uma doença, pode pôr-nos doentes porque muda o modo como o nosso corpo funciona. Em algumas pessoas estas mudanças podem enfraquecer os mecanismos de defesa do corpo. Isto aumenta o risco de infeções ou de outras doenças, ou fá-las simplesmente sentir-se em baixo. Pode demorar mais tempo a recuperar de doenças menos graves, como constipações ou viroses, ou cortes e hematomas podem demorar mais tempo a sarar. O stresse pode reduzir a velocidade de cicatrização das feridas. O stresse não afeta toda a gente da mesma forma. Isto faz parte da suscetibilidade individual e não é invulgar - nem é um sinal de uma certa forma de fraqueza da sua parte. Se as pessoas estiverem expostas a ruído no trabalho, nem toda a gente terá a audição afetada. Não culpamos as pessoas que são afetadas por serem mais suscetíveis ao ruído. Da mesma forma, não devemos culpar aquelas que acham difícil lidar com as exigências do trabalho.

7 Mais informações sobre o stresse - Stresse não é só provocado pelo trabalho O stresse pode ser provocado por outros fatores O stresse pode não ser só provocado por fatores de risco psicossocial no trabalho. Se tiver problemas em casa, pode ser mais difícil para si enfrentar o trabalho, visto que os problemas não desaparecem quando regressamos. Mais uma vez, esta sobreposição entre os fatores de casa e os do trabalho não é invulgar. Apenas porque uma pessoa pode estar exposta a um ruído intenso numa discoteca, ou porque tem uma dor de costas a movimentar móveis, não significa que as entidades empregadoras não tenham de tratar dos riscos do ruído intenso ou da movimentação manual de cargas no trabalho. Algumas pessoas podem começar a beber álcool ou a tomar outras drogas para as ajudar a relaxar. Embora isto possa fornecer algum alívio a curto prazo, não resolve o problema e pode levar à dependência ou a outros efeitos adversos para a saúde física ou mental. Deste modo, o stresse no trabalho não é ativação nem pressão e não é algo de que precisemos. É algo que sentimos quando as coisas não estão bem e devemos fazer alguma coisa em relação a isso.

8 Qual é a situação legal? Obrigações legais em Portugal A Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro alterada pela Lei n.º 3/2014, de 28 de janeiro, transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva-Quadro 89/391/CEE, de 12 de junho, exigindo ao empregador que assegure aos trabalhadores condições de segurança e de saúde em todos os aspetos do seu trabalho, incluindo os fatores de risco psicossociais. Por outro lado, constitui obrigação dos trabalhadores cumprir as prescrições legais de segurança e saúde no trabalho, bem como as instruções determinadas pelo empregador. Obrigações legais da UE A Diretiva-quadro da UE (89/391) define uma obrigação legal para as entidades empregadoras de proteger os seus trabalhadores e as suas trabalhadoras, evitando, avaliando e combatendo os riscos para a sua segurança e saúde (sem mencionar riscos específicos). Estes incluem os riscos psicossociais no local de trabalho que podem provocar ou contribuir para o stresse ou para problemas de saúde mental. A Diretiva inclui também um dever geral dos trabalhadores a das trabalhadoras de cumprir com as medidas de proteção determinadas pela respetiva entidade empregadora. Os regulamentos nacionais podem cobrir diretamente os riscos psicossociais e outras áreas específicas, como o assédio, que podem contribuir para o stresse no trabalho. Existe também um Acordo-quadro da UE sobre assédio e violência no trabalho, estabelecido por sindicatos e empregadores, o qual apresenta uma posição comum sobre como lidar com o assédio.

9 Fatores de risco de stresse no trabalho Os fatores no trabalho que podem provocar um risco de stresse e outros problemas de saúde são bem conhecidos. São designados riscos psicossociais. Outros guias de stresse relacionado com o trabalho ou de avaliação de risco psicossocial podem apresentá-los ou dar-lhes ênfase de modo ligeiramente diferente, mas, em termos gerais, podem ser resumidos da seguinte forma: Exigências excessivas Exigências excessivas ou exposição a perigos físicos Falta de controlo pessoal Ter uma influência inadequada na forma como o trabalho é realizado Apoio inadequado Ter um apoio inadequado da parte de superiores ou de colegas Maus relacionamentos (incluindo assédio) Estar sujeito/a a comportamentos inaceitáveis - incluindo assédio ou violência Conflito de papéis ou falta de clareza Falta de compreensão dos papéis e responsabilidades Má gestão da mudança Falta de envolvimento e de informação sobre as mudanças da organização Violência por parte de terceiros Violência verbal ou física ou a ameaça de violência Estes fatores podem atuar em conjunto. Por exemplo, reconhece-se que uma pessoa tem maior probabilidade de sentir stresse devido a exigências elevadas quando tem pouco controlo no modo como enfrenta essas exigências.

