PROCEDIMENTO PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DOS RISCOS NOS SERVIÇOS/UNIDADES
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- Rosa Amarante de Miranda
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1 OBJECTIVO Este normativo visa dar conhecimento do programa de avaliação dos riscos nos Serviços/Unidades. RESPONSABILIDADE Compete ao Conselho de Administração (CA) a divulgação, ao Gabinete de Gestão da Qualidade (GGQ), ao Gabinete de Gestão do Risco (GGR), aos Gestores do Risco Local, à Direção Clínica, aos Diretores/ Responsáveis dos Serviços/ Unidades e a todos os Funcionários do HML a implementação do presente procedimento. DESCRIÇÃO O perigo é uma condição, atividade ou tarefa que pode causar risco. O risco é a possibilidade de ocorrer um determinado acontecimento potencialmente perigoso para o próprio ou terceiros. O risco considera-se aceitável quando reduzido a um nível que possa ser admitido pela organização. Com o programa de avaliação dos riscos pretende-se: Identificar os perigos que surgem no percurso do tratamento e cuidados do doente e na atividade profissional do funcionário e avaliar os riscos a eles associados, por forma a determinar as medidas que devem ser tomadas para proteger a saúde e segurança dos doentes, funcionários e outros; Identificar os riscos de forma a instituir medidas preventivas/ corretivas, seleccionar o melhor equipamento de trabalho, as substâncias ou preparados químicos usados, a conceção do local de trabalho e a sua organização; Verificar se as medidas aplicadas são adequadas; Estabelecer prioridades de acção em função da avaliação dos riscos, e alterar as práticas se necessário para reduzir esses riscos. Verificar que todos os factores pertinentes para a atividade foram tidos em conta, e que foi feito um julgamento correcto e válido dos riscos e das medidas necessárias para proteger a saúde e segurança. Assegurar que as medidas de prevenção e as práticas nos cuidados de saúde e no trabalho, aplicadas na sequência da avaliação dos riscos, aumentem o nível de proteção para os doentes e funcionários relativamente à saúde e segurança. Gestão do Risco 24/05/
2 TIPOS DE RISCO 1. RISCO CLÍNICO O risco clínico diz respeito à possibilidade de ocorrer um acontecimento não intencionado ou inesperado potencialmente lesivo para o doente, no decurso da prestação de cuidados de saúde. O risco clínico geral engloba o erro ou quase-erro de medicação e reações adversas medicamentosas (PRO.036.HML, PRO.038.HML); risco biológico/ infecioso; risco mecânico; risco térmico; risco químico; risco psicossocial. O risco clínico em Saúde Mental é objecto de reflexão em documentos próprios (PRO.026.HML, PRO.028.HML, PRO.056.HML, PRO.067.HML) envolvendo aspetos como risco de suicídio e comportamento violento, negligência, abandono ou fuga, restrição física e/ou química, isolamento e eletroconvulsivoterapia. 2. RISCO NÃO CLÍNICO RISCO BIOLÓGICO/ INFECIOSO A exposição a agentes biológicos/infeciosos, tais como bactérias, vírus, fungos, coloca-se com particular incidência no Hospital, podendo atingir profissionais/doentes/visitas e outros. As potenciais fontes são o contato pessoal com os doentes infetados e o manuseamento de fluidos ou produtos biológicos infetados. RISCO FÍSICO Todo o risco que provoca lesões físicas temporárias ou definitivas. Estas lesões podem ser agravadas pela ausência de formação dos funcionários e/ou pelas caraterísticas do local de trabalho (designadamente, espaços desordenados, longas superfícies a percorrer, mobiliário/pavimento/iluminação inadequados, nível de ruído). O risco térmico surge quando o indivíduo se encontra exposto a variações térmicas extremas (salas frias ou sobre-aquecidas). RISCO QUÍMICO No meio hospitalar são utilizadas substâncias químicas, cujo os efeitos nocivos para a saúde são conhecidos, sendo potencialmente tóxicas ou irritativas para o organismo, merecendo especial atenção os medicamentos, produtos de limpeza/desinfeção entre outros. Gestão do Risco 24/05/
