Capítulo 50: centro de atenção psicossocial de álcool e drogas

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1 Capítulo 50: centro de atenção psicossocial de álcool e drogas Fernanda Marques Paz 1 Dependência Química: prevenção, tratamento e politicas públicas (Artmed; 2011; 528 páginas) é o novo livro de Ronaldo Laranjeira e colaboradores, é uma obra relacionada à dependência química, mostra seu uso desde os primórdios da história humana, modalidades de tratamento, modelos de atenção e políticas públicas no Brasil. Esta resenha tem por objetivo apresentar o capítulo 50, que são os Centos de Atenção Psicossocial (CAPS), especificamente os CAPS voltados para álcool e outras drogas (CAPS-AD). As autoras deste capítulo, Ana Cecília Marques e Maria Aparecida Ranieri (2011) contam a trajetória dos CAPS, explicando que estes são dispositivos extrahospitalares, destinados a pacientes com transtornos mentais severos e persistentes. A característica essencial deste novo dispositivo oriundo da Reforma Psiquiátrica é a integração a um ambiente social e cultural, designado território. Em 2001 foi sancionada a Lei Paulo Delgado, lei federal , que redirecionou o cuidado em saúde mental. Sendo através da III Conferência Nacional de Saúde (2002) que a Reforma Psiquiátrica foi consolidada como política de governo. Nesta conferência, foi traçada uma politica de saúde mental para os usuários de álcool e outras drogas, com a criação dos CAPS-AD. O fenômeno álcool/drogas constitui um problema de saúde pública, devido sua complexidade e magnitude, visto que seus efeitos atingem vários segmentos da vida cotidiana, tais como: família, qualidade de vida dos usuários e ônus social (Azevedo & Miranda, 2010). De acordo com Laranjeira et al (2003), o consumo de drogas é uma prática presente ao longo da história da humanidade. Não há sociedade isenta do consumo de 1 Psicóloga formada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos- UNISINOS. Especialista em Psicoterapia Familiar e de Casal pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos UNISINOS 2011/2. Especializando em Prevenção e Abordagem em Dependência Química. Psicóloga Clinica no CAPS Casa Aberta II Osório/RS. Página 117

2 substâncias psicoativas. Observa-se um aumento do consumo de tais substâncias, acarretando diversos problemas em todas as áreas da vida do usuário. Devido ao consumo excessivo de drogas, houve necessidade de uma política exclusiva para usuários de álcool e outras drogas. A atual politica de saúde mental, traçada pelo Ministério da Saúde tem como proposta a consolidação e ampliação de uma rede de atenção de base comunitária e territorial, capaz de atender os sujeitos em sofrimento psíquico (Brasília, 2003). Nesta perspectiva os CAPS-AD atendem uma demanda da população em que os transtornos devido ao uso de álcool e outras drogas é primário a qualquer outro transtorno. Os CAPS-AD são instituídos pela portaria ministerial GM n 336/02, este dispositivo está previsto para os municípios com mais de 70 mil habitantes ou para aqueles em que sua localização geográfica necessita deste serviço. Um CAPS-AD possui as seguintes características: serviço de atenção diária; responsabilizar-se pela organização da demanda da atenção a usuários de álcool e outras drogas; capacidade para ser regulador da porta de entrada da rede básica; coordenar as atividades de supervisão de serviços de atenção a usuários de drogas, em articulação com o Conselho Municipal de Entorpecentes; matriciamento as equipes de atenção básica; manter atualizado o cadastro de pacientes que usam medicamentos psiquiátricos; funcionar das 8 ás 18 horas, em dois turnos, podendo haver um terceiro turno até as 21 horas e manter de 2 a 4 leitos para desintoxicação e repouso. Após as autoras elencarem todas as características de um CAPS-AD, descreve a experiência de um CAPS-AD em São Paulo. Através desta experiência baseada em evidencias cientificas a abordagem ao dependente foi concebida em alguns pressupostos éticos-filosóficos, tais como: A dependência química é uma doença crônica (síndrome), mas é tratável; Página 118