10 Fatores de risco no trabalho: Exigências excessivas Incapacidade de lidar com as exigências da profissão Algumas pessoas conseguem gerir profissões bastante exigentes, nas quais se colocam muitos desafios e pressões sobre elas. No entanto, estas exigências podem provocar stresse, se uma pessoa sentir que não é capaz de lidar com essas exigências ou que não tem controlo suficiente sobre as mesmas. Isto pode dever-se a inúmeros fatores, designadamente ao facto de as suas competências e capacidades não corresponderem à profissão. A falta de exigências suficientes pode ser um problema equivalente ao de ter demasiadas (falta e excesso de qualificação); uma carga de trabalho elevada; a exigência de estar constantemente disponível para o trabalho (consultar equilíbrio trabalho-vida familiar e pessoal ); elevada pressão emocional; prazos que não se conseguem cumprir dentro do tempo disponível; ou sensação de que as preocupações com tais fatores não são reconhecidas nem abordadas no local de trabalho. Piorar as coisas Um fraco planeamento do trabalho ou uma comunicação deficiente podem exacerbar estas exigências, assim como interrupções, prazos ou atrasos frequentes. O ambiente de trabalho físico pode também piorar as coisas, designadamente um indivíduo pode ter dificuldade em se concentrar em ambientes barulhentos ou com temperaturas elevadas. Não admitir os problemas É importante reconhecer que algumas pessoas terão dificuldade em admitir que têm problemas, devido a demasiadas exigências, provavelmente por o considerarem um sinal de fraqueza ou de desadequação. Por esta razão, é uma boa ideia monitorizar cuidadosamente e gerir os recursos e as exigências do trabalho.

11 Fatores de risco no trabalho: Falta de controlo pessoal Ter controlo é bom O nível de controlo que uma pessoa tem sobre a forma como trabalha pode afetar o seu nível de stresse. Isto reflete muitas vezes um equilíbrio entre o nível de controlo que uma pessoa tem - e o nível de controlo que outrém exerce sobre o que essa pessoa faz. Quando uma pessoa espera e tem controlo e influência sobre o modo como planeia e realiza o seu trabalho, então isto ajuda-a a lidar com os desafios que se lhe apresentam. Não ter controlo é mau Se uma pessoa não tem o controlo que se espera, se são outras pessoas a determinar o ritmo ou a forma como trabalha, então isto pode levar a sentimentos de stresse. A falta de controlo sobre outros riscos pode também contribuir para sentimentos de stresse. Por exemplo, uma atitude inadequada relativamente à segurança dentro de uma organização pode provocar stresse a uma pessoa que não seja capaz de a influenciar, em particular se sentir que a sua própria segurança está em risco. A falta de flexibilidade nos requisitos e exigências do trabalho pode também contribuir para o stresse e impedir que uma pessoa desenvolva e utilize novas competências. Fatores de risco no trabalho: Apoio inadequado A falta de apoio e estímulo de outras pessoas no local de trabalho pode provocar stresse. Este pode surgir da desadequação da informação e dos recursos disponilizados pela organização a um/a trabalhador/a para realizar o seu trabalho, ou devido a uma falha aparente de outras pessoas em reconhecer as exigências e os requisitos que se enfrenta - ou do trabalho que se realiza. O apoio e o feedback positivo, quer por parte de colegas, quer de superiores, podem ajudar as pessoas a superar as dificuldades. Com apoio, as pessoas têm maior probabilidade de ser capazes de lidar com elevados níveis de pressão ou exigência. Este pode assumir a forma de apoio social ou de apoio direto à profissão.

12 Fatores de risco no trabalho: Comportamentos inaceitáveis Maus relacionamentos Embora as diferenças de opinião sejam normais num ambiente de trabalho, os relacionamentos no trabalho podem provocar stresse quando as pessoas sofrem discriminação, enfrentam conflitos não resolvidos com outras pessoas ou se confrontam com comportamentos inaceitáveis de natureza física ou mental. Por vezes, um trabalhador ou uma trabalhadora pode sentir que não está a ser tratado/a de forma justa em comparação com os seus ou suas colegas ou que as suas preocupações com fatores laborais (como questões de segurança) não estão a ser tomadas em conta, levando ao conflito. Assédio Também conhecido como bullying, mobbing ou violência psicológica, o assédio é amplamente reconhecido como um risco psicossocial no local de trabalho. Diz respeito a um comportamento despropositado e repetido que é dirigido a um/a trabalhador/a ou grupo de trabalhadores/as, com o objetivo de vitimizar, humilhar, prejudicar ou ameaçar as pessoas visadas. O assédio pode envolver ataques quer físicos quer verbais, assim como atos mais subtis como o isolamento social. Inclui o assédio sexual, que abrange qualquer forma de conduta indesejada verbal, não verbal ou física de natureza sexual. Por vezes, um indivíduo é responsável pelo assédio. Noutros casos, um mau ambiente psicossocial de trabalho promove o tipo de atitude e comportamento que permite o desenvolvimento do assédio. Nestes casos, é provável que outros/as trabalhadores/as possam envolver-se e juntar-se ao comportamento de assédio. Um trabalhador ou uma trabalhadora pode estar sujeito/a ao risco de violência ou de assédio por parte de colegas ou de membros do público com quem lida durante o seu trabalho. Fatores de risco no trabalho: Assédio Levar a sério as queixas de assédio As queixas de trabalhadores/as relativas a assédio devem ser sempre levadas a sério. Por vezes, uma pessoa pode sentir-se stressada porque pensa que os seus problemas e preocupações não são levados em conta. Mesmo que a outras pessoas não vejam o seu comportamento como assédio, é a perceção do indivíduo afetado que tem de ser abordada. Assim como reduzir efetivamente o risco, o facto de fornecer formação e orientação aos trabalhadores e às trabalhadoras sobre como abordar situações difíceis pode também ajudar a tornar tais situações menos stressantes. É portanto importante ter políticas e procedimentos implementados para abordar tal comportamento, permitindo que o mesmo seja comunicado e levado em conta. Os empregadores e os sindicatos da UE publicaram um acordo sobre assédio e violência no trabalho.