3 RISCO PSICOSSOCIAL Todos os que advêm da organização de trabalho (metodologias/planos de trabalho, estilos de liderança, escassez de pessoal e número elevado de doentes) e dos atos de violência verbal/física (doentes, familiares, acompanhantes). AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DO RISCO A Avaliação e Classificação do Risco englobam o processo de estimativa da grandeza do risco e de decisão da sua aceitabilidade. Este sistema distingue entre riscos aceitáveis e riscos inaceitáveis. A magnitude de um dado risco é estabelecida utilizando uma grelha bidimensional figurando a consequência num eixo e a probabilidade noutro. A grelha de risco abrange uma ampla gama de riscos de natureza clínica, de higiene e segurança, de reputação e financeiros. O PRO.002.GR (Metodologia de Avaliação de Risco) dá orientações sobre como avaliar e classificar os riscos. A avaliação do risco é um processo contínuo e interactivo, que compreende uma sistemática identificação, avaliação, análise e priorização dos riscos, e subsequente implementação, comunicação, monitorização e revisão das medidas de controlo. DIAGRAMA DE AVALIAÇÃO CONTÍNUA DO RISCO Estabelecer o contexto Comunicar e Consultar Identificar os riscos Analisar os riscos Avaliar os riscos Avaliação do risco Monitorizar e Rever Tratar os riscos NHS Gestão do Risco 24/05/
4 Os riscos identificados são quantificados (consequência x probabilidade) e classificados em: baixo risco, risco moderado, alto risco e risco extremo. Em função do seu grau crítico, as intervenções no risco são orientadas segundo a seguinte estratégia de prioridade: aceitável, moderado, importante e inaceitável. No caso de se tratar de um alto risco ou risco inaceitável, a gestão do risco faz uma recomendação aos respectivos Serviços/ Unidades para proceder à implementação de medidas corretivas no prazo de 24 horas. As medidas de controlo são efetuadas trinta dias após o início da recomendação, através de observação direta. Nos casos de incidentes sentinela deve ser aplicado o PRO.105.HML Notificação e Gestão de Incidentes Sentinela. PROGRAMA DE AVALIAÇÃO Todos os Serviços/Unidades do Hospital devem proceder a uma avaliação contínua dos riscos, clínicos e não clínicos, no mínimo uma vez por ano, cujos resultados são documentados. A avaliação dos riscos clínicos deve incidir de forma individualizada sobre o período noturno, com ênfase nos seguintes itens: ratio de pessoal clínico com base na necessidade e dependência dos doentes; uso sistema de chamada do pessoal; transferência de informação na mudança de turno; disponibilidade de camas; disponibilidade de equipamentos e recursos; conformidade com o legislado do tempo de trabalho do pessoal clínico. As avaliações dos riscos deverão ser analisadas e atualizadas sistematicamente e sempre que ocorra alteração das circunstâncias, por exemplo quando houver mudanças de Serviços para outras instalações. As conclusões dessas avaliações (incluindo a frequência e gravidade dos acontecimentos adversos ocorridos à noite) devem ser objeto de atuação: Planeamento das prioridades Implementação de medidas de controlo (preventivas e de proteção) As avaliações e planos de controlo dos riscos clínicos e não clínicos devem ser feitas de acordo com o PRO.002.GGR - Metodologia de Avaliação do Risco e os modelos que se anexam (Anexos I e II). IMPLEMENTAÇÃO A responsabilidade da implementação do programa de avaliação do risco nos Serviços/Unidades é atribuída aos Diretores/ Responsáveis dos Serviços/ Unidades e aos Enfermeiros Chefes, que podem delegar um profissional de saúde (no caso do risco clínico, um clínico) com formação e responsabilidade para assegurar que são realizadas as avaliações do risco. Gestão do Risco 24/05/