3 A síndrome de dependência é produzida por determinantes biológicos e psicossocias; O tratamento da dependência química deve ser prioridade de todos os governos; O tratamento deve atingir populações vulneráveis; Não há tratamento único, mas sim projeto terapêutico individualizado; 95% dos dependentes podem ser tratados em regime ambulatorial; Abordagem deve ser feita por uma equipe multidisciplinar; Na fase inicial do tratamento é recomendado a desintoxicação; A família do paciente deve acompanhar todo o processo, recebendo orientações e/ou tratamento; A cognição do dependente está modificada pela doença, assim a entrevista motivacional deve ser usada no inicio e ao longo do tratamento; A abstinência é a meta desejável, sendo a que produz melhor desfecho; A fissura é um dos sintomas que mais dificultam a manutenção da abstinência; Abordagens baseadas em teorias comportamentais e cognitivas são as que melhores apresentam resultados, associadas à farmacoterapia; O tratamento não precisa ser voluntário para ser efetivo; A dependência química, geralmente esta associada a outras comorbidades. Com toda a explanação da autora, Ana Cecília Marques, podemos pensar que nosso País precisa de reforma na sua Politica Pública para as Drogas, pois, a epidemia de cocaína/crack vem crescendo como um flagelo. Os municípios que não possuem população, para receberem incentivos a nível federal para a implementação de um CAPS-AD devem se organizar a fim de propor alternativa a grande demanda. O trabalho de um serviço especializado em dependência química exige e requer constante pesquisa e capacitação para toda a rede de saúde. Um ponto básico apontado pela autora são as intervenções baseadas em evidencias cientificas no Página 119

4 Sistema Único de Saúde (SUS), ou seja, cada proposta ao ser implementada deve após um período ser reavaliada e se necessitar reformulada. Uma questão dos serviços especializados em álcool e outras drogas é a adequação do acesso ao tratamento, ou seja, por entrada imediata, o individuo é recepcionado e acolhido no mesmo instante, assim é realizado um diagnóstico situacional, direcionado o paciente para cuidados mais adequados. Outro ponto levantado pela autora é a questão de leitos de desintoxicação no próprio CAPS, mas apenas estes leitos não dariam conta da síndrome de abstinência é necessária, uma rede maior com leitos psiquiátricos em hospitais gerais para poder tratar das decorrências psiquiátricas da síndrome de abstinência. O capítulo Centro de atenção Psicossocial- álcool e outras drogas é recomendado a profissionais de saúde, que trabalhem direta ou diretamente com a temática. O artigo explica a trajetória das modalidades de tratamento, mostra uma pesquisa de campo realizada pelas autoras na cidade de São Paulo e faz uma crítica reflexiva sobre a atual politica brasileira para as drogas. Referências AZEVEDO, Dulcian Medeiros; MIRANDA, Francisco Arnoldo Nunes. Práticas profissionais e tratamento ofertado nos CAPSad do município de Natal-RN: com a palavras as famílias. Esc Anna Nery rev enferm jan-mar; 14 (1): BRASIL MINISTÉRIO DA SAÚDE. (BR) A política do Ministério da Saúde para atenção integral a usuários de álcool e outras drogas. Brasília (DF), LARANJEIRAS, Ronaldo; OLIVEIRA, Reinaldo Ayer; NOBRE, Moacyr Roberto Cuce; BERNARDO, Wanderley Marques. Usuários de substâncias psicoativas: abordagem, diagnóstico e tratamento. 2.ed. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo/ Associação Médica Brasileira, p. Página 120

5 MARQUES, Ana Cecília; RANIERI, Maria Aparecida. Centro de Atenção Psicossocial-álcool e drogas. In: Dependência química: prevenção, tratamento e políticas públicas. Porto Alegre, Página 121

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