13 Fatores de risco no trabalho: Falta de compreensão dos papéis e responsabilidades O stresse surge muitas vezes quando existe uma falta de clareza sobre os diferentes papéis e responsabilidades que as pessoas têm, ou quando esses papéis e responsabilidades resultam em conflito. Por exemplo, uma pessoa que tenha uma série de responsabilidades pode achar que estas, por vezes, entram em conflito com colegas, superiores ou outras pessoas (por ex., clientes), sendo-lhes impostas exigências diferentes com as quais tem dificuldades em lidar ou resolver. Em alternativa, pode ser solicitado a uma pessoa que realize tarefas que não considera como fazendo parte da sua função (ou que considera como pertencendo à função de outra pessoa). Isto pode acontecer porque os outros desconhecem realmente a sua função, ou porque ninguém sabe quem deve realizar a tarefa em questão. Outra fonte potencial de stresse é quando uma pessoa sente que o seu papel é incompatível com as suas competências e capacidades, sentindo-se stressada porque lhe atribuem papéis que estão além das suas capacidades - ou quando lhe é solicitado que assuma responsabilidades que considera humilhantes ou que não apresentam desafios. É importante assegurar que todas as pessoas envolvidas sabem claramente quais são os seus papéis e os daquelas com quem trabalham. Fatores de risco no trabalho: Falta de envolvimento e de informação sobre as mudanças da organização Especialmente quando mal gerida e comunicada, a mudança dentro de uma organização pode levar à incerteza e dúvida, o que por sua vez pode fazer com que as pessoas se sintam stressadas. De certa forma, a incerteza do desconhecimento quanto ao futuro pode ser pior do que o próprio conhecimento. O conhecimento do despedimento (por exemplo) pode levar uma pessoa a começar a planear e a avançar, enquanto o desconhecimento apenas leva à incerteza. Quando for possível, envolver os trabalhadores e as trabalhadoras consultá-los/as sobre as mudanças (ou, pelo menos, mantê-los/as informados/as e conscientes) pode ajudar a reduzir o risco de stresse. Fatores de risco no trabalho: Violência por parte de terceiros A violência envolve insultos, ameaças ou agressão física e é um risco profissional potencialmente grave. Podem prever-se as situações em que pode ocorrer violência. Estas centram-se em fatores de risco como trabalhar com o público, lidar com dinheiro e trabalhar sozinho/a. As medidas para reduzir tais riscos (por ex., através da conceção das profissões e dos locais de trabalho) servirão para reduzir a ameaça percecionada de tal violência, assim como para reduzir o risco efetivo.

14 Fatores de risco de stresse fora do trabalho Uma entidade empregadora não tem qualquer controlo sobre a vida dos seus trabalhadores e trabalhadoras fora do trabalho. No entanto, é importante ter consciência dos fatores externos ao trabalho, uma vez que podem reduzir o desempenho do/a trabalhador/a no trabalho. Embora não tenha qualquer dever legal de o fazer, uma entidade empregadora pode por vezes ajudar, mesmo que seja apenas oferecendo um ouvido solidário. Outras podem ser capazes de fornecer uma ajuda mais positiva, talvez através de alterações de curto prazo aos compromissos ou exigências do trabalho. Algumas entidades empregadoras têm ajudado os seus trabalhadores e trabalhadoras a encontrar apoio ou aconselhamento para os/as ajudar a trabalhar de forma mais eficaz. Todas as exigências da vida carecem de atenção. As pessoas podem lidar com muitas exigências no trabalho; ou podem defender-se no trabalho quando enfrentam muitas exigências em casa. Por vezes, tudo junto pode ser demasiado. É importante compreender as inúmeras formas diferentes em que as exigências no trabalho e em casa podem contribuir para o stresse. A causa final ou o elemento desencadeador pode ser bastante trivial - e pode ser no trabalho ou em casa - mas os efeitos em ambos podem ser de grande alcance. Equilíbrio entre trabalho e vida familiar e pessoal Articulação das exigências do trabalho e de casa Principais acontecimentos da vida Casamento, gravidez e cuidado de crianças, divórcio, mudança de casa Questões sociais e pessoais Questões de estilos de vida, álcool e drogas, condições de vida Relacionamentos Conflito, assédio, falta de apoio Finanças Dívidas ou preocupações financeiras Doença/Luto Responsabilidades de prestação de cuidados, doença pessoal, perda de familiar ou pessoa amiga