5 Os Serviços/Unidades devem elaborar relatórios do risco clínico e não clínico identificados e da eficácia das medidas implementadas, que devem ser apresentados à Gestão do Risco e divulgados ao CA, para análise e recomendações. SISTEMAS DE FORMAÇÃO/ INFORMAÇÃO 1. Risco Clínico Os Serviços/Unidades devem avaliar sistematicamente todo o trabalho clínico (cuidados e tratamentos prestados) com respeito a fatores e prioridades do risco. Pelo menos um clínico do Serviço deve ter formação em avaliação dos riscos clínicos, controlo dos riscos clínicos, identificação de doentes de alto risco, com tendências suicidas ou comportamento violento. 2. Risco Não Clínico As pessoas que procedem à avaliação dos riscos devem possuir formação sobre: - Riscos já conhecidos, e o modo como surgem; - Os materiais/equipamentos/tecnologias usadas no serviço; - Organização/métodos de trabalho/interação dos funcionários com os materiais usados; - Tipo/probabilidade/frequência/duração da exposição aos riscos; - A relação entre a exposição ao risco e os seus efeitos; - As normas/disposições legais relevantes para os perigos presentes no local de trabalho; - O que é considerado boa prática nas áreas onde não existem normas legais específicas. Relativamente às medidas preventivas/ corretivas a implementar, podem ser obtidas através de: - Orientações fornecidas por organismos nacionais competentes, que trabalham na área da saúde/segurança/higiene no trabalho; - Programas de avaliação e controlo dos riscos; - Análises periódicas dos acontecimentos adversos nos respetivos serviços/ unidades; - Práticas locais fixadas por escrito, manuais e processos operacionais. Gestão do Risco 24/05/
6 DOCUMENTOS RELACIONADOS PRO.002.GGR Metodologia de Avaliação do Risco PRO.026.HML Medidas de Restrição Física e/ou Química/Isolamento PRO.028.HML Utilização e Administração de Eletroconvulsivoterapia PRO.036.HML Gestão do Erro no Circuito de Distribuição do Medicamento PRO.038.HML Reações Adversas Medicamentosas (RAM) PRO.056.HML Alta por Fuga ou Abandono de um Doente PRO.067.HML Intervenção em Situações de Risco de Suicídio e/ou Comportamento PRO.105.HML Notificação e Gestão de Incidentes Sentinela. ANEXOS: Anexo I Avaliação dos Riscos Clínicos/Não Clínicos Anexo II Plano de Controlo dos Riscos Clínicos/Não Clínicos Gestão do Risco 24/05/
7 AVALIAÇÃO DO RISCO CLÍNICO NÃO CLÍNICO Categoria Profissional: SERVIÇO: GESTOR RISCO LOCAL: ANO: N.º IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO DESCRIÇÃO DO RISCO P G NR SUGESTÕES 1 PERIGO - condição/actividade/ tarefa que pode causar riscos; 2 RISCO possibilidade de acontecer algo potencialmente perigoso para o próprio ou terceiros. De acordo com PRO.002.GGR - Metodologia de Avaliação do Risco 1
8 SERVIÇO: GESTOR RISCO LOCAL: ANO: N.º IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO DESCRIÇÃO DO RISCO P G NR SUGESTÕES 1 PERIGO - condição/actividade/ tarefa que pode causar riscos; 2 RISCO possibilidade de acontecer algo potencialmente perigoso para o próprio ou terceiros. De acordo com PRO.002.GGR - Metodologia de Avaliação do Risco 2
9 PLANO DE CONTROLO DO RISCO CLINICO NÃO CLÍNICO Categoria Profissional: SERVIÇO: GESTOR RISCO LOCAL: ANO: Tipo AVALIAÇÃO TRANSVERSAL P= G= NR= N.º RISCO IDENTIFICADO MEDIDAS DE CONTROLO RESPONSÁVEL EFICÁCIA VERIFICADA 1 DATA LIMITE DE EXECUÇÃO RESPONSÁVEL 2 DATA LIMITE DE EXECUÇÃO OBSERVAÇÕES AVALIAÇÃO REALIZADA POR PLANO DE CONTROLO REALIZADO POR DATA: DATA: RISCO CONTROLADO ELIMINADO DATA DA PROXIMA AVALIAÇÃO De acordo com: PRO.002.GGR - Metodologia de Avaliação do Risco PRO.067.HML - Intervenção em Situações de Risco de Suicídio e/ou Comportamento Violento
PROCEDIMENTO METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO RISCO. Aplicável a todos os Profissionais de Saúde do Hospital de Magalhães Lemos, E.P.E.
OBJECTIVO Estabelecer e descrever a metodologia adoptada pelo HML, EPE para a Avaliação Continua do Risco nos Serviços/Unidades e no processo de Notificação do Acontecimento Adverso (AA). RESPONSABILIDADES
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