15 Fatores de risco fora do trabalho: Equilíbrio entre trabalho e vida familiar e pessoal Articulação das exigências do trabalho e de casa O equilíbrio entre trabalho e vida familiar e pessoal pode ser visto como uma questão laboral ou não. As dificuldades podem surgir quando as exigências laborais interferem com a vida fora do trabalho, mas os efeitos disto são, muitas vezes, sentidos no ambiente que não é o laboral. É importante conseguir um equilíbrio adequado entre o trabalho e a vida familiar e pessoal, incluindo quer o contexto doméstico quer a vida geral na comunidade. Conciliar as várias exigências e requisitos que surgem pode ser desafiante, levando potencialmente a conflitos de tempo, compromisso e apoio. Vida fora do trabalho É importante não apenas por causa dos relacionamentos que aí se constroem, mas também por causa das oportunidades necessárias para desligar e relaxar dos desafios do trabalho. Fatores de risco fora do trabalho: Principais acontecimentos da vida Casamento, gravidez e cuidado de crianças, divórcio, mudança de casa Os principais acontecimentos da vida não são só acontecimentos negativos como o divórcio, doença ou luto. Atividades positivas, como planear um casamento, podem provocar grandes exigências nas pessoas envolvidas. Acontecimentos como a mudança de casa ou o nascimento de uma criança, mesmo quando planeado, podem também originar exigências acrescidas a uma pessoa, dificultando o planeamento e a organização. Fatores de risco fora do trabalho: Questões de estilos de vida, álcool e drogas, condições de vida Por vezes, uma pessoa pode utilizar o tabaco, o álcool ou o consumo de drogas como uma forma de a ajudar a desligar e a lidar com o stresse. E outras vezes, o consumo de álcool ou de drogas é parte da causa, especialmente quando começa a afetar a forma como uma pessoa consegue funcionar. Descobrir que um membro da família ou uma pessoa amiga próxima tem um problema com álcool ou drogas pode também provocar tensões à medida que a pessoa tenta ajudar. Habitações sobre-lotadas ou abaixo de padrões mínimos, por exemplo, entre trabalhadores/as migrantes ou transitórios/as, irá também provocar tensões.

16 Fatores de risco fora do trabalho: Conflito, assédio, falta de apoio Os relacionamentos e as amizades fora do trabalho podem contribuir para o stresse no trabalho. A violência e o assédio são problemas não só do trabalho. Por vezes, as exigências de outras pessoas podem levar a sentimentos de falta de apoio, ou de conflitos entre diferentes exigências. No entanto, outras vezes, o apoio e a compreensão das pessoas que o/a rodeiam fora do trabalho podem ajudá-lo/a a lidar com as exigências da sua profissão. Fatores de risco fora do trabalho: Finanças - dívidas ou preocupações monetárias Preocupações financeiras como contrair uma hipoteca, dívidas crescentes, enfrentar o despedimento ou preocupações monetárias em geral podem ser muito stressantes e provocar ansiedade. Tal como outras exigências, a falta de controlo sobre as respetivas finanças pode contribuir para o stresse de uma pessoa. Fatores de risco fora do trabalho: Doença/Luto Responsabilidades de prestação de cuidados, doença pessoal, perda de familiar ou pessoa amiga A doença pessoal ou a doença de alguém próximo, especialmente se envolver a responsabilidade de prestação de cuidados, pode provocar stresse. O papel de prestador/a de cuidados requer alterações nas rotinas diárias e na dinâmica familiar. Lidar com a doença ou o luto pode ser muito stressante, à medida que as pessoas tentam enfrentar a situação e aceitar a doença ou a perda. Isto pode levar a uma intensificação dos sentimentos de tristeza ou raiva que podem ter implicações na saúde mental. Outras exigências, por exemplo, tratar do funeral juntamente com o esvaziamento da casa ou outras atividades, juntamente com quaisquer implicações financeiras, pode também contribuir para o stresse.

17 Como irei notar o efeito nos meus trabalhadores e trabalhadoras? O stresse não é uma doença, mas pode levar a alterações no modo como os seus trabalhadores ou as suas trabalhadoras pensam, se sentem ou comportam no trabalho. É importante reconhecer estes sinais precocemente, porque, se forem prolongados, podem levar a problemas de saúde físicos ou mentais. Por exemplo, a preocupação com problemas no trabalho pode levar o/a trabalhador/a a ter dificuldades em dormir. Se estas se prolongarem durante muito tempo, podem deixar alguém a sentir-se em baixo e podem levar à doença. As reações podem ser: Emocionais Um/a trabalhador/a pode revelar alterações emocionais como: Irritabilidade Ansiedade Mau humor Isolamento Fadiga Problemas de relacionamento com colegas Cognitivas Pode notar que um/a trabalhador/a: Tem dificuldade em se concentrar Tem dificuldade em se lembrar Tem dificuldade em aprender coisas novas Tem dificuldade em tomar decisões Demonstra um pensamento negativo Comportamentais O stresse pode alterar o modo como as pessoas se comportam. Alguns efeitos podem parecer triviais, mas outros são bastante graves. Pode notar que alguém: Adota hábitos nervosos, como roer as unhas Desenvolve estratégias que não são saudáveis, como o consumo de álcool, tabaco ou outras drogas, para enfrentar os problemas Se isola mais Se torna desastrado/a ou negligente (incluindo consigo próprio/a) Se torna menos pontual Se torna violento/a ou agressivo/a Problemas de saúde físicos ou mentais A exposição prolongada pode levar a problemas de saúde físicos ou mentais. Pode também reduzir a imunidade natural e tornar alguém mais suscetível a outros problemas de saúde. Pode notar que eles ou elas: Vêm trabalhar quando estão adoentados/as Ausências do trabalho mais prolongadas e/ou mais frequentes

18 Efeito nos meus trabalhadores e trabalhadoras: Mudanças nas pessoas As pessoas que sofrem de stresse muitas vezes mudam Pode ter consciência das alterações nas pessoas que trabalham para si, no modo como pensam, se sentem ou se comportam. É importante que reconheça estas alterações precocemente e que discuta as suas causas com a maior brevidade possível, para que se possa agir de forma a apoiar o trabalhador ou a trabalhadora se for apropriado. Podem observar-se os efeitos do stresse nas outras pessoas de várias maneiras diferentes. Podem aparecer algumas reações, mas não necessariamente todas as listadas abaixo. Emocionais Os tipos de reações em que as pessoas têm dificuldades em lidar com as questões laborais podem incluir respostas emocionais. Se alguém se sentir stressado/a, tem maior probabilidade de ter problemas nos seus relacionamentos e amizades. Pode notar trabalhadores ou trabalhadoras a tornarem-se mais irritáveis ou ansiosos/as. Podem isolarse mais, começar a ter problemas nos relacionamentos com colegas, ou parecer deprimidos/as a maior parte do tempo. Alguém pode parecer constantemente cansado/a. A preocupação com problemas no trabalho pode provocar dificuldades no sono, não sendo capaz de adormecer, ou acordando a meio da noite (ou de manhã cedo) e não conseguindo voltar a adormecer. Isto provocará um aumento da fadiga. Outras pessoas podem dormir mais quando estão stressadas, tendo dificuldade em acordar de manhã e em estar acordadas durante o dia. Algumas pessoas tornam-se cada vez mais chorosas, começando a chorar por coisas aparentemente insignificantes. Cognitivas Outras reações são descritas como reações cognitivas. O funcionamento cognitivo de uma pessoa altera-se quando está stressada. Pode notar que uma pessoa não está a desempenhar a sua função tão bem como costuma. Pode apresentar dificuldades em concentrar-se, tomar decisões ou lembrar-se de informação. Pode também ter dificuldades em aprender informação nova.

19 Efeito nos meus trabalhadores e trabalhadoras: Alterações no comportamento Comportamentais O stresse pode também alterar o modo como as pessoas se comportam, tornando algumas pessoas mais isoladas e discretas ou outras mais agressivas e/ou violentas. Pode notar que, ao tentar lidar com o stresse, os seus trabalhadores e trabalhadoras estão, por exemplo, a aumentar o seu consumo de tabaco ou de álcool. Os sinais podem, portanto, incluir alguém que faz mais pausas para fumar ou que cheira a álcool. Alguns ou algumas podem começar a ter menos cuidado do que o habitual com a sua aparência. Podem também parecer ter menos cuidado com o seu trabalho, apresentando uma qualidade inferior ou podem começar a fazer as coisas de forma simplificada ou a correr riscos para conseguir realizar o seu trabalho mais depressa. Uma alteração na pontualidade, como chegar tarde ao trabalho, pode constituir um sinal adicional de problemas. Vir trabalhar quando estão adoentados/as Um dos outros sinais que pode tornar-se evidente é o facto de as pessoas virem trabalhar quando não estão suficientemente bem para o fazer. Isto é conhecido como presentismo e pode ser o resultado de sentir a pressão de vir trabalhar, apesar de se sentir doente. Esta pressão pode depender de uma série de fatores diferentes, como a sensação de insegurança no trabalho, pressões de tempo ou carga de trabalho, ou um sentido de lealdade para com outras pessoas; estes fatores podem ser controlados no local de trabalho. Algumas pessoas preferem realmente vir trabalhar, apesar de se sentirem adoentadas. No entanto, se existirem suspeitas de que estão a vir involuntariamente por causa de um sentido de pressão - ou uma sensação de dever para com os/as colegas para não os/as abandonar (talvez devido ao nível de exigências de trabalho que estão a ter), isto deve então ser abordado como um possível sinal de aviso, pois, se não for verificado, pode agravar-se para uma ausência ou doença mais grave.

20 Efeito nos meus trabalhadores e trabalhadoras: Aumento das ausências Aumento das ausências ao trabalho A exposição ao stresse de longa duração pode contribuir para problemas de saúde graves que podem ter impacto em todo o organismo. Não é clara a evidência de que está na verdade a provocar os problemas - mas pode seguramente agrava-los. Pode contribuir para problemas cardíacos através de tensão arterial elevada, aumentando assim o risco de ataques cardíacos. Pode inibir o sistema imunitário, tornando a pessoa mais suscetível a doenças. Alguns problemas do sistema reprodutor e musculoesquelético podem também estar relacionados com o stresse. Estes problemas de saúde agravam-se quando associados ao stresse que a pessoa tinha antes de ficar doente. Pode portanto concluir que a ausência ao trabalho pode também ser um fator nos indivíduos que sofrem de stresse. Isto pode incluir um aumento da duração ou frequência da ausência por doença ou períodos de ausência inexplicada. Manter bons registos da ausência por doença pode ajudá-lo/a a identificar quaisquer problemas potenciais e ajudar a resolvê-los.

21 Qual o efeito na produtividade da minha organização? A produtividade da sua o organização pode ser afetada de inúmeras formas diferentes, incluindo aumento dos custos com o pessoal e diminuição do rendimento. Cerca de metade das ausências do local de trabalho podem estar associadas ao stresse Ausência por doença devido a problemas de saúde relacionados com o stresse Problemas de saúde indiretamente relacionados com o stresse (ou exacerbados pelo mesmo) Ausência por doença como uma forma de lidar com o stresse Ausência por doença devido ao fraco compromisso / moral baixa A redução do desempenho no trabalho devido ao stresse custa duas vezes mais do que a ausência Não trabalhar tão eficazmente Fraca concentração Dificuldade em tomar decisões Fadiga Diminuição da pontualidade O stresse no trabalho pode levar a um aumento dos acidentes em cinco vezes Fraca concentração Comportamento de risco Pressão de tempo Falta de comunicação Cerca de um quinto da rotatividade dos trabalhadores está relacionada com o stresse no trabalho Fraco compromisso/moral baixa Exigências excessivas Questões de controlo Conflitos e relacionamentos Fraca gestão da mudança Ambiente geral de trabalho As ausências provocadas pelo stresse são muito mais longas do que as provocadas por outros fatores Por exemplo, os dados sugerem que, em média, uma ausência devido ao stresse dura mais 40% do que uma ausência devido a um problema musculoesquelético.

22 Efeito na produtividade da minha organização: Redução do desempenho e presentismo O stresse reduz o desempenho laboral Os estudos têm estimado que a redução do desempenho no trabalho devido ao stresse custa duas vezes mais do que a ausência. Os sintomas de stresse (como uma fraca concentração, dificuldade em tomar decisões, pensamento negativo e fadiga) têm um impacto negativo no desempenho dos/as trabalhadores/as. Isto ocorre provavelmente muito antes de os sintomas de stresse afetarem a saúde ao ponto de o trabalhador ou a trabalhadora se ausentar do trabalho. As pessoas vêm trabalhar adoentadas Supõem-se que apenas cerca de um terço do custo do stresse é devido ao absentismo. Quando os/as trabalhadores/as se sentem adoentados/as podem ainda vir trabalhar. Isto é conhecido por presentismo, definido como a perda de produtividade que ocorre quando os/as trabalhadores/as vêm trabalhar, mas a sua capacidade de trabalho é inferior ao habitual por causa da sua condição de saúde. Pode haver uma série de razões para isto. Por exemplo, o trabalhador ou a trabalhadora pode não querer abandonar os/as colegas ou a organização para a qual trabalha; pode temer perder o seu emprego; ou pode estar preocupado/a com qualquer perda de rendimento.

23 Efeito na produtividade da minha organização: Aumento das ausências e de acidentes Ausência por doença De acordo com a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA), os estudos sugerem que cerca de metade das ausências do local de trabalho podem estar ligadas ao stresse. A ausência relacionada com o stresse pode incluir: Problema de saúde diretamente provocado pelo stresse; Problema de saúde indiretamente relacionado com o stresse, (quando um/a trabalhador/a tem um problema de saúde subjacente, o stresse pode fazer piorar um problema existente); Faltar ao trabalho porque o/a trabalhador/a sente que precisa de algum tempo longe do trabalho (porque a pressão no trabalho é demasiada para lidar com o estar a trabalhar); Fraco compromisso / moral baixa, em que um/a trabalhador/a falta por não estar satisfeito/a com o seu emprego. Aumento dos acidentes O stresse no trabalho pode levar até cinco vezes mais acidentes. A fadiga, fraca concentração, comportamentos de risco, falta de comunicação e tentação para fazer atalhos devido às pressões de tempo no trabalho podem levar a um aumento dos acidentes. Por exemplo, um estudo sobre locais de trabalho em Espanha descobriu que a fadiga era a quinta principal causa de acidentes no trabalho. Na Holanda, estabeleceu-se uma ligação clara entre a pressão no trabalho e acidentes no trabalho. Os/as trabalhadores/as que declararam que trabalhavam sempre sob pressão tinham cerca de cinco vezes mais probabilidade de ter um acidente do que os/as que nunca trabalhavam nessas condições.

24 Efeito na produtividade da minha organização: Aumento da rotatividade dos/as trabalhadores/as Aumento da rotatividade dos/as trabalhadores/as Cerca de um quinto da rotatividade dos/as trabalhadores/as está relacionada com o stresse no trabalho. Quando os trabalhadores ou as trabalhadoras têm experiências de trabalho negativas, como uma baixa satisfação na função, conflito, pressão excessiva, moral baixa ou insegurança no trabalho, têm uma maior probabilidade de deixar o seu emprego atual e de procurar oportunidades noutro lado. Isto pode resultar numa perda significativa de experiências e conhecimentos valiosos, assim como na perda de investimento na formação e desenvolvimento e custos de recrutamento adicionais. Particularmente em empresas muito pequenas, pode tornar-se mais difícil para si fornecer bens ou serviços a tempo. Num grande inquérito europeu a trabalhadores/as, 19% citou o stresse no trabalho como o principal motivo para a rotatividade dos trabalhadores. Além disso, 19% citou o nível da carga de trabalho, 16% citou a falta de apoio de superiores diretos/as e 14% citou o número de horas de trabalho como os principais motivos para esta rotatividade.

25 O que posso fazer para ajudar a minha empresa e os/as trabalhadores/as? Reduzir os riscos psicossociais no trabalho é bom para produtividade da organização - assim como é bom para os trabalhadores e as trabalhadoras. Uma boa abordagem para minimizar estes riscos e gerir o risco do stresse no trabalho envolve geralmente uma combinação de medidas. Tal como em relação a todos os perigos no local de trabalho, a minimização de riscos deve ter prioridade e constitui uma obrigação legal. No entanto, existem outras coisas que também pode fazer que, embora não sejam obrigatórias, fazem parte de uma boa prática de gestão. Estas ajudam a manter um bom ambiente de trabalho psicossocial com trabalhadores/as eficazes e saudáveis. Promover a sensibilização Gerir riscos: Avaliar Gerir riscos: Agir Melhoria da saúde Ação Ação Melhorar a resiliência preventiva corretiva O que fazer: Promover a sensibilização no local de trabalho Como nem toda a gente tem uma boa compreensão do que são os riscos psicossociais, nem compreende porque é que têm que ser geridos no trabalho, é importante começar por promover a sensibilização de todas as pessoas e ganhar o seu compromisso relativamente à prevenção ativa e à gestão dos riscos psicossociais no local de trabalho. Consoante a dimensão da sua organização, nem tudo o que é sugerido será relevante - ou o modo exato como atua em relação às coisas poderá diferir. Por exemplo, se tem poucos/as trabalhadores/as, pode não ser necessário uma política de gestão documentada nem reuniões formais. Pode ainda assim ser útil anotar as informações, para que seja claro para toda a gente o que foi discutido e acordado e, se for necessário, pode mostrar a outras pessoas o que tem feito. Podem identificar-se três indicadores principais: Assegurar que existe um entendimento comum sobre o stresse; Obter o compromisso para gerir o stresse por parte de todas as pessoas envolvidas; Desenvolver uma política de gestão do stresse e tornar os trabalhadores e as trabalhadoras conscientes da mesma.

26 Promover a sensibilização no local de trabalho: Assegurar um entendimento comum Assegurar um entendimento comum O stresse é um termo que é regularmente utilizado, contudo nem sempre é bem compreendido. É portanto importante começar por assegurar que existe um entendimento comum sobre o stresse: que é; quais são os seus sintomas; quais são os seus impactos na saúde a longo prazo; o que o pode provocar; que medidas a organização e os/as trabalhadores/as individuais podem adotar para o reduzir. Assegurar este entendimento comum entre todos os trabalhadores e trabalhadoras constituirá uma base sólida para gerir o stresse no seu local de trabalho. Escolher a abordagem certa Lembre-se de que, consoante a dimensão da sua organização, nem tudo o que é sugerido será relevante. Ainda que o modo exato como atua em relação às coisas possa diferir das ideias abaixo, os princípios são os mesmos: certifique-se que toda a gente compreende que: os riscos psicossociais no local de trabalho podem ser tão importantes como os riscos físicos; as entidades empregadoras têm o dever de gerir esses riscos; o stresse é mau para a saúde e para a produtividade; todos e todas nós precisamos de trabalhar em conjunto para fazer alguma coisa a este respeito.

27 Promover a sensibilização no local de trabalho: Fazer chegar a mensagem Fazer chegar a mensagem Por muitas pessoas considerarem que os riscos psicossociais são mais difíceis de compreender do que, por exemplo, os riscos provocados pelo ruído ou exposição a agentes químicos no local de trabalho, é particularmente importante conseguir o reconhecimento e a aceitação de que controlar tais riscos constitui uma obrigação legal para além de ser bom para a produtividade. Utilize folhetos, cursos de curta duração, conversas informais ou fale simplesmente com os seus trabalhadores e trabalhadoras para fazer chegar a sua mensagem. Independentemente das medidas que escolher, tem de garantir que toda a gente tem um entendimento claro sobre: o que é o stresse (e o que não é); as causas reconhecidas; o efeito possível nos/as trabalhadores/as de acontecimentos exteriores ao trabalho; a importância de os/as trabalhadores/as procurarem aconselhamento numa fase inicial. Encorajar uma atitude de abertura Depois de ter implementado um sistema que permita suscitar qualquer preocupação, é importante encorajar os trabalhadores e as trabalhadoras a preocuparem-se consigo próprios/as e com as outras pessoas. O que é uma causa de stresse para um trabalhador ou uma trabalhadora não é necessariamente uma causa de stresse para outro/a. É importante que seja claro para toda a gente que os trabalhadores e as trabalhadoras podem colocar qualquer preocupação que tenham (e a quem a devem colocar), com a confiança de que estas preocupações serão ouvidas e abordadas (quando possível). Assim como encorajar os/as trabalhadores/as informalmente a fazerem-no, é, por vezes, uma boa prática perguntar aos trabalhadores e às trabalhadoras se têm alguma preocupação, talvez durante conversas informais ou em avaliações mais formais se as realizar. Em alternativa, pode optar por realizar reuniões de curta duração em que a sensibilização sobre o stresse pode ser aproveitada para receber o feedback sobre os problemas.

28 Promover a sensibilização no local de trabalho: Ganhar o compromisso Ganhar o compromisso É de importância vital que exista o compromisso de todas as pessoas envolvidas em gerir eficazmente o stresse, em particular dos e das gestores/as e proprietários. Para garantir este compromisso e demonstrá-lo a todos os trabalhadores e trabalhadoras, é importante: Reconhecer que os riscos psicossociais podem afetar a saúde e a segurança dos/as trabalhadores/as e que devem ser minimizados ou controlados. Compreender o impacto que o stresse e outros problemas de saúde por ele causados podem ter na sua organização. Os sintomas do stresse podem constituir um encargo significativo para as pequenas empresas, pela redução do desempenho, aumento do absentismo, aumento dos acidentes e por levarem os/as trabalhadores/as a deixar a organização devido a problemas de saúde ou insatisfação. Em muitos casos, as ações que pode realizar são boas para a sua atividade empresarial. Compreender os benefícios para a organização. Adotar medidas para minimizar o stresse pode trazer benefícios significativos para a organização. Consoante a natureza da sua atividade, estes benefícios podem incluir a melhoria do desempenho; a redução do absentismo; um maior compromisso e envolvimento dos/as trabalhadores/as; a melhoria do desempenho da segurança; ou a redução do número de trabalhadores/as que deixam a organização. Para assegurar o compromisso por parte de todas as pessoas envolvidas (gestores/as, trabalhadores/as, sindicatos) é importante demonstrar este compromisso através de uma liderança forte, começando por uma política que defina os passos que irá empreender.

29 Promover a sensibilização no local de trabalho: Desenvolver uma política Desenvolver uma política de gestão do stresse e tornar os trabalhadores e as trabalhadoras conscientes da mesma Uma política deve delinear os passos que irá empreender e clarificar os papéis e responsabilidades associados à implementação destes passos. Numa empresa com muito poucos/as trabalhadores/as, pode não ser adequado ter uma política escrita, mas é importante que todo o pessoal existente (e novo) tenha consciência do que está planeado. Um documento escrito pode ser a melhor forma de fazer isto. Ao desenvolver tal política, é importante assegurar: Que todos/as os/as trabalhadores/as (ou, em empresas maiores, os/as seus/suas representantes) têm a oportunidade de se envolver no desenvolvimento da política e na discussão e implementação dos passos a dar. Que os passos a dar são claros e baseados em evidências. Os quatro passos descritos neste guia eletrónico são: promover a sensibilização; gerir os riscos (avaliar e adotar ações preventivas e corretivas) e promoção da saúde para melhorar a saúde geral e desenvolver resiliência pessoal. Os papéis e responsabilidades ao abrigo da política, juntamente com os passos a empreender na sua implementação, são claros. Isto inclui muitas vezes uma descrição dos papéis do/a proprietário/a da empresa / gestores/as, responsáveis diretos/as, trabalhadores e dos que têm a responsabilidade pela Segurança e Saúde no Trabalho e Recursos Humanos (que podem ter responsabilidades adicionais na implementação dos passos). Monitorização regular e análise tanto dos possíveis riscos de stresse como dos passos implementados para os gerir.

30 O que fazer: Gerir riscos: Avaliar O processo de gerir os riscos psicossociais que levam ao stresse no local de trabalho envolve os mesmos processos e princípios básicos relativos a outros riscos e perigos no local de trabalho. O primeiro passo é portanto a identificação dos perigos e a avaliação da extensão de qualquer risco emergente. Este guia eletrónico ajuda na identificação dos fatores no local de trabalho que podem provocar ou contribuir para o stresse no trabalho. No entanto, uma certa forma de avaliação de riscos estruturada é geralmente útil. Incluir os trabalhadores e as trabalhadoras e os seus/suas representantes em todas as fases do processo é crucial para o sucesso.para além do seu envolvimento na promoção da sensibilização e na avaliação dos riscos, é uma boa ideia continuar a envolver os/as trabalhadores/as quando desenvolver soluções e prioridades para a ação. Certifique-se de que mantém um registo do que descobre na sua avaliação. Gerir riscos: Estar disponível para a mudança Estar disponível para a mudança Depois de ter promovido a sensibilização e de ter ganho compromisso para controlar os riscos psicossociais e, deste modo, gerir o stresse dentro da sua organização, a avaliação de risco é o procedimento seguinte a realizar. Lembre-se de que, antes de realizar uma avaliação de risco para os fatores de riscos psicossociais que podem levar ao stresse e a outros problemas relacionados com a saúde mental e o bem-estar, você e os seus trabalhadores e trabalhadoras têm de estar disponíveis para a mudança e querer trabalhar em conjunto no sentido de melhorar o ambiente de trabalho psicossocial e reduzir o risco de stresse e de problemas de saúde relacionados. Algumas das abordagens e do material mencionado na parte sobre promover a sensibilização deste guia eletrónico poderão dar-lhe uma ajuda. Existem mensagens claras que precisam de ser transmitidas que incluem o reconhecimento de que os riscos psicossociais são um problema de saúde e segurança legítimo e que toda a gente tem a responsabilidade de os combater e, desta forma, reduzir o risco de problemas de saúde mental ou de stresse no local de trabalho.